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Tuberculose Paciente tossindo com escarro pode ter tuberculose? MITO. Pode, mas não é um sinônimo, pode ter outras causas; Diversas doenças como pneumonia, sinusites ou bronquites podem levar a hemoptise Tuberculose mata? VERDADE Se não tratado corretamente a doença pode levar a morte. Hoje o tratamento possui efetividade superior a 90%. Todas as formas de Tuberculose são transmissíveis (meningite, pleural, ganglionar, intestinal) --MITO Somente as formas pulmonares são transmissíveis. A transmissão da doença acontece enquanto o paciente não se tratar. Com 15 a 21 dias de medicação, não há mais chance de transmissão. Paciente pode ter mais de um tipo de tuberculose. Pacientes com tosse há 14 dias associado com sintomas de febre, emagrecimento e sudorese noturna são suspeitos de Tuberculose. VERDADE Tosse crônica (pneumonia, DPOC, sinusite crônica, rinite alérgica), emagrecimento, sudorese noturna, febre e perda de apetite são os principais sintomas da doença. Tuberculose está erradicada. MITO Em alguns países, a tuberculose está controlada, mas é uma doença universal. No Brasil, a cada ano são registrados cerca de 90 mil casos e cinco mil mortes. O tratamento deve ser interrompido quando os sintomas desaparecerem. MITO Os sintomas desaparecem em 30 dias, porém o tratamento deve ser continuado até 6 meses. Basta se aproximar de alguém com tuberculose para ficar doente. MITO A minoria das pessoas que se infecta com o bacilo de Koch adoece. O contato esporádico não leva ao problema. Alguns fatores determinam a possibilidade de ter tuberculose, como desnutrição, imunossupressão e tempo maior de exposição ao bacilo. É necessário separar objetos de uso pessoal da pessoa com tuberculose. MITO A única transmissão se dá pelos aerossóis que saem dos pulmões quando o paciente tossir e somente no início do tratamento A vacina BCG evita que a pessoa tenha tuberculose. MITO A vacina BCG protege contra formas graves da doença, como a tuberculose disseminada e a meningite tuberculosa, mas não contra a comum. O tratamento para Tuberculose é caro. MITO O tratamento da tuberculose é gratuito no Brasil. Os pacientes tomarão de 2 a 4 comprimidos por dia durante um período médio de 6 meses. Posso pegar tuberculose em um ônibus. MITO É necessário contato prolongado. Contatos eventuais não trazem risco. Existem pessoas mais propensas a desenvolver tuberculose do que outras. VERDADE Crianças menores de 6 anos, transplantados, portadores do vírus HIV, tabagistas, diabéticos, usuários crônicos de corticoide e pessoas privadas de liberdade possuem maior risco de desenvolver a doença. Também usuários de imunobiológicos- imunodepressores. No hospital devo utilizar qualquer tipo de máscara quando entrar em contato com pacientes bacilíferos (que podem transmitir). MITO Funcionários deverão utilizar Máscara N-95 (bico de pato). O paciente ao ser levado em exames deverá utilizar uma máscara simples (cirúrgica). O paciente necessita internar para realizar o tratamento para a tuberculose. MITO O tratamento da tuberculose deve ser feito em casa. Doença de evolução lenta e arrastada, não desenvolve de um dia para o outro; Todo paciente diagnosticado com TB deve realizar exame para HIV; Epidemiologia População carcerária é uma população de alto risco para TB; SP e Amazonas- maiores taxas de TB; POA uma das capitais com mais casos; África e Ásia com taxas muito altas de TB; Afeta mais homens do que mulheres; Outras orientações Durante fase transmissível: Dormir sozinho no quarto Manter a casa ventilada e ensolarada (raios solares inativam o bacilo de Koch) Durante todo o tratamento: Consultar mensalmente no serviço de tratamento para tuberculose do município (SAE); em outros locais os postos de saúde oferecem tratamento; Sempre perguntar ao médico responsável pelo tratamento da tuberculose a respeito de outros medicamentos em uso. Rifampicina e isoniazina interferem fortemente com o gardenal(epilepsia)- pode tirar o efeito da rifampicina; Tomar o medicamento diariamente; Lembrando Dificuldade de corar as micobacterias Micobactérias Não se cora pelo método gram Cora-se com o método de Ziehl-Neelsen A coloração não consegue penetrar na membrana da micobactérias devido a espessa camada de acido micolico e glicolipídeos bacilo acido resistente; BAAR TB Classificação em cruzes em gravidade 1=10 2=10-100 3=100-1000 4= mais de 1000 Micobactérias Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium avium complex (MAC) Mycobacterium abscessus Mycobacterium bovis Mycobacterium fortuiutum Mycobacterium leprae Mycobacterium chelonae Fisiopatogenia Contato com a Micobacteria por via Respiratória (Aerossolização), via oral (Leite/alimentos) ou cirúrgico. Incubação: 4-12 semanas Primária: ocorre no primeiro contato com o germe (primoinfecção), evolui para doença em 5%-10% dos casos nos 2 primeiros anos Pós-primária: ocorre em organismos que já possuem imunidade (BCG). Pode ser por reativação endógena(5%) ou reinfecção Formação de Granuloma O corpo faz um granuloma ao redor de um agrupamento de bactérias que fica em latência. Vai voltar a causar doencia se a imunidade baixar; Com o passar do tempo a lesão vai se tornando menos celular, envolta por fibrose densa, ocorrendo até mesmo a calcificação da lesão (que pode ser vista radiologicamente). Bacilos podem permanecer viáveis no interior destas lesões por muitos anos. Esta lesão é chamada de nódulo de Ghon ou nódulo primário. Apresentação Pulmonar - Miliar Pulmonar + extra-pulmonar Extra-pulmonar - Ganglionar - Genitourinária - Óssea - Ocular - Miliar - Meningoencefálico - Cutânea - Laríngea – Pericárdica Sintomas Clássicos Febre vespertina Sudorese noturna Emagrecimento Tosse há pelo menos 14 dias (7 dias em locais de alta concentração) * Evolução lenta, insidiosa Outros Sintomas Adenomegalias Leucocituria persistente pós tratamento antibiótico com UCA negativa Dor lombar (óssea) Cefaléia, distúrbios neurológicos Lesão cutânea crônica granulomatosa Rouquidão crônica * Normalmente associados a cansaço, sudorese, emagrecimento, febre (sintomas constitucionais) Tuberculose Pulmonar Sintomas respiratórios Rx mostrando lesão compatível com doença granulomatosa BAAR Positivo no escarro – sensibilidade em tomo de 70% - Direto ou - Cultura ou - Métodos Rápidos – Biologia Molecular - PCR (GeneXpert) Tuberculose Pleural Principal forma extra-pulmonar em paciente imunocompetentes Dor pleurítica, tosse seca, emagrecimento, sudorese noturna Cultura + Bx pleura = 90% sensibilidade Direto= 5-40% Toracocentese – análise do Líquido pleural (bioquimica + ADA - Adenosina Deaminase) Tuberculose Ganglionar Forma extrapulmonar mais frequente em pacientes HIV Positivos Adenomegalia(s) Sintomas constitucionais Dx - Clínica - Bx da lesão: Descrição de necrose caseosa Pesquisa de BAAR + (nem sempre positiva) Tuberculose Meningoencefálica } 10% das formas de tuberculose em pacientes HIV + } 3% das formas de tuberculose em pacientes HIV – } Evolução Subaguda ou crônica } Sintomas: - cefaléia, vômitos, alteração na conduta, sintomas psiquiátricos, febre, rigidez de nuca } Doença pulmonar ocorre em 59% das vezes } Diagnóstico: - Padrão Liquórico (Proteinorraquia elevadíssima, celulariedade aumentada, predomínio de linfócitos, glicose reduzida) - PCR no LCR - Cultura para BAAR no LCR - Paucibacilar (Direto normalmente negativo) Tuberculose Óssea É mais comum na infância 10-20% das extrapulmonares na infância Atinge principalmente: - ColunaVertebral torácica e lombar(Mal de Pott) local mais comum (50%) - Articulação Coxo-femoral - Joelho Tríade no diagnóstico de Mal de Pott: - Dor lombar - Dor a palpação - Sudorese noturna PPD - Mantoux ` Aplicação tuberculina(0,1ml) na face medial do antebraço esquerdo ` Leitura 48-72 horas ` Falso-Positivo: BCG; após 10 anos da vacina a chance do falso positivo reduzsignificativamente ` PPD 5-10mm = positivo para transplantados, HIV + ` PPD 10-15mm = positivo para pessoas com fator de risco ocupacional ` PPD >15mm = positivo para todos ` SIGNIFICADO Tbc Latente ou Ativa Tuberculose Genitourinária Sintomas constitucionais Suspeitar em pacientes com leucocituria persistente pós tratamento antibiótico e Urocultura negativa (piuria estéril) Necessário avaliar sistema urinário em busca de abscessos Tuberculose Cutânea ` Lesão crônica ` Pode ocorrer principalmente em imunodeprimidos ` Diagnóstico: - Biopsia da lesão Tuberculose Intestinal ` Sintomas Constitucionais ` Durante muitos anos associado a Mycobacterium bovis ` Dor abdominal ` Diagnóstico: Colonoscopia + Biopsia Primeira fase RHZE/RIPE/Coxipe Cada letra é um medicamento. Por 2m Rifampicina. Izoniazida. Pirazinamida. Etambutol. Segunda fase RI ou RH por 4m TB- do SNC 9m. 2m da primeira fase e 7m da segunda. Principais efeitos adversos toxicidade hepática Xixi fica laranja ou vermelho—por conta da rifampicina; Medicamentos Utilizados na Tuberculose ` Rifampicina – Maior efeito bactericida ` Isoniazida – Maior efeito bactericida ` Pirazinamida – Bactericina somente em meio ácido (granulomas e intracelular) ` Etambutol – Bacteriostático ` Rifabutina ` Estreptomicina,Amicacina, Canamicina ` Levofloxacino, Ofloxacino, Moxifloxacino ` Etionamida, Terisidona, ácido paraminossalicilico ` Linezolida, Imipenem, Clofazimina, Amoxicilina/clavulanato, Claritromicina Outras orientações ` Avaliar contatos domiciliares ` Orientar a urina permanecerá com cor laranja durante o tratamento ` A Hepatotoxicidade é um dos principais efeitos colaterais ` Avaliação da função hepática durante o tratamento é indicada ` Observar os medicamentos em uso do paciente – grande quantidade de interações medicamentosas ` Por até 14-21 dias do início do tratamento o paciente permanecerá Bacilífero ` Existe indicação de realizar acompanhamento da carga bacilar do escarro mensalmente; ` Ao final do tratamento avaliar melhora e nova radiografia ` Poderá ser extendido o tratamento para 9 meses com RHZE conforme extensão da doença ou melhora parcial dos sintomas ` Resistência da Micobatéria vem aumentando (17% dos casos possuem 1 resistência pelo menos) ` Avaliar resistência sempre em pacientes com Recidiva, reinfecção ou contato com Tbc resistente ` Termos: - Monorresistência – 1 fármaco - Polirresistencia – 2 fármacos (exceto R e H) - Multirresistencia (MDR) – R e H - Extensiva (XDR) – R, H, quinolona e 1 droga injetavel de segunda linha- difícil de tratar;
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