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AT 3 Macroeconomia

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ESTUDO SOBRE A VARIAÇÃO DA TAXA SELIC, ENTRE 2000 A 2014.
Atividade III da disciplina de Macroeconomia, do curso de graduação em Administração Pública – PNAP III, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, apresentado ao Prof. José Carlos de Jesus Lopes
Campo Grande – MS
Fevereiro de 2016
INTRODUÇÃO
	A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, servindo de referência para toda transação bancária realizada no país. Ela é usada nos empréstimos feitos entre os bancos e também nas aplicações feitas por estas instituições em títulos públicos federais. Segundo a Wikipédia, a taxa Selic reflete o custo do dinheiro para empréstimos bancários, com base na remuneração dos títulos públicos. Em outras palavras, esta taxa é usada para operações de curtíssimo prazo entre os bancos, que, quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos como lastro (garantia), visando reduzir o risco, e, consequentemente, a remuneração da transação (juros).
	De acordo com o Banco Central do Brasil, define-se Taxa Selic como a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais. Para fins de cálculo da taxa, são considerados os financiamentos diários relativos às operações registradas e liquidadas no próprio Selic e em sistemas operados por câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação.
	A taxa Selic é importante para a economia nacional porque ela é a balizadora do piso dos juros no país. É a partir da Selic que os bancos decidem a remuneração de algumas aplicações financeiras. A taxa Selic, além de ser usada como referência de juros para empréstimos e financiamentos, é também um importante instrumento de controle de inflação utilizado pelo Banco Central do Brasil e afeta diretamente o cambio, o consumo, a poupança e a bolsa de valores.
	A sua definição se dá a cada 45 dias em reuniões ordinárias do Comitê de Política Monetária (Copom), que é um conselho formado pelo presidente do Banco Central do Brasil e mais oito diretores da instituição, os quais que tem como objetivo primar pelos rumos da política de juros do país, sempre atentando para o controle da inflação. Nessas reuniões são feitas análises da economia brasileira e internacional, bem como, projeções atualizadas para a inflação. Após estas avaliações os componentes do Copom, por meio de votação, decidem se mantém ou alteram a taxa Selic. 
	Portanto, de acordo com o exposto, é a Selic que parametriza as outras taxas de juros praticadas no país. Isso atinge diretamente a população, pois é a partir dessas decisões haverá desdobramentos nos juros do cheque especial, do crediário, dos cartões de crédito, da poupança, etc. Ou seja, quanto menor a Selic, menor é juro para o consumidor fazer um empréstimo ou comprar a prazo. 
HISTÓRICO DAS TAXAS DE JUROS FIXADAS PELO COPOM E EVOLUÇÃO DA TAXA SELIC, ENTRE 2000 A 2014.
	Apesar da taxa Selic ser calculada diariamente, após o fechamento do mercado, ela é expressa na forma anual, considerando 252 dias úteis. Antes de iniciarmos a análise da série histórica da taxa Selic no período de 2000 a 2014, é importante mencionar que para localizar os valores da Meta anualizada da taxa Selic para compor a tabela acima, foram considerados apenas os resultados da última reunião do Copom de cada ano aferido. Porém, como há pelo menos oito reuniões anuais ordinárias deste colegiado e para enriquecer a análise que segue abaixo, utilizamos a informação completa disponibilizada pelo Banco Central do Brasil. 
	Desde que o atual sistema de política monetária foi criado no Brasil, com a instituição do Copom em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa básica de juros, já houve 196 reuniões deste colegiado. Neste período, muitos ajustes foram feitos para manter a inflação sobre controle, mas é revelador saber que a primeira meta estabelecida pelo Copom para a taxa Selic para o período de 05/03/99 a 24/03/99 foi a maior registrada da série histórica, alcançando a incrível e assustadora marca de 45% a.a., durante o início do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso.
	Logo após o estabelecimento desta primeira meta para taxa básica de juros, houve um período de 27 meses consecutivos (ou 34 reuniões do Copom) de redução da taxa Selic, obtendo a marca de 16,25% a.a., em 19/04/2001. No entanto, a partir desta data, devido à fragilidade da economia brasileira ainda bastante vulnerável a qualquer crise internacional e, posteriormente, o acirramento do processo eleitoral que indicava que um oposicionista de plataforma socialista venceria o pleito de 2002, iniciou uma oscilação da taxa básica de juros, que hora reduzia, hora aumentava ao sabor das intempéries do mercado. No final deste processo e já definida a corrida presidencial, Fernando Henrique Cardoso entregou para seu sucessor uma taxa Selic de 25% a.a, definida em 19/12/2002.
	Assim que montou seu governo, o novo presidente, Luís Inácio Lula da Silva, tinha como um dos seus objetivos centrais estabilizar a economia, reduzindo a inflação. Porém como ainda existiam muita especulação e desconfiança do mercado no início do seu mandato, o Copom precisou aumentar a taxa básica de juros nas duas primeiras ocasiões em que a a nova equipe monetária foi provocada a decidir. Durante outras quatro reuniões a taxa de 26,5% a.a foi mantida e somente após seis meses de gestão do novo governo é que a taxa Selic começou a ser reduzida, caindo para 26% a.a na reunião de 19/06/2003.
	Dali em diante foram quinze meses de reduções sucessivas, chegando ao valor de 16,25% a.a, em 16/09/2004, tendo uma redução de 37,5% no período. Entretanto, de outubro de 2004 até setembro de 2005, houve um novo viés de alta para a taxa básica de juros. Durante quase um ano a taxa selic saltou de 16,5% a.a para 19,5% a.a, um crescimento de 21,5% na ocasião.
	Em seguida, foi registrado o maior período de redução ininterrupta da taxa básica de juros. Foram 31 meses seguidos de queda da taxa Selic, chegando a 11,25% a.a, a menor taxa histórica até aquele momento. No período seguinte, contexto que demarcava a metade final do segundo mandato do presidente Lula, houve oscilações da taxa básica de juros, tendo como teto o valor de 13,75% a.a, entre os meses de setembro de 2008 a janeiro de 2009, e piso de 8,75% entre julho de 2009 a abril de 2010. Findando seu governo, o presidente Lula transmitiu o cargo para sua sucessora com a taxa Selic fixada em 10,75% a.a, um valor 57% menor de quando iniciou seu mandato presidencial oito anos antes.
	Quando iniciou seu governo, a presidente Dilma Rousseff promoveu alguns ajustes na economia e o Copom aumentou a taxa básica de juros em quatro ocasiões nos sete primeiros meses de gestão. Entretanto, a partir de setembro de 2011 iniciou-se um processo acentuado de redução da taxa Selic que culminou no menor patamar já registrado para a série histórica desde que a meta da taxa básica de juros foi criada em 1999: entre outubro de 2012 a abril de 2013 taxa Selic foi de 7,25% a.a.
	Atualmente, este índice está fixado em 14,25%, de acordo com a última reunião do Copom, em 21/01/16. Já faz 34 meses (ou 23 reuniões consecutivas do Copom) que a taxa básica de juros vive uma tendência de alta. Desde que atingiu o menor patamar histórico, entre 11/10/12 a 17/04/13, registrando 7,25% a.a, a taxa Selic praticamente dobrou durante a segunda metade do primeiro mandato e o início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
	A taxa básica de juros é um dos agregados macroeconômicos que mais impactam a população, pois, como vimos, é a partir dela que os bancos irão balizar suas políticas de crédito e o governo adotar alternativas para controlar a inflação, bem como, propor medidas para o câmbio, exportação, consumo, emprego, etc.A alteração da taxa básica de juros tem o poder de aquecer ou desacelerar a economia. Uma economia aquecida significa mais emprego, mais salários e, portanto, aumento do consumo produtos e serviços. Contudo, de acordo com a lei da oferta e da procura, quanto maior for a demanda, maiores os preços de produtos e serviços. Logo, leia-se: Inflação.
	Ao observar o movimento no gráfico iremos perceber que a meta da Selic periodicamente sobe-e-desce. Se baixa demais, gera inflação. Nessas situações o governo é obrigado a elevá-la novamente. Foi justamente o que aconteceu quando os governos FHC, Lula e Dilma, por intermédio do Copom, reduziram a taxa básica de juros por certos períodos, mas logo depois tiveram que elevar os juros sob o risco do retorno agudo da inflação. 
	Por outro lado, se a Selic é alta, há menos dinheiro circulando e menos procura por produtos e serviços à venda. Com a demanda é menor, os preços caem. Porém, se permanece muito alta, o País entra em recessão, a sociedade pressiona e o governo reduz novamente a taxa. Portanto, as alterações na taxa básica de juros sempre dependerão das certezas ou incertezas conjunturais acerca da economia doméstica e internacional.
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Histórico das taxas de juros: Histórico das taxas de juros fixadas pelo Copom e evolução da taxa SELIC. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS>. Acesso em: 26 fev. 2016.
GI. Entenda como a taxa Selic afeta a vida do consumidor. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/11/entenda-como-taxa-selic-afeta-vida-do-consumidor2015.html>. Acesso em: 26 fev. 2016.
ROQUE L. A taxa SELIC - o que é, como funciona e outras considerações (Parte 1). Disponível em: < Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/
11/entenda-como-taxa-selic-afeta-vida-do-consumidor2015.html>. Acesso em: 26 fev. 2016. 
SUA PESQUISA.COM. Taxa Selic. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/economia/
taxa_selic.htm>. Acesso em: 26 fev. 2016.
WIKIPEDIA. Taxa Selic. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_SELIC>. Acesso em: 26 fev. 2016.

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