Buscar

DOENÇAS SISTEMATIZAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

8
Considerações Iniciais
O presente trabalho tem como objetivo falar sobre 3 tipos de doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, doenças dermatológicas, seus respectivos termos técnicos e apoptose.
As doenças cardiovasculares são aquelas que afetam o coração e as artérias, como os já citados enfarte e acidente vascular cerebral, e também arritmias cardíacas, isquemias ou anginas. A principal característica das doenças cardiovasculares é a presença da aterosclerose, acúmulo de placas de gorduras nas artérias ao longo dos anos que impede a passagem do sangue. Sendo citadas nesse trabalho as doenças: Arterioesclerose, cardiomiopatia e prolapso da válvula mitral.
As doenças respiratórias são as que afetam o trato e os órgãos do sistema respiratório. Os fatores de risco são tabagismo, a poluição, a exposição profissional a poluentes atmosféricos, as condições alérgicas e doenças do sistema imunitário, entre outros. Sendo citadas nesse trabalho as doenças: Asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) e silicose.
As doenças em dermatologia são muito frequentes, pois afetam a nossa pele. A pele é o maior órgão do nosso corpo. Toda a superfície da sua pele mede de 1,5 a 2 metros quadrados. Devido a esses fatores é muito comum termos alguma doença em nossa pele no decorrer de nossa vida. Sendo citadas nesse trabalho as doenças: Epidermólise bolhosa, psoríase e sarna.
Apoptose é um tipo de morte celular programada, processo necessário para a manutenção do desenvolvimento dos seres vivos, pois está relacionada com a manutenção da homeostase e com a regulação fisiológica do tamanho dos tecidos e também, quando há estímulos patológicos.
Palavras - chave:
Doenças cardíacas; Doenças respiratória; Doenças dermatológicas; Apoptose.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
ARTERIOESCLEROSE
O que é Arteriosclerose?
Arteriosclerose ocorre quando as artérias que levam oxigênio e nutrientes a partir do coração para o restante do corpo tornam-se duras e estreitas. Isto faz com que o fluxo de sangue seja prejudicado. As artérias saudáveis são flexíveis, mas ao longo do tempo podem endurecer. Por isso, aterosclerose é um problema muito associado ao envelhecimento.
Tipos:
Existem cinco tipos de arteriosclerose. São eles:
Aterosclerose: ocorre quando a gordura, o colesterol e outras substâncias levam ao endurecimento e estreitamento das artérias. Ela pode ocorrer em qualquer parte do corpo, incluindo o coração, pernas e os rins
Doença arterial coronariana: Esta condição ocorre quando as artérias coronárias do coração tornam-se duras. As artérias coronárias são os vasos sanguíneos que fornecem oxigênio e sangue ao tecido muscular do coração
Doença da artéria carótida: As artérias carótidas são encontrados em seu pescoço e fornecem sangue para o cérebro. Estas artérias podem ser comprometidas se a placa se acumula em suas paredes. A falta de circulação pode causar uma diminuição de sangue e oxigênio para os tecidos e as células do cérebro
Doença arterial periférica: Suas pernas, braços e parte inferior do corpo dependem dessas artérias para fornecer sangue e oxigênio para os tecidos. Artérias endurecidas na região podem causar problemas de circulação nestas áreas do corpo
Doença renal: As artérias renais fornecem sangue para os rins. Rins filtram os resíduos e água extra a partir de seu sangue. Quando eles não podem filtrar adequadamente, os resíduos se acumulam dentro das artérias renais, tornando-os difíceis. Os vasos endurecidos podem levar à insuficiência renal.
Causas:
A arteriosclerose ocorre quando as artérias se endurecem ou são bloqueadas por gordura, colesterol e outras substâncias.
Fatores de risco
Alguns fatores de risco para a arteriosclerose são:
Tabagismo
Envelhecimento
Níveis de colesterol elevados
Pressão alta
Obesidade
Histórico familiar de arteriosclerose
Sedentarismo
Diabetes
Alimentação rica em gorduras saturadas e colesterol.
Sintomas de Arteriosclerose
Normalmente a pessoa não tem sintomas da arteriosclerose até que as artérias fiquem tão estreitas a ponto de prejudicar algum órgão ou outra parte do corpo. Neste caso, os sintomas irão depender da artéria estreitada ou obstruída.
Alguns sintomas são:
Dor no peito
Dor na perna ou em qualquer outro lugar em que a artéria estiver bloqueada
Fadiga
Confusão, caso o bloqueio seja no cérebro
Fraqueza muscular nas pernas por falta de circulação
Saber quais são os sintomas de um acidente vascular cerebral e de um ataque cardíaco também é importante, pois ambos podem ser causados por arteriosclerose.
Sintomas de um infarto:
Dor ou desconforto no peito
Dor nos ombros, costas, pescoço, braços ou mandíbula
Dor abdominal
Falta de ar
Sudorese
Sensação de tontura
Náuseas ou vômitos
Sensação de morte iminente.
Sintomas de um AVC:
Fraqueza ou dormência na face ou membros
Problemas na fala
Dificuldade em compreender a fala
Problemas na fala
Dificuldade em compreender a fala
Problemas de visão
Perda de equilíbrio
Dor de cabeça súbita e grave.
Diagnóstico de Arteriosclerose
Ao longo do exame físico, o médico irá procurar sinais de que as artérias estão estreitas ou endurecidas e por isso irá:
Checar a pulsação das artérias
Observar se há diminuição da pressão arterial no membro afetado
Observar se há um aneurisma atrás do seu joelho ou no seu abdômen
Observar se há má cicatrização de feridas nas áreas onde o fluxo do sangue é restrito.
Dependendo do resultado do exame físico, seu médico pode pedir:
Exames de sangue: Eles irão identificar o aumento dos níveis de colesterol e de açúcar no sangue que podem aumentar o risco de arteriosclerose. Você precisa ficar sem comer ou beber qualquer coisa de 9 a 12 horas antes de seu exame de sangue
Ultrassom Doppler: O médico pode usar um dispositivo de ultrassom especial para medir a pressão arterial em vários pontos ao longo do seu braço e perna
Eletrocardiograma: Um eletrocardiograma registra como os sinais elétricos viajam através do coração. Um eletrocardiograma pode muitas vezes revelar evidências de um ataque cardíaco anterior. Se os seus sinais e sintomas ocorrem mais frequentemente durante o exercício, o seu médico pode pedir-lhe para andar em uma esteira ou andar de bicicleta estacionária durante um eletrocardiograma.
Teste de esforço: Este teste é usado para reunir informações sobre quão bem o seu coração trabalha durante a atividade física. Isto porque o exercício faz seu coração bater mais forte e mais rápido do que normalmente ocorre nas atividades diárias, um teste ergométrico pode revelar problemas dentro de seu coração que podem não ser percebidos de outra forma. Um teste de esforço geralmente envolve andar em uma esteira ou andar de bicicleta estacionária, enquanto o seu ritmo cardíaco e da pressão arterial e respiração são monitoradas
Cateterismo e angiografia: Este teste pode mostrar se suas artérias coronárias são estreitadas ou bloqueadas. Um corante líquido é injetado nas artérias do seu coração através de um longo e fino tubo (cateter) que é alimentado por uma artéria, geralmente em seu pé, para as artérias em seu coração. Como o corante enche as artérias, as artérias tornam-se visíveis no raios-X.
Outros exames de imagem: O seu médico pode usar o ultrassom, a tomografia computadorizada (TC) ou angiografia por ressonância magnética (ARM) para estudar suas artérias. Estes testes podem muitas vezes mostrar estreitamento e endurecimento das grandes artérias, bem como aneurismas e depósitos de cálcio nas paredes das artérias.
Tratamento de Arteriosclerose
É importante ter mudanças no estilo de vida, como manter uma dieta saudável e praticar exercícios. Medicamentos ou procedimentos cirúrgicos podem ser orientados.
Alguns medicamentos utilizados são:
Medicamentos para controlar os níveis de colesterol
Medicamentos antiplaquetários, como aspirina, para reduzir a possibilidade das plaquetas se aglutinarem no estreitamento das artérias e formarem um coágulo que possa levar a um bloqueio
Medicamentos betabloqueadores: Estes medicamentossão comumente utilizados para a doença arterial coronária
Inibidores da enzima conversora de angiotensina: Estes medicamentos podem ajudar a diminuir a progressão da aterosclerose pelo abaixamento da pressão sanguínea e produzir outros efeitos benéficos sobre as artérias do coração
Bloqueadores de canais de cálcio: Esses medicamentos são utilizados para tratar a angina
Diuréticos: Eles irão ajudar a reduzir a pressão arterial
Outros medicamentos: O seu médico pode sugerir certas medicações para controle dos fatores de risco específicos para a arteriosclerose, como a diabetes. Às vezes, os medicamentos específicos para o tratamento de sintomas da arteriosclerose, como dor na perna durante o exercício, são prescritos.
Às vezes, é necessário um tratamento mais agressivo. Se você tiver sintomas graves ou um bloqueio que ameaça a sobrevivência do tecido muscular ou de pele, você pode ser um candidato para um dos seguintes procedimentos cirúrgicos:
Angioplastia e colocação de stent: Neste procedimento, o médico insere um tubo longo e fino, cateter, na parte bloqueada ou estreitada de sua artéria. Um segundo cateter com um balão vazio passa por ele até a área estreita. O balão é então inflado, comprimindo os depósitos contra suas paredes da artéria. Um tubo de malha, stent, é normalmente deixado na artéria para ajudar a manter a artéria aberta
Endarterectomia: Em alguns casos, os depósitos de gordura devem ser removidos cirurgicamente a partir das paredes de uma artéria estreitada. Quando o procedimento é feito em artérias do pescoço (carótidas), ele é chamado de endarterectomia de carótida.
Terapia trombolítica: Se você tiver uma artéria que está bloqueada por um coágulo de sangue, o médico pode usar uma droga para dissolver coágulos de quebrá-lo em pedaços
Cirurgia Bypass arterial: Consiste na construção de um conduto alternativo a artéria original.
Prevenção
As atitudes que ajudam a prevenir a arteriosclerose são as mesmas que ajudam no seu tratamento, são elas:
Parar de fumar
Ter uma alimentação saudável
Se exercitar regularmente
Manter um peso saudável.
CARDIOMIOPATIA
O que é Cardiomiopatia?
A cardiomiopatia é uma condição em que o músculo cardíaco torna-se inflamado e ampliado. Por estar ampliado, o músculo cardíaco é esticado e torna-se fraco. Isso significa que ele não consegue bombear sangue tão rápido como deveria. Se o músculo cardíaco torna-se muito fraco, há riso de insuficiência cardíaca.
A maioria das pessoas apenas é ligeiramente afetada pela cardiomiopatia e pode levar uma vida relativamente normal. No entanto, as pessoas que têm insuficiência cardíaca grave podem precisar de um transplante de coração.
Tipos
Cardiomiopatia hipertrófica: ocorre se as células musculares do coração se ampliam e deixam as paredes do órgão mais grossas. Este espessamento pode bloquear o fluxo de sangue para fora do ventrículo
Cardiomiopatia restritiva: neste tipo de cardiomiopatia, o coração torna-se duro e rígido porque um tecido anormal, tal como o tecido da cicatriz, substitui o músculo cardíaco normal. Como resultado, o coração é incapaz de bombear adequadamente e o fluxo sanguíneo para o coração é reduzido
Miocardiopatia dilatada: a miocardiopatia dilatada ocorre quando o coração não bombeia sangue de forma tão eficiente quanto um coração saudável. A dilatação do órgão faz com que o músculo cardíaco se enfraqueça
Cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito: um tipo raro de cardiomiopatia que ocorre quando o tecido muscular em uma parte do coração é substituído por tecido cicatrizado. Este processo perturba sinais elétricos do coração e causa arritmia.
Causas
Muitas vezes, a causa de cardiomiopatia é desconhecida. Em algumas pessoas, no entanto, é possível identificar algumas causas:
Pressão arterial alta de longo prazo
Problemas nas válvulas cardíacas
Danos nos tecidos do coração de um infarto anterior
Aumento da frequência cardíaca crônica
Distúrbios metabólicos, como obesidade, distúrbios da tireoide ou diabetes
Deficiências nutricionais de vitaminas ou minerais essenciais
Gravidez
Beber muito álcool ao longo de muitos anos
Uso de cocaína, anfetaminas ou esteroides anabolizantes
Utilização de algumas drogas quimioterápicas para tratar câncer
Certas infecções virais
Hemocromatose
Condições genéticas (cardiopatia congênita).
Fatores de risco
Os fatores de risco para o desenvolvimento de cardiopatia são:
Histórico familiar
Obesidade
Alcoolismo
Uso de drogas ilícitas
Diabetes
Distúrbios da tireoide
Hemocromatose.
Sintomas de Cardiomiopatia
Nos estágios iniciais, as pessoas com cardiomiopatia podem não apresentar sintomas. Conforme a condição avança, os sinais e sintomas geralmente aparecem:
Falta de ar durante o esforço ou mesmo em repouso
Inchaço das pernas, tornozelos e pés
Inchaço do abdômen devido ao acúmulo de líquido
Tosse
Fadiga
Arritmia cardíaca
Tonturas, vertigens e desmaios.
Não importa o tipo de cardiomiopatia você tem, os sinais e sintomas tendem a piorar se não forem tratados.
Diagnóstico de Cardiomiopatia
O diagnóstico de cardiomiopatia é feito com base em um exame físico e análise do hitórico do paciente. Exames para diagnosticar a cardiomiopatia podem incluir:
Radiografia de tórax
Ecocardiograma
Eletrocardiograma
Cateterismo cardíaco e biópsia
Ressonância magnética
Exames de sangue.
Tratamento de Cardiomiopatia
O tratamento da cardiomiopatia dependerá das causas da doença. Pode ser controlada com medicamentos e tratamentos que aliviam os sintomas, bem como mudanças de estilo de vida simples.
Medicamentos comuns usados no tratamento da cardiomiopatia incluem:
Inibidores da ECA, que bloqueiam os efeitos dos hormônios que afetam a pressão arterial para dilatar os vasos sanguíneos. Isso ajudam a reduzir a carga de trabalho do coração
Pílulas diuréticas, que ajudam a remover o excesso de fluidos do corpo
Betabloqueadores, que atuam no sistema nervoso de forma a reduzir a frequência cardíaca e pressão arterial, o que reduz a carga de trabalho do coração
Digoxina, que ajuda o coração a bombear com mais eficiência e regular um ritmo cardíaco anormal.
Dependendo do tipo de cardiomiopatia, pode ser utilizado um dispositivo implantável (tal como um desfibrilador cardíaco implantável) ou mesmo um transplante de coração.
Prevenção
Em muitos casos não é possível prevenir a cardiomiopatia. Evitar hábitos como abuso de álcool ou drogas pode ajudar a reduzir o risco. Controlar a pressão arterial elevada com dieta e exercício também impede muitas pessoas de desenvolverem insuficiência cardíaca mais tarde na vida.
PROLAPSO DA VÁLVULA MITRAL
O que é Prolapso da válvula mitral?
O prolapso da válvula mitral é um problema cardíaco no qual a válvula que separa as câmaras superior e inferior do lado esquerdo do coração não fecha apropriadamente.
Causas
A válvula mitral ajuda o sangue no lado esquerdo do coração a fluir em uma única direção. Ela se fecha para evitar que o sangue retorne para a câmara superior quando o coração bate (contrai).
Prolapso da válvula mitral é o termo usado quando a válvula não se fecha apropriadamente. Isso pode ser causado por vários fatores diferentes. Na maioria dos casos é inofensivo, e os pacientes geralmente não sabem que têm o problema. Em torno de 10% da população têm alguma forma menor, insignificante de prolapso da válvula mitral, mas isso normalmente não afeta seu estilo de vida.
Em alguns poucos casos, o prolapso pode causar refluxo do sangue. Isso é chamado de regurgitação (insuficiência) mitral.
As válvulas mitrais que são estruturalmente anormais podem aumentar o risco de infecção bacteriana.
Algumas formas de prolapso da válvula mitral parecem ser passadas para as gerações seguintes de uma família (herdadas). O prolapso da válvula mitral tem sido associado à doenças de graves.
O prolapso da válvula mitral frequentemente afeta mulheres magras que podem ter pequenas deformidades da parede torácica, escoliose ou outros distúrbios.
Fatores de risco
Oprolapso da válvula mitral pode se desenvolver em qualquer pessoa e em qualquer idade.
Sintomas graves de prolapso da válvula mitral tendem a ocorrer com mais frequência em homens com mais de 50 anos.
Pessoas com histórico familiar de prolapso da válvula mitral também estão sujeitas a um risco maior de contrair a doença.
Ela também pode estar relacionada a outras doenças, como:
Síndrome de Marfan
Síndrome de Ehlers-Danlos
Anomalia de Ebstein
Distrofia muscular
Doença de Graves
Escoliose
Doença renal policística
Osteogênese imperfeita.
Sintomas de Prolapso da válvula mitral
Embora o prolapso da válvula mitral seja geralmente uma doença que pode necessitar de pede tratamento ao longo de toda a vida, muitas pessoas com esta condição nunca apresentam sintomas. Quando diagnosticado, é até muito comum que as pessoas se surpreendam ao saber que elas têm um problema cardíaco.
Quando os sinais e sintomas ocorrem, pode ser devido a um vazamento de sangue para a parte superior do coração por meio da válvula, num movimento chamado de regurgitação. Os sinais e sintomas do prolapso da válvula mitral podem variar muito de uma pessoa para outra. Eles tendem a ser leves e se desenvolver gradualmente. Eles costumam incluir:
Arritmia cardíaca
Tonturas ou vertigens
Dificuldade para respirar ou falta de ar, muitas vezes, quando deitado ou durante alguma atividade física
Fadiga.
Diagnóstico de Prolapso da válvula mitral
O cardiologista pode diagnosticar o prolapso da válvula mitral em qualquer idade. O médico poderá, ainda, suspeitar do diagnóstico de prolapso da válvula mitral durante um exame físico.
Alguns exames específicos poderão ser solicitados, entre eles:
Ecocardiograma com Doppler colorido
Cateterismo cardíaco
Radiografia torácica
Eletrocardiograma (ECG)
Ressonância magnética do coração.
Tratamento de Prolapso da válvula mitral
Na maioria dos casos, não há presença de sintomas, o que torna o tratamento desnecessário.
Se o paciente tiver prolapso importante da válvula mitral, é necessário acompanhamento médico frequente e em alguns casos, talvez seja necessário permanecer no hospital em observação. Poderá ser necessária uma cirurgia para reparar ou substituir a válvula se o paciente apresentar regurgitação mitral grave ou se os sintomas piorarem. A substituição da válvula mitral pode ser essencial se:
Houver sintomas
O ventrículo esquerdo do coração estiver aumentando
O funcionamento de o coração piorar (fração de ejeção deprimida).
Alguns medicamentos poderão ser prescritos de forma paliativa quando a regurgitação mitral ou outros problemas cardíacos também estiverem presentes, como:
Drogas antiarrítmicas ajudam a controlar batimentos cardíacos irregulares
Diuréticos ajudam a remover o excesso de líquido dos pulmões
Propranolol é ministrado para palpitações ou dor no peito
Anticoagulantes ajudam a prevenir coágulos de sangue em pessoas que também tenham fibrilação atrial.
Prevenção
Não há como prevenir o prolapso da válvula mitral, mas as pessoas podem evitar determinadas complicações mantendo uma saúde bucal adequada e fazendo acompanhamento médico regular.
TERMOS TÉCNICOS SOBRE CARDIOPATIAS
Angiografia:  radiografia de vasos sanguíneos, após a injeção de uma substância de contraste (radiopaca); habitualmente com contraste iodado
Anticoagulantes:  medicamentos para evitar a coagulação e a formação de trombo;
Arritmia: qualquer alteração do ritmo das contrações cardíacas
Arteriografia cerebral: exame que consiste na visualização radiológica das artérias cerebrais depois de se introduzir nelas uma substância de contraste;
Arteriosclerose: É um processo degenerativo do qual resulta o endurecimento e espessamento da parede das artérias. Pela diminuição da elasticidade arterial, é a principal causa de morte no mundo ocidental
Batimento cardíaco: pulsação derivada do movimento de contração e de dilatação do coração;
Biópsia do miocárdio: procedimento através do qual se retiram pequenas porções do miocárdio por meio de uma pinça introduzida por um cateter, para posterior exame da mesma;
Bradicardia: alteração da frequência cardíaca caracterizada por diminuição dos batimentos cardíacos
Cardiopatia: qualquer doença do coração, congênita ou adquirida;
Cardiopatia congênita: cardiopatia que existe desde o nascimento;
Cateter: Pequeno instrumento tubular, em geral, percutâneo, utilizado para infundir soluções, medir pressões ou desobstruir estruturas;
Cateterismo: ou cateterização. Procedimento médico que consiste na introdução de um pequeno cateter que vai até o coração e nas artérias coronárias, com o objetivo de investigação diagnóstica;
Cintilografia: Técnica que permite a visualização, através de uma imagem obtida em um Cintilógrafo, dos órgãos internos, pelo mapeamento da distribuição espacial do isótopos radioativos previamente injetados;
Coágulo: o mesmo que Trombo;
Cumarina: um anticoagulante derivado do cumare;
Desequilíbrio eletrolítrico: Alterações séricas das concentrações de cátions, principalmente sódio e potássio e magnésio, que exercem ações fundamentais para o bom funcionamento do coração e dos rins;
Desfibrilação: uso de um aparelho ressuscitador que, através de um choque elétrico, permite que o coração saia da fibrilação ou de uma arritmia grave;
Diástole: ação de relaxamento do coração para receber o sangue. É o contrário da sístole;
Digitálicos: medicamentos que aumentam a força de contração do coração. Têm como princípio ativo a digitalina originalmente, hoje sintetizada, extraída das folhas de uma planta - Digitales purpures. Como também diminuem a frequência dos batimentos do coração, são também prescritos em algumas arritmias;
Dislipidemia: distúrbio no metabolismo do colesterol e ou triglicerídeos
Diuréticos: medicamentos para facilitar a diurese, normalizando a volemia (volume de sangue circulante no organismo), no caso da insuficiência cardíaca. Um dos efeitos colaterais dos diuréticos é a perda excessiva de potássio;
ECG: ver eletrocardiograma;
Ecocardiograma: Registro obtido pela técnica da Ecocardiografia. Está é uma técnica de diagnóstico de doenças do coração em que, mediante a análise de imagens digitais, se estuda a posição e movimentação das paredes ou das estruturas internas do coração e dos tecidos vizinhos, através do eco (efeito Doppler), obtido por feixes de ondas ultrassônicas, dirigidos, através da parede do tórax. A ecocardiiografia é uma das grandes contribuições dos físicos para a medicina;
Eletrocardiograma:  pode ser abreviado para ECG. Resultado obtido em um exame de eletrocardiografia. Este consiste no estudo do registro das correntes elétricas, obtidas em um Eletrocárdiografo, originadas do músculo cardíaco. Constitui um valioso auxiliar no diagnóstico de numerosas doenças cardíacas. O eletrocardiograma mostra o estado da atividade elétrica do coração. Na análise do eletrocardiograma o médico busca saber informações sobre: a) o estado do ritmo cardíaco; b) se há retardos ou bloqueios na forma como se conduz o estímulo elétrico; c) se ocorre sobrecarga elétrica como resultado da dilatação ou hipertrofia das câmaras que formam o coração; d) se alguma região do miocárdio está inativa; e) as alterações das ondas que podem indicar mau funcionamento do miocárdio por falta de adequado suprimento de sangue;
Extra-sístoles: são batimentos cardíacos extras. Podem ser benignas ou originárias de áreas cardíacas danificadas;
Fibrilação: contrações mais rápidas do que o normal do coração como resultado da ativação totalmente desorganizadas das fibrilas musculares. Pode ter origem nos átrios (fibrilação atrial) ou nos ventrículos (firbrilação ventricular). esta última é bem mais grave e leva á morte em poucos minutos se não for revertida, pois estas contrações geram poucos ou nenhum fluxo de sangue;
Fração de Ejeção: a fração de ejeção é um parâmetro de avaliação da função miocárdica, estimado com base nas imagens do ecocardiograma. Em termos simplificados, seria a relação, em percentagem, entrea quantidade de sangue que entra e sai pelo coração. quanto mais elevado melhor;
Heparina: anticoagulante. Medicação que impede a formação de trombos ou êmbolos nos vasos e nas cavidades do coração;
Miocardite: Inflamação do miocárdio, Pode ser causada por vírus, bactéria, micose, difteria, febre reumática, efeito tóxico de medicamentos, tuberculose, entre outras;
Miocárdio: designação do músculo cardíaco ou camada média, mais espessa, da parede do coração, formada pelo músculo cardíaco;
Mitral: nome da válvula que controla a passagem do sangue entre o átrio esquerdo e o ventrículo direito. Tem duas partes, ou cúpides;
Sopro cardíaco: vibração percebida na ausculta cardíaca de duração maior que os batimentos cardíacos normais. Pode ser patológica ou não;
Taquicardia: aumento da frequência dos batimentos cardíacos (batidas/minuto). Taquicardia auricular, ventricular, etc;
Tricúspide:  válvula cardíaca localizada entre o átrio direito e o ventrículo direito; tem três cúspides
Trombo: patologicamente, é um coágulo sanguíneo. É o nome de um coágulo que se forma no interior dos vasos (artérias ou veias) ou das cavidades do coração. Eventualmente pode ser conduzido pela corrente sanguínea e entupir algum vaso no cérebro, no pulmão ou nos olhos, etc. Pode também ser denominado de êmbolo;
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
ASMA
O que é Asma?
Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. O pulmão do asmático é diferente de um pulmão saudável, como se os brônquios dele fossem mais sensíveis e inflamados - reagindo ao menor sinal de irritação.
Se pensarmos em uma pessoa sem a doença, ela sofrerá uma falta de ar quanto estiver exposta a grandes irritações, como a fumaça de um incêndio. Diante desse quadro, o organismo da pessoa identifica os agentes irritantes e faz com que a musculatura que existe em volta do brônquio se contraia, fechando o órgão e impedindo que o ar contaminado entre nos pulmões. O mesmo processo acontece com um paciente que tem asma, só que os gatilhos para causar uma irritação nos brônquios são bem menos intensos, como a poeira.
Asma é uma das condições crônicas mais comuns, acometendo cerca de 235 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Estima-se que, no Brasil, cerca de 10% da população sofra com o problema.
Tipos
Para classificar a gravidade da sua asma, o seu médico considera a análise clínica juntamente com os resultados de seus exames. Determinar o quão grave é sua asma auxilia o médico a escolher o melhor tratamento. Além disso, a gravidade da asma pode alterar com o passar do tempo, necessitando um reajuste da medicação.
A asma é classificada em quatro categorias gerais:
Grau 1: sintomas leves e intermitentes até dois dias por semana e até duas noites por mês, em geral com predomínio dos sintomas no inverno, por exemplo
Grau 2: sintomas persistentes e leves mais do que duas vezes por semana, mas não mais do que uma vez em um único dia
Grau 3: sintomas persistentes moderados uma vez por dia e mais de uma noite por semana
Grau 4: sintomas graves persistentes ao longo do dia na maioria dos dias e frequentemente durante a noite.
Causas
Ninguém sabe exatamente o que provoca asma, uma vez que cada pessoa apresenta uma sensibilidade a gatilhos diferentes. Dessa forma, é importante entender o que causa seus ataques de asma e tentar reduzir a exposição a esses agentes ou buscar tratamentos mais adequados. Aqui estão os gatilhos mais comuns da asma:
Substâncias e agentes alérgenos
Cerca de 80% das pessoas com asma sofrem crises quando expostas a alguma substância transportada pelo ar, como ácaros e poeira, poluição, pólen, mofo, pelos de animais, fumaça de cigarro e partículas de insetos. Substâncias químicas como tinta, desinfetantes e produtos de limpeza também podem desencadear uma crise. Quando aspirados, esses agentes podem irritar os brônquios, levando a uma crise. Infecções virais, como o resfriado comum ou a gripe, também constituem causa importante para o desencadeamento de uma crise de asma.
Alimentação
Alergias alimentares podem causar crises de asma. Os alimentos mais comuns associados com sintomas alérgicos são:
Ovos, leite de vaca, amendoins, soja, trigo, peixe, camarão e outros crustáceos, saladas e frutas frescas.
Alguns conservantes e aditivos acrescentados dos alimentos industrializados também podem desencadear uma crise de asma.
Asma induzida por exercício
É um tipo de asma desencadeado por exercício ou esforço físico. Muitas pessoas com asma experimentam algum grau de sintomas ao praticar atividade física. No entanto, existem muitas pessoas sem asma diagnosticada que desenvolvem sintomas apenas durante o exercício. Inclusive, alguns atletas podem apresentar essa manifestação da doença.
Com asma induzida por exercício, o estreitamento das vias aéreas tem um pico de cinco a 20 minutos após o exercício começar, o que dificulta a retomada do fôlego. Seu médico pode lhe dizer se você precisa usar um broncodilatador antes do exercício para evitar os sintomas incômodos.
Asma ocupacional
A asma ocupacional é um tipo de asma que resulta de gatilhos do trabalho. É muito comum em pessoas que trabalham em usinas ou expostas a agentes químicos, tinturas, agrotóxicos, etc. Com este tipo de asma, você pode ter dificuldade em respirar e sofrer outros sintomas de asma apenas nos dias em que você está no trabalho.
Muitas pessoas com este tipo de asma sofrem com nariz escorrendo, congestão, irritação nos olhos ou tosse, em vez de o chiado no peito típico da doença. Alguns trabalhos comuns que estão associados com a asma ocupacional incluem criadores de animais e veterinários, agricultores, cabeleireiros, enfermeiros, pintores e marceneiros.
Asma noturna
Asma noturna é um tipo comum da doença. Se você tem asma, as chances de sofrer uma crise são muito mais elevadas durante o sono, porque a asma é fortemente influenciada pelo ritmo circadiano (ciclo biológico que regula as funções do nosso corpo, geralmente de acordo com a luz do sol). Acredita-se que a asma noturna acontece devido ao aumento da exposição aos alérgenos, ao resfriamento das vias aéreas, a posição reclinada ou até mesmo pelas secreções hormonais.
Se você tem asma, observe se seus sintomas pioram quando a noite avança. Caso isso aconteça, procure um médico para descobrir as causas das suas crises de asma e buscar o tratamento mais adequado.
Mudanças de temperatura
O choque de temperaturas é uma mudança bastante agressiva para quem tem as vias respiratórias mais sensíveis. Além das crises de asma, é comum haver piora de rinite ou tosse. A mudança do calor para o frio pode desencadear uma resposta na mucosa brônquica que, por meio de estímulos nos receptores nervosos de temperatura ou pela liberação de substâncias alergênicas, pode desencadear uma crise.
Medicamentos
Medicamentos anti-inflamatórios não hormonais - como o ácido acetilsalicílico, o diclofenaco e o ibuprofeno - podem desencadear crises de asma. Isso acontece porque esses remédios inibem uma via de inflamação, mas sobrecarregam outra, que tem forte relação com a crise asmática em quem sofre da doença.
Condições de saúde que podem imitar asma
Uma variedade de doenças pode causar alguns dos mesmos sintomas da asma. Por exemplo, a asma cardíaca é uma espécie de falha do coração em que os sintomas podem imitar alguns dos presentes na asma regular. Algumas anomalias nas cordas vocais podem provocar um chiado no peito que é muitas vezes confundido com a asma.
Fatores de risco
Histórico familiar
A asma é uma doença que tem em seu bojo características genéticas. Pessoas com casos de alergias na família tem uma predisposição genética para desenvolver quadros alérgicos no geral, e o relacionado ao pulmão é a asma.
Histórico de alergias
A asma é uma doença caracterizada pela presença de uma reação exagerada das vias aéreas, ou seja, por um mecanismo de defesa aumentado. Esse é o pano de fundo em outras alergias, desde respiratórias até cutâneas. Dessa forma, uma pessoa que tenhaalgum tipo de alergia tem uma maior predisposição a ter outros tipos, dentre eles a asma, uma vez que seu corpo tende a reagir de forma excessiva aos estímulos externos.
Obesidade
As pessoas com obesidade tem maior risco de asma. Isto ocorre porque a obesidade desencadeia uma série de processos inflamatórios - e a asma nada mais é do que um processo inflamatório em nossos brônquios. A obesidade é uma "facilitadora" desse processo.
Baixo peso ao nascer e hábitos da gravidez
Os bebês filhos de mães tabagistas tem menor peso, devido aos infartos que o cigarro causa na placenta, dificultando a nutrição do bebê durante a vida intrauterina. Apesar de alguma controvérsia, existe uma relação entre baixo peso ao nascer e asma até os cinco anos de idade. Isso acontece porque o pulmão só se forma plenamente no fim de gestação. Por isso o bebê prematuro tem mais risco de ter quadros inflamatórios no pulmão. É importante ressaltar que só podemos dizer que uma criança é asmática após os dois anos de vida. Antes disso ela é um bebê chiador.
Outros comportamentos durante a gestação aumentam o risco de o bebê ter alergia, tais como dormir mal, transtorno de ansiedade e depressão.
Refluxo gastroesofágico
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição na qual o conteúdo do estômago vaza em direção contrária para o esôfago. Essa ação pode irritar o esôfago, causando azia e outros sintomas. Se for aspirado, o conteúdo do refluxo gastroesofágico pode ir parar dentro dos pulmões. Isso pode desencadear uma inflamação e favorecer quadros como pneumonias, bronquites e asma.
Sintomas de Asma
A maioria das pessoas com asma fica longos períodos sem sintomas, intervalados com as crises quando expostos a algum agente. No entanto, algumas pessoas têm a deficiência respiratória quase que cronicamente, com alguns episódios mais graves em determinados períodos. Os ataques de asma podem durar minutos a dias e podem se tornar perigosos se o fluxo de ar estiver muito restrito.
Os sintomas incluem:
Tosse com ou sem produção de escarro (muco)
Repuxar a pele entre as costelas durante a respiração (retrações intercostais)
Deficiência respiratória que piora com exercício ou atividade.
Respiração ofegante que:
Vem em episódios com períodos intercalados sem sintomas
Pode ser pior à noite ou no início da manhã
Pode desaparecer por si mesma
Melhora quando se usa medicamentos que abrem as vias respiratórias (broncodilatadores)
Piora quando se inspira ar frio
Piora com exercício
Piora com azia (refluxo)
Em geral começa repentinamente.
Situações de emergência:
Lábios e rosto de cor azulada
Nível diminuído de agilidade, como sonolência grave ou confusão, durante um ataque de asma
Extrema dificuldade de respirar
Pulsação rápida
Ansiedade grave devido à deficiência respiratória
Sudorese.
Outros sintomas que podem ocorrer com essa doença:
Padrão de respiração anormal
Respiração para temporariamente
Dor no peito
Aperto no tórax.
Diagnóstico de Asma
O principal para o diagnóstico de asma é a história do paciente e os exames subsidiários. Pacientes que têm crises esporádicas com melhora depois de um tempo são suspeitos para asma, principalmente se tiverem outro tipo de alergia. O médico também poderá pedir alguns exames para avaliar o funcionamento dos seus pulmões
Função pulmonar
No teste de função pulmonar, você assopra em um tubo ligado a um computador que vai medir a função dos pulmões. Se o paciente estiver tendo uma crise de asma naquele momento, ele assopra no tubo uma primeira vez, e novamente após usar um broncodilatador. O seu médico lhe dará instruções sobre como controlar a respiração corretamente. Se a função pulmonar estiver alterada no primeiro resultado e estabilizada no segundo, tem-se um diagnóstico de asma.
Entretanto, muitas vezes o asmático chega ao médico contando uma história típica de asma, mas o exame dá normal, pois ele não está em crise. Nesses casos, o médico pode solicitar a chamada broncoprovocação, ou seja, expõe o paciente a um agente inflamatório em nível controlado e observa. Se ele iniciar uma crise, é muito suspeito para a asma, confirmando após o término do exame.
Espirometria
Esse teste avalia o estreitamento dos seus brônquios, verificando a quantidade de ar que você pode exalar depois de uma respiração profunda e quão rápido você pode colocar o ar para fora. O exame de espirometria se encontra dentro do exame de função pulmonar. Caso os seus pulmões não estejam inspirando todo o ar que deveriam, é um sinal de que seus pulmões podem não estar funcionando bem.
Exames adicionais
Outros testes para diagnosticar a asma incluem:
Teste de óxido nítrico: embora pouco usado, esse teste mede a quantidade do gás óxido nítrico que você tem em sua respiração. Quando as vias aéreas estão inflamadas um sinal de asma você pode ter níveis maiores de óxido nítrico do que pessoas saudáveis
Exames de imagem: radiografia de tórax e tomografia computadorizada (TC) dos seus pulmões e cavidades do nariz podem identificar quaisquer anormalidades estruturais ou doenças que estejam causando ou agravando problemas respiratórios
Gasometria arterial: a gasometria arterial mede o pH e os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue de uma artéria. Esse exame é utilizado para verificar se os seus pulmões são capazes de mover o oxigênio dos alvéolos para o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue.
Tratamento de Asma
Prevenção e controle é a chave para impedir que os ataques de asma comecem. As medicações de uso contínuo servem para minimizar a sensibilidade e a inflamação as quais os brônquios da pessoa asmática estão sujeitos, fazendo com que os pulmões reajam com menos intensidade aos agentes irritantes, como poeira e ácaros. Diferente dos broncodilatadores, que apenas revertem o quadro de contração do brônquio, os medicamentos contínuos funcionam para evitar que essas reações aconteçam. Veja as linhas de tratamento para a asma:
Prevenção
A asma em si não pode ser prevenida, uma vez que é decorrente de uma inflamação dos brônquios sem causa aparente. Entretanto, é possível controlar as crises e ter uma qualidade de vida melhor:
Teste para alergias
Os testes para alergias respiratórias são feitos para detectar qual é o agente causador da asma. Entram nessa lista ácaros, fungos, mofo, pelos de animais, entre outros. Com o teste, é possível evitar a exposição ao agente, prevenindo crises. Além disso, é comum que a asma esteja associada a outras doenças alérgicas, como a rinite alérgica e o eczema. Controlando os causadores dessas alergias é possível evitar crises asmáticas.
Não trate apenas a crise
É muito importante lembrar que a asma é uma doença crônica cujo tratamento, nos casos de asma persistente, deve ser contínuo, mesmo que não existam sintomas. Esse tratamento consiste no uso de corticoide inalatório diariamente, em doses que deverão ser determinadas pelo médico. O uso irregular dos medicamentos que controlam a asma é uma das causas mais comuns de crises. O paciente não deve ter receio de usar a medicação diária da asma.
Garanta as doses de vitamina D
A carência da vitamina D está sendo relacionada a uma série de doenças do aparelho imunológico e a asma é uma delas. O papel da vitamina D na importância do tratamento da asma é recente. Estudos apontam que a deficiência do nutriente pode aumentar os riscos de doenças pulmonares mais graves em crianças. De qualquer forma, vale a pena ressaltar que a principal fonte de vitamina D é a exposição solar, que dever ser feita por cerca de 15 minutos, três vezes por semana. Ovos, manteiga, iogurtes e peixes, como atum e sardinha, são fontes da vitamina.
Aposte na higiene
Mofo, pelos de animais, insetos, ácaros e poeira domiciliar devem ser cuidadosamente eliminados. É importantíssimo que a roupa de cama seja lavada semanalmente e secado ao sol. Também é recomendado o uso de fronhas e capas de colchão antiácaros, que diminuem a possibilidade de crises. Podem ser usados até produtos de limpeza que matam os ácaros,mas nunca na presença do asmático. O carpete deve ser substituído por outros tipos de piso, tapetes devem ser retirados do quarto e umidificadores devem ser banidos, já que a umidade favorece o aparecimento de alguns alérgenos.
Evite cheiros fortes
Velas, sprays aromatizadores e essências. Esses produtos podem até deixar sua casa perfumada, mas são um perigo para quem tem asma. Cheiros fortes e fumaça irritam as vias aéreas e podem desencadear crises de asma. Se você é ou tem algum familiar asmático, elimine todos esses produtos ou, pelo menos, opte por versões que não possuem aroma.
Invista na vacina da gripe
Os vírus causadores de infecções respiratórias - entre os quais está o vírus da gripe - também inflamam as vias aéreas e podem causar crises de asma. Por isso, tomar a vacina da gripe pode ajudar a controlar a doença. Além disso, lembre-se sempre de lavar as mãos ou higienizá-las com álcool em gel, o que ajuda a prevenir-se contra o vírus.
Entre em forma
Existem algumas evidências de pessoas asmáticas com obesidade que conseguiram controlar melhor a asma ao perder peso. Uma teoria é a de que os pulmões de indivíduos com obesidade não se expandem como deveriam, o que predispõe o estreitamento dos brônquios. A inflamação do tecido adiposo causada pela obesidade também pode afetar a musculatura das vias aéreas, aumentando a resposta inflamatória e estreitando os canais da via aérea, o que levará a uma crise asmática. Outro ponto é que os hormônios liberados pela gordura - como a leptina e a adiponectina - podem agir na árvore brônquica causando os mesmos efeitos.
Uma pessoa com asma pode e deve praticar esportes, mas, para isso, a doença precisa estar controlada com o tratamento. Isso porque a desidratação das vias aéreas, em função da sudorese e do aumento constante do fluxo de ar, pode desencadear uma crise se a doença não estiver controlada. Outro mecanismo que pode levar a uma crise é o da variação de temperatura nas vias aéreas, principalmente se o ar é inspirado pela boca e atinge as vias aéreas a uma temperatura mais baixa - o que pode piorar se temperatura ambiente está mais baixa.
Por outro lado, manter uma boa hidratação e exercitar-se em ambiente saudável e com temperatura adequada ajudam a tornar a prática esportiva menos perigosa. Se mesmo assim ainda ocorrerem crises de asma, um tratamento com broncodilatadores antecedendo a atividade física e indicado pelo médico tende a controlar bem os sintomas.
Cuide do pet
Se o contato com animais não te faz bem, seria aconselhável, no mínimo, não tê-los na sua própria casa. Mas, se isso está fora de cogitação, pelo menos não deixe que ele entre ou durma no seu quarto. Outra medida importante é dar banho no animal pelo menos uma vez a cada duas semanas. O local em que o pet permanece a maior parte do tempo deve ser limpo toda semana.
Agasalhe-se
É normal que, ao passar de um ambiente fechado para um externo, com ar frio, o alérgico logo apresente reações do sistema respiratório, como espirros e inchaço nasal. Por isso, o ideal é sempre sair de casa bem agasalhado e com um cachecol ou lenço cobrindo o nariz para que o ar gelado não entre em contato direto com ele.
Apague o cigarro
Cigarro é prejudicial para todas as pessoas, mas para o alérgico ele pode ser ainda mais destrutivo. O fumo favorece a evolução de alergias respiratórias e asma. A peculiaridade do inverno em relação ao seu uso é o fato de a estação tornar ainda mais evidente essa piora, uma vez que a estação costuma ser caracterizada pelo ar seco e pela poluição concentrada. Alérgicos fumantes têm grandes chances de se tornarem futuros portadores da asma, e a permanência do hábito fará com que as crises fiquem cada vez mais fortes e mais difíceis de serem tratadas.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
O que é DPOC?
A DPOC é uma doença crônica intimamente ligada ao tabagismo, que pode se agravar sem o tratamento adequado, comprometendo significativamente a qualidade de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a DPOC será a terceira principal causa de morte em 2020.
É comum as pessoas acharem que a DPOC é uma doença de pessoas idosas e, por isso, não se preocuparem com ela. Na verdade, a doença atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos, podendo inclusive ser identificada em pessoas mais jovens.
Os pacientes com DPOC grave têm falta de ar com a maioria das atividades e são internados no hospital com muita frequência. Ente as possíveis complicações da doença estão o desenvolvimento de arritmias, necessidade de máquina de respiração e oxigenoterapia, insuficiência cardíaca no lado direito ou cor pulmonar (inchaço do coração ou insuficiência cardíaca devido à doença pulmonar crônica), pneumonia, pneumotórax, perda de peso ou desnutrição grave e osteoporose.
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) refere-se a um grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar, tornando a respiração difícil. Só no Brasil, cerca de cinco milhões de pessoas sofrem com o problema. É uma doença lenta, que frequentemente se inicia com discreta falta de ar associada a esforços como subir escadas, andar depressa ou praticar atividades esportivas. No entanto, com o passar do tempo, a falta de ar (dispneia) se torna mais intensa e surge depois de esforços cada vez menores. Nas fases mais avançadas, a falta de ar está presente mesmo com o doente em repouso e agrava-se muito diante das atividades mais corriqueiras.
A DPOC é um grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar
Existem duas formas principais de DPOC. A maioria das pessoas com DPOC tem uma combinação dessas condições:
Bronquite crônica, que envolve tosse prolongada com muco
Enfisema, que envolve a destruição dos pulmões ao longo do tempo.
Causas
Quando você respira, entra ar nos seus pulmões através de dois grandes tubos, chamados brônquios. Dentro de seus pulmões, estes tubos criam diversas ramificações, como uma árvore, que terminam em aglomerados de pequenos sacos de ar (alvéolos). Os sacos de ar têm paredes muito finas cheias de pequenos vasos sanguíneos, chamados capilares. O oxigênio do ar que você inala passa para estes vasos sanguíneos e entra na corrente sanguínea. Ao mesmo tempo, o dióxido de carbono - um gás que é um produzido durante esse processo - é exalado.
Seus pulmões contam com a elasticidade natural dos brônquios e sacos aéreos para forçar o ar para fora do seu corpo - por isso seu peito infla na inspiração e desincha da expiração. A DPOC faz com que eles percam essa elasticidade, o que deixa um pouco de ar preso em seus pulmões quando você expira.
Obstrução das vias aéreas
O enfisema, parte do quadro de DPOC, provoca a destruição das paredes frágeis e fibras elásticas dos alvéolos. Isso ocasiona um pequeno colapso das vias aéreas quando você expira, prejudicando o fluxo de ar para fora de seus pulmões. Já a bronquite crônica deixa os brônquios inflamados, e por isso eles passam a produzir mais muco. Isso pode bloquear as ramificações mais estreitas, causando a dificuldade na respiração. Além disso, seu organismo desenvolve a tosse crônica, na tentativa de limpar suas vias respiratórias.
Fatores de risco
Tabagismo
O tabagismo é o principal fator de risco para DPOC, causando cerca de 85% dos casos da doença. Isso porque a fumaça inalada leva a inflamação pulmonar, causando a obstrução dos brônquios e a destruição dos alvéolos (enfisema), responsáveis pelas trocas gasosas. Se a pessoa parar de fumar antes de apresentar perda da função pulmonar, é possível que não venha a apresentar os sintomas da doença. Caso já tenha desenvolvido a DPOC, a doença poderá não progredir com a retirada do cigarro e o tratamento correto. Quanto ao tabagismo passivo, não se sabe ainda se ele causa DPOC, porém os fumantes passivos têm mais tosse e secreção pulmonar.
Pessoas com asma ou outras doenças respiratórias têm mais chances de desenvolver a DPOC caso sejam fumantes.
Exposição a gases
Pessoas que nunca fumaram, mas estiveram expostas a substâncias tóxicas, poluição, gasesou fumaça também podem desenvolver a doença, devido à resposta inflamatória dos pulmões à longa exposição desses poluentes.
Deficiência de alfa-1- antitripsina
Em cerca de 1% das pessoas com DPOC, a doença resulta de uma perturbação genética que causa os baixos níveis de uma proteína chamada alfa-1-antitripsina (AAT). Ela é produzida no fígado e secretada na circulação sanguínea para ajudar a proteger os pulmões. A deficiência de alfa-1-antitripsina podem causar danos no fígado, bem como os pulmões. Para aqueles com DPOC relacionada com a deficiência de AAT, as opções de tratamento são as mesmas que para as pessoas com tipos mais comuns de DPOC. Algumas pessoas podem ser tratadas através da substituição da proteína AAT deficiente, o que pode evitar mais danos aos pulmões.
Idade
A DPOC se desenvolve lentamente ao longo dos anos, por isso a maioria das pessoas tem entre 35 a 40 anos quando os sintomas começam.
Sintomas de DPOC
Durante as fases iniciais, o comprometimento da função pulmonar pode ser assintomático, dificultando seu diagnóstico. Os primeiros sintomas são tosse e catarro, mas as pessoas não procuram um médico nessa situação, pois acham que são consequências somente do cigarro (pigarro do fumante). Quando surge a falta de ar ou cansaço a doença pode estar em fase mais avançada.
A DPOC demora cerca de 20 anos para se instalar por completo no organismo. Exatamente por isso, quando os sintomas aparecem, as pessoas acreditam serem apenas sinais de envelhecimento. Por isso, é importante que fumantes e ex-fumantes fiquem atentos a qualquer sinal de falta de ar procurem um especialista logo que apresentarem os primeiros sintomas.
A recomendação da sociedade médica é que consultem um pneumologista para avaliação quando tiverem sintomas respiratórios. Mas há um teste da Iniciativa Global para a DPOC (GOLD) que pode ser realizado para rastrear a doença. Basta responder sim ou não às questões abaixo:
Você tosse diariamente?
Você tem catarro todos os dias?
Você se cansa mais do que uma pessoa da sua idade?
Você tem mais de 40 anos?
Você é fumante ou ex-fumante?
Três respostas positivas indicam a necessidade de consultar um pneumologista para a realização de espirometria, exame utilizado como uma das etapas do diagnóstico da DPOC.
Outros sintomas de DPOC incluem:
Falta de ar, especialmente durante as atividades físicas
Chiado no peito
Aperto no peito
Ter que limpar a garganta logo no início da manhã, devido ao excesso de muco nos pulmões.
Tosse crônica que produz expectoração. O muco pode ser claro, branco, amarelo ou esverdeado.
Lábios ou camas de unhas azuladas (cianose)
Infecções respiratórias frequentes
Falta de energia
Perda de peso não intencional (em fases mais avançadas).
Pessoas com DPOC também são propensas a experimentar episódios chamados de exacerbações, durante o qual os sintomas se tornam piores e persistem por dias. No período da manhã, por exemplo, o paciente com DPOC tem grande dificuldade, precisando de mais tempo que outras pessoas para começar o seu dia. Ações como trocar uma roupa, escovar dentes e andar de um cômodo para o outro viram um desafio diário.
Asma x DPOC
É comum as pessoas confundirem a falta de ar causada pela DPOC com sintomas de asma, mas as doenças são diferentes. A falta de ar típica da asma oscila, agravando-se nas crises. Já a falta de ar da DPOC piora com o passar do tempo e não retorna à situação de normalidade, sendo, assim, progressiva e diária. Além disso, ao contrário da DPOC, a asma não está diretamente ligada ao tabagismo. O hábito de fumar piora os sintomas da asma, mas há outras causas envolvidas com a doença. A DPOC, por sua vez, tem como principal causa o cigarro. Para que alguém desenvolva a DPOC, são necessários anos inalando fumaça, principalmente do cigarro. Já a asma é uma doença decorrente da hipersensibilidade a estímulos externos e com fundo genético.
Diagnóstico de DPOC
Porém, o diagnóstico na fase inicial da doença é extremamente importante para impedir seu avanço e o comprometimento maior das funções pulmonares, além de garantir a maior eficácia do tratamento. Estudos revelam que a deterioração da doença é mais rápida nas fases iniciais - assim sendo, a intervenção precoce se faz ainda mais importante e necessária. No entanto, a maioria dos doentes é diagnosticada já numa fase moderada ou grave, depois de um primeiro episódio de agravamento da doença ou quando surgem queixas de cansaço fácil e de dificuldade respiratória.
O diagnóstico da DPOC é feito baseado as alterações identificadas no exame físico, aliado às alterações referidas pelo paciente. O diagnóstico deve ser confirmado por alguns exames:
Espirometria
A espirometria ou prova de função pulmonar é um exame que avaliamos os volumes e fluxos de ar que entram e saem do pulmão. Utiliza-se um aparelho no qual a pessoa assopra em um bocal, chamado espirômetro, e avalia-se o fluxo e a quantidade de ar que sai dos pulmões. Se o resultado indicar alguma alteração, outros exames serão necessários para confirmar um diagnóstico de DPOC.
Gasometria arterial
A gasometria arterial mede o pH e os níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue de uma artéria. Esse exame é utilizado para verificar se os seus pulmões são capazes de mover o oxigênio dos brônquios para o sangue e remover o dióxido de carbono do sangue.
Exames de imagem
A radiografia de tórax pode mostrar enfisema, uma das principais causas da DPOC. Um raio-X também pode descartar outros problemas pulmonares ou insuficiência cardíaca, confirmando o diagnóstico de DPOC. A tomografia computadorizada dos pulmões pode ajudar a detectar enfisema e a determinar se você pode se beneficiar de uma cirurgia para a DPOC. Tomografia computadorizada também pode ser usada para detectar o câncer de pulmão, que é comum entre pessoas com DPOC.
Tratamento de DPOC
Um diagnóstico de DPOC não é o fim do mundo. Para todos os estágios da doença, o tratamento eficaz está disponível, que pode controlar os sintomas, reduzir o risco de complicações e exacerbações e melhorar a sua capacidade de levar uma vida ativa. Confira as principais modalidades de tratamento:
Cessar o tabagismo
O passo mais importante em qualquer plano de tratamento para a DPOC é parar de fumar. É a única maneira de evitar que a DPOC se agrave. Mas parar de fumar não é fácil. E essa tarefa pode parecer particularmente difícil se você já tentou parar de fumar e não obteve sucesso. Converse com seu médico sobre os produtos de reposição de nicotina e medicamentos que podem ajudar, assim como a forma de lidar com as recaídas. Também é uma boa ideia para evitar exposição ao fumo passivo, sempre que possível.
Broncodilatadores
Esses medicamentos - que geralmente vêm em um inalador - relaxam os músculos em torno de suas vias aéreas. Isso pode ajudar a aliviar a tosse e falta de ar e facilitar a respiração. Há broncodilatadores de curta duração (de quatro a seis horas de ação) e de longa duração (de 12 a 24 horas de ação), mas nenhum desses é um tratamento preventivo, devendo ser associado a outros medicamentos. Dependendo da gravidade da sua doença, você pode precisar de um broncodilatador de curta ação antes das atividades, um broncodilatador de longa duração que você usa todos os dias ou de ambos.
Os broncodilatadores podem ser ministrados por meio de nebulizadores, nebulímetros (sprays ou "bombinhas"), turbohaler (um tipo de "bombinha" que se inala um pó seco), rotadisks (uma "bombinha" com formato de disco que se inala um pó seco).
Corticosteroides inalados
Essa classe de medicamentos inclui fluticasona, budesonida, mometasona, ciclesonida, flunisolide, beclometasona e outros. As inalações são feitas com inaladores portáteis, por meio de sprays ou em forma de pó. O tempo de ação pode ser de quatro, 12 ou 24 horas, e o espaço entre as inalações varia conforme esse intervalo. Esses medicamentos são úteis para as pessoas com exacerbações frequentes da DPOC. Ao contrário dos corticosteroides orais, que passam primeiro pela correntesanguínea para então atingir seu alvo, os corticosteroides inalados têm um risco relativamente baixo de efeitos colaterais e são geralmente seguros para uso contínuo. Você pode precisar usar esses medicamentos durante vários dias ou semanas antes que eles atinjam o seu máximo benefício.
Outros medicamentos
Inaladores de combinação: são medicamentos que combinam broncodilatadores e corticosteroides inalados, geralmente indicados para pacientes que necessitam de ambos os tratamentos. São indicados para controlar a falta de ar em pessoas com DPOC ou asma
Corticosteroides orais: para as pessoas que têm uma exacerbação aguda moderada ou grave, esses medicamentos evitam agravamento da DPOC. No entanto, eles podem ter efeitos secundários graves, tais como ganho de peso, diabetes, osteoporose, cataratas e um risco aumentado de infecção
Teofilina: medicamento que ajuda a melhorar a respiração e previne exacerbações. A teofilina funciona principalmente como broncodilatador, mas possui efeito anti-inflamatório, sendo também associada aos corticoides. Os efeitos colaterais podem incluir náuseas, batimentos cardíacos acelerados e tremor
Antibióticos: infecções respiratórias como bronquite aguda, pneumonia e influenza podem agravar os sintomas da DPOC. Os antibióticos ajudam a combater as crises agudas
Inibidores de fosfodiesterase-4: é um anti-inflamatório para combater a inflamação nos pulmões e brônquios, além de reduzir o número de crises ou exacerbações. Ele deve ser sempre complementar aos broncodilatadores e nunca deve ser usado de forma isolada. A administração é oral.
Terapias
Os médicos costumam usar esses tratamentos adicionais para pessoas com DPOC moderada ou grave:
A terapia com oxigênio: Se não há oxigênio suficiente no sangue, você pode precisar de oxigênio suplementar. Existem vários dispositivos para fornecer oxigênio para os pulmões, incluindo unidades portáteis leves que você pode levar para qualquer lugar. Algumas pessoas com DPOC usam oxigênio apenas durante as atividades ou durante o sono. Outros usam oxigênio o tempo todo. A terapia com oxigênio pode melhorar a qualidade de vida e é a única terapia de DPOC que comprovadamente prolonga a vida do paciente. Converse com seu médico sobre suas necessidades e opções
Programa de reabilitação pulmonar: esses programas normalmente combinam treinamento físico, aconselhamento nutricional e aconselhamento sobre a doença. Você vai trabalhar com uma variedade de especialistas, que podem adaptar o programa de reabilitação para atender às suas necessidades. A reabilitação pulmonar pode reduzir as hospitalizações, aumentar a sua capacidade de participar em atividades diárias e melhorar a sua qualidade de vida. Converse com seu médico sobre o encaminhamento a um programa.
Gerenciando exacerbações
Mesmo com o tratamento, podem ocorrer momentos em que os sintomas pioram em dias ou semanas. Isso é chamado de uma exacerbação aguda, e pode levar à insuficiência respiratória se você não receber tratamento imediato. As exacerbações podem ser causadas por uma infecção respiratória, poluição do ar ou outras formas de inflamação. Seja qual for a causa, é importante procurar ajuda médica imediata se você notar um aumento sustentado da tosse, uma mudança no seu muco ou se você estiver respirando com mais dificuldade.
Quando ocorrem exacerbações, você pode precisar de medicamentos adicionais (como antibióticos ou corticosteroides), oxigênio suplementar ou tratamento no hospital. Para evitar exacerbações futuras, tome medidas como como tomar corticosteroides inalatórios ou broncodilatadores de longa duração, tomar a sua vacina anual contra a gripe e evitar a poluição do ar sempre que possível. Para mais informações, converse com o médico.
Prevenção
Ao contrário de algumas doenças, a DPOC tem uma causa clara e um caminho claro de prevenção. A maioria dos casos está diretamente relacionada ao tabagismo, e a melhor maneira de prevenir a DPOC é nunca fumar ou parar de fumar. A exposição ocupacional a vapores químicos e poeira é outro fator de risco para a DPOC. Se você trabalha com este tipo de irritante para o pulmão, converse com seu supervisor sobre as melhores maneiras de se proteger, como o uso de equipamentos de proteção respiratória.
SILICOSE
O que é Silicose?
A silicose é uma doença pulmonar causada pela inalação de sílica. O pó de sílica é o elemento principal que constitui a areia, fazendo com que a doença acometa principalmente mineiros, cortadores de arenito e de granito, operários das fundições e oleiros. Também àqueles em que os trabalhos implicam na utilização de jatos de areia, na construção de túneis e na fabricação de sabões abrasivos, que requerem quantidades elevadas de pó de sílica, por exemplo.
Normalmente os sintomas aparecem poucos meses ou muitos anos após a exposição inicial, dependendo do tipo da doença e da quantidade de exposição à sílica. A doença acontece pois, quando se inala o pó de sílica – que é extremamente tóxico -, as células depuradoras do pulmão acabam “engolindo-o” e quando elas liberam as enzimas, ocasionam a formação de um tecido cicatricial no pulmão. Esse tecido é pequeno no começo, mas pode acabar se concentrando em grandes massas que não permitem a passagem do oxigênio para o sangue de forma normal, além de fazer com que o pulmão perca a sua elasticidade tornando a respiração mais difícil.
Causas
Qualquer tipo de exposição ao pó de sílica pode causar a silicose. Ela acomete, normalmente, pessoas em que o trabalho envolve exposição a esse tipo de material, como mineiros, trabalhadores de fábricas e os que lidam com alvenaria.
Tipos
A silicose pode apresentar três formas diferentes:
Silicose crônica
Também conhecida como silicose nodular simples, é o tipo mais comum da doença. Ela ocorre após um longo tempo do início da exposição (10 a 20 anos) em níveis relativamente baixos de poeira. Os pacientes costumam ser assintomáticos ou apresentar sintomas que, em geral, são precedidos pelas alterações radiológicas. Adispneia (falta de ar) devido aos esforços é o principal sintoma e o exame físico, na maioria das vezes, não mostra alterações significativas no aparelho respiratório.
Silicose acelerada
Esse tipo de silicose, também conhecida como subaguda é caracterizado por apresentar alterações radiológicas mais precoces, de cinco a dez anos após o início da exposição. Os nódulos são semelhantes a forma crônica da doença, mas também há inflamação nos tecidos e descamação celular nos alvéolos pulmonares. Os sintomas, como a falta de ar, costumam limitar as atividades do paciente. Esse tipo é mais propenso a evoluir para formas mais graves e complicadas da doença.
Silicose aguda
É a forma mais rara da doença, que é associada a exposições constantes à sílica livre por períodos que variam de poucos meses até cinco anos. É comum em trabalhos que envolvem o jateamento de areia ou moagem de pedra. O padrão radiológico é bem diferente das outras formas, sendo representado por infiltrações alveolares difusas e, às vezes, acompanhadas por nodulações mal definidas. É potencialmente perigosa, podendo evoluir para a insuficiência respiratória e morte. Os sintomas comprometem o corpo inteiro, e há também muita tosse seca.
Fatores de risco
Todas as pessoas que trabalham com exposição ao pó de sílica estão mais propensas a desenvolver a doença. Entre eles, ofícios em que a pessoa:
Esmaga, perfura ou corta rochas
Fabrica cerâmica
Fabrica vidros
Faz jateamento ou tunelamento
Faz trabalhos de alvenaria
Perfura poços
Produz concreto ou asfalto
Realiza demolições
Trabalhe em minas ou pedreiras
Entre outros.
Sintomas de Silicose
Silicose é uma condição progressiva, ou seja, os sintomas vão se intensificando com o tempo. Entre os sintomas estão:
Diminuição da capacidade de respirar
Fraqueza
Tosse intensa
Dores no peito
Sudorese noturna
Perda de peso não intencional
Febre respiratória.
Além de aumentar os riscos para contrair infecções respiratórias, como a tuberculose.
Diagnósticode Silicose
O médico, além de fazer perguntas para verificar o estado do paciente, pode solicitar os seguintes exames para dar o diagnóstico de silicose:
Raio x do tórax
Broncoscopia, que é um exame em que se passa um pequeno tubo flexível, com uma câmera acoplada, pela garganta do paciente. Esse procedimento permite ver o tecido pulmonar além de fazer uma pequena biópsia, se necessário
Testes gerais para verificar o funcionamento do pulmão.
Tratamento de Silicose 
Não existe um tratamento específico para silicose, então, o objetivo neste caso é diminuir os sintomas. Dentre as opções estão:
Medicações para tosse
Antibióticos para infecções respiratórias
Inalação com remédios para abrir as vias aéreas
Uso de máscaras de oxigênio (em alguns casos)
Transplante de pulmão (para pacientes com a doença muito avançada).
Também é importante que pessoas diagnosticadas com silicose evitem qualquer tipo de contato com pó de sílica e que, se fumam, parem de fumar. Além disso, como estão no grupo de risco para contrair tuberculose, é importante que o paciente seja testado para essa doença regularmente.
Prevenção
Os empregadores e respectivos trabalhadores devem tomar medidas de proteção contra a inalação do pó de sílica a fim de prevenir a silicose. Entre eles:
Usar máscaras especiais com respiradores
Fazer uso de jatos de água e métodos de corte molhados durante o trabalho
O local deve ter uma ventilação apropriada
Reportar caso alguém seja diagnosticado com sílica
Comer, beber, fumar, ou qualquer outra atividade, deve ser feita longe da poeira de sílica
Sempre lavar as mãos antes de fazer qualquer uma dessas atividades.
TERMOS TÉCNICOS DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
Aerofagia: deglutição anormal de ar, provocando eructação frequente
Anoxia: redução do suprimento de oxigênio nos tecidos 
Apnéia: parada dos movimentos respiratórios
Asfixia: sufocação, dificuldade da passagem do ar
Binasal: referente a ambos os campos visuais nasais
Cianose: coloração azulada por falta de oxigênio
Dispnéia: dificuldade respiratória
Estertorosa: respiração ruidosa
Expectoração: expelir secreção pulmonar (escarro)
Hemoptise: hemorragia de origem pulmonar, escarro com sangue
Hemotórax: coleção de sangue na cavidade pleural
Hiperpnéia: respiração anormal, acelerada, com movimentos respiratórios exagerados
Ortopnéia: acentuada falta de ar em decúbito dorsal
Taquipnéia: movimentos respiratórios acelerados
DOENÇAS DERMATOLÓGICAS
EPIDERMÓLISE BOLHOSA
O que é epidermólise bolhosa?
Alteração que causa descolamento da epiderme não é contagiosa
 Epidermólise bolhosa é o nome dado a um conjunto de doenças hereditárias que provocam bolhas na pele por qualquer tipo de trauma. Há muitos tipos deepidermólise bolhosa, com quadros clínicos variáveis e modos de transmissão genética diferentes. 
A característica marcante dessa doença é a fragilidade cutânea, sendo que qualquer toque ou trauma, mesmo que mínimo, provoca bolhas na pele. A causa da epidermólise bolhosa é a mutação e alteração dos genes. Essas alterações genéticas afetam componentes específicos da zona da membrana basal na junção entre a epiderme e a derme. 
Como sabemos, a pele é formada por três camadas que são chamadas respectivamente de epiderme (externa), derme (intermediaria onde estão os vasos, fibras, folículos pilo sebáceo) e hipoderme, que é a gordura. Na epidermólise bolhosa, devido ao defeito genético há um descolamento da epiderme, facilitando a formação de bolhas e machucados nas crianças.
Tipos de epidermólise bolhosa
Existem vários tipos de epidermólise bolhosa, sempre relacionado ao tipo de estrutura comprometida. No grupo da epidermólise bolhosa simples, existem quatro subtipos clínicos: Weber, Cackayne, Koebner, Dowling Meara. Há também a epidermólise bolhosa simples com distrofia muscular tardia. Essas diferenças ocorrem devido às várias mutações que afetam zonas específicas da junção dermoepidérmica. Existem mais de 20 variantes clínicas da epidermólise bolhosa descritas na literatura. Os padrões hereditários e as formas clínicas são classificados por meio da microscópica eletrônica, conforme o plano de clivagem das bolhas na junção da derme e da epiderme. Em geral, a maioria das epidermólises bolhosas é de herança autossômica dominante.
Características da doença
Qualquer tipo de epidermólise bolhosa é caracterizado pelo aparecimento de bolhas com líquido amarelo, ou até sanguinolento nas áreas de maior trauma, como mãos e planta dos pés. Quando ocorrem bolhas nestas áreas há muitas dificuldades com as tarefas do dia a dia. Outras regiões como joelho e cotovelo, também são afetados.
As manifestações da epidermólise bolhosa, por ser uma doença genética, aparecem já ao nascimento e na primeira infância. Algumas delas são muito graves ao nascimento, provocando o aparecimento de bolhas grandes e hemorragias que com o passar do tempo ficam menores e mais localizadas.
Muitos tipos de epidermólise bolhosa podem melhorar na puberdade. Algumas variantes podem evoluir para cicatrizes e também formação mília (bolinhas amarelas com sebo dentro). Pode haver alteração nas unhas e também queda de cabelo, assim como comprometimento da mucosa oral e dos dentes e outros órgãos como, aparelho gastrointestinal. Em algumas delas também pode surgir fraqueza muscular, dificultando os movimentos. 
Em quadros de epidermólise bolhosa mais graves, há má formação dentária, unhas distróficas e também alopecia cicatricial. Nesses casos mais graves, há comprometimento generalizado, como anemia e retardo do crescimento. Devido à fragilidade da pele e formação de bolhas, pode haver infecção secundária.
Como foi explicada, a causa da epidermólise bolhosa esta relacionada a mudanças genéticas, que geram defeitos na junção das células despregando as camadas da pele. São afetadas várias estruturas da queratina, assim como dos desmossomos, que são estruturas que grudam uma célula na outra. Também são afetadas as fibras de colágeno, que participam destas estruturas de ligação na pele.
Diagnóstico
Não é possível prevenir o aparecimento da epidermólise bolhosa. O diagnóstico só pode ser confirmado com a realização de biópsia que acompanhada de imunofluorescência, pode identificar onde é o ponto da clivagem e diagnosticar o tipo de epidermólise. 
A microscopia eletrônica é considerada o método de diagnóstico mais preciso. Pode haver o diagnóstico genético/molecular, sendo que o diagnóstico pré-natal está indicado para algumas epidermólises mais graves. O diagnóstico diferencial é feito com doenças que tenham bolhas, como o pênfigo benigno familiar, porfiria congênito, penfigoide bolhoso da infância, impetigo bolhoso e síndrome da pele escaldada.
Tratamento
Não há tratamento especifico para epidermólise bolhosa, pois ainda não existe medicação que controle ou evite o aparecimento das bolhas. Tentativas de tratamento são realizadas com ativos como fenitoína, antimaláricos, corticoides e retinoides, mas sem sucesso efetivo.
Prevenindo lesões
O mais importante continua sendo as medidas de prevenção, que devem ser instituídas o mais precocemente possível para evitar a formação de bolhas, a prevenção de infecções, a cicatrização precoce e a prevenção de sequelas.
Vestuário
Roupas e calçados devem ser leves e não provocar atrito sobre a pele. Devem ser usados curativos acolchoados em áreas mais suscetíveis aos traumas, como joelhos e cotovelos, e luvas, meias, joelheiras e cotoveleiras de materias não aderentes. 
Nas formas distróficas, os cuidados devem ser potencializados para evitar as pseudossinéquias dos dedos (junção parcial dos dedos). O uso de luvas feitas de material não aderente, separando os dedos, é uma boa opção. Se o paciente se o paciente evoluir com pseudossinéquias, deve ser avaliado pelo ortopedista para realização de cirurgia de liberação dos dedos.
Bolhas e curativos
As bolhas presentes devem ser esvaziadas com agulha estéril para aliviar a dor e facilitara cicatrização, e as lesões erosadas devem ser lavadas com sabonetes antissépticos e recobertas com curativos estéreis.
Os curativos devem ser feitos cobrindo as lesões com ácidos graxos essenciais ou óleos minerais e vegetais com posterior colocação de gazes não aderentes, curativos siliconados ou hidrocoloides não aderentes, para evitar que ocorram tração e formação de bolha no momento da remoção dos curativos. Estes devem ser removidos durante o banho, quando estiverem úmidos. 
Antibióticos
Está indicado o uso de antibiótico tópico em caso de infecção secundária e não profilaticamente, porque pode induzir resistência bacteriana. Antibióticos sistêmicos devem ser instruídos em infecções extensas em razão do risco de septicemia nesses pacientes. 
Higiene bucal
Nas formas juncionais, em virtude da alteração no esmalte dentário e da alta incidência de cáries, a dieta deve ser hipoglicídica (com pouco açúcar) e os cuidados com higiene bucal devem ser potencializados com uso de escovas macias e bochechos com flúor e clorexedina. 
Movimentação
Os pacientes devem ser estimulados a andar e movimentar braços e pernas para evitar a contraturas decorrentes da limitação dos movimentos. 
Alimentação
Cuidados nutricionais são fundamentais para os doentes com formas mais graves que apresentam dificuldades para alimentação, devendo receber dieta hipercalórica 9rica em calorias) e hiperproteica (rica em proteínas), semelhante à recomendada para queimados de segundo grau. Se houver dificuldade de deglutição, recomendam-se alimentos triturados ou pastosos, em pequenas proporções e várias vezes ao dia. A anemia deve ser corrigida com suplementação de ferro. 
Os pacientes com formas mais graves devem ser tratados por uma equipe multidisciplinar que inclua que tanto dermatologista como ortopedista, nutricionista, pediatra, psicólogo, fisioterapeuta e ondotólogo para minimizar as sequelas.
Terapia gênica
A grande perspectiva futura será a terapia gênica que tornará possível corrigir o defeito genético em nível molecular. Experimentalmente, já tem sido realizada transferência de gene para ceratinócitos de ratos com epidermólise bolhosa juncional, ou transferência de fibroblastos em modelos de animais com epidermólise bolhosa distrófica ou, ainda, experimentação in vitro e em humanos, todos com normalização funcional posterior. 
Mais recentemente foram demonstradas evidências terapêuticas com população de células embrionárias de medula óssea corrigindo o defeito da membrana basal de ratos e de humanos com epidermólise bolhosa distrófica recessiva.
PSORÍASE
O que é Psoríase?
A psoríase é uma doença de pele bastante comum, que se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas. Essas placas aparecem com maior frequência no couro cabeludo, cotovelos e joelhos, mas pés, mãos, unhas e a região genital também podem ser afetados. A extensão da psoríase varia de pequenas lesões localizadas até o comprometimento de toda a pele.
A psoríase é uma doença crônica, autoimune - ou seja, em que o organismo ataca ele mesmo - não contagiosa e que pode ser recorrente. Ela tem gravidade variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis até casos muito extensos, que levam à incapacidade física, acometendo também as articulações.
Tipos
São vários os tipos de psoríase, que se apresentam e também são tratados de formas diferentes. Dentre eles estão:
Psoríase Vulgar ou em placas
É a forma mais comum da doença, caracterizada por lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. Algumas vezes elas podem coçar, causar dor e atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais e dentro da boca do paciente. Nos casos considerados mais graves, a pele ao redor das articulações pode rachar e sangrar.
Psoríase Invertida
É a psoríase em forma de manchas inflamadas e vermelhas que atingem, principalmente, as áreas mais úmidas do corpo, onde normalmente se formam dobras, como nas axilas, virilhas, em baixo dos seios e ao redor dos órgãos genitais. No caso de pessoas com obesidade, esse tipo de psoríase pode ser agravado, da mesma forma quando há sudorese excessiva e atrito na região.
Psoríase Gutata
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, este tipo da doença é mais comum entre crianças e jovens com menos de 30 anos. A psoríase gutata geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta, por exemplo. São formadas pequenas feridas, em forma de gota, que são cobertas por uma fina “escama”. Normalmente aparecem no tronco, pernas, braços e couro cabeludo.
Psoríase Ungueal
É o tipo de psoríase que afeta os dedos e unhas das mãos e dos pés. Ela faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse e escame, perca a cor, surgindo depressões puntiformes ou manchas amareladas. Em alguns casos a unha acaba por se descolar da carne ou esfarelar.
Psoríase Pustulosa
Esta é uma forma rara de psoríase, em que podem aparecer manchas em todas as partes do corpo ou se concentrar em áreas menores, como pés e mãos. Elas se desenvolvem rapidamente, formando bolhas cheias de pus poucas horas depois da pele se tornar vermelha. Essas bolhas normalmente secam dentro de um ou dois dias, mas podem reaparecer durante vários dias ou semanas, ocasionando febre, calafrios, fadiga e coceira intensa.
Psoríase Eritrodérmica
É o tipo menos comum das psoríases, com lesões generalizadas em 75% do corpo ou mais, com manchas vermelhas que podem coçar ou arder de forma intensa, levando a manifestações sistêmicas. São vários os fatores que podem desencadear este tipo de psoríase, dentre eles tratamentos intempestivos com o uso ou retirada abrupta de corticosteroides, infecções, queimaduras graves, ou outro tipo de psoríase que foi mal controlada.
Psoríase Artropática ou Artrite Psoriásica
Este tipo da doença pode estar relacionada a qualquer forma clínica da psoríase e, além de apresentar inflamação na pele e descamação, a psoríase artropática ou artrite psoriásica, também é caracterizada por fortes dores nas articulações e pode causar rigidez progressiva.
Psoríase Palmo-plantar
As lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e nas solas dos pés.
Causas
Não se sabe a causa exata da psoríase. O que se acredita até agora é que em nosso sistema imunológico existe uma célula conhecida como célula T, que percorre todo o corpo humano em busca de elementos estranhos, como vírus e bactérias, com o intuito de combatê-los. Se a pessoa tem psoríase, as células T acabam atacando células saudáveis da pele, como se fosse para cicatrizar uma ferida ou tratar uma infecção.
Isso costuma trazer várias consequências, como a dilatação de vasos sanguíneos e o aumento no número de glóbulos brancos, que avançam para camadas mais externas da pele de forma muito rápida, provocando lesões avermelhadas. Trata-se de um ciclo ininterrupto, que só tem fim com o tratamento adequado.
Acredita-se que a genética tem um papel determinante em boa parte dos casos de psoríase, mas, que fatores ambientais também estejam envolvidos. Uma em cada 3 pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença, e acredita-se que até 10% da população geral possa herdar um ou mais genes que predisponham o desenvolvimento da psoríase. No entanto, somente 2% a 3% de fato desenvolvem a doença. Alguns fatores que podem desencadear em psoríase, são:
Infecções de garganta e de pele
Lesões na pele, como feridas, machucados, queimaduras de sol ou outras de natureza física, química, elétrica, cirúrgica ou inflamatória
Estresse
Variações climáticas
Fumo
Consumo excessivo de álcool
Medicamentos, como alguns prescritos para transtorno bipolar, pressão alta emalária
Alterações bioquímicas, ou seja, do metabolismo de algumas substâncias na pele
Fatores de risco
Histórico familiar: talvez este seja o fator de risco mais significativo para psoríase. Quanto mais parentes diagnosticados com a doença

Outros materiais