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Questionário Processo Penal I

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Questões de processo penal I
Questão: Arquivamento do Inquérito Policial
Após a instauração de um inquérito policial, o delegado de policia responsável observa que faltam provas de materialidade do delito, e resolve arquivar o inquérito. A decisão do delegado esta correta?
Não, a decisão do delegado está incorreta e sua fundamentação legal está exposta no Art. 17 do CPP em que diz que a autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
O arquivamento do inquérito é ato privativo da autoridade judiciaria, mediante provocação do titular da ação de penal. Ação Publica > MP. Só o Juiz pode arquivar.
Questão: Fundamentos para prisão preventiva
Indique os fundamentos para a decretação da prisão preventiva.
De antemão temos que entender o Fumus Commissi Delicti a comprovação da existência de elementos e indícios razoáveis que indiquem a prática criminosa. E também Periculum Libertatis que vira nas hipóteses do art.312 e 313.
 Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria 
 Parágrafo único.  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o).      
Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, serão admitida a decretação da prisão preventiva:      . 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;      . 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;          .
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
IV -  Revogado.
Parágrafo único.  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
FUMUS COMMISSI DELICTI E PERICULUM LIBERTATIS NA PRISÃO PREVENTIVA:
A prisão preventiva, diferentemente da prisão temporária, está prevista no artigo 312 do Código de Processo Penal e exige a presença de indícios de autoria e a certeza do crime (materialidade), o que a doutrina chama de fumus commissi delicti (fumaça da prática de um delito). Também é pressuposto da prisão preventiva o periculum libertatis (para Lopes Júnior e Távora, não é pressuposto, mas fundamento) isto é, a existência de perigo causado pela liberdade do sujeito passivo da persecução penal. A partir desse último pressuposto - ou fundamento, para esses autores - a lei elenca as seguintes situações nas quais a prisão preventiva poderá ser decretada: por conveniência da instrução criminal, como garantia da ordem pública, da ordem econômica ou para assegurar a aplicação da lei penal. Para Tourinho Filho, entretanto, essas seriam as condições para a prisão preventiva, sendo os pressupostos: a materialidade e indícios de autoria. Assim, de uma maneira ou de outra, a doutrina majoritária afirma a existência de fumus commissi delicti e periculum libertatis na prisão preventiva. No entanto, a inferência não poderá ser a mesma quando se tratar de prisão temporária, uma vez que, nessa modalidade de prisão, não é possivel identificar o periculum libertatis.
Questão: Prisão por crime inafiançável
Galdenio, policial civil, foi preso no momento em que torturava uma família de moradores da “Favela do Alemão”. A autoridade policial que lavrou o auto de prisão em flagrante concluiu pela manutenção da prisão, argumentando que o crime de tortura é inafiançável. O juiz, ao tomar conhecimento ao auto de prisão, concedeu a liberdade provisória de Galdenio cumulada com outras medidas cautelares diversas da prisão. Disserte sobre a decisão judicial.
O fato de o crime ser inafiançável impede a fiança, mas não as outras medidas cautelares. O juiz deve analisar o caso concreto considerando o princípio da presunção de inocência que prisão processual é excepcional, apenas em último caso se presentes os requisitos e pressupostos. Nesse caso o magistrado entendeu que não era necessária a prisão preventiva do policial. 
Questão: Prisão em flagrante
Qual a natureza jurídica da prisão em flagrante?
Trata-se de uma medida pré-cautelar é uma detenção administrativa que pode ser imposta por qualquer pessoa e que os agentes policiais têm o DEVER de realizar e viabiliza a analise judicial de necessidade de outras medidas cautelares. Tem por finalidade permitir que o juiz analise outras medidas cautelares bem como ira permitir a identificação do suposto autor do crime, cessar a prática criminosa, permitir a colheita de vestígios e até inibir uma ação social que recaia sobre o suposto autor do crime como o linchamento. Por fim, tem sua natureza jurídica pré-cautelar de detenção administrativa.
Questão: Inquérito Policial e Prisão em Flagrante
A autoridade policial pode instaurar o IP assim que tomar conhecimento de qualquer infração penal? E realizar a prisão em flagrante?
Para a instauração do inquérito policial a autoridade policial deve observar de antemão a ação penal indicada pela infração. Porque dependendo do tipo o delegado ñ pode instaurar de plano, pois dependerá da representação da vitima nos casos de ação de penal publica condicionada e de ação penal privada do devido requerimento da vítima. Portanto não pode o delegado de policia partir para as investigações se não houver essa prévia investigação. O que não acontece na prisão em flagrante esta se trata de medida pré-cautelar que é uma detenção administrativa que pode ser imposta por qualquer pessoa e que os agentes policiais têm o DEVER de realizar independente do tipo de crime e ação penal. Porém para concluir o alto da prisão em flagrante com manutenção da prisão dentro do prazo de 24hrs a autoridade policial tem que colher a devida manifestação do ofendido, sob pena de ter que concluir pena soltura do preso. Portanto em relação ao inquérito o delegado não pode agir de plano deve colher à manifestação da vítima nas modalidades em que a ação exige. Agora se for de ação penal publica incondicionada qualquer um pode noticiar e a policia pode prosseguir com as investigações.
Questão: Prisão Temporária
O juiz pode decretar, de ofício, a prisão temporária do réu para facilitar a colheita de provas durante a instrução criminal?
Para a prisão temporária temos duas características elementares. 1ª Somente é possível na fase de investigação e, portanto antes da ação penal o juiz não pode agir de ofício. Portanto não é possível sem provocação, do MP, autoridade policial e também não cabe na fase de instrução, só na fase de investigação. Questão demonstra um ERRO do Juiz.
Questão: Desaparecimento do corpo da vítima
Jack e Rose estavam sozinhos no convés do navio, quando Jack empurrou Rose para fora da embarcação. O corpo da vítima não foi encontrado. Nesse caso, é possível a condenação de Jack?
Condenação de Jack depende de outros meios de prova. Pois se não for encontrado nenhum outro meio de prova, não tem prova testemunhal, não foi possível exame de corpo de delito porque nenhum vestígio fora encontrado, ainda que haja confissão, essa não é válida, pois a confissão isoladamente não serve para a condenação. Agora se houve algum tipo de prova é possível à condenação. Tudo ira depender do acervo probatório encontrado para o desfecho da causa. O juiz não pode se basear exclusivamente na condenação, precisa de outros elementos.
A questão é...
Em seu interrogatório Tício inventou diversos fatos para sua defesa. Percebendo que Tícioestava mentindo o juiz determinou a prisão em flagrante do réu pela prática de crime de falso testemunho. O magistrado agiu acertadamente?
Não, pois o interrogatório é somente para o ACUSADO. O crime de falso testemunho é de mão própria e somente a TESTEMUNHA. Nesse caso não há o que se falar em prisão em flagrante.
O acusado tem o direito ao silêncio e pode mentir no exercício de sua autodefesa desde que não envolva sua qualificação ou imputando fatos a terceiras pessoas. O flagrante é ilegal e deve ser relaxado.
A questão é...
O inquérito policial é indispensável para a ação penal? Qual é a sua finalidade? Relacione o instituto com as condições da ação penal.
Sim, o inquérito policial é dispensável quando o autor da ação penal já reuniu todas as informações necessárias para o ajuizamento da ação penal, essas informações são de justa causa para a ação penal, ex: CPI ou procedimentos administrativos ou até de investigações particulares feitas pela própria vitima.
A questão é...
Qual o sistema de apreciação de provas adotado pelo CPP? O referido sistema contempla alguma exceção?
A regra é o sistema da persuasão racional, do livre convencimento motivado em que o juiz tem total liberdade para apreciar as provas produzidas, mas deve fundamentar sua decisão. Existe no tribunal do Júri a aplicação do sistema da intima convicção, pois os jurados não precisam fundamentar, eles decidem com base na sua apreciação pessoal sem dizer os motivos para a decisão. Também há limitações legais quando o legislador veda a prova de estado de pessoas, restringindo apenas as formas estabelecidas pela lei civil, ex: certidão de casamento prova o casamento.

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