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ETICA LEGISLACAO E EXE PROF EM ENFERMAGEM

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ÉTICA, LEGISLAÇÃO E EXE. PROF. EM ENFERMAGEM - SDE0120 
 Aspectos éticos e legais do exercício profissional da Enfermagem 
 
 Antigamente os profissionais de enfermagem eram submetidos à medicina, sendo que 
hoje somos profissionais liberais em que todos são responsáveis em seus limites. 
 Compete ao enfermeiro coordenar, planejar, executar e supervisionar os 
técnicos e auxiliares de enfermagem da área. 
 
1- Responsabilidade Profissional: 
 No sentido geral a responsabilidade tem o significado de obrigação, encargo, 
compromisso ou dever de satisfazer ou executar alguma coisa e suportar as sanções 
decorrentes dessa obrigação. A responsabilidade traz sempre em seu bojo os aspectos 
de dever, de dano ou de prejuízo e também de reparação do dano. 
2- Distinção Entre a Norma Jurídica da Moral (Direito X Moral): 
 O direito é o princípio de adequação do homem à vida social; 
 A norma moral é mais ampla do que o direito, porque compreende as normas 
jurídicas e as normas morais; 
 O direito tem estrutura imperativa e atributiva, impedindo obrigação e conferindo 
direito; 
 A moral tem como característica a unilateralidade das regras por imposição dos 
deveres; 
 O direito é coercitivo e atua na vida social, ou seja, propõe uma forma de conduta 
obrigatória, tem poder de vigilância e coação visando o bem comum: infringiu será 
penalizado; 
 A legislação ética se limita a dizer o que se deve ou não fazer, o que pode ou não 
se fazer, fundamentadas em conhecimentos racionais e objetivos a respeito do 
comportamento moral dos homens; 
 Neste sentido posiciona-se a Deontologia, que representa o conjunto de deveres 
exigidos do homem, quando no exercício de determinada profissão. 
 
3- Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem: 
 Representa o mínimo admissível, quando chega a transgredi-lo o agente, 
obrigatoriamente, terá que ser penalizado. Reúne normas e princípios, direitos e deveres 
pertinentes à conduta do profissional que deverá ser assumida por todos. 
4- Responsabilidades Éticas: 
 Infração Ética: Artigo 113, do Código de Ética que considera infração ética, 
omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às 
disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem; 
 Infração Disciplinar: Artigo 114, Código de Ética, considera infração disciplinar a 
inobservância das normas dos conselhos federal e regionais de enfermagem 
(COFEN e COREN), e Artigo 115 que responde pela infração de quem venha a 
cometer ou concorrer para a sua prática ou dela obtiver benefício, quando 
cometido por outrem. 
5- Dos Direitos: 
 Direitos Constitucionais: conferidos no Artigo 5, incisos II, III, V, VII, XIII 
(princípios), XXXIII, XXXIV, LV (realizar comentários dos respectivos incisos); 
 Direitos dos Profissionais de Enfermagem quanto a legislação civil (Código 
Processual Civil - CPC): Artigo 333 do CPC, que confere o direito de exigir da 
parte acusadora o ônus da prova, cabendo ao autor o ônus da prova, ou seja, o 
prejudicado deve demonstrar a culpa do profissional; 
 Capítulo I nas seções 1 e 2 em seus direitos do Código de Ética: direitos dos 
profissionais de enfermagem quanto aos preceitos éticos deste capítulo. 
6- Dos Deveres: 
 Quanto aos Preceitos Constitucionais: no Artigo 5, inciso XIII, que diz ser livre o 
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelece; 
 Quanto aos preceitos Éticos: O Capítulo I nas seções 1 e 2, do Código de Ética, 
trata especificamente dos deveres dos profissionais de enfermagem. 
7- Responsabilidade Civil e Penal: 
 A responsabilidade envolve o aspecto do dano ou prejuízo produzido por alguém 
que violou o direito de um terceiro. Sempre que ocorrem tais danos ou prejuízos, cabe 
reparação, restauração ou indenização do mal causado. O profissional pode ser envolvido 
em infrações civis e penais, como autor ou co-autor em pleno exercício da profissão. 
Porém não haverá responsabilidade jurídica se a violação de um dever não produzir dano, 
seja pessoal, material ou moral. 
8- Responsabilidade Civil: 
 Artigo 159 do Código Civil, que se refere em acolher o princípio de dever de 
reparar o dano diz que: ?aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência 
ou imprudência, violar direito ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar 
o dano?. 
9- Responsabilidade Penal: 
 Existe uma série de situações, na prática da enfermagem, como administração de 
substâncias estranhas, erradas, dosagem errada, por via errada, quedas e outros 
procedimentos, que possam envolver o enfermeiro em um ato criminoso por imprudência, 
negligência e imperícia. 
 Artigo 18 do Código Penal que se refere sobre Os Crimes do tipo Doloso: (dolo) é 
a vontade livre consciente de praticar uma conduta estabelecida no Código Penal; 
 Quando o agente quis o resultado ou assumir o risco de produzi-lo é do tipo 
Culposo: conduta voluntária (ação ou omissão) que produz resultado anti-jurídico 
não desejado, mas previsível, e excepcionalmente previsto, que podia, com a 
devida atenção ser evitada; 
 Quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência e 
imperícia. Co-autoria, segundo o Artigo 29 do Código Penal ressalta ?que, de 
qualquer modo, concorrer para o crime, incide nas penas a este combinadas, na 
medida de sua culpabilidade?. 
 A IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA e IMPERÍCIA, geralmente, configuram-se em 
atos, ou na omissão de providência que deveriam ser tomadas pelo indivíduo no exercício 
de qualquer profissão. 
 
10- Imprudência: 
 É uma inconveniência, é fazer o que não deve, faz de qualquer maneira, não 
prestou atenção, não está preocupado. É uma atitude onde o agente atua com 
precipitação; 
 São esquecidos cuidados necessários para o sucesso final de um 
empreendimento; 
 Por exemplo: esquecer de administrar um medicamento no horário determinado, 
antecipar o horário de uma medicação (entretanto se essa conduta ocorrer com 
freqüência poderá configurar em negligência), fazer um aprazamento errado. 
 
11- Negligência: 
 É um descuido ou desleixo, descuido no cumprimento do encargo ou de 
obrigação. Deixa de fazer o que devia; 
 É inércia psíquica, a indiferença do agente, que podemos tomar as cautelas 
exigíveis, mas não faz por displicência; 
 Configura-se pela inobservância de deveres impostos à execução de qualquer 
ato; 
 É uma falha em realizar determinado procedimento; 
 Ocorre quando o profissional não age apropriadamente para proteger a segurança 
do paciente; 
 Por exemplo, administrar um medicamento errado, queimadura provocada por 
bolsa de água quente, quedas no leito, deixar de administrar um medicamento no 
horário, desde que esse fato se torne um hábito e venha trazer algum risco a 
integridade (administrar um antibiótico em horários diversos do determinado). 
 
12- Imperícia: 
 É a incapacidade, a falta de conhecimento técnico no exercício de arte ou 
profissão; 
 É a incompetência. Caracteriza-se pela execução de algum ato em que o agente 
não demonstra aptidão teórica ou prática exigível; 
 Presume-se a competência somente aquele que está habilitado para exercer uma 
função, ou seja, habilitação legal. 
 Por exemplo: fazer sutura de incisão cirúrgica, administração de solução 
anestésica em cateter peridural. 
**** Em Resumo: 
 Imprudência: faz o que não devia; 
 Negligência: deixa de fazer o que devia; 
 Imperícia: somente aquele que está habilitado para exerceruma função. 
OBS: Em qualquer um dos casos, para que se integre a figura do crime, é necessário que 
a conduta contrária ao dever conduza a um resultado de DANO ou PERIGO. Não haverá 
dano, seja pessoal, material ou moral. Portanto o profissional deve ser prudente, 
cuidadoso e conhecedor de sua profissão. 
 
13- Segredo Profissional: 
 O segredo profissional é tudo aquilo que por sua natureza, ou por um contato 
especial deve ser conservado oculto; 
 O segredo profissional fundamenta-se na confiança, na confidência e na justiça; 
 O paciente tem o direito à privacidade, ao bem estar e à segurança em razão de 
sua individualidade e dignidade humana; 
 A privacidade e a intimidade são direitos inalienáveis e a(o) enfermeira(o) tem 
obrigação de considerar como confidencial todas as informações que possui sobre 
seu cliente; 
 A revelação INADEQUADA de um segredo ou inadvertidos comentários em 
corredores ou enfermarias pode prejudicar a recuperação do paciente, pode trazer 
intranqüilidade ou desespera-lo, podendo leva-lo a prática de um suicídio; 
 Os grandes questionamentos a esse respeito são: O que revelar? A quem 
revelar? Quando revelar? 
 O enfermeiro defronta-se com situações que pode revelar o segredo, outras que é 
obrigado a quebrar o segredo, e outras que é impedido de revelar; 
 O Princípio da Legalidade, que é um preceito constitucional, a observância da 
legislação civil e penal e, o interesse de ordem moral e social, são os 
sustentáculos norteadores da conduta profissional. 
 
14- Princípio da Legalidade: 
 O Artigo 5, inciso II, da Constituição Federal aponta que Ninguém será obrigado a 
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei; 
 O Artigo 154 do Código Penal afirma que revelar a alguém, sem justa causa, 
segredo, de quem tem ciência em razão de função, ministério, ofício de profissão, 
e cuja revelação possa produzir dano a outrem. Pena: detenção de três meses a 
um ano, ou multa. Parágrafo Único: Somente se procede mediante representação 
(autorização expressa). 
I- Pode revelar o segredo: 
1º. Quando o dano o permite, entretanto é prudente avaliar as condições emocionais do 
paciente e chamar um colega para testemunhar; 
2º. Quando o bem comum exige: comércio de tóxico, paciente portador de doença 
contagiosa; 
3º. Quando o bem da terceira pessoa o exige: nos casos de servícias (maus tratos) ou 
castigo a menores (caso ocorrido na emergência); 
4º. Quando o bem do depositário o exige (o bem do próprio profissional de enfermagem): 
casos que o enfermeiro é ameaçado de chantagem por parte do cliente. 
OBS: Mesmo nestas situações exige-se uma série de condições que precisam ser 
observadas, tais como: 
- Revelar o que for estritamente necessário para a solução do problema; 
- Divulgar ao menor número de pessoas ou entidades possíveis apenas aquelas 
que poderão de fato, colaborar para a solução do problema; 
- A revelação só será admissível, depois de esgotadas todos os recursos para que 
o próprio cliente se disponha a revelar o seu segredo; 
- Que dano que esteja afetando uma terceira pessoa, a comunidade ou o próprio 
profissional, seja um dano grave, injusto ou eminente. Nenhum profissional tem o 
direito de revelar um segredo por um dano que só ocorrerá remotamente . 
 
II- É obrigado a revelar o segredo: 
No capítulo II do Sigilo Profissional nas Responsabilidades e Deveres no Artigo 82 
do Código de Ética: São deveres Art. 82. Manter segredo sobre fato sigiloso de 
que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional, exceto casos 
previstos em lei, ordem judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa 
envolvida ou de seu representante legal. 
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em 
caso de falecimento da pessoa envolvida. 
§ 2º Em atividade multiprofissional, o fato sigiloso poderá ser revelado quando 
necessário à prestação da assistência. 
§ 3º O profissional de· Enfermagem intimado como testemunha deverá 
comparecer perante a autoridade e, se for o caso, declarar seu impedimento de 
revelar o segredo. 
§ 4º O segredo profissional referente ao menor de idade deverá ser mantido, 
mesmo quando a revelação seja solicitada por pais ou responsáveis, desde que o 
menor tenha capacidade de discernimento, exceto nos casos em que possa 
acarretar danos ou riscos ao mesmo. 
Art. 83. Orientar, na condição de Enfermeiro, a equipe sob sua responsabilidade 
sobre o dever do sigilo profissional. 
1º Exemplo: Infração de medida sanitária preventiva: 
Artigo 268 do Código Penal: Infringir, determinação do poder público destinada a impedir 
introdução ou propagação de doença contagiosa. Pena: detenção, de um mês a um ano. 
Parágrafo Único: a pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde 
pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou ENFERMEIRA(O). 
 Portanto, a(o) enfermeira(o) pode revelar o segredo quando se tratar de agravos a 
saúde, relacionado a notificação compulsória. 
2º Exemplo: Leis das Contravenções Penais: 
Artigo 66 do Código Penal Deixar de comunicar à autoridade competente. 
Inciso II Crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício da medicina ou de 
outro profissional sanitário, desde que a ação penal não dependa de representação e a 
comunidade não exponha o cliente a procedimento criminal. Pena: multa. 
III- Não é obrigado a revelar o segredo: 
Artigo 144 do Código Civil: Ninguém pode ser obrigado a depor de fatos, cujo respeito, 
por estado ou profissional, deve guardar segredo. 
Artigo 406 do Código Processual Civil: A testemunha não é obrigada a depor de fatos; 
Inciso II Cujo respeito, por estado ou profissional, deva guardar sigilo. 
Artigo 207 do Código Processual Penal: São proibidas de depor as pessoas, em razão de 
função, ministério, ofício ou profissional, devam guardar segredo, salvos de se, 
desobrigado pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. 
 Em resumo, estes princípios fornecem cobertura a quem for convocado a depor em 
juízo sobre fato conhecido no exercício profissional. O profissional comparece à juízo, 
mas será obrigado a revelar o que sabe, exceto nos casos em que a revelação é 
obrigatória, apenas declara o impedimento. 
 O Código do Conselho Internacional de Profissionais de Enfermagem, posiciona-se 
em relação a responsabilidade da(o) enfermeira(o). As responsabilidades fundamentais 
da(o) profissional de enfermagem são as seguintes: 
- Promover a saúde; 
- Prevenir a doença; 
- Restaurar a saúde; e 
- Aliviar o sofrimento. 
 A necessidade dos profissionais de enfermagem é universal: respeito à vida, 
respeito a dignidade e aos direitos do homem. 
 
SER RESPONSÁVEL X TER RESPONSABILIDADE 
Ser responsável: se refere à esfera das funções e deveres associados ao papel dos 
enfermeiros. À medida que assumem mais funções, estas tornam-se parte da sua 
responsabilidade, sendo responsável, a(o) enfermeira(o) se torna segura(o) e digna(o) de 
confiança pelos colgas e pacientes. 
 O profissional responsável é competente em conhecimento e habilidade. A 
responsabilidade de uma enfermeira(o) requer uma disposição de atuação apropriada 
dentro de diretrizes de conduta da ética profissional. 
Ter responsabilidade: significa estar apto a responder por suas ações. 
 Ter responsabilidade pede uma avaliação da efetividade do profissional em assumir 
responsabilidades. O profissional responsável denuncia erros e inicia os cuidados para 
prevenir qualquer prejuízo futuro ao paciente. 
 O profissional de enfermagem tem responsabilidade com ele, com o paciente, com aprofissão, com a instituição empregatícia e com a sociedade. Ele relata qualquer conduta 
de outro profissional da mesma área e que não coloque em risco a integridade do 
paciente. A prioridade mais alta do profissional de enfermagem é a segurança e o bem 
estar do paciente. Quem falha em apresentar esta conduta é considerado co-responsável. 
 Ter responsabilidade para com o paciente significa que o profissional fornece 
informações precisas a ele sobre o tratamento. Ele tem a responsabilidade de informar o 
paciente sobre o procedimento e fornecer informações que o ajudem a tomar decisões. 
 A preocupação ética primária dos profissionais de enfermagem é ajudar cada 
paciente à receber assistência de saúde de alta qualidade. Assim como deve-se também 
preocupar-se com o seu agir em relação ao colega. 
 
Nesta aula o aluno deve atentar para os seguintes artigos do NOVO Código de 
Ética dos Profissionais de Enfermagem (Resolução 311 de 09 de Fevereiro de 
2007) que denotam as principais infrações iatrogênicas a partir do seu capítulo I 
DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS DIREITOS em sua SEÇÃO I DAS RELAÇÕES 
COM A PESSOA, FAMÍLIA, COLETIVIDADE E DIREITOS é Proibido 
Art. 26. Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se 
caracterize como urgência ou emergência. 
Art. 27. Executar ou participar da assistência à saúde sem o consentimento da 
pessoa ou de seu representante legal, exceto em iminente risco de morte. 
Art. 28. Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a 
gestação. 
Parágrafo único - Nos casos previstos em Lei, o profissional deverá decidir, de 
acordo com a sua consciência, sobre a sua participação ou não no ato abortivo. 
Art. 29. Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a 
morte do cliente. 
Art. 30. Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-
se da possibilidade dos riscos. 
Art. 31. Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos 
previstos na legislação vigente em situação de emergência. 
Art. 32. Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a 
segurança da pessoa. 
Art. 33. Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional, 
exceto em caso de emergência. 
Art. 34. Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso com qualquer forma de 
violência. 
Art. 35. Registrar informações parciais e inverídicas sobre a assistência prestada. 
Referências 
COFEN. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem ? Resolução 
COFEN 311 de 2007. Brasília: DF, 2007. 
OGUISSO, Taka (Org.). Trajetória histórica e legal da enfermagem. 2. ed. São 
Paulo: Manole, 2007. 
 
 
 
Lei nº 7.498, de 1986 - Lei do Exercício Profissional da Enfermagem. 
 
Lei do Exercício Profissional da Enfermagem nos seguintes aspectos: 
Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe: 
I - privativamente: 
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição 
de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; 
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades 
técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; 
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços 
de assistência de Enfermagem; 
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem; 
i) consulta de Enfermagem; 
j) prescrição da assistência de Enfermagem; 
l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida; 
m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam 
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas; 
 
II - como integrante da equipe de saúde: 
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; 
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de 
saúde; 
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e 
em rotina aprovada pela instituição de saúde; 
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação; 
e) prevenção e controle sistemática de infecção hospitalar e de doenças 
transmissíveis em geral; 
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela 
durante a assistência de Enfermagem; 
g) assistência de Enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; 
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; 
i) execução do parto sem distocia; 
j) educação visando à melhoria de saúde da população; 
Parágrafo único - às profissionais referidas no inciso II do Art. 6º desta Lei 
incumbe, ainda: 
a) assistência à parturiente e ao parto normal; 
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada 
do médico; 
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando 
necessária. 
 
Art. 12 - O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo 
orientação e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e 
partipação no planejamento da assistência de Enfermagem, cabendo-lhe 
especialmente: 
a) participar da programação da assistência de Enfermagem; 
b) executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do 
Enfermeiro, observado o disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei; 
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau 
auxiliar; 
d) participar da equipe de saúde. 
Art. 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza 
repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem 
como a participação em nível de execução simples, em processos de tratamento, 
cabendo-lhe especialmente: 
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas; 
b) executar ações de tratamento simples; 
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente; 
d) participar da equipe de saúde. 
Art. 15 - As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta Lei, quando exercidas em 
instituições de saúde, públicas e privadas, e em programas de saúde, somente 
podem ser desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro. 
 
Art. 20 - Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta, federal, 
estadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios observarão, no 
provimento de cargos e funções e na contratação de pessoal de Enfermagem, de 
todos os graus, os preceitos desta Lei. 
Parágrafo único - Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as medidas 
necessárias à harmonização das situações já existentes com as diposições desta 
Lei, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários. 
 
 Art. 23 - O pessoal que se encontra executando tarefas de Enfermagem, em 
virtude de carência de recursos humanos de nível médio nesta área, sem possuir 
formação específica regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho Federal de 
Enfermagem, a exercer atividades elementares de Enfermagem, observado o 
disposto no Art. 15 desta Lei. 
 
Referências 
COFEN. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem ? Resolução 
COFEN 311 de 2007. Brasília: DF, 2007.

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