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TUTELA EM DIREITO DE FAMILIA
 Este trabalho tem a pretensão em abordar a temática voltada ao direito de família aplicando as normas jurídicas com o intuito de criar uma dinâmica de aprendizado entre os acadêmicos de direito e fazendo assim com que os mesmos tenham o contado maior com a matéria e de forma que venham adquirir conhecimentos e consequentemente ampliação do seu nível de formação acadêmica.
Haja vista que o grau de dificuldade ainda que seja de caráter complexo, abordaremos de forma objetiva aplicando pontos importantes quanto ao tema assim proposto.
Os temas são: Definições dos Institutos da Tutela e Curatela: Natureza Jurídica; Requisitos; Legitimidade; Espécies.
TUTELA
A tutela é um instituto que se aplica no direito de família que tem como objetivo a substituição do poder familiar no sentido assistencial, visando o bem estar do menor.
Tutela, reafirme-se que o seu grande objetivo é a administração dos bens patrimoniais do menor. Enuncia o art. 1.728 do Código Civil que os filhos menores são postos sob tutela com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes ou em caso de os pais decaírem do poder familiar. Conforme leciona Maria Helena Diniz, há na tutela um múnus público, ou seja, uma atribuição imposta pelo Estado para atender a interesses públicos e sociais. Conceito de tutela para a doutrinadora (DINIZ, Maria Helena. Código Civil…, 2010, p.1.229)
A tutela visa proteger o menor cujos os pais faleceram ou são considerados judicialmente ausentes ou decaíram do poder familiar.
 ESPÉCIES DE TUTELA
Conforme o doutrinador Flávio Tartuce a tutela é classificada da seguinte forma, são em três espécies: Tutela testamentária, tutela legítima e tutela dativa
Tutela testamentária é instituída por ato de última vontade, por testamento, legado ou mesmo por codicilo (art. 1.729, parágrafo único, do CC/2002). Essa nomeação de tutor compete aos pais, em conjunto, devendo constar em testamento ou em qualquer outro documento autêntico. Há nulidade absoluta da tutela testamentária se feita por pai ou mãe que não tinha o poder familiar no momento da sua morte (art. 1.730 do CC). 
Tutela legítima é a concretizada na falta de tutor nomeado pelos pais, nos termos do art. 1.731 do CC/2002; incumbe-a aos parentes consanguíneos do menor, por esta ordem: 1.º) aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto; 2.º) aos colaterais até o terceiro grau (irmãos, tios e sobrinhos), preferindo os mais próximos aos mais remotos, e, no mesmo grau, os mais velhos aos mais moços. Em uma dessas situações, o juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do menor, tendo em vista o princípio do melhor ou maior interesse da criança.
Tutela dativa está presente na falta de tutela testamentária ou legítima e preceituando o art. 1.732 do Código Civil que o juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor. Essa mesma forma de tutela é prevista para os casos de exclusão do tutor, escusa da tutela ou quando removidos os tutores legítimos ou testamentários por não serem idôneos. Em todas as situações expostas, havendo irmãos órfãos, dar-se-á um só tutor comum (art. 1.733 do CC), o que representa ac Consolidação do princípio da unicidade da tutela. No entanto, se for nomeado mais de um tutor por disposição testamentária e sem indicação de precedência dos irmãos, entende-se que a tutela foi cometida ao primeiro que constar no testamento. Os demais lhe sucederão pela ordem de nomeação, se ocorrer morte, incapacidade, escusa do tutor ou qualquer outro impedimento (art. 1.733, §1.º, do CC).
Livro: 05- DIREITO CIVIL - Direito de Família - FLAVIO TARTUCE - 2017-1. P.390.
CURATELA
A curatela é um dispositivo que tem a pretensão de proteger e resguardar direito de uma pessoa que por enfermidade temporária ou permanente, no entanto fica impossibilitado de realizar seus atos civis. Haja vista que a curatela se utilizando do seu Instituto, no que se refere, as regras da Tutela e com premissa visando proteger a pessoa civilmente maior (art. 5º, CC-02) que se encontra incapacitada para os atos da vida civil. É o caso, por exemplo, de uma pessoa que sofreu um acidente de transito que teve um AVC cerebral e está invalido e teve sua aposentadoria por invalidez bloqueada junto ao INSS em razão da falta de atualização cadastral. Nesse caso, alguém da família precisará ir ao Judiciário para se tornar curador e resolver esse transtorno perante o INSS.
O curador em via de regra, é destinada a algum parente ou amigo da pessoa. (art. 1.775, CC-02), contudo, em alguns casos é possível fazer a escolha do curador pelo juiz. Por exemplo, um idoso que está acolhido em um abrigo ou asilo e não tem nenhum parente ou amigo, geralmente o administrador da entidade do recinto torna-se curador daquele idoso.
A interdição da pessoa pode ser total ou parcial. A interdição total significa que a pessoa interdita ficará privada de praticar todos os atos da vida civil, necessitando, sempre, de um representante, sob pena de nulidade dos atos praticados. Já a interdição parcial significa que a pessoa interdita ficará privada de apenas alguns atos da vida civil, podendo, consequentemente, praticar os demais atos sem a autorização do curador. É o caso do pródigo cuja interdição dos atos está vinculada apenas à administração do patrimônio. Épossível requerer o levantamento da interdição, fazendo cessar a causa que a determino isso ocorre quando o indivíduo retorna com a sua sanidade mental.
Causa em que os pais podem perder o direito sobre seus filhos CC Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha. Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: I - castigar imoderadamente o filho; II - deixar o filho em abandono; III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.
Por mais que o pai não exerça o poder familiar, poderá ele ser acionado judicialmente a pagar pensão alimentícia ao filho, pois compete aos genitores prover alimentos aos filhos para subsistência (art. 33, § 4º, ECA, art. 1.694 e seguintes CC-02 e lei 5.478/1968).
Uma vez decretada a perda do poder familiar por abandono, surge ao filho a possibilidade de pleitear perante o Poder Judiciário ação de reparação civil, uma vez que o genitor deixou de exercer a autoridade parental conforme insculpido na Constituição Federal de modo a ir contra os ditames da referida Carta que prevê a família como base da sociedade.
Quanto paternidade por afetividade possibilita que o padrasto, que participa do desenvolvimento e formação da criança desde pequena sem a concorrência do vínculo biológico paterno, pleitear adoção unilateral em favor do menor cujo relacionamento entre ambos é como se pai e filho fossem.

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