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ANEMIA FERROPRIVA

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ANEMIA FERROPRIVA
CATIANE A. DA CUNHA
ISABELA A. FERREIRA BOSON
JESSICA A. PACHECO AFONSO
LAIS A. MARUM RIBEIRO DOS SANTOS
LAIS CAMPOS DA SILVA
MARCIA CONCEIÇÃO DA COSTA
NICOLI S. VIEIRA DE CAMARGO
ROSELI SANCHES VIANA
DEFINIÇÕES
Anemia ferropriva é a diminuição dos níveis plasmáticos de ferro. Os locais de reserva de ferro dos macrófagos estão depletados e não podem fornecê-lo para o plasma. 
Hemoglobina é uma proteína conjugada 
complexa constituída pela junção do 
heme e da globina.
 
 
Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um estado em que a concentração da hemoglobina do sangue é anormalmente baixa em consequência da carência de um ou mais nutrientes essenciais, qualquer que seja a origem dessa carência. 
 
HEME
O Heme possui uma molécula planar formada pela condensação de quatro núcleos pirrólicos, contendo em seu centro um átomo de ferro na forma de Fe++. 
Sua formação ocorre nos eritroblastos mitocondriais.
GLOBINA
A Globina é formada por quatro cadeias polipeptídicas (globina). São sempre duas cadeias idênticas, sendo então, sempre dois tipos diferentes para cada tipo de globina.
Cada cadeia de globina tem uma bolsa onde se fixa o heme.
Sua formação ocorre nos eritroblastos ribossômicos.
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HB A1 (93 a 98 % das hemoglobinas);
Possui duas cadeias de globina (141 aa) e duas cadeias de globina (146 aa). Essas cadeias possuem a propriedade de liberação e fixação de oxigênio. Por isso, os outros tipos de Hb não transportam efetivamente o oxigênio.
HB A2 (1,5 a 3% das hemoglobinas);
Possui duas cadeias de globina alfa e duas cadeias de globina beta.
HB F (0,5 a 1 % das hemoglobinas);
Fetal
Hemoglobina: 
Homem < 13,0 g/dL 
Mulher < 12,0 
Criança e gestante < 11 g/dL
VCM: ≤ 80 fL
VALORES LABORATORIAIS
A anemia por deficiência de ferro (microcítica e hipocrômica) é a mais comum das carências nutricionais, com maior prevalência em mulheres, crianças e idosos, principalmente nos países em desenvolvimento. A anemia pode prejudicar, principalmente, o desenvolvimento mental e psicomotor das crianças.
O armazenamento de ferro se localiza no fígado, baço e medula óssea.
Anemia Ferropriva em Crianças < 5 anos
Anemia Ferropriva em Crianças < 5 anos Brasil
 Participa na composição da molécula de mioglobina do tecido muscular 
Atua como cofator de reações enzimáticas no ciclo de Krebs e na síntese das purinas, carnitina, colágeno e neurotransmissores cerebrais
 Faz parte da composição das flavoproteínas e das heme proteínas catalase e peroxidase, enzimas responsáveis pela redução do peróxido de H+ produzido no organismo
Atualmente, também pode-se estabelecer que o ferro está envolvido nas reações de conversão do beta-caroteno para a forma ativa da vitamina
OBTENÇÃO DE FERRO
O ferro é obtido da dieta, podendo ser de forma inorgânica( em vegetais e cereais) e orgânica (carnes, ovos e laticínios). O ferro é absorvido na luz intestinal sob a ação de uma enzima redutora, a ferroredutase presente na mucosa, que transforma o Fe+++ em Fe++.
FERRO NÃO HEME vs. FERRO HEME 
Características dos compostos de ferro mais utilizados na fortificação de alimentos no Brasil.
Tipos de compostos Teor de ferro	Biodisponibilidade
						relativa
		Sulfato Ferroso 	33%		100%
		Fumarato Ferroso	33%		100%
		Fe Eletrolítico		98%		5-100%
		Fe Reduzido		97%		13 – 148%
		NaFeEDTA		14%		28 – 416%
		Fe Bisglicina Quelato	20%		90 – 400%		 
 Fonte: Hurrel, 1997, INCAP/PAHO, 2002
O Ministério da Saúde tornou obrigatória a fortificação das farinhas de milho e trigo com ferro e ácido fólico , por serem alimentos de fácil acesso a população e não terem alterações nas suas características organolépticas no processo de fortificação.
METABOLISMO DO FERRO
O Fe++ se liga a uma proteína que o transporta para o interior dos enterócitos, denominada DMT1. Uma vez no interior dos enterócitos o ferro pode passar ao plasma ou ficar retido sob a forma de ferritina. A passagem do ferro para o plasma também necessita da ação de proteínas, denominadas IRP, localizada na membrana basal dos enterócitos. O ferro que fica nos enterócitos, ligado a ferritina, é eliminado nas fezes com a descamação da mucosa.
ANEMIA FERROPRIVA
A anemia ferropriva é dividida no organismo em três estágios:
No primeiro estágio ocorre uma diminuição de ferritina sérica a qual se encontra armazenado no fígado e está relacionada com as reservas de ferro. 
No segundo estágio há uma diminuição de concentração de ferro sérico e um aumento da capacidade de ligação do ferro. 
No terceiro estágio já está instalada a anemia, ou seja, a anemia que era normocítica e normocrômica começa a apresentar alterações formando hemácias microcíticas e hipocrômicas.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Dosagem bioquímica de ferro sérico.
Saturação de transferrina e ferritina.
Capacidade total da ligação de ferro, ferro medular e outros.
Hemograma completo com contagem dos eritrócitos, contagem dos reticulócitos eanálise da morfologia das hemácias do sangue periférico.
CAUSAS 
 Perdas menstruais: menometrorragias (mioma, fibroma uterino)
 Perdas digestivas: úlceras, câncer gastrointestinal, varizes esofágicas, parasitas, hemorroidas, divertículos
 Perdas cutâneas: doenças descamativas de evolução crônica
 Outras perdas: epistaxes, hematúrias, hemossiderinúria
 Má absorção do ferro da dieta: gastrectomia, esteatorreia, trânsito intestinal rápido.
A anemia ferropriva se instala de modo lento e progressivo, desde que as perdas não sejam agudas e abundantes.
TRATAMENTO
Reposição de ferro por via oral ou parenteral. 
O ferro parenteral só é indicado quando há a necessidade de reposição rápida dos depósitos.
 Educação nutricional
 Melhoria da qualidade da dieta 
 Suplementação medicamentosa
 Fortificação dos alimentos 
 Controle de infecções.
CASO CLÍNICO
Mulher, 37 anos, natural de Tatuí e procedente de Sorocaba, casada, professora.
Procurou hematologista com queixas de cansaço fácil, mal-estar, indisposição, inapetência, sonolência excessiva.
Esses sintomas vêm acontecendo há um ano, com piora progressiva. 
Ao interrogatório clínico, refere menstruações abundantes que perduram 7 a 8 dias, em ciclos regulares de 26 dias, com grande fluxo nos 4 primeiros dias, tendo que usar em média 8 absorventes higiênicos durante o dia, mais o noturno. 
Sua alimentação consiste de café, leite, pão e manteiga no desjejum; arroz, feijão, massas e saladas no almoço e lanche com queijo ou sopas no jantar. Adora doces.
Foi submetida a parto cesárea há 5 anos, associado à laqueadura. 
Nega antecedentes de hepatites virais, transfusões sanguíneas, tabagismo e etilismo, alergias.
Antecedentes familiares: pai hipertenso e mãe diabética, irmãos sadios e 3 filhos sãos. 
Nega antecedentes de anemia na família.
EXAME FÍSICO: Palidez cutâneo-mucosa, sem outras alterações.
EXAMES LABORATORIAIS: Hemograma: GV= 5,0 milhões/ul; Hb= 8,5g% (11,5–15,5); Ht= 25,2% (35–47); VCM= 50,4fl (80-95); HCM= 17pg (27-32); GB e plaquetas normais.
Ferro sérico= 25ug/dl (50-150); IST= 9% (20-50); Ferritina= 5ng/dl (7-282)
Eletroforese de Hb: normal
BIBLIOGAFIA
QUEIROZ, Suzana. “Anemia ferropriva na infância” Jornal da Pediatria. Rio de Janeiro, 2000;76(Supl.3):s298-s304
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SANTANA, M.A.P; NORTON, R.C; FERNANDES, R.A.F. Deficiência de ferro: ainda principal etiologia entre crianças encaminhadas por motivo de anemia para serviço especializado de hematologia. Revista Brasileira da Saúde materna Infantil, Recife, Vol. 9, n. 3: 311 - 318 jul/set. 2009.
 Ministério da Saúde. Coordenação-Geral da Política Nacional de Alimentação e Nutrição
CASCARVALHO, Miriam Corrêa de; BARACAT, Emílio Carlos Elias; SGARBIERI,Valdemiro Carlos; Anemia ferropriva e anemia de doença crônica: distúrbios do metabolismo de ferro. Campinas. Disponível
em: http://www.unicamp.br/nepa/arquivo_san/Anemias.pdf. Acesso em: 06 novembro 2015
COITINHO, Denise Costa; MORAES, Nereide Herrera A. Política nacional dealimentação e nutrição. Brasília. 2003.
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CARDOSO, Marly A; PENTEADO, Marilene de V.C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, Abr/Jun, 1994. Disponível em http://www.scielosp.org/pdf/csp/v10n2/v10n2a10.pdf> Acesso em 08 de Novembro de 2015
ANVISA. Saúde e Economia: Anemia Por Deficiência de Ferro. nº09,. Brasilia-DF. Jun, 2013. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/4ca38c0044ad8113b9bffb34353a0b82/saude_economia9_2.pdf?MOD=AJPERES> Acesso em 08 de Novembro de 2015.
MARIANO, Kellen P.S ; MARSON, Renan F. Anemia Ferropriva. Disponível em <http://www.aems.edu.br/conexao/edicaoanterior/Sumario/2013/downsloads/2013/1/1.pdf> Acesso em 08 de Novembro de 2015.

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