Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Petróleo Prof. Philipe Laboissière Cap. 1-Introdução ao Petróleo Segmentos da Indústria A indústria é segmentada em três blocos: � Upstream: Corresponde às atividades de exploração e produção (E&P). �Midstream: Relacionado com as atividades de transporte e refino. � Downstream: Corresponde distribuição de derivados de petróleo e gás. Segmentos da Indústria: Upstream � Exploração – envolve uma série de técnicas e estudos de diversas áreas e ciências onde haja probabilidade da ocorrência de rochas reservatório. � A utilização de medições gravimétricas, magnéticas e sísmicas, permitindo o mapeamento das estruturas rochosas e composições do subsolo. � A perfilagem refere-se ao levantamento completo de perfis do poço para a produção de petróleo. � A petrofísica refere-se às propriedades em que um sistema poroso estão relacionadas com a distribuição de grãos e fluidos no reservatório. � Explotação – engloba as técnicas de desenvolvimento e produção da reserva comprovada de hidrocarbonetos de um campo. As disciplinas envolvidas são: � Cimentação � Completação � Elevação e produção � Métodos de recuperação, etc. � Processamento: � Primário. � Separação e tratamento de óleo e gás . � Descarte de água e compressão de GNL. Segmentos da Indústria: Upstream Segmentos da Indústria: Downstream � Ocupa-se das tarefas logísticas necessárias para transportar os produtos desde a refinaria até os pontos de consumo. � Refino engloba purificação, destilação, reações, processamento, envase, etc. � Distribuições dos produtos aos consumidores. � Comercialização. Exercicio 1- Exemplo Exemplo 1 A indústria petrolífera está dividida basicamente em dois segmentos: o de upstream e o de downstream. Os segmentos de upstream e downstream são responsáveis, respectivamente, pelas atividades de: a) transporte, distribuição, refino e exploração/produção b) exploração/produção e refino, transporte, distribuição, comercialização c) refino, transporte, distribuição d) comercialização, refino, transporte, distribuição e exploração/produção e) refino e exploração/produção Exercicio 1- Exemplo Exemplo 1 A indústria petrolífera está dividida basicamente em dois segmentos: o de upstream e o de downstream. Os segmentos de upstream e downstream são responsáveis, respectivamente, pelas atividades de: a) transporte, distribuição, refino e exploração/produção b) exploração/produção e refino, transporte, distribuição, comercialização c) refino, transporte, distribuição d) comercialização, refino, transporte, distribuição e exploração/produção e) refino e exploração/produção Resolução: � As atividades de upstream são relacionados a atividades desenvolvidas para que o petróleo esteja disponível para consumo, que compreende desde a caracterização de reservatório, exploração, perfuração, produção até o refino. Enquanto as atividades de downstream são atividades destina para que o petróleo chegue ao consumidor, como a logística (transporte), comercialização. � Resposta: Alternativa b) Frações do Petróleo (1) Fração Temperatura de ebulição (oC) Composição aproximada Usos Gás residual Gás liquefeito de petróleo - GLP Gasolina Querosene Gasóleo leve Gasóleo pesado Lubrificantes Resíduo _ Até 40 40 - 175 175 - 235 235 - 305 305 - 400 400 - 510 Acima de 510 C1 – C2 C3 – C4 C5 – C10 C11 – C12 C13 – C17 C18 – C25 C26 – C38 C38 + gás combustível, gás combustível engarrafado, uso doméstico e industrial combustível de automóveis, solvente iluminação, combustíveis de aviões e jato diesel, fornos combustível, matéria prima p/ lubrificantes óleos lubrificantes asfalto, piche, impermeabilizantes Frações do Petróleo (2) Frações do Petróleo (3) Teorias Biogênica e Abiogênica Teorias biogênica e abiogênica � Pela teoria biogênica, a rocha geradora tem a origem do querogênio de suas substâncias orgânicas na superfície terrestre, detritos orgânicos de origem viva. � Já segundo a teoria abiogênica, os hidrocarbonetos do querogênio foram formados e aprisionados durante a formação do planeta. � Independentemente da fonte, o querogênio deve estar num gradiente geotérmico (temperatura em função da profundidade) de 80 a 130 oC e em condições de pressão para haver formação adequada do petróleo líquido. Processo de completo Formação do petróleo Formação do petróleo � Sincronismo de condições: • Rocha geradora ou matriz (folhelho betuminoso)-> fonte de material orgânico. • Atividade bacteriana -> reorganização celular. • Transformamatéria orgânica em querogênio. • Querogênio é a parte insolúvel da matéria orgânica modificada por ações geológicas. • Condições de temperatura e pressão para maturação do querogênio: Formação do petróleo Formação do petróleo � Sincronismo de condições: • Até 65°C, o produto gerado émetano bioquímico e este processo é denominadoDiagênese. • Até 165°C, o produto gerado é hidrocarbonetos líquidos e gás. Este processo é denominado Catagênese. • Até 210°C, o produto gerado é gás leve. Este processo é denominadoMetagênese. • Ultrapassando 210°C, o incremento de temperatura leva à degradação do hidrocarboneto. Este processo é denominadoMetamorfismo. Gradiente Térmico Transformação termoquímica da matéria orgânica e a geração do petróleo. Geração/Migração/Selo • Após a geração do petróleo, há a migração primária e secundária. • Presença de rocha reservatório porosa (arenito ou carbonato). • Trapa (falha geológica, armadilha estrutural, com camada impermeável de rocha ou de sal). Migração do petróleo Trapas/Armadilhas estruturais Exercicio 2- Exemplo Exemplo 2 Para o início da cadeia dos eventos que culminam com a gênese do petróleo e gás natural é condição fundamental a ocorrência da associação dos seguintes importantes fatores, além da matéria orgânica: a) Oxigênio em excesso e sedimentos. b) Oxigênio em excesso e condições termoquímicas. c) Sedimentos e condições termoquímicas. d) Sedimentos e rocha reservatório. e) Rocha reservatório e condições termoquímicas. Exercicio 2- Exemplo Exemplo 2 Para o início da cadeia dos eventos que culminam com a gênese do petróleo e gás natural é condição fundamental a ocorrência da associação dos seguintes importantes fatores, além da matéria orgânica: a) Oxigênio em excesso e sedimentos. b) Oxigênio em excesso e condições termoquímicas. c) Sedimentos e condições termoquímicas. d) Sedimentos e rocha reservatório. e) Rocha reservatório e condições termoquímicas. Resolução: � Para ocorrer a formação de petróleo são necessárias condições anaeróbicas, portanto as alternativas a) e b) estão erradas. Rocha reservatório não é importante para a formação do petróleo, apenas para o armazenamento � Resposta: alternativa c) Exercicio 3- Exemplo Exemplo 3 Analise os estágios evolutivos descritos a seguir. I. Diagênese – caracteriza-se por ocorrência de atividade bacteriana, a uma dada temperatura apropriada, onde existe a formação do querogênio. II. Catagênese – caracteriza-se por ocorrência de temperaturas mais que altas que a diagênese, onde o querogênio transforma em hidrocarbonetos líquidos e gasosos. III. Metagênese – caracteriza-se por ocorrências de temperaturas mais altas que a catagênese, onde há a transformação dos hidrocarbonetos líquidos em óleo pesado e gás. IV. Metamorfismo – caracteriza-se por temperaturas mais atlas que a metagênese, onde há transformação de dos hidrocarbonetos em xisto, gás carbônico e hidrogênio. Para que ocorra a geração do petróleo e gás natural é necessário que seja delineado um processo natural com os estágios:a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV. Exercicio 3- Exemplo Exemplo 3 Analise os estágios evolutivos descritos a seguir. I. Diagênese – caracteriza-se por ocorrência de atividade bacteriana, a uma dada temperatura apropriada, onde existe a formação do querogênio. II. Catagênese – caracteriza-se por ocorrência de temperaturas mais que altas que a diagênese, onde o querogênio transforma em hidrocarbonetos líquidos e gasosos. III. Metagênese – caracteriza-se por ocorrências de temperaturas mais altas que a catagênese, onde há a transformação dos hidrocarbonetos líquidos em óleo pesado e gás. IV. Metamorfismo – caracteriza-se por temperaturas mais atlas que a metagênese, onde há transformação de dos hidrocarbonetos em xisto, gás carbônico e hidrogênio. Para que ocorra a geração do petróleo e gás natural é necessário que seja delineado um processo natural com os estágios: a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV. Resolução: Para ocorrer a geração de petróleo são necessárias a diagênese e a catagênese � Resposta: alternativa a) Exercicio 4- Concurso (DRM-RJ – Engenheiro de Petróleo -2011) 4 Embora ainda seja objeto de estudos, a origem do petróleo tem como hipóteses de formação as teorias orgânicas (biogênica) e inorgânica (abiogênica). A teoria inorgânica é baseada na seguinte afirmativa: a) Substâncias provenientes de fossilização das árvores e dos dinossauros extintos, ao serem depositados nos solos, e sob a ação de elevada pressão e temperatura, seriam expulsas para regiões mais próximas da superfície e contaminadas por bactérias surfactantes, convertendo-se em petróleo. b) Substâncias provenientes de fossilização das árvores e dos dinossauros extintos, ao serem depositadas nos solos, e sob a ação de elevada pressão e temperatura, teriam, ao longo de milhões de anos, se convertido em petróleo. c) Substâncias provenientes da superfície da terra, ao serem depositadas no fundo de lagos e oceanos, e sob a ação de elevada pressão resultante, teriam, ao longo de milhões de anos, se convertido em petróleo. d) Devido à presença de metano no interior da terra, acredita-se que os hidrocarbonetos de maior massa molar teriam sido formados a partir dele, pela ação de elevada temperatura e pressão. Ao ser expulso para regiões mais próximas da superfície, o petróleo seria, então, contaminado por bactérias, que teriam, possivelmente, efeitos sobre sua composição. e) Devido à presença de gás carbônico no interior da terra, acredita-se que os hidrocarbonetos de menor massa molar teriam sido formados a partir dele, pela ação de elevada temperatura e pressão. Ao ser expulso para regiões mais próximas da superfície, o petróleo seria, então, contaminado por bactérias surfactantes, que teriam, provavelmente, efeitos sobre sua composição. Exercicio 5- Concurso (Petrobras – Engenheiro de Petróleo – 2008) 5 Para que haja ocorrência de hidrocarbonetos, por exemplo, em um campo de petróleo e gás, é essencial a disponibilidade de matéria orgânica original, sob a forma de querogênio, uma bacia sedimentar como repositório dessa matéria orgânica, onde haja rocha geradora e rocha reservatório, esta última com selagem, e uma janela de temperatura para a maturação do querogênio, associado a um gradiente geotérmico especifico. A esse respeito para que possa haver efetiva geração de hidrocarbonetos (óleo e gás), a combinação correta de parâmetros mais específicos, é: a) Bacias sedimentares do tipo fossa tectônica (rifte) intracratônico; querogênio original do tipo sapropélico (tipo I); diagênese superficial; temperatura de, no máximo, 60ºC; gradiente geotérmico de 15ºC/km. b) Bacias sedimentares continentais de margemativa; querogênio original do tipo misto (tipo II); diagênese à média profundidade (catagênese); temperatura de, no máximo 90ºC; gradiente geotérmico de 20ºC/km. c) Bacias sedimentares somente do tipo apartação (pull-apart); querogênio original do tipo húmico (tipo III); diagênese profunda (metagênese); temperatura entre 70ºC e 110ºC; gradiente geotérmico de 15ºC/m a 20ºC/km. d) Bacias sedimentares do tipo intracratônico, de margem ativa e de margem passiva, todas estruturadas; querogênio original dos tipos I, II e III; diagênese à média profundidade (catagênese) predominante; temperatura entre 80ºC e 130ºC; gradiente geotérmico em torno de 30ºC/km. e) Bacias sedimentares de margem passiva e de margem ativa, ambas bem estruturadas; querogênio original do tipos I e III; metagênese predominante; temperatura entre 70ºC e 100ºC; gradiente geotérmico menor que 25ºC/km. Exercicio 6- Exemplo/Concurso (Petrobras - Engenheiro de Petróleo – 2012) 6 Diversos fatores numa bacia sedimentar são essenciais para a ocorrência de uma acumulação de petróleo. Dentre esses, há os tipos de rochas matrizes, sedimentares e capeadoras, bem como a presença de armadilhas. As armadilhas se classificam em: a) ígnea, sedimentar e metamófica b) vulcânica, normal e inversa c) anticlival, sinclival e de arasto d) estratigráfica, estrutural e combinada e) angular, paralela e inversa Exercicio 6- Exemplo/Concurso (Petrobras - Engenheirode Petróleo – 2012) 6 Diversos fatores numa bacia sedimentar são essenciais para a ocorrência de uma acumulação de petróleo. Dentre esses, há os tipos de rochas matrizes, sedimentares e capeadoras, bem como a presença de armadilhas. As armadilhas se classificam em: a) ígnea, sedimentar e metamófica b) vulcânica, normal e inversa c) anticlival, sinclival e de arasto d) estratigráfica, estrutural e combinada e) angular, paralela e inversa Resolução: � As armadilhas estruturais, ou trapas possíveis de se encontrar em uma formação são estratigráfica, estrutural, combinada e domos de sal. Armadilhas estruturais ocorrem em regiões em que a crosta esteve sujeita a compressão horizontal e formaram-se anticlíneos. Armadilhas estratigráficas ocorrem em regiões em que a crosta esteve sujeita a compressão vertical e ocorreram falhas selantes. Armadilhas combinadas ocorrem quando temos uma combinação dos dois tipos anteriores, ou seja, estruturais e estratigráficas. � Alternativa d). Exercicio 7- Exemplo/Concurso (DRM-RJ – Engenheiro de Petróleo -2011) 7 Os folhetos e os evaporitos (sal) são exemplos de classes de rochas selantes que, além da impermeabilidade, são dotadas de uma característica denominada plasticidade. Essa característica se traduz principalmente pela: a) Capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida a esforços que geram solidificação das fases dos fluidos presentes em suas matrizes b) Capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida a esforços que geram cristalização de suas camadas c) Capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida a esforços que geram deformações d) Capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida a esforços que geram evaporação dos líquidos presentes em suas camadas e) Capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida a esforços que geram mudanças de fase dos fluidos presentes em suas matrizes Exercicio 7- Exemplo/Concurso (DRM-RJ – Engenheiro de Petróleo -2011) 7 Os folhetos e os evaporitos (sal) são exemplos de classes de rochas selantes que, além da impermeabilidade, são dotadas de uma característica denominada plasticidade. Essa característica se traduz principalmente pela: a) Capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida a esforços que geram solidificação das fases dos fluidos presentes em suas matrizes b) Capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida a esforços que geram cristalização de suas camadas c) Capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida a esforços que geram deformações d) Capacidade de mantersua condição selante, mesmo quando submetida a esforços que geram evaporação dos líquidos presentes em suas camadas e) Capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida a esforços que geram mudanças de fase dos fluidos presentes em suas matrizes Exercicio 8- Exemplo/Concurso (DRM-RJ – Engenheiro de Petróleo -2011) 8 Um dos requisitos para a formação de uma jazida de petróleo é a existência de armadilhas ou trapas, que podem ter diferentes origens, características e dimensões. Em relação a essas armadilhas são feitas as afirmações abaixo: I. Possuem camadas sedimentares deformadas (dobradas e/ou falhadas) e diápiros de sal. II. Não tem relação direta com os esforços atuantes nas bacias sedimentares e são determinadas por interações de fenômenos de caráter paleogeográfico. III. Há situações em que as acumulações de hidrocarbonetos têm controle estrutural e controle das camadas de rochas. A sequência das afirmações acima corresponde às classificações das armadilhas: a) Combinadas, estruturais e mistas b) Estruturais, estratigráficas e mistas ou combinadas c) Mistas, estratigráficas e combinadas d) Estratigráficas, mistas ou combinadas e estruturais e) Estruturais, mistas ou combinadas estratigráficas Exercicio 8- Exemplo/Concurso (DRM-RJ – Engenheiro de Petróleo -2011) 8 Um dos requisitos para a formação de uma jazida de petróleo é a existência de armadilhas ou trapas, que podem ter diferentes origens, características e dimensões. Em relação a essas armadilhas são feitas as afirmações abaixo: I. Possuem camadas sedimentares deformadas (dobradas e/ou falhadas) e diápiros de sal. II. Não tem relação direta com os esforços atuantes nas bacias sedimentares e são determinadas por interações de fenômenos de caráter paleogeográfico. III. Há situações em que as acumulações de hidrocarbonetos têm controle estrutural e controle das camadas de rochas. A sequência das afirmações acima corresponde às classificações das armadilhas: a) Combinadas, estruturais e mistas b) Estruturais, estratigráficas e mistas ou combinadas c) Mistas, estratigráficas e combinadas d) Estratigráficas, mistas ou combinadas e estruturais e) Estruturais, mistas ou combinadas estratigráficas Classificação de Petróleo Classes de petróleo � Classe parafínica � 75% ou mais de parafinas (n-alcanos e alcanos ramificados) � Densidade inferior a 0,85 � Resinas e asfaltenos abaixo de 10% � Classe parafínico-naftenica � 50-70% de parafinas, acima de 20% de naftenicos (cíclicos orgânicos) � Resinas (heterocompostos) e asfaltenos abaixo de entre 5 e 15% � Menos de 1% de enxofre � Teor de Naftenicos entre 25 e 40% Classificação de Petróleo (2) � Classe Naftênica � 70% ou mais de naftênicos (cíclicos) � Menos de 1% de enxofre � Origem bioquímica � Classe Aromática Intermediaria � Acima de 50% de aromáticos � 10 a 30% de asfaltenos e resinas � Acima de 1% de enxofre � Densidade acima de 0,85 Classificação de Petróleo (3) � Classe Aromática-Naftênica � Mais de 35% de Naftênicos � Mais de 25% de resinas e asfaltenos � Teor de enxofre de 0,4% a 1% � Classe Aromática-Asfáltica � Mais de 35% de asfaltenos e resinas � Teor de enxofre de 1% a 9%. Exercicio 9- Exemplo (1) Exemplo 1 A classificação do petróleo, de acordo com seus constituintes, fez-se necessária quando se quer saber a quantidade das diversas frações que podem ser obtidas em seu refino, assim como sua composição e propriedades físicas. Quanto às classes de petróleo, são listadas, abaixo, algumas de suas peculiaridades: I – óleos leves, fluidos, ou de alto ponto de fluidez, com densidade inferior a 0,85 e teor de resinas e asfaltenos menor que 10% II – óleos com teor de resinas e asfaltenos entre 5 e 15%, baixo teor de enxofre e teor de naftênicos entre 25 e 40% III – óleos com baixo teor de enxofre e que se originam da alteração bioquímica dos óleos parafínicos e parafínico-naftênico IV – óleos pesados, contendo de 10 a 30% de asfaltenos e resinas e teor de enxofre acima de 1%. O teor de monoaromáticos é baixo e, em contrapartida, o teor de tiofenos e de dibenzotiofenos é elevado. A densidade usualmente é maior que 0,85 As peculiaridades acima correspondem, respectivamente, às classes: a) benzênica, parafínica, naftênica e aromática b) naftênica, parafínica, parafínico-naftênica e aromática intermediária c) parafínica, parafínico-naftênica, naftênica e aromática intermediária d) aromática intermediária, naftênica, parafínica e parafiniconafênica e) parafínico-naftênica, naftênica, aromática intermediária e benzênica Exercicio 9- Exemplo (2) Exemplo 1 Resolução: I – óleos leves, fluidos, ou de alto ponto de fluidez, com densidade inferior a 0,85 e teor de resinas e asfaltenos menor que 10% -- Classe parafínico. II – óleos com teor de resinas e asfaltenos entre 5 e 15%, baixo teor de enxofre e teor de naftênicos entre 25 e 40% - Classe parafínico-naftênica. III – óleos com baixo tero de enxofre e que se originam da alteração bioquímica dos óleos parafínicos e parafínico-naftênico – Classe naftênica IV – óleos pesados, contendo de 10 a 30% de asfaltenos e resinas e teor de enxofre acima de 1%. O teor de monoaromáticos é baixo e, em contrapartida, o teor de tiofenos e de dibenzotiofenos é elevado. A densidade usualmente é maior que 0,85 – Classe aromática intermediaria. Resposta: alternativa C Densidade API � Densidade em Grau API Exercicio 10- Concurso/Exemplo (DRM-RJ – Engenheiro de Petróleo -2011) 10 O Grau API é uma escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum institute – API, juntamente com a National Bureau of Standard e é utilizada para medir a densidade relativa de líquidos. Considerando que um óleo modelo possui grau API igual a 30, pode-se afirmar que a sua densidade relativa corresponde a: a) 0,876 b) 0,925 c) 0,725 d) 1,025 e) 0,625 Solução: � Se o grau API deste petróleo é 30, utilizando a seguinte expressão: � Temos (0,876), temos então alternativa a). Classificação dos Gases (1) Classificação dos Gases (2) Classificação dos Gases Gás Associado: provém de um reservatório produtor de óleo, podendo ele estar em solução com a massa de óleo ou em estado livre, formando a denominada capa de gás. Boa parte do gás é utilizada pelo próprio sistema de produção, podendo ser usada em processos conhecidos como reinjeção e gás lift, com a finalidade de aumentar a recuperação de petróleo do reservatório, ou mesmo consumida para geração de energia para a própria unidade de produção, que normalmente fica em locais isolados. Ex: Campo de Urucu no Estado do Amazonas. Gás Não-Associado: provém de um reservatório de gás (sem a presença de óleo ou em presença de quantidades muito pequenas de óleo. Nesse caso só se justifica comercialmente produzir o gás. Ex: Campo de San Alberto na Bolivia. Gás Úmido - mistura de hidrocarbonetos que, embora originalmente na fase gasosa em condições de reservatório, venha a apresentar a formação de líquidos em diferentes condições de subsuperfície ou de superfície. Classificação dos Gases (2) Classificação dos Gases Gás Seco – mistura de hidrocarbonetos que permanece inteiramente na fase gasosa em quaisquer condições de subsuperfície ou de superfície. Condensado - O líquido do gás natural obtido em processos convencionais de separação de campo e mantido na fase líquida nas condições de pressão e temperatura de separação é denominado condensado. O condensado é constituído pelos hidrocarbonetos mais pesado do gás natural. Se os hidrocarbonetos permanecem na fase líquida nas condições atmosféricas, o líquido resultante é denominado condensado estabilizado. Exercício 10- Concurso/Exemplo (PETROBRAS – Petróleo/Exploração e Produção – 2006)11 O gás natural produzido em uma jazida onde é encontrado dissolvido no petróleo ou em contato direto com o petróleo subjacente, saturado de gás, denomina-se gás: a) Seco b) Livre c) Residual d) Associado e) Não-associado Exercício 10- Concurso/Exemplo (PETROBRAS – Petróleo/Exploração e Produção – 2006) 11 O gás natural produzido em uma jazida onde é encontrado dissolvido no petróleo ou em contato direto com o petróleo subjacente, saturado de gás, denomina-se gás: a) Seco b) Livre c) Residual d) Associado e) Não-associado Solução: Este gás como está dissolvido no petróleo é denominado gás associado. � Alternativa d) Viscosidade do Petróleo (1) Viscosidade do Petróleo Revisando o conceito: a viscosidade de um fluido mede a resistência ao fluxo exercida por este fluido. Quando um fluido escoa sobre uma superfície, a tensão de cisalhamento num determinado ponto é proporcional à razão de variação da velocidade na direção normal ao escoamento. Variação da Viscosidade do Petróleo com a Composição A viscosidade de hidrocarbonetos parafínicos é mais elevada quanto maior for a complexidade das estruturas moleculares que compõem a mistura de hidrocarbonetos. Em geral, a viscosidade do petróleo é correlacionável com o peso molecular do petróleo e com sua densidade: � M ↑→ µ↑ � ρo ↑ → µ ↑ Viscosidade do Petróleo (2) Variação da Viscosidade do Petróleo com a Pressão � Em geral, um decréscimo na pressão provoca uma diminuição na viscosidade de um líquido, supondo que o efeito da pressão resulta somente na descompressão do líquido. Porém, no caso do petróleo, esse comportamento só se manifesta se a pressão for superior à pressão de saturação/bolha. Abaixo dessa pressão, a saída de gás em solução provoca a remoção de componentes leves do petróleo, acarretando, portanto, numa maior viscosidade do líquido remanescente. Resumindo: Petróleo subsaturado: p ↓→ µ↓ Petróleo saturado: p ↓ → µ ↑ � Variação daViscosidade do Petróleo coma Temperatura � Em geral, a viscosidade dos líquidos diminui com o aumento da temperatura, esse comportamento é observado tanto para petróleo subsaturado quanto para petróleo saturado. � T ↑→ µ↓ Exercício 11- Exemplo Exemplo 12 (Banco de Questões Cesgranrio) A viscosidade do óleo tem uma forte influência da temperatura, da pressão, do (símbolo) API, da razão de solubilidade e da densidade do gás dissolvido. Nesse sentido, a viscosidade é: a) Menor quando se aumentam a temperatura e a pressão. b) Menor quando se aumentam o ºAPI e a densidade do gás dissolvido. c) Menor quando se aumentam a temperatura e a razão de solubilidade. d) Maior quando se aumentam a pressão e o ºAPI. e) Maior quanto maior forem o ºAPI e a temperatura. Exercicio 11- Exemplo Exemplo 12 (Bancode Questões Cesgranrio) A viscosidade do óleo tem uma forte influência da temperatura, da pressão, do (símbolo) API, da razão de solubilidade e da densidade do gás dissolvido. Nesse sentido, a viscosidade é: a) Menor quando se aumentam a temperatura e a pressão. b) Menor quando se aumentam o ºAPI e a densidade do gás dissolvido. c) Menor quando se aumentam a temperatura e a razão de solubilidade. d) Maior quando se aumentam a pressão e o ºAPI. e) Maior quanto maior forem o ºAPI e a temperatura. Resolução: � A alternativa a) está incorreta, porque abaixo do ponto de bolha, a viscosidade diminui com a queda da pressão � A alternativa b) está errada, pois esses fatores aumentam a viscosidade � A alternativa c) está correta � Resposta: Alternativa c) Exercicio 12- Exemplo/Concurso (PETROBRAS – Eng. de Petróleo Jr. – Graduação Eng. de Petróleo – 2005) 13 A viscosidade do óleo tem uma forte influência da temperatura, da pressão, do oAPI, da razão de solubilidade e da densidade do gás dissolvido. Neste sentido, a viscosidade é: a) Menor quando se aumentam a temperatura e a pressão b) Menor quando se aumentam o oAPI e a densidade do gás dissolvido. c) Menor quando se aumentam a temperatura e a razão de solubilidade. d) Maior quando se aumentam a pressão e o oAPI. e) Maior quanto maior forem o oAPI e a temperatura. Dica: Razão de solubilidade é o volume de gás dissolvido na fase óleo. Exercicio 12- Exemplo/Concurso (PETROBRAS – Eng. de Petróleo Jr. – Graduação Eng. de Petróleo – 2005) 13 A viscosidade do óleo tem uma forte influência da temperatura, da pressão, do oAPI, da razão de solubilidade e da densidade do gás dissolvido. Neste sentido, a viscosidade é: a) Menor quando se aumentam a temperatura e a pressão b) Menor quando se aumentam o oAPI e a densidade do gás dissolvido. c) Menor quando se aumentam a temperatura e a razão de solubilidade. d) Maior quando se aumentam a pressão e o oAPI. e) Maior quanto maior forem o oAPI e a temperatura. Dica: Razão de solubilidade é o volume de gás dissolvido na fase óleo. � Sabemos que a viscosidade é influenciada diretamente pela temperatura e densidade, quanto maior for a temperatura, mais fácil o liquido tende a escorrer, então sua viscosidade é menor, assim quanto maior a razão de solubilidade, menor será a densidade do fluido, e menor será sua viscosidade. � Resposta: Alternativa c)
Compartilhar