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26/03/2017 1 PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS • ANEMIAS • LEUCEMIA • LINFOMAS MALIGNOS • MIELOMA MÚLTIPLO ANEMIAS • Anemia vem do grego, an = privação, haima = sangue. • É quando a concentração da hemoglobina sanguínea diminui. • OMS:13 g/dL para homens, 12 g/dL para mulheres, e 11 g/dL para gestantes e crianças entre 6 meses e 6 anos. • A hemoglobina é o pigmento que dá a cor aos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões aos tecidos. ANEMIAS • A anemia é mas uma síndrome, pois pode decorrer por várias causas; • Classificação das anemias: - aguda ou crônica. 26/03/2017 2 ANEMIAS AGUDAS • Perda súbita de sangue. • A falta de volume no sistema circulatório é mais importante que a falta de hemoglobina. • Perdas entre 10 e 20% causam hipotensão postural, tonturas e desmaios. • Perdas acima de 20% há taquicardia, extremidades frias, palidez extrema, e hipotensão, depois choque. • Perda ultrapassar 30%, sem reposição imediata de líquidos intravenosos, o choque torna-se rapidamente irreversível e mortal. ANEMIAS CRÔNICAS • Não há baixa do volume sanguíneo. • Falta de hemoglobina, diminuição do número de eritrócitos, causa descoramento do sangue, com palidez do paciente, e falta de oxigênio em todos os órgãos. • O sistema nervoso central, o coração e a massa muscular são os órgãos mais afetados, pois são os que mais necessitam oxigênio para suas funções. • A sintomatologia aumenta com a atividade física, pois esta consome oxigênio. ANEMIAS CRÔNICAS • Hemoglobina entre 9 e 11 g/dl: irritabilidade, cefaléia e astenia psíquica; nos IDOSOS: fatigabilidade e podem ocorrer dores anginosa. • Hemoglobina entre 6 e 9 g/Dl: taquicardia, dispnéia e fadiga aos menores esforços. • Hemoglobina abaixo de 6 g/dL: a sintomatologia está presente mesmo em atividades sedentárias. • Abaixo de 3,5 g/dL: insuficiência cardíaca é iminente e toda a atividade impossível. ANEMIAS Diagnóstico: Hemograma: exame fundamental - Contam e medem os eritrócitos; - As melhores máquinas distinguem e contam os eritrócitos mais jovens (reticulócitos), permitindo-se assim uma avaliação da produção diária e da resposta regenerativa à anemia. ANEMIAS Mais frequentes: Anemia da carência de ferro (anemia ferropênica); Anemia das carências de vitamina B12 (anemia perniciosa) e de ácido fólico; Anemia das doenças crônicas; Anemias por defeitos genéticos: - anemia de células falciformes; talassemias; esferocitose; deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase (favismo). ANEMIAS Mais frequentes: Anemias por agressão periférica aos eritrócitos: - malária; anemias hemolíticas imunológicas; anemia por fragmentação dos eritrócito; Anemias decorrentes de doenças da medula óssea: - anemia aplástica; leucemias e tumores na medula. 26/03/2017 3 ANEMIAS DADOS LABORATORIAIS: • Eritrócitos (hemácias): 5 milhões por mm3; • Leucócitos (células brancas): 5.000 a 10.000 mm3; • Plaquetas: 150.000 a 450.000 mm3; • Hematócrito: 40 a 50% Cuidados de enfermagem ao paciente com anemia DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM CLIENTES COM ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS: USO DA TAXONOMIA I DA NANDA - artigo CUIDADOS DE ENFERMAGEM - Orientar a família sobre: 1. Os sinais e sintomas (Manifestações Clínicas) de uma crise falciforme, como a desidratação, dor e o estresse do paciente. 2. A importância de o hábito alimentar saudável, rico em frutas, legumes e verduras; como também, a necessidade do consumo de doces e proteínas. 3. Evitar mudanças bruscas de temperatura (ambiente muito frio ou muito quente); 4. Importância da participação dos pais no cuidado e apoio durante a internação; 26/03/2017 4 Cuidados de Enfermagem durante a Hospitalização 1- Assegurar a permanência dos pais durante a hospitalização; 2- Evitar mudanças bruscas de temperatura (ambiente muito frio ou muito quente); 3- Promover ambiente seguro e tranquilo; 4- Permitir uso de brinquedos para pacientes na pediatria; 5- Administrar analgésicos, antitérmicos e antibióticos prescritos e avaliar após 1 hora; 6- Observar Edema nos membros inferiores; 7- Elevar membros inferiores para diminuir edemas; 8- Estimular movimentos de membros; 9- Fazer massagem com hidratante 3 vezes ao dia; 10- Fazer controle hídrico; 11- Atentar para os riscos de úlcera nos MMII (pés e pernas); 12- Observar sinais e sintomas que levam ao processo de infecção; 13- Mudança de decúbito de 3 em 3 horas; 14- Realizar higiene corporal através de banho 1 vez ou mais ao dia de acordo com a necessidade; 15- Realizar curativo nas lesões; 16- Avaliar sinais de desidratação; 17- Avaliar sinais de choque; 18- Controlar os Sinais Vitais (SSVV); 19- Estimular aceitação da dieta rica em ferro e proteína; 20- Controlar o peso diário; 21- Ensinar o paciente como esvaziar a bexiga no início da crise de Priapismo, com exercício e banho morno. DEFINIÇÕES Leucopenia: é uma condição na qual o número de leucócitos é menor do que o normal; Agranulocitose: é uma condição potencialmente fatal na qual á ausência quase total de leucócitos polimorfonucleares (PMN-fagocitose). - A leucometria menor a 5.000 mm3 ou número de granulócitos menor do que 2.000 mm3 são anormais e podem ser o sinal de doença generalizada da medula óssea. LEUCEMIA • É a proliferação ou acúmulo desregulada de leucócitos na medula óssea que substitui os elementos normais medulares; • Há proliferação no fígado, baço, linfonodos e invasão nos órgãos não hematológicos como as meninges, rins e a pele; • São classificados de acordo com a linhagem celular afetada 26/03/2017 5 LEUCEMIA • TIPOS: • Leucemia mielocítica aguda (LMA) • Leucemia mielocítica crônica • Leucemia linfocítica aguda • Leucemia linfocítica crônica • CAUSAS: • genéticas, • viral, • exposição excessiva a irradiação • substâncias químicas. LEUCEMIA MIELOCÍTICA AGUDA • Afeta células matriz hematopoiética que diferencia em todas as células mielóides: monócitos, granulócitos (basófilos, neutrófilos e eosinófilos), eritrócitos e plaquetas; • Todos os grupos etários são afetados; • Alta incidência com a idade. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Granulocitopenia determina vulnerabilidade à infecção; • Anemia que causa fraqueza e fadiga; • Trombocitopenia (tendências hemorrágicas); • Proliferação de células leucêmicas nos órgãos provocando vários outros sintomas: dor no fígado ou baço volumoso, linfadenopatia, cefaléia, vômitos secundário a leucemia meníngea e a dor óssea devido a expansão medular; • Início insidioso surgindo de 1 a 6 meses com diminuição do número de plaquetas e hemácias; • Percentual de células normais diminuída; TRATAMENTO: • Quimioterapia, administração de hemoderivados e tratamento imediato de infecções; • Transplante de medula óssea após a destruição da medula leucêmica pela quimioterapia e também por compatibilidade. LEUCEMIA MIELOCÍTICA CRÔNICA • Câncer de células matrizes mielóides; • Há mais células normais do que na forma aguda e a doença é mais leve; • Anomalia genética chamada cromossoma 26/03/2017 6 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Semelhante a LMA, sinais e sintomas são mais amenos. • Ocorre esplenomegalia com freqüência. TRATAMENTO: • Quimioterapia, • Transplante de medula, • Pode levar a LMA. LEUCEMIA LIFOCÍTICA AGUDA • É uma proliferação maligna de linfoblastos, • Comum em crianças pequenas, • Homens mais afetados do que as mulheres (4 anos de idade); • É incomum depois dos 15 anos de idade MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Linfócitos imaturos proliferam na medula óssea e no tecido periférico congestionado dificulta o desenvolvimento celular normal; • Leucopenia, anemia e trombocitopenia; • O número de eritróctos eplaquetas menores , As leucometria podem ser MAIOR ou MENOS mas com células imaturas. TRATAMENTO: • Quimioterapia LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA • Afeta pessoas acima de 40 anos, sendo mais comum em homens MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Assintomático e o diagnóstico é feito durante o exame físico; • Adenomegalias, • Anemia, • Infecção • Aumento do volume dos órgãos abdominais. TRATAMENTO: • Quimioterapia com esteróides. PROCESSO DE ENFERMAGEM: • Avaliação: • Histórico • Exame físico • Fraqueza e fadiga • Pétequias • Tendências hemorrágicas • Equimoses • Dor • Cefaléia • Vômito • Febre • Infecção • Exames de sangue CUIDADOS DE ENFERMAGEM 1. Conhecer os efeitos adversos da Quimioterapia utilizada, classificação e ação dos agentes e interações entre as drogas. 2. Atentar para o tipo de tratamento, evolução clínica (estágio da doença) e ainda para a história de tolerância aos ciclos anteriores de quimioterapia. 3. Observar presença de hiperemia, edema, dor no sítio de punção durante a administração dos quimioterápicos; 4. Monitorar os sinais de infecção; 5. Avaliar sinais vitais e iniciar curva térmica (controle da temperatura); 6. Na presença de alterações indicativas de infecção, colher amostras de sangue e urina para cultura; 7. Proceder à transfusão sangue com Concentrado de Hemácias quando prescritos; 26/03/2017 7 8.Encaminhar ao Serviço de Nutrição e Dietética para estruturação de uma dieta adequada; 9. Administrar suplementos férricos (Sulfato Ferroso) quando prescritos; 10. Incentivar períodos mais prolongados e freqüentes de sono e repouso; 11. Proporcionar um ambiente seguro, calmo. 12. Providenciar cobertores (caso de hipotermia) e roupas adicionais (casos de sudorese excessiva); LINFOMAS MALIGNOS • São neoplasias das células de origem linfóide, • São classificadas segundo o grau de diferenciação celular • A origem das células malignas • Começam nos linfonodos mas podem afetar o tecido linfóide do baço, do TGI, do fígado ou da medula óssea; • Freqüentemente há propagação para os tecidos extra-linfáticos (pulmões, rins e pele). DOENÇA DE HODGKIN: • Patologia maligna de origem desconhecida, com início no sistema linfático e afeta principalmente os linfonodos; • célula maligna encontrada é a célula de Reed- Sternberg: célula tumoral gigante atípica, morfologicamente especial e de linhagem incerta. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Adenomegalias indolores em um dos lados do pescoço visíveis; • Prurido generalizado; • Linfonodos firmes e individualizados (indolores); • Linfonodos contralaterais do pescoço também aumentado; • Adenomegalias indolores em um dos lados do pescoço visíveis; • Prurido generalizado; • Linfonodos firmes e individualizados (indolores); • Linfonodos contralaterais do pescoço também aumentado; • Em alguns pacientes os primeiros linfonodos a crescerem são os axilares e inguinal; • Anemia • Hipertermia; • Linfonodos do mediastino e do retroperitônio também aumenta o volume comprimindo estruturas adjacentes: • Compressão da traquéia causa dispnéia; • Compressão do esôfago que causa disfagia; • Compressão dos nervos que causa paralisia laríngea e neuralgias traqueais, lombares e sacrais; • Compressão das veias resulta em edema de extremidades e derrames na pleura ou no peritônio; 26/03/2017 8 • Compressão do colédoco causa icterícia obstrutiva; • Hepatoesplenomegalia; • Perda ponderal; • Infecções; • Anasarca e Hipotensão. anasarca hepatoesplenomegalia • DOENÇA DE HODGKIN: • AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: • Histopatológico, biópsia do linfonodo; • Exames laboratoriais (hemograma completo, plaquetometria, função hepática e renal); • Biópsia da medula óssea; • Cintilografia hepática, esplênica e dos ossos da pelve, vértebras e ossos longos; • Raio X de tórax. TRATAMENTO: • Dissemina-se do seu local de origem (único linfonodo) para os canais linfáticos até os linfonodos contíguos; • Radioterapia desde que não haja metástase; • Quimioterapia para metástase 26/03/2017 9 26/03/2017 10 MIELOMA MÚLTIPLO • Doença maligna dos plasmócitos que infiltram o osso, linfonodos, fígado, baço e rins; • Células maligna é o plasmócito com proliferação neoplásica principalmente na medula óssea. • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Anemia normocrômica, normocítica, • Lombalgia, • Leucopenia ou trombocitopenia devido infiltração da medula óssea pelos plasmócitos malignos 26/03/2017 11 TRATAMENTO: • Drogas para diminuir o tumor e alívio da dor; • Líquidos para diluir PTNs de Bence-Jones, evitando lesão renal e a hipercalcemia; • Investigar sinais e sintomas de Insuficiência Renal; • Evitar jejum para exames devido a possibilidade de Insuficiência Renal; • Evitar infecção e administrar Analgésico; • Estimular atividades devido dor óssea (hipecalcemia) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: • Biópsia da medula óssea e radiografia óssea; • Plasmócitos malignos produzem grandes quantidades de globulinas anormais que aparecem na eletroforese do soro; • Na urina os fragmentos dessas globulinas são excretadas como PTNs de Bence-Jones; • Hipercalcemia (incapacitação óssea). DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM: Risco para infecção Risco de queda Risco de sangramento Proteção ineficaz Dor crônica Risco de desequilíbrio eletrolítico. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: orientar sobre higiene das mãos, controle dos sinais vitais, observar sinais de infecção, monitorar resultados de exames laboratoriais, implementar cuidados com administração de medicamentos, avaliar intensidade da dor e realizar balanço hídrico. Obrigado!
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