Buscar

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Princípio da Legalidade
Encontrado no inciso II do art. 5° da Constituição, o princípio da legalidade visa fundamentalmente combater o poder arbitrário do Estado. Impõe que somente a lei pode criar obrigações para o indivíduo, uma vez que, ela é expressão legítima da nação.
Em resumo, o princípio da legalidade diz respeito à obediência às leis. Por meio dele, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.
Pode-se encontrar esse princípio em três ramos do direito: no Penal, Direito Administrativo e Direito Tributário.
Sendo assim de âmbito penal o princípio da legalidade se desdobra em outros dois: princípio da anterioridade da lei penal e princípio da reserva legal, no qual diz respeito ao entendimento de que somente uma lei (em sentido formal) pode conter o tipo penal e respectiva pena e não se pode impor uma pena a um fato praticado antes da edição desta lei, exceto se for em benefício do réu. 
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (art. 5º, XXXIX da CF)
Fica notório que em se tratando do ramo penal ninguém será punido sem que haja uma lei prévia, escrita, estrita e certa.
Já no Direito Administrativo o princípio da Legalidade também é condição base de qualquer ato praticado pelo Administrador público, sendo assim é regulamentado na CF/88 no Título III, da organização da Administração Pública, e é expressamente determinado no art. 37 que a Administração Pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, Estados, Distrito Federal, e Municípios obedecerão em seus atos os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, e eficiência. Portanto nota-se que estes cinco princípios são reconhecidos como os mais gerais princípios expressos.
Conclui-se que para o administrado o princípio da legalidade representa uma garantia constitucional, isso porque lhe assegura que a atuação da administração estará limitada ao que dispuser a lei.
Sendo assim a legalidade tanto para o particular, quanto para a administração pública, é de observância obrigatória segundo os ditames constitucionais, pois, se praticado um ato relevante ao ordenamento jurídico sem levar-se em conta o princípio da legalidade, este ato esta passível de anulação, uma vez que será inválido.
E por fim no Direito tributário, o princípio da legalidade determina que só haverá cobrança, instituição ou modificação de tributo quando houver a devida previsão legal para isto. Não pode um decreto ou outro instrumento infra-legal o fazê-lo.
Além disso, é importante não confundir a legalidade com legitimidade.
	Legalidade
	Legitimidade
	É um princípio expresso na CF de abrangência ampla, pois por ele fica certo que qualquer comando jurídico há de provir de uma das espécies normativas devidamente elaboradas conforme as regras de processo legislativo constitucional.
	Não é um conceito puramente jurídico, mas sim uma visão de cunho político-ideológico.
Este fundamento seria a existência de uma moral convencional que, por determinar normas prévias, gerais e vinculantes para todos, possibilitam o surgimento de um poder político que possa justificar a sua autoridade coercitiva
No entanto, pode-se afirmar que o sistema jurídico Brasileiro não prevê o controle da legitimidade das normas, mas tão somente o da legalidade.
Pode-se verificar, através do apresentado, que o princípio da legalidade mais se aproxima de uma garantia constitucional do que um direito individual, já que ele não tutela, especificamente, um bem da vida, mas assegura ao particular a prerrogativa de repelir as injunções que lhe sejam impostas por outra via que não seja a lei.

Outros materiais