Buscar

CADERNO ENADE DIREITO CONSUMIDOR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

RESPOSTAS DO CADERNO ENADE 2017.2 – DIREITO DO CONSUMIDOR
1 – QUESTÃO 
HOUVE ILÍCITO CIVIL OU DE CONSUMO?
Verifica-se o ato ilícito de consumo, no Código Civil, nos artigos 927 e seguintes, especificamente no parágrafo único deste que diz que ocorrerá a obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos, especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Contudo, a lei a que se refere este p. único, é exatamente o Código de Defesa do Consumidor. Já o ato ilícito, decorre da inteligência do artigo 927 do Código Civil de 2002, segundo o qual explicita que aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187 do CC), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Tem-se, aqui, a responsabilidade civil. 
Portanto, ao contrário do que exige a lei civil, quando reclama a necessidade da prova da culpa, na relação entre consumidores esta prova é plenamente descartada, sendo suficiente a existência do dano efetivo ao ofendido. E, no caso em tela, consoante o artigo 2º do CDC, é consumidor a pessoa jurídica que adquire produto como destinatário final, logo, desencumbi-se do ônus probatório da culpa, bastanto apenas a ocorrência do dano para configuração do ilícito de consumo. Como determinado no art. 12 do COC, que diz: “O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.”
Desta forma, não haverá a necessidade do consumidor apresentar prova da culpa, uma vez que ficou constatado que o fato que gerou o dano foi proveniente da relação de consumo, e o dano à parte mais fraca, caberá ao responsável a sua reparação. 
OS FUNCIONÁRIOS PODEM EXIGIR INDENIZAÇÃO? 
Sim, existe a possibilidade dos funcionários pedirem indenização pelo mesmo fato, como discorre os termos do artigo 17, c/c com o artigo 2º ambos do CDC.
2 – QUESTÃO
CAIO PODE AJUIZAR AÇÃO COM BASE NO CDC, MESMO TENDO ADQUIRIDO VEÍCULO PARA USO COMO TÁXI?
Se comprovando o defeito em carro novo, este se configura na hipótese de vício do produto, respondendo solidariamente a concessionária e o fabricante, conforme dispõe o artigo 18, caput, do CDC. O fato de que a aquisição de veículo foi para a utilização como táxi, não impede a aplicação das normas do Código de Defesa do Consumidor. 
O entendimento do STJ é que o fato de o comprador adquirir o veículo para uso comercial, como táxi, “não afasta a sua condição de hipossuficiente na relação com a empresa, ensejando a aplicação das normas protetivas do CDC” (REsp 575.469).
QUAIS A PROVIDÊNCIAS JURÍDICAS, CABÍVEIS, NA HIPÓTESE? 
Nesta hipótese, caso não tenha o problema do veículo sanado em no máximo 30 dias, poderá exigir uma das alternativas determinadas no artigo 18, §1º do CDC, que são elas: a substituição do produto; restituição da quantia paga; ou o abatimento do preço.
Contudo, de acordo com o código Civil, seria cabível, o pedido de lucros cessantes e indenização em vista dos vícios redibitórios do veículo e da responsabilidade civil em indenizar.
– QUESTÃO 
O CONTRATO DEMONSTRA EQUILÍBRIO?
O contrato não demonstra equilíbrio, na medida em que, por se tratar de contrato de adesão – cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo, impõem obrigatoriedade de cumprimento mesmo em caso de não haver uma prestação adqueda do serviço. O contrato de adesão estã contido no artigo 54 do CDC e até prevê a possibilidade de esipular-se cláusula resolutória, todavia necessário se faz facultar alternativas ao consumidor. 
SE A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO SE MOSTRAR, COMPROVADAMENTE, INEFECIENTE, CLÁUDIA TEM DIREITO À INDENIZAÇÃO?
Sim. Nos termos do artigo 14 do CDC o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços. 
4 – QUESTÃO 
Posteriormente a entrada em vigor do Código Civil de 2002, passou-se a entender não ser o critério do destinatário final econômico determinante à caracterização de relação de consumo ou do conceito de consumidor, mas sim a constatação de sua hipossuficiência, na relação jurídica, perante o fornecedor. Em outras palavras, a partir de abrandamento da teoria finalista, a aplicação do CDC passou a ser admitida a determinados consumidores profissionais, uma vez demonstrada a vulnerabilidade técnica, jurídica ou econômica.
Fica, portanto, mitigado o conceito clássico, in casu, de consumidor, posto que evidenciada a vulnerabilidade econômica de Maria, razão pela qual a relação de consumo é perfeitamente enquadrável ao artigo 2º do CDC, segundo o qual lhe dá condição de consumidora. 
5 – QUESTÃO 
Não há que se falar em aplicação do CDC no caso em tela, haja vista não se tratar de relação de consumo, pois não há a figura do consumidor e fornaecedor. 
Trata-se de relação civil e, sendo assim, não será um vício do produto, mas, sim, um Vício Redibitório. Sendo um bem móvel e o vício oculto, terá Josemar o prazo de 180 dias para descobrir o vício, tendo 30 dias, a partir do conhecimento, para requerer o abatimento no preço (Ação Quanti Minoris/Estimatória) ou a resolução do contrato (Ação Redibitória).
6 – QUESTÃO 
POSSO RECLAMAR O VÍCIO DO PRODUTO AQUI, NO BRASIL?
O fabricante do produto deverá consertá-lo, desde que a marca seja mundialmente conhecida, já que o fornecedor nacional beneficia-se da marca, valendo-se da maciça publicidade e credibilidade.
 O fornecedor brasileiro, que representa a marca internacional, deverá reparar o produto adquirido no exterior, mesmo sem a garantia mundial, no prazo máximo de trinta dias corridos, contados a partir da data da reclamação.
 Decorridos os trinta dias, caso não seja possível o conserto, deverá ser observado o parágrafo 1º do artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, que dispõe:
 "Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional no preço".
PODE-SE AFIRMAR QUE O CDC INICIOU UM MOVIMENTO DE CONSCIENTIZAÇÃO DO CONSUMIDOR, QUE PASSOU A TER MAIS INFORMAÇÕES ACERCA DE SEUS DIREITOS?
Sim. Visto que o CDC reuniu todas as leis esparsas referentes ao tema, trazendotambém princípios e criando órgãos de proteção ao consumidor.
7 – QUESTÃO 
QUE DIREITOS POSSUI CLARISSA? 
Cuida-se do caso de fato do produto, o qual, assim como o do serviço, refere-se ao defeito que causa o dano a segurança do consumidor. Esse defeito pode ser de criação, fabricação ou informação. O evento danoso é chamado pela doutrina de “acidente de consumo”.
A responsabilidade por indenizar o consumidor é objetiva, ou seja, prescindi a comprovação da culpa. Os responsáveis pela indenização são os fabricantes, produtores, construtores e importadores do produto.
Sendo o comerciante responsabilizado apenas nos casos previstos no artigo 13 do Código de Defesa do Consumidor.
É importante frisar ainda que de acordo com o artigo 17 do mesmo Codex equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento danoso. Ou seja, o legislador garantiu a reparação a todas as pessoas que participaram e foram lesadas pelo “acidente de consumo”.
Dessa forma, Clarissa deve ser indenizada por todos os danos sofridos. 
QUE ATITUDE O FABRICANTE DEVE ADOTAR PARA EVITAR RISCO PARAOS DEMAIS CONSUMIDORES?	
Com base no art. 10, §1ºCDC, neste caso o fornecedor deverá convocar o RECALL. 
8 – QUESTÃO 
Considerando a súmula 297 do STJ, que diz que o CDC é aplicável às instituições financeiras, poderá, nessa situação, Luciana Cristina propor ação indenizatória contra o banco, baseada em sua responsabilidade objetiva pelo risco da atividade, cabendo ao réu o ônus de provar suas alegações; poderá, ainda, cumular seu pedido de indenização por danos morais, pela insinuação de que agiu ilicitamente.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes