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relatório parcial prointer IV

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FACULDADE ANHANGUERA
Curso de Gestão Financeira
Nayane Sandes de Oliveira
RA – 5015630949
Projeto Interdisciplinar Aplicado aos Cursos Superiores de 
Tecnologia - Prointer IV
Brasília, DF
Outubro de 2017
Projeto Interdisciplinar Aplicado aos Cursos Superiores de 
Tecnologia - Prointer IV
Atividade prática supervisionada apresentada como requisito de avaliação parcial na disciplina Projeto Interdisciplinar Aplicado aos Cursos Superiores de Tecnologia IV (PROINTER) no curso de Gestão Financeira da Faculdade Anhanguera, sob orientação da Professora-Tutora EAD Joziane Almeida.
Brasília, DF
Outubro de 2017
INTRODUÇÃO
O controle financeiro é uma ferramenta que auxilia na tomada de decisões, definindo qual a melhor forma de coordenar as despesas das empresas sem gastos desnecessários, amparado em um orçamento bem elaborado, com previsão de custos, despesas e receitas da organização. De tal forma, o instrumento pode capacitar o gestor de recursos nas suas avaliações e precisão dos resultados almejados.
Controlar os recursos das empresas é garantir que os planos traçados poderão ser alcançados com êxito. Assim, o processo de planejamento financeiro e estratégico facilita a análise de comprometimento de receitas, de modo que a alta administração possa desempenhar suas atividades com qualidade e eficiência sem colocar em risco as finanças e contribuir para funcionamento salutar da organização. 
REVISÃO TEÓRICA – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E FINANCEIRO
Devidos aos imperativos de mudanças no ramo dos negócios, as organizações devem se manter preparadas e alocar seus recursos tendo como base o planejamento financeiro e estratégico. Assim, a empresa estará pronta para grandes tomadas de decisões sem que haja gastança desnecessária.
Para Casarotto, o planejamento estratégico pode ser definido como um processo que consiste na análise sistêmica da situação atual e ameaças e oportunidades futuras, visando a formulação de estratégias. Ou seja, em outras palavras, o planejamento estratégico tem como objetivo montar uma estrutura que seja condizente com a realidade da empresa, de modo que seus gastos, principalmente, sejam satisfatórios.
Planejar e controlar são ferramentas necessárias em todas as atividades da empresa. Juntas possibilitam o alcance das metas organizacionais. Uma vez que a meta mais frequente das empresas é o crescimento, o planejamento é o método para o seu alcance. Sem a programação de estimativas, sem um plano financeiro sólido, a mesma pode acabar em ruínas, sem honrar compromissos.
Basicamente, conclui-se, segundo Anthony, que:
o planejamento do futuro parte da formulação de estratégias, que é um processo no qual criatividade e inovação devem ser fortemente encorajados. Já um planejamento estratégico considera os objetivos e estratégias aprovados e procura desenvolver programas para o seu cumprimento.
Há de se conceber também que o planejamento não é uma iniciativa onde se pretende acertar tudo sempre, mas minimizar, ao máximo, decepções e prejuízos, visando eficiência nos processos e nos projetos da organização.
A elaboração do projeto é de responsabilidade da alta administração, e os planos estabelecidos devem ser harmônicos com a realidade da empresa. Assim, etapas e prazos devem ser definidos de maneira sensível com as suas peculiaridades. No cronograma deve haver, claramente, definições estratégicas administrativas e operacionais, sempre almejando o lucro da empresa.
Para a implantação efetiva faz-se importante que a alta administração esteja envolvida e preparada para, além de preparar o projeto, rever ou ajustar procedimentos e metas estabelecidos outrora.
É importante, para tanto, conhecer a fundo o Fluxo de Caixas. Tal ferramenta exibe de forma direta e indireta mudanças ocorridas e o destino de aplicação dos recursos financeiros. De posse do demonstrativo, infere-se sobre entradas e saídas das operações financeiras do ativo circulante. Além mais, há duas vertentes de se fazer bom uso do demonstrativo. De um lado, pode-se usar o Realizado, que nada mais é do que o fornecimento de registros do que já ocorreu na organização. Por outro lado, há o Projetado, mais adequado, inclusive, que se projeta para movimentações financeiras possíveis de ocorrer no futuro próximo.
Outro fator de extrema importância dentro do planejamento financeiro e estratégico é a execução do Orçamento, sintetizando a previsão de receitas e despesas da empresa. Receitas, basicamente, são entradas de elementos para os ativos da organização, na forma de bens ou direitos. Estes provocam aumento da situação líquida. Já as despesas são tidas como gastos incorridos para, direta ou indiretamente, gerarem receitas.
Na elaboração do Orçamento a principal exigência é a de que os objetivos definidos sejam perseguidos e contemplados. Caso não ocorra, deverá sofrer nova análise e revisão, posto que é instrumento gerencial para realização de objetivos.
Diante de tudo exposto, é possível concluir que poderá, sim, haver desvantagem na persecução do planejamento financeiro e estratégico uma vez que exige monitoração e adequações contínuas. Por ser baseado em estimativas possíveis, está sujeito a riscos e falhas, necessitando, por vez, de ajustes em relação aos resultados.
Contudo, a possibilidade de falhas não deve, de modo algum ser desestimulante. De fato, há riscos, entretanto, com objetivos e metas pré fixados, as tomadas de decisões saem da responsabilidade exclusiva dos gestores, podendo ser delegadas, além de alocar recursos nas atividades prioritárias.
ANÁLISE SOBRE TÉCNICAS DE ORÇAMENTO DE CAPITAL
01.) VPL ( VALOR PRESENTE LÍQUIDO)
O VPL é uma métrica que tem como objetivo calcular o valor presente de uma sucessão de pagamentos futuros, deduzindo uma taxa de custo de capital. Esse cálculo é extremamente necessário, uma vez que o dinheiro que recebido no futuro não terá o mesmo valor do presente.
É válido ressaltar que esse tipo de conhecimento é proveniente da matemática financeira, que diz que não poder somar ou subtrair valores futuros no fluxo de caixa de um projeto de investimento. Deve-se sempre considerar o valor do dinheiro no tempo.
Em outras palavras, pode-se dizer que o VPL consiste em trazer para o presente todos os fluxos de caixa de um projeto de investimento, somando-o ao montante inicial. Assim, será possível avaliá-lo de forma a averiguar sua viabilidade.
- Como calcular: É comumente calculado por meio das planilhas de Excel. No entanto, conhecer sua fórmula é essencial para entender a sua importância.Matematicamente, o VPL é dado pela equação abaixo:
VPL=FC0+FC1(1+TMA)1+FC2(1+TMA)2+⋯+FCn(1+TMA)n.
O termo FC0 representa o fluxo de caixa do período zero, isto é, o investimento inicial. Normalmente este termo entrará com sinal negativo na equação do VPL. A fórmula do VPL também pode ser entendida da seguinte forma:
VPL=∑n=0NFCn(1+TMA)n.
O VPL pode ser positivo, negativo ou neutro. Obviamente, cada uma dessas situações representa um panorama diferente. A interpretação de resultados é bastante simples.
Para VPL negativo, pode-se dizer que o investimento é inexequível e que ocasionará perdas e prejuízos. Porém, se o VPL for positivo, isso é um sinal de que o investimento é executável e o investidor terá ganhos financeiros e conseguirá a valorização do seu dinheiro. Na terceira opção, o VPL pode ser neutro e isso representa que o investimento a ser realizado será equilibrado — ou seja, ele não trará nenhum prejuízo e nenhum benefício.
Como já citado, o VPL é uma das métricas mais importantes a analisar antes de começar um investimento. Esse valor deve ser analisado principalmente porque leva em conta o poder de compra do dinheiro no tempo. Assim, o investidor terá certeza de que o seu investimento terá rentabilidade real — ou seja, de que apresentará valorização diante das taxas de inflação. 
Outro fator importante do uso do VPL é que ele pode ser utilizado em
qualquer tipo de fluxo de caixa e o seu cálculo pode ser realizado por meio de sistemas online ou de planilhas do Excel.
Em suma, pode-se afirmar que o VPL evidencia que um investimento viável não é aquele que possui um retorno financeiro numericamente maior, mas aquele que apresenta um retorno financeiro maior do que se tivesse investido todo o montante em um investimento seguro. Assim, o risco de um investimento desse porte deve valer a pena.
Os conceitos de VPL explicados neste texto não são de fácil entendimento. É necessário que o investidor busque novos conhecimentos e atualize-se sempre para familiarizar-se com siglas e táticas do mercado financeiro. 
Imagine, então, um investimento inicial de R$20.000,00, que gerou R$10.000,00 de lucro nos 5 meses subsequentes, com uma taxa de desconto de 10% ao mês. Então, houve um ganho financeiro de R$30.000,00 (Total de receitas menos o montante investido (5×10.000-20.000).
Utilizando a fórmula, encontramos o valor de R$17.907,87 para o VPL. Então, o Valor Presente Líquido desse fluxo de caixa no prazo determinado seria de R$17.907,87, demonstrando que vale a pena aplicar seu dinheiro neste investimento.
Vale ressaltar que projetos com grandes montantes iniciais tendem a apresentar um VPL maior que projetos com baixos valores iniciais. Dessa forma, o investidor poderá ter a falsa impressão de que os grandes investimentos são muito mais vantajosos que os pequenos, o que não é verdade. Outro fator negativo do uso do VPL é que ele não permite que seja feita a comparação entre projetos de investimento. No entanto, apesar dessas desvantagens, o Valor Presente Líquido é um dos melhores indicadores que um investidor deve analisar antes de escolher em qual investimento ele deve empregar o seu dinheiro.
Para além disso, o VPL também pode ser utilizado para verificar a viabilidade de projetos empresariais, como o lançamento de um novo produto, a compra de um novo software e até mesmo a troca ou a modernização de uma fábrica. Em breves palavras, vale muito a pena utilizá-lo.
02.) TIR (TAXA INTERNA DE RETORNO)
A Taxa Interna de Retorno vem do inglês Internal Return Rate(IRR). É uma fórmula matemático-financeira utilizada para calcular a taxa de desconto que teria um determinado fluxo de caixa para igualar a zero seu Valor Presente Líquido, VPL. Ou seja, é a taxa de retorno do investimento em questão. É também um dos indicadores essenciais em análises de retorno de projetos ou valoração de empresas. 
Como calcular:
formula TIR
Onde:
F significa o fluxo de caixa de cada período
E t é o período em questão.
Abordado o lado matemático, pode-se ver, também, o lado prático, via Excel. Para calcular o TIR, basta ter o fluxo de caixa livre da sua projeção financeira, vamos usar o mesmo exemplo do VPL.
Toma-se, aqui, por exemplo um projeto teve um investimento inicial de R$20.000,00 e que, depois, gerou R$10.000,00 de lucro nos meses seguintes. Para calcular o TIR, neste caso, basta escolher a célula na qual você quer ver o resultado e optar pela fórmula TIR (IRR, em inglês) e selecionar as células do fluxo de caixa desejado. Tem-se, então, a incrível TIR de 41,04%.
Como Interpretar: O investimento teve taxa de retorno de 41,04%. Assim, você deve compará-lo à sua taxa de atratividade mínima do investimento. Isto, vide regra, é comparado com outros retornos financeiros - como investimentos em fundos - mas também pode ser visto em relação ao risco da operação, capacidade de se desfazer do negócio e também outras oportunidades. Resumidamente, por ser taxa percentual, permite a comparação de retorno dos mais variados investimentos com base em um mesmo critério.
Armadilhas: A TIR é uma taxa que é mais indicada para fluxos de caixas mais simples (por exemplo, primeiro período negativo e os futuros, positivos). Além disso, em alguns casos, podem existir conflitos entre o VPL e a TIR. Quando isso ocorrer, sugere-se seguir o VPL.
03.) IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO
O capital de giro representa, em média, 30 a 40% do total dos ativos de uma empresa. O capital permanente tem um peso maior sobre o total dos ativos, atingindo entre 60 e 70%.
Apesar de sua menor participação sobre o total dos ativos da empresa, o capital de giro exige um esforço do administrador financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo.
O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa. Já o capital fixo não exige atenção constante, uma vez que os fatos capazes de afetá-lo acontecem com uma frequência bem menor. Boa parte dos esforços do administrador financeiro típico é canalizada para resolução de problemas de capital de giro - formação e financiamento de estoques, gerenciamento de contas a receber e administração de déficits de caixa.
MEDIDAS PARA SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DE CAPITAL DE GIRO
As dificuldades de capital de giro numa empresa são devidas, principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores:
	Redução de vendas
	Crescimento da inadimplência
	Aumento das despesas financeiras
	Aumento dos custos
	Qualquer combinação dos fatores anteriores
Na situação mais frequente, os problemas de capital de giro surgem como consequência de uma redução de vendas. Neste caso, o administrador financeiro se defronta com as seguintes questões: como manter o capital de giro sob controle diante de um quadro de redução das vendas? O que pode ser feito para evitar uma crise maior de capital de giro?
Formação de reserva financeira
Como acontece no trato de muitos outros problemas, a ação preventiva tem um papel importante para a solução dos problemas de capital de giro. A principal ação consiste na formação de reserva financeira para enfrentar as mudanças inesperadas no quadro financeiro da empresa. A determinação do volume dessa reserva financeira levará em conta o grau de proteção que se deseja para o capital de giro. Também uma análise do tipo "o que aconteceria ao capital de giro se...." poderia ser bastante útil para se formular a estimativa do volume da reserva financeira.
À primeira vista, poderia soar antieconômico a formação de uma reserva financeira, já que esta decisão tiraria recursos financeiros que, de outra forma, deveriam ser aplicados no investimento em ativos fixos, de modo a permitir a expansão da empresa. Dada a alta volatilidade da economia brasileira, a formação de reserva financeira para o capital de giro deveria ser a prioridade econômica fundamental da empresa. Além disso, os recursos destinados e essa reserva seriam aplicados no mercado financeiro, onde as taxas de juros têm sido maiores do que a taxa de rentabilidade do capital fixo.
Quando a empresa encurta seu ciclo econômico - este pode ser definido como o tempo necessário à transformação dos insumos adquiridos em produtos ou serviços - suas necessidades de capital de giro se reduzem drasticamente.
Numa indústria, por exemplo,a redução do ciclo econômico significa um menor tempo para produzir e vender. No comércio, por outro lado, esta redução significa um giro mais rápido dos estoques. Na atividade de serviços, a redução do ciclo econômico significa basicamente trabalhar com um cronograma mais curto para a execução dos serviços.
Assim, a redução do ciclo econômico não é uma função tipicamente financeira. Ela requer o apoio de funções como produção, operação e logística.
A inadimplência dos clientes de uma empresa pode decorrer do quadro econômico geral do país ou de fatores no âmbito da própria empresa. No primeiro caso, a contração geral da atividade econômica e a consequente diminuição da renda das pessoas, tende a aumentar a inadimplência. A empresa tem pouco controle sobre o problema.
Quando a inadimplência é decorrente de práticas de crédito inadequadas, estabelecidas pela própria empresa, existe uma solução viável para o problema. Neste caso, é preciso dar mais atenção à qualidade das vendas – crédito e faturadas - do que ao volume dessas vendas. No caso das vendas a crédito, também
será recomendável uma redução do prazo de pagamento concedido aos clientes.
Na tentativa de suprir a insuficiência de capital de giro, muitas empresa utilizam empréstimos de custo elevado. Como regra, qualquer dinheiro captado a um custo maior do que 1,17% ao mês (ou 15% ao ano), em termos reais, é incompatível com a rentabilidade normal da empresa,de 15 % ao ano, também em termos reais. Assim, uma linha de crédito de curto prazo que hoje não custa menos do 2% ao mês em termos reais, é claramente antieconômica.
O financiamento de capital de giro a uma taxa real maior do que 1,17% ao mês, pode resolver o problema imediato de caixa da empresa, mas cria um novo problema - seu pagamento.
O administrador tem consciência da inviabilidade do custo financeiro dos financiamentos de capital de giro. Ele tenta ganhar tempo, esperando que uma melhora posterior nas condições de mercado da empresa permitam pagar o capital de terceiros. Todavia, quando a recuperação das vendas acontece, a empresa já acumulou um estoque de dívidas cujo pagamento será impraticável.
Quando a empresa consegue negociar um prazo maior para o pagamento de suas dívidas, adia as saídas de caixa correspondentes e, portanto, melhora seu capital de giro. Embora essa melhora seja provisória, ajudará até que a empresa se ajuste financeiramente. Também, neste caso, é importante uma atenção especial para o custo do alongamento de prazo. Ele precisa ser suportado pela rentabilidade da empresa.
A implantação de um programa de redução de custos tem um efeito positivo sobre o capital de giro da empresa ,desde que não traga restrições às suas vendas ou à execução de suas operações. Uma vez que a empresa com problema de capital de giro também estará com sua capacidade de investimento comprometida, a redução de custos em atividades como modernização, automação ou informatização não será possível.
Diante de uma crise de capital de giro, o programa de redução de custos tem natureza compulsória e seu grande desafio é identificar aqueles itens de gastos que possam ser cortados sem grandes prejuízos para as atividades da empresa. Dificilmente serão encontrados gastos supérfluos ou desperdícios, pois a crise de capital de giro naturalmente já os deve ter eliminados.
A política de substituição de passivos consiste em trocar uma dívida por outra de menor custo financeiro. Por exemplo, uma empresa de grande porte poderia adotar esta solução, através do lançamento de títulos no exterior ou mesmo fazendo um lançamento de ações. Entretanto, as empresas de pequeno e médio porte não têm essa opção. Um programa tradicional de substituição de passivos para essas empresas quase sempre significaria trocar seis por meia dúzia. Numa situação extrema, as pequenas e médias empresas poderiam trocar passivo exigível por passivo não exigível (capital), através da admissão de novos sócios. Sem dúvida, esta seria uma solução a ser adotada em último caso.
É evidente que existe um forte entrelaçamento entre a administração do capital de giro da empresa e sua administração estratégica. Por isso, a solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na recuperação da lucratividade da empresa e a consequente recomposição de seu fluxo de caixa. Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de grande alcance que vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e a eliminação de outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a reconfiguração do negócio como um todo.
Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa requer muito mais do que medidas financeiras. Estratégias, operações e práticas gerenciais, entre outras, precisarão ser repensadas para que o capital de giro volte ao estado de normalidade.
Na análise de empresas com quadro financeiro desfavorável, encontram-se sinais geralmente parecidos: insuficiência de capital de giro, dificuldades para honrar pagamentos e peso significativo das despesas financeiras em relação ao faturamento. Também são semelhantes as consequências operacionais desse quadro financeiro ruim: redução da oferta e da qualidade de produtos e serviços, perda de clientes e fornecedores, além da redução do ânimo dos colaboradores.
Apesar da semelhança dos sintomas mencionados em empresas com situação financeira adversa, os caminhos que as levam a essa situação são variados. A maioria das crises financeiras não têm como causa original fatos financeiros e sim eventos operacionais.
A primeira causa das dificuldades financeiras de uma empresa pode surgir logo no início de seu funcionamento. Acontece quando as vendas não atingem o patamar necessário para gerar resultado satisfatório. Em muitos desses casos, os administradores acreditam que o negócio está em fase de maturação e que os resultados estão a caminho. Apoiada nessa crença, a empresa queima eventuais reservas financeiras existentes e depois abraça desesperadamente o endividamento. 
Outro motivo de crise financeira é um começo com vendas fortes e crescendo a taxas elevadas, acima das expectativas. Este fato pode gerar um forte impacto operacional sobre a organização, que não estava preparada para esse excesso de vendas. Em muitos casos, o crescimento rápido das vendas acarreta perda de qualidade dos produtos ou serviços, seguida de retração do mercado. Enquanto as vendas continuam aquecidas, a empresa tende a aumentar seus gastos fixos de forma desordenada. Quando vem a retração das vendas, ocorre um duplo efeito negativo: menor receita e maiores custos fixos, justamente aqueles de administração mais difícil.
Além do aumento dos custos fixos, a “decolagem forte” também pode produzir aumento do endividamento para fazer face à maior necessidade de capital de giro. Aumento dos custos fixos e do endividamento - geralmente de curto prazo - afeta negativamente a situação financeira da empresa. Este é um quadro tipicamente vivenciado por pequenas empresas que, por causa de seu porte, conseguem alcançar elevadas taxas de crescimento na fase inicial. Também muitas empresas da nova economia, costumam experimentar crescimento exponencial em sua fase inicial, ao lado de perdas financeiras expressivas. Aquelas que dispõem de crédito e bons mecanismos de capitalização podem resistir à crise financeira durante anos e até reverter o quadro. 
Numa situação de normalidade das vendas, custos fora de controle podem ser a causa de crise financeira. Aumento abrupto dos gastos é um fenômeno típico dos custos variáveis. Esse aumento pode não ter sido previsto na análise de viabilidade econômica tradicional, ainda que esta contenha análise de sensibilidade. O caso mais comum de aumento dos custos variáveis é quando esses são representados por commodities ou insumos de preço atrelado a commodities, cujos preços estão normalmente sujeitos a grande volatilidade. Uma vez que nem sempre é possível repassar esse aumento de custos aos preços praticados pela empresa, pode ocorrer um estrangulamento financeiro da empresa. O setor de transporte aéreo vivencia bastante esse problema por conta do preço do querosene de aviação.
A principal causa de crise financeira empresarial é a perda de mercado, que pode ser lenta e continuada ou rápida. Esse fato está por trás da maioria das crises financeiras de empresas de todos os portes e segmentos. Quando a perda de mercado se torna irreversível, a empresa pode tentar mudar sua carteira de produtos e serviços, com resultados imprevisíveis. Estatisticamente, a maioria das empresas que experimentam perda lenta e continuada de mercado, não consegue uma solução satisfatória para o problema. 
Pelo que foi exposto, percebe-se que a situação financeira das empresas decorre, na maioria dos casos, de decisões não financeiras. Obviamente, escolhas financeiras erradas podem levar as empresas ao desastre. Mas, estatisticamente, elas são minoria. A crise financeira pode ser o ato final da história empresarial. Mas, antes dele, erros estratégicos ou operacionais pavimentam a estrada para o desastre empresarial.
CONCLUSÃO
Entende-se que o planejamento
financeiro é ferramenta essencial para o aperfeiçoamento de desempenho da empresa, afim de evitar diversos prejuízos operacionais e financeiros.
O controle de finanças das empresas é o diferencial, pois, além de prospectar o futuro, estabelece metas, planos e diretrizes a serem seguidos. Assim, identifica-se a importância do planejamento na Gestão Financeira quando as organizações elaboram o fluxo de caixa e definem o orçamento, baseando-se em na obtenção de informações cada vez mais detalhadas nos seus processos administrativo e decisório.
Toda e qualquer organização necessita de planejamento estratégico. Os gestores, por sua vez, devem fixar metas, planejar futuramente, além de aplicar instrumentos de administração financeira, tais quais o fluxo de caixa e orçamento, fundamentados em informações cedidas pela própria administração e contabilidade da organização.
Espera-se, então, que as empresas entendam a necessidade de utilizar mecanismos de controle de suas atividades para que mensurem seus negócios de maneira apropriada.
BIBLIOGRAFIA
ASSAF NETO, Alexandre. ESTRUTURA E ANÁLISE DE BALANÇOS: um enfoque dinâmico. 4 Ed.São Paulo: Atlas,2000.
GITMAN, Lawrence J. PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. 7 Ed. São Paulo: Harbara, 1995.
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Acessado em < https://medzoconsultoriafinanceira.wordpress.com/2014/10/01/gestao >
Acessado em < http://www.ief.com.br/analise.htm>
Acessado em < http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/necessidadecapitalgiro.htm>

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