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ADMINISTRAÇAO II

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2 
 
 
Olá estudante de Direito, obrigado pelo download deste eBook 
Tempo sempre foi uma das coisas mais preciosas em nossas vidas, ainda mais nos dias em que vivemos o 
tempo é curto e muito valioso! 
Devido a isso tivemos a ideia de reunir todo o nosso conhecimento para produzir um conteúdo organizado, 
estruturado e com linguagem fácil. Desta forma o teu aprendizado será muito mais rápido e eficiente 
// Didática deste eBook: 
 
Didática Organizada 
Matéria organizada e 
estruturada para ter uma linha 
de raciocínio e o melhor 
entendimento sobre o 
conteúdo 
 
Aprendizado Rápido 
Aprenda direito e aprenda 
rápido, não perca tempo com o 
que não traz resultado 
 
 
Linguagem Fácil 
Nem sempre a formalidade e a 
linguagem rebuscada ajuda, 
principalmente quando vamos 
aprender algo que ainda não 
sabemos 
 
Qualquer dúvida, sugestão, crítica ou feedback que tiver, por favor, envie em nosso e-mail: 
formulajuridicacontato@gmail.com 
 
Curta nossa Página do Facebook e envie uma mensagem em nossa página para fazer parte de 
nosso grupo de estudos do Whatsapp 
 
 
 
 
 
“O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas formas de enxergar o mundo” 
 
3 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Após o lançamento e o sucesso do nosso primeiro eBook de Direito Administrativo, estamos lançando nossa continuação e segundo 
eBook sobre a matéria Administrativa. Estudaremos os Poderes Administrativos, Organização Administrativa, Atos Administrativos, 
Processo Administrativo e Regime Jurídico do Servidor Público 
PODERES ADMINISTRATIVOS 
Há uma divergência entre os doutrinadores em relação aos poderes administrativos, alguns comentam outros nem mencionam 
Recapitulando a origem do Direito Administrativo 
Como já estudamos a origem do Direito Administrativo foi na França, no início do século XIX. As razões da origem se deram por questões 
filosóficas e da realidade da vida naquele momento histórico 
Essas razões filosóficas foram através de Montesquieu e Rousseau, com as obras “O Espírito das Leis”, “Do contrato social” e “Discurso 
sobre a desigualdade dos homens”. Em razão de um raciocino de Montesquieu que é aplicado até hoje, “todo ser humano que não 
encontra limites no exercício do poder, tende a abusar”. Já o raciocínio de Rousseau “todos os homens são iguais em direito”. Através 
disso ocorreu a Revolução Francesa de 1789 
A Revolução Francesa acolheu esses dois dogmas, sendo colocados no art. 16 da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do 
Cidadão de 1789, versando sobre a separação dos poderes e criando-os: Legislativo, Executivo e Judiciário 
Nesta época da história, se aplicava o Direito Civil Romano nas vestes do Direito civil e penal, entretanto o Direito civil e penal não 
servia para regrar o Direito administrativo, pois um versava sobre a relação entre iguais e o outro sobre uma relação punitiva, sendo 
assim os juristas franceses perceberam que era necessário regular o direito entre pessoa e Estado 
Em razão disso nasceu o ramo do Direito Administrativo, regulando as relações entre a Administração e o Particular 
Todavia o Direito Administrativo não parou no século XIX. Duguit deu um passo a mais no início do século XX, pois só a relação de poder 
entre a administração e o particular era insuficiente, sendo necessário prestar serviços públicos, “Estado serve para servir o particular” 
Posteriormente, após a 2º Guerra Mundial, a Alemanha adotou na sua administração pública a prestação de serviços públicas, sendo 
cumprido os Direitos Fundamentais, o que foi um passo a mais no Direito Administrativo 
Atualmente a Doutrina Brasileira do Direito Administrativo está chegando bem devagar a esse passo, de cumprir os direitos 
fundamentais 
Para Celso Bandeira de Mello não existe poderes 
administrativos, mas sim prerrogativas ou instrumentos 
jurídicos, sendo atribuições incorporadas e não poder 
Para Hely Lopes Meirelles existem poderes administrativos 
 
Quando se trata do art. 2º da CF como independentes e harmônicos entre si, os poderes (Legislativos, Judiciário e Executivo) dizem 
sobre decisões políticas que cabem ser tomadas 
Segundo o art. 173, §4º da CF (“A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da 
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros”), a própria Constituição admite que existe um poder econômico das empresas, desta 
forma EXISTE O PODER ADMINISTRATIVO, sendo uma das funções da Administração reprimir os abusos 
 
 
4 
 
Diante da origem do Direito Administrativo entende-se que a Administração Pública corresponde àquela face do Estado que se incumbe 
da gestão dos interesses públicos e da satisfação concreta e imediata das necessidades básicas da coletividade. Nesse contexto, a 
Administração suporta uma pesada carga de tarefas e responsabilidades, que, para serem satisfatoriamente adimplidas, reclamam o 
manejo de certos meios e instrumentos, que são chamados de Poderes Administrativos 
 
Doutrina de Hely Lopes Meirelles para entender os Poderes Administrativos: “Para bem atender o interesse público, a Administração 
é dotada de poderes administrativos (distintos dos poderes políticos) consentâneos (harmônicos) e proporcionais aos encargos que lhe 
são atribuídos. Tais poderes são verdadeiros instrumentos de trabalho, adequados à realização das tarefas administrativas. Daí o serem 
considerado poderes instrumentais, diversamente dos poderes políticos que são estruturais e orgânicos porque compõe a estrutura do 
Estado e integram a organização constitucional” 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS PODERES ADMINISTRATIVOS 
Hely Lopes Meirelles classifica todos os poderes da administração desta forma: 
• Liberdade da Administração Pública – Existem dois tipos de poderes da Administração Pública para praticar os atos 
administrativos: 
o Poder Discricionário 
o Poder Vinculado 
• Quanto a Organização e o Poder Punitivo da Administração Pública: 
o Poder Hierárquico 
o Poder Disciplinar 
• Finalidade Normativa – Tem o Poder Regulamentar 
• Contensão de Direitos – Possui o Poder de Polícia 
 
Vamos estudar cada um desses Poderes Administrativos: 
PODER DISCRICIONÁRIO 
Este Poder é conferido à Administração Pública para prática de atos discricionários, ou seja, o agente administrativo dispõe de uma 
razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e conveniência da prática do ato, quanto ao seu motivo, e, sendo o 
caso, escolher, dentro dos limites legais, o seu conteúdo 
Tem como núcleo a autorização legal para que o agente público decida, nos limites da lei, acerca da conveniência e da oportunidade de 
praticar ou não um ato administrativo 
Desta forma, em outras palavras, trata-se de uma faculdade de que dispõe a Administração Pública para em determinadas situações, 
escolher uma entre várias soluções juridicamente possíveis e admitidas 
Entretanto, não deve confundir discricionariedade com arbitrariedade, pois na discricionariedade a liberdade de agir está dentro dos 
limites da lei, já na arbitrariedade a atuação ocorre de forma excedente ou contra os limites previstos em leis 
Cabe salientar que não existe discricionariedade absoluta, pois como ela está sempre vinculada ao fim público que a informa, e a eleição 
de opções somente decorre de concessão legal. Com base nisso não irá existir discricionariedade quando tratar da COMPETÊNCIA para 
 
5 
 
a prática do ato, da FORMA quanto prescrita em lei e quanto à FINALIDADE. Porquanto estes requisitos da atuação válida sempre 
serão fixados pela lei. 
Ex.: Código de Mineração Brasileiro, Decreto-Lei nº 227/67, permite que seja autorizada a pesquisa para ver se tem a mina, oempreendedor terá a provação da jazida a ser explorada, entretanto o poder público pode falar que não será feita a exploração, através 
da conveniência e oportunidade 
 
PODER VINCULADO 
Segundo Hely Lopes Meirelles: “Poder vinculado ou regrado é aquele que a lei confere à Administração Pública para a prática de ato de 
sua competência, determinação desde logo os elementos e requisitos necessários à sua formalização” 
Estes atos vinculados são aqueles cujos elementos vem previamente estabelecidos na lei, não havendo liberdade da Administração 
Pública quanto à apreciação de aspectos relacionados à oportunidade e conveniência 
Em outras palavras, impõe aos sujeitos da Administração deveres, sem qualquer margem de liberdade 
O legislador preestabelece todos os requisitos do ato, de forma que estando todos presentes, cabe à autoridade administrativa somente 
editá-los 
Todos os requisitos estão previstos em lei ou em norma jurídica. Ex.: Lançamento Tributário (carnê de IPTU) 
 
PODER HIERARQUICO 
A lei define as atribuições dos vários órgãos administrativos, cargos e funções e, para que haja harmonia e unidade de direção, 
estabelece uma relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos que integram a Administração Pública, ou seja, 
estabelece a hierarquia 
O Poder Hierárquico é aquele que confere à Administração Pública a capacidade de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades 
administrativas no âmbito interno da Administração 
A Lei nº 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, disciplinou a delegação de 
competências entre os órgãos da Administração (Veja os arts. 12, 13, 15 da Lei) 
Emana principalmente do princípio da legalidade administrativa 
 
PODER DISCIPLINAR 
Atribuição de que dispõe a Administração Pública de apurar as infrações administrativas e punir seus agentes públicos responsáveis 
e demais pessoas sujeitas às disciplinas administrativas, que contrataram a Administração ou se sujeitaram a ela 
Este poder-dever de o Estado punir os seus servidores infratores está condicionado à observância das prescrições constitucionais e 
legais que incidem sobre a matéria (Art. 5º, LIV CF), o que nada mais é do que a instauração do processo administrativo disciplinar, 
 
6 
 
assegurando o contraditório e a ampla defesa. Sendo assim, o direito de punir NÃO pode ser exercido de forma arbitrária, desmotivada 
e desproporcional 
Princípios ligados a esse poder são: Princípio da Legalidade, da Motivação e da Razoabilidade/Proporcionalidade 
As formas de punição disciplinar do servidor são as seguintes: 
Advertência 
Suspensão 
Demissão 
Cassação de aposentadoria ou disponibilidade 
Destituição de cargo em comissão 
Destituição de função de confiança 
A Lei nº 8.112/90, que dispõe sobre o regime funcional dos servidores públicos da Administração Direta, Autárquica e Fundacional da 
União, prevê no art. 142, que a ação disciplinar prescreverá em: 
5 ANOS 
Quanto às infrações puníveis com 
demissão 
Cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade 
Destituição de cargo em comissão 
2 ANOS 
Quanto à suspensão 
 
 
 
 
180 DIAS 
Quanto a advertência 
 
 
 
OBS.: O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido, adotando o critério da publicidade 
OBS².: A abertura de sindicância ou instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por 
autoridade competente 
 
PODER REGULAMENTAR 
Confere aos chefes do Executivo atribuição para explicar, esclarecer, explicitar e conferir fiel execução às leis ou disciplinar matéria 
que NÃO se sujeita à iniciativa de lei. Esse poder se exerce por meio da expedição de regulamentos, que são atos administrativos 
normativos de caráter geral e abstrato 
O Poder Regulamentar é privativo dos chefes do Executivo 
Com a EC nº 32/2001, o art. 84, VI da CF teve uma nova redação, tendo os chamados regulamentos autônomos ou independentes, 
que visam regular matérias não reservadas à lei, em especial a respeito da organização e funcionamento da administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos 
Art. 84, IV CF – “Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução” 
Sendo assim, após a EC 32 a Doutrina fala que existe mais um poder regulamentar no Brasil, o chamado regulamento autônomo, art. 
84, VI, b CF, no qual pode extinguir cargos públicos vazios por regulamento, não sendo por fiel execução da lei como no art. 84, IV CF 
Os atos normativos não podem contrariar a lei, nem criar direitos ou impor obrigações, proibições ou penalidades que nela não estejam 
 
7 
 
previstos, sob pena de ofensa ao Princípio da Legalidade 
PODER DE POLÍCIA 
É um Poder que a Administração Pública dispõe para, nos limites da ordem jurídica, resguardar os interesses da coletividade ante os 
interesses individuais, visando compatibilizar e adequar estes interesses com o bem-estar geral da sociedade 
O Poder de Polícia, longe de ser apenas uma faculdade, é um dever e uma atribuição da Administração Pública, da qual ela não pode 
renunciar nem transigir. 
Num sentido amplo, poder de polícia é toda atividade estatal 
que condiciona a liberdade e a propriedade visando adequá-las 
aos interesses coletivos. Abrange tanto o Poder Legislativo 
quanto o Poder Executivo 
 
Num sentido estrito, poder de polícia é aquela atividade 
administrativa, a cargo dos órgãos e das entidades da 
Administração Pública, que se destina a condicionar e restringir 
o exercício das liberdades individuais e o uso, gozo e disposição 
da propriedade, ajustando os objetivos aos interesses coletivos 
e ao bem-estar social da comunidade. Refere-se ao poder de 
polícia administrativa 
 
O poder de polícia administrativa é inerente a toda Administração Pública (União, DF, Estados e Municípios), não se confunde com a 
polícia judiciária e a polícia de manutenção da ordem (polícia civil e militar) 
Sendo assim polícia militar e civil são para assegurar aplicação da lei penal, o que não é a mesma coisa que poder de polícia, NÃO 
CONFUNDA! 
 
O poder de polícia está se contrapondo aos Direitos Fundamentais? Há uma conformidade ou uma contraposição? 
Se o norte do Estado é cumprir e concretizar os direitos fundamentais, não pode ser contraditório o poder de polícia, sendo que o poder 
de polícia serve para a finalidade de contensão da liberdade e propriedade 
Desta forma a finalidade do poder de polícia é garantir os direitos fundamentais 
Seu fundamento encontra no Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado 
 
O poder de polícia pode ser Preventivo ou Repressivo 
PREVENTIVO – Atuação prévia da Administração Pública. Ex.: Alvará de porte de arma, licenciamento ambiental 
REPRESSIVO – Sanção. Ex.: Multa administrativa 
O poder de polícia se exterioriza através de ato administrativo concreto. Ex.: Multa, ou por regulamento, que são as normas 
 
 
 
8 
 
 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
O Estado desempenha fundamentalmente 3 Funções: Função Legislativa, Função Executiva (Administrativa) e Função Judicial. 
Contudo, para realizar tais funções, é necessária uma organização 
Sendo assim a organização legislativa do Estado ocorre quando o Estado provê aos seus órgãos uma estrutura adequada e suficiente 
para exercer a função legislativa 
A organização judiciária do Estado ocorre quando conforma os seus órgãos para o desempenho da função judicial 
A organização administrativa do Estado ocorre quando o Ente Estatal ordena e distribui as funções administrativas, dispondo sobre a 
melhor maneira de cumpri-las 
É datradição do Direito Administrativo Brasileiro adotar-se uma organização administrativa do Estado, a partir da divisão entre 
Administração Pública Direta e Administração Pública Indireta, que se compõem, respectivamente, de: 
• ÓRGÃOS PÚBLICOS 
• ENTIDADES JURÍDICAS, que poderão ser: 
▪ De Direito Público – São as Autarquias, as Fundações Públicas de Direito Público e os Consórcios Públicos 
▪ De Direito Privado – São as Fundações Públicas de Direito Privado, as Sociedades de Economia Mista, as Empresas 
Públicas 
Diante do Decreto-Lei nº 200/67 a Administração Pública Federal teve uma reorganização e repartiu-se em Administração Direta e 
Administração Indireta 
➢ DIRETA ou CENTRALIZADA: Constituída a partir de um conjunto de órgãos públicos despersonalizados, através dos quais o Estado 
desempenha diretamente a atividade administrativa. Isso quer dizer que a própria pessoa política (Estado) realiza diretamente a 
atividade administrativa, servindo-se de órgãos públicos 
➢ INDIRETA ou DESCENTRALIZADA: Constituída a partir de um conjunto de entidades dotadas de personalidade jurídica própria, 
responsáveis pelo exercício de certa e determinada atividade administrativa, por outorga legal da entidade estatal 
OBS.: Administração Pública com o A maiúsculo diz respeito aos sujeitos do direito administrativo / administração pública com o a 
minúsculo diz respeito a atividade administrativa 
SUJEITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Art. 1º CF – Federalismo – União, Distrito e Federal, Estados e Municípios 
Art. 2º CF – Separação dos Poderes – Executivo, Legislativo, Judiciário 
Lei 9.784/99 – Art. 1º, §2º, II: Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - Órgão - A unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta 
II - Entidade - A unidade de atuação dotada de personalidade jurídica 
III - Autoridade - O servidor ou agente público dotado de poder de decisão 
 
9 
 
 
Sujeitos da Administração Pública Direta 
São entes da administração pública direta a União, Estados 
membros, Distrito Federal e Município 
Dentro de cada um desses entes há os órgãos públicos, que são 
o núcleo de competências, unidades de atuação 
 
Sujeitos da Administração Pública Indireta 
Autarquias, Fundações, Empresas Públicas, Sociedades de 
Economia Mista, Consórcio Públicos 
Decreto Lei 200/67 – Define o que são autarquias: São criadas 
pelo Estado visando prestar serviços públicos 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
O órgão público consiste em um centro de competências ou atribuições, despersonalizado e instituído por lei para o desempenho de 
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertence 
Teorias (Nomenclaturas): 
Teoria da Representação – Defendia 
que o agente público era legalmente o 
representante da pessoa jurídica estatal. 
Foi superada, pois considerava a pessoa 
jurídica estatal como um incapaz, que 
precisa de representação legal 
Teoria do Mandato – Afirmava que o 
agente público era o mandatário da 
pessoa jurídica. Mas quem iria outorgar 
o mandato, se o Estado não tem vontade 
própria? Foi superado também 
 
Teoria do Órgão Público – O órgão, 
como mero centro despersonalizado de 
competências, é uma parte da pessoa 
jurídica estatal. O órgão não é pessoa, 
não e sujeito de direitos, nem de 
obrigações. Teoria adotada 
CLASSIFICAÇÃO dos órgãos públicos: 
Quanto a hierarquia: Órgãos 
Independentes; Órgãos Autônomos; 
Órgãos Superiores; Órgãos Subalternos 
Quanto à estrutura: Órgãos Simples ou 
Unitários; Órgãos Compostos 
Quanto à esfera de atuação: Órgãos 
Centrais; Órgãos Locais 
 
DESCENTRALIZAÇÃO 
Forma de distribuição de competência que se dá de uma entidade para outra, sendo duas pessoas jurídicas distintas, a estatal e a 
pessoa por ela criada 
Sendo assim é realizada de forma descentralizada quando a entidade estatal a exerce, não diretamente, mas de forma indireta, através 
de entidades administrativas que cria para esse fim específico 
Pode se dar da seguinte forma: 
a) Territorial – Se cria uma entidade, a partir da especificação de uma área geográfica, dotando-se de personalidade jurídica de direito 
público e de competência administrativa genérica. Ex.: Criação de territórios (Art. 18 CF) 
 
10 
 
b) Por Colaboração – Ocorre através de contrato administrativo de concessão ou permissão de serviços públicos, ou de simples ato 
administrativo unilateral de autorização, por meio do qual o Estado delega a particulares prestações de um serviço público. Ex.: 
Empresas concessionárias prestadoras de serviços públicos de energia elétrica, comunicação etc 
c) Por Serviço ou Funcional – Cria uma entidade administrativa, com personalidade jurídica própria, para exercer uma atividade em 
caráter específico, transferindo-se para o ente descentralizado poderes de decisão para o desempenho dessas atividades 
específicas. Ex.: Autarquias, Fundações governamentais etc 
DESCONCENTRAÇÃO 
Forma de distribuição de competência que a distribuição se dá internamente, dentro da própria entidade com competência para 
desempenhar a função, entre os seus próprios órgãos 
Ex.: Agências reguladoras – Autarquias que surgiram na década de 90. Ex.: ANEEL, ANATEL, ANA, ANVISA, ANS, ANP, ANTT, ANAC 
PRIVATIZAÇÃO 
Consiste na venda de uma empresa estatal para um particular 
ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
 
AUTARQUIAS 
São pessoas jurídicas de direito público com capacidade exclusivamente administrativa. São criadas por lei específica para exercer, em 
caráter especializado e com prerrogativas de poder, serviços públicos 
Para tanto, possuem autonomia administrativa, financeira e técnica e são dotadas de amplas prerrogativas públicas, de modo que 
todos os poderes conferidos às entidades estatais são a elas estendidos, inclusive as imunidades tributárias referentes aos impostos 
sobre rendas, serviços e patrimônio 
Seus bens são públicos 
FUNDAÇÕES 
Fundação é um patrimônio público personalizado e afetado a um determinado fim público 
A Fundação governamental de direito público é pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração Pública Indireta, criada 
pelo Estado, após autorização de lei específica, para prestação de certos serviços públicos típicos 
Já a Fundação governamental de direito privado é pessoa jurídica de direito privado, também integrante da Administração Pública 
Indireta e criada pelo Estado para o exercício de uma determinada atividade, consistente num patrimônio público personalizado e 
regido por normas de direito privado 
EMPRESA PÚBLICA 
Pessoa jurídica de Direito Privado, com capital exclusivamente público. Pode ser criada para prestar serviços público ou para explorar 
atividade econômica 
 
11 
 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
Pessoa jurídica de Direito Privado, com capital parcialmente público e parcialmente privado. Poder ser criada para prestar serviço 
público ou para explorar atividade econômica. Ex.: Petrobrás 
Distinção de Economia Mista e Empresa Pública 
a. Quanto à forma de organização: Empresas Públicas são livres. Para a Sociedade de Economia Mista só pode ser S.A (Sociedade 
anônima) 
b. Quanto a composição do capital inicial: Empresas Públicas tem 100% capital público e Economia Mista o capital é misto 
c. Quanto ao foro competente: As Empresas Públicas são julgadas pela Justiça Federal (União), As Sociedades de Economia Mista 
pela Justiça Estadual 
AGENCIA REGULADORAS 
Autarquias em regime especial, criadas para exercerem a disciplina e o controle administrativo sobre os atos e contratos que dizem 
respeito à prestação de um serviço público específico ou a determinada atividade econômica 
Conferida maior estabilidade e independênciaem relação ao ente que as criou 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS 
São o ato do Chefe do Poder Executivo que declara uma autarquia ou fundação uma agencia executiva, a vantagem é permitir que não 
participem de algumas modalidades de licitação 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS 
Lei do Consórcio Público nº 11.107/05 e Art. 241 da CF 
Cuida-se de pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, instituída pelas entidades da Federação por meio do contrato, 
cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções, devidamente ratificado por lei de cada uma das entidades 
federadas instituidoras, para a gestão associada de serviços públicos de interesse comum 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
Através dos atos administrativos que as normas abstratas são aplicadas na prática 
O Código Civil de 2002 disciplina na parte geral as pessoas, as coisas e os fatos jurídicos. O que nos interessa são os fatos jurídicos, que 
são entendidos de uma acepção ampla, na qual abrange o fato jurídico em sentido estrito, o ato jurídico e o negócio jurídico 
O fato jurídico em sentido amplo são todas as situações da vida que o direito prepara uma consequência jurídica, sendo dividido em: 
• O Fato Jurídico em sentido estrito ocorre sem a vontade da pessoa. Ex.: A morte, o nascimento 
• Ato Jurídico ou Ato Lícito é um ato que a pessoa realiza pela sua vontade que tem consequências jurídicas 
• Negócio Jurídico é o ato realizado por mais de uma pessoa (bilateralidade) com vontade 
OBS.: Ato Ilícito entrou no sistema jurídico diante do doutrinador Hans Kelsen 
Por isso a Administração Pública quando pratica atos administrativos está dentro da categoria de Ato Jurídico (Ato Lícito) 
 
12 
 
Desta forma o Ato Administração é um ato de vontade, estando o interesse público na lei (princípio da legalidade) 
Fato jurídico administrativo em sentido estrito pode ocorrer, como exemplo a aposentadoria do servidor ou a morte do servidor, sendo 
que diante disto ocorrem consequências jurídicas 
Para Hely Lopes Meirelles o conceito de Ato Administrativo é: “Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da 
Administração Pública, que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e 
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria” 
Para Hely Lopes o sujeito que pratica o ato administrativo é a Administração Pública, porém a Administração Pública pode praticar atos 
de direito privado, desta forma por isso a Administração deve agir na qualidade de poder público em que pratica o ato administrativo 
 
Para Celso Antônio Bandeira de Mello o conceito de Ato Administrativo é: “Ato administrativo é uma declaração do Estado (ou de 
quem lhe faça as vezes, como por exemplo, um concessionário de exercício púbico), no exercício de prerrogativas públicas, manifestada 
mediante providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitar a controle da legitimidade por órgão 
jurisdicional” 
 
Atributos que decorrem do ato administrativo 
▪ Auto executoriedade 
▪ Presunção de veracidade/legitimidade 
▪ Tipicidade – O ato administrativo deve ter previsão 
legal 
▪ Imperatividade 
▪ Exigibilidade 
Elementos que os Atos Administrativos devem preencher: 
• Sujeito competente 
• Finalidade pública 
• Forma prescrita em lei – Os atos administrativos 
podem ser tanto escritos como verbais 
• Motivo – Fato jurídico que vai ensejar a prática do ato 
administrativo 
• Objeto – Sobre pessoa ou coisa que irá incidir o ato 
administrativo 
Art. 2º da Lei da Ação Popular nº 4.717/55 aponta os elementos acima citados. 
A doutrina moderna coloca mais dois elementos: Causa e Motivação 
 
Classificação Genérica dos Atos Administrativos 
Atos Simples – Uma única vontade de um agente público para 
formar o ato 
Ato Complexo – Mais de um órgão público tem que falar para 
valer o ato administrativo 
Ato Composto – Um órgão tem que falar e o outro deve 
certificar que está correto 
Atos Gerais – Ocorrem em situações indeterminadas 
Atos Individuais – Tem por destinatários pessoas certas, 
determinadas e nominadas, produzindo efeitos jurídicos 
concretos 
Atos Constitutivos – Efeitos se destinam a criar situações 
jurídicas antes inexistentes 
 
13 
 
Atos Declaratórios – Efeitos se destinam a declarar a existência 
de relação jurídica desde antes ocorrente no mundo jurídico 
Atos Meramente Nunciativos – Efeitos se prestam apenas a 
emitir um juízo de conhecimento ou de opinião, atestando ou 
reconhecendo uma determinada situação de fato ou de direito 
Atos Discricionários X Atos Vinculados – Atos discricionários 
margem de liberdade maior da administração pública para 
praticar o ato, ocorrem quando há motivo, conveniência e 
oportunidade da Administração Pública; Atos vinculados não há 
margem de liberdade para o administrador público, a lei diz 
exatamente quando deverá ser praticado o ato administrativo 
 
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
A morte ou extinção dos atos administrativos pode ser natural, o que ocorre quando os efeitos aos quais estava preordenado cumprem-
se. Entretanto as causas que determinam a extinção dos atos administrativos são: 
Os Atos Administrativos eficazes podem extinguir-se: 
I. Pelo cumprimento dos seus efeitos jurídicos – Uma vez cumpridos os seus efeitos, não há mais razão de ser para a 
permanência dos atos administrativos. Pode ocorrer de 3 formas: 
• Esgotamento do conteúdo jurídico do ato administrativo – O conteúdo é a própria disposição jurídica do ato administrativo, 
sendo que, exaurido, cumpre-se o ato. Ex.: Férias de um servidor público (quando acaba as férias extingue-se o ato) 
• Execução material do que o ato determina – Ato determinava um comando que já foi materialmente executado. Ex.: 
Cumprimento de uma ordem, executada, de demolição de uma casa 
• Implemento de uma condição resolutiva ou de um termo final – Com o implemento da condição, resolve-se o ato por extinguir 
os seus efeitos, assim como o termo final. Ex.: Permissão de uso de águas públicas desde que as águas do rio não fiquem abaixo 
de determinado limite 
 
II. Pelo desaparecimento da pessoa ou do objeto da relação jurídica que o ato constitui – O ato administrativo também se 
extingue pelo desaparecimento da pessoa ou do objeto da relação jurídica que ele constitui. Ex.: Morte de um servidor 
público que se encontrava investido em cargo efetivo 
 
III. Pela retirada do ato em razão da pratica de outro ato administrativo – Também se extingue pela retirada do ato em razão da 
prática de outro ato. Ocorre em 5 hipóteses: 
• Revogação – Razões de conveniência e oportunidade 
• Invalidação – Vício de ilegalidade que contaminou o ato desde a sua origem 
• Cassação – Vício superveniente 
• Caducidade – Forma de perecimento do ato administrativo 
• Contraposição – Ato posterior, elaborado em momento diverso e no exercício de competência diversa, se colide com 
a anterior. Ex.: Nomeação e exoneração 
 
IV. Pela renúncia – O Ato administrativo se extingue pela renúncia do beneficiário 
OBS.: Invalidade – Anulabilidade o ato pode ser anulado e Nulidade o ato é nulo desde a sua origem 
OBS².: Revogação – O limite para investigar a conveniência e oportunidade é o direito adquirido, Súmulas 346 e 473 do STF 
 
14 
 
 
 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
Art. 2º CF – Tripartição de Poderes 
Para proferir uma sentença o Poder Judiciário, quer seja na esfera contenciosa ou administrativamente, basta o particular 
simplesmente pleitear uma sentença? Claro que não, para isso necessita da realização de um processo, na qual a sentença dá um fim 
no processo 
O Poder Legislativo pode do dia pra noite falar: Hoje vamosvotar e fazer uma determinada lei? Claro que não, pois necessita de um 
projeto de lei. Esse Projeto de lei irá resultar um processo legislativo, sendo necessário passar por inúmeros processos até se chegar a 
votação da lei. Tudo isso porque a CF diz que é preciso o processo administrativo 
O Poder Executivo pode expedir uma licença ambiental simplesmente por alguém requisitar? Claro que não, pois precisa de um 
processo administrativo para tal licença ser expedida 
Observe que diante dos Três Poderes é necessário um processo administrativo, estudamos melhor isso em Teoria Geral do Processo 
Como complemento, na obra de Niklas Luhmann, “Legitimação pelo procedimento” quer dizer que para o ato ter validade no Direito 
Moderno é necessário cumprir o procedimento 
A FONTE JURÍDICA que traça as diretrizes para o processo administrativo é a nossa Constituição Federal, que emanam através de seus 
princípios, como o direito fundamental à ampla defesa e ao contraditório, ao devido processo legal, celeridade e eficiência, gratuidade, 
duplo grau de Jurisdição, Juiz natural 
O processo é um instrumento da aplicação da jurisdição, em outras palavras, é um conjunto entrelaçado de atos para a obtenção de 
finalidade 
O procedimento é a forma de marcha dos atos 
Lei 9.784/99 – Lei Geral Federal do Processo Administrativo 
Servirá para a Administração Federal, sendo aplicadas as normais gerais e as normas específicas. As normas gerais 
Seus Princípios estão no art. 2º, parágrafo único da Lei Federal¸ sendo considerados normas jurídicas 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: 
I – Atuação conforme a lei e o Direito; 
II – Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em 
lei; 
III – Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; 
IV – Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; 
V – Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; 
VI – Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas 
 
15 
 
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; 
VII – Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; 
VIII – Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; 
IX – Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos 
administrados; 
X – Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, 
nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; 
XI – Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; 
XII – Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; 
XIII – Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada 
aplicação retroativa de nova interpretação. 
 
Lei 10.177/98 – Lei Geral Estadual do Processo Administrativo 
Servirá para a Administração Estadual e aplicam normas gerais e específicas, porém as normas federais específicas não são aplicadas, 
somente as específicas estaduais 
Há Leis de Processos Específicos, como: 
• Processo fiscal federal – Conselho de Contribuintes 
• Processo tributário estadual – Tribunal de Imposto e Taxas 
• Licenciamento ambiental – Resoluções do CONAMA 
• Desapropriação amigável – Decreto-lei 3.365/41 
 
REGIME JURÍDICO DO SERVIDOR PÚBLICO 
Como se sabe, o Estado é uma organização, dotada de atribuições, responsabilidades e de uma estrutura mínima instituída para servir 
a sociedade e o cidadão 
Sendo assim, para o Estado desempenhar as suas funções, concretizar as suas escolhas políticas e promover o bem comum, o Estado 
se vale de um conjunto de pessoa físicas ou humanas, que agem em seu nome e por isso mesmo denominadas agentes públicos 
Os agentes públicos (Art. 37, I CF) constituem uma categoria genérica de pessoas físicas que, de algum modo e a qualquer título, 
exercem funções estatais, independentemente da natureza ou tipo de vínculo que entretêm o Estado. Com base nisso dá para concluir 
que tanto faz se o agente é permanente ou eventual, se é remunerado ou não, se é institucional ou contratual, pois basta que exerça 
funções estatais, agindo em nome do Estado, para ser qualificado como agente público 
Essa noção de agente públicos é bem ampla, e compreende todos quantos exerçam funções públicas, de qualquer natureza, como os: 
Chefes do Poder Executivo da União, do DF, dos Estados e dos Municípios, com seus vices e auxiliares diretos; Parlamentares das três 
esferas políticas; Magistrados em geral; Membros do MP da União e dos Estados; Titulares e ocupantes de empregos públicos da 
 
16 
 
Administração Direta e Indireta dos três Poderes; Contratados para funções temporárias; Concessionários, Permissionários e 
Autorizatários de serviços públicos; Delegados de função ou ofício público; Requisitados, Contratados e Gestores de negócios públicos 
Espécies de Agentes Públicos 
São classificados da seguinte forma: 
Agentes Políticos 
 
Agentes ou Servidores administrativos 
do Estado 
Particulares em colaboração com o 
Estado 
 
AGENTES POLÍTICOS 
São todos aqueles que exercem funções políticas do Estado e titularizam cargos ou mandatos de altíssimo escalão, somente se 
subordinando à CF. São os agentes que estão funcionalmente posicionados no escalão máximo da estrutura orgânica do Estado e gozam 
de ampla independência funcional e prerrogativas de atuação. 
Para Celso Antônio Bandeira de Melo, são agentes políticos: 
Presidente da República, Vice-Presidente e seus ministros 
Governadores, Vice-Governadores e seus secretários de Estado 
Prefeitos, Vice-Prefeitos e seus secretários municipais 
Senadores 
Deputados Federais e Estaduais 
Vereadores 
OBS.: Celso Antônio deixa de fora os membros do Poder Judiciário e do MP desta categoria, pois não tomam decisões políticas 
Para Hely Lopes Meirelles o Poder Judiciário, o MP, o Tribunal de Contas e os membros da carreira diplomática são agentes politicos 
O STF, entende pacificamente, que o Poder Judiciário e o MP são também agentes políticos 
Com a EC 45/04 também passaram a ser agente políticos o CNJ, o CNMP e as Defensorias Públicas Estaduais 
 
AGENTES OU SERVIDORES ADMINISTRATIVOS DO ESTADO 
São todos aqueles agentes públicos que mantêm com o Estado ou suas entidades da Administração Indireta relação de trabalho de 
natureza profissional e caráter não eventual, sob vínculo de dependência, para o desempenho de funções puramente administrativas 
São divididos em: 
• Servidores Públicos 
• Servidores empregados (ou empregados públicos) 
• Servidores temporários 
• Servidores militares 
 
Servidores Públicos 
Agentes que entretêm relação de trabalho profissional e permanente com as Entidades de Direito Público 
 
17 
 
Foi adotado para os servidores públicos o regime jurídico único, de modo que, independentemente de o servidor se encontrar 
funcionalmente vinculado à administração pública direta ou à autarquia ou à fundação pública da entidade política, o regime jurídico é 
o mesmo e consistirá naquele previsto em lei especial da entidade estatal respectiva 
Com base nisso a União instituiu o regime jurídico para os servidores de sua administração direta, suas autarquias e fundações públicas 
por meio da Lei nº 8.112/90 
O DF, os Estados e os Municípios passaram igualmente a adotar os regimes jurídicos através de suas leisespecíficas 
Esse regime jurídico, previsto em lei especial de cada entidade política, passou a ser conhecido como REGIME ESTATUTÁRIO 
Entretanto, esse regime jurídico único, vigorou até o advento da EC nº 19/98, pois com a Emenda tornou possível a adoção de regimes 
jurídicos distintos entre os servidores públicos da mesma esfera do governo 
Desta forma os servidores públicos da administração pública direta, das autarquias e das fundações de direito público podem se 
submeter a regimes jurídicos diferenciados 
 
 
18 
 
Nosso conteúdo de Direito Administrativo da Parte 2 encerra aqui 
 
Esperamos que este eBook ajude em seus estudos. O objetivo desta didática é fazer com que o entendimento 
do mundo jurídico fique muito mais fácil e que seu aprendizado seja rápido 
 
Desta forma você estará acelerando o seu conhecimento, economizando um tempo valioso e se preparando 
para ser um excelente profissional 
 
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