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Atuação do farmacêutico em ralação ao paciente com asma

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O que é asma? Como o farmacêutico pode atuar na colaboração do tratamento de portadores de asma?
 A asma é uma doença respiratória crônica a qual se caracterizasse pela presença de obstrução de via aérea reversível, inflamação e hiperreatividade brônquicas. Essa obstrução do fluxo aéreo dificulta a passagem do ar, provocando contrações ou broncoespasmos podendo ocorrer a presença de células inflamatórias e causando hiper-reatividade brônquica sendo uma consequência direta da reação inflamatória crônica das vias aéreas. 
O processo inflamatório pode induzir o aparecimento de alterações estruturais caracterizadas por fibrose subepitelial, hiperplasia da musculatura lisa da via aérea e neoformação vascular. Essas alterações podem estar subjacentes a uma obstrução irreversível do fluxo aéreo. A asma pode ser classificada quanto à sua gravidade em intermitente, persistente leve, moderada e grave, e esta classificação é feita com base na frequência e intensidade dos sintomas apresentado pelo paciente e pela função pulmonar (FONTELES et al., 2010; SOLÉ et al.,1998). 
Segundo Dinwiddie (1992) os pacientes asmáticos apresentam uma característica que é bastante visível, a sensibilidade nas vias aéreas desencadeada por uma série de fatores como o frio, alérgenos, irritantes respiratórios, contribuições ambientais (pó doméstico, pelo de animais, fumaça de cigarro), infecções do trato respiratório, estresse emocional e a hiperventilação durante os exercícios físicos que podem implicar no desenvolvimento dos sintomas da asma. Esta mudança na sensibilidade do paciente asmático é denominada hiper-responsividade. 
Para Calé (2016, p.12) ”o diagnóstico é feito fundamentalmente com base na história clínica do doente, exames físicos e provas respiratórias, podendo ainda utilizar-se outros testes, como testes alergológicos ou testes de provocação bronquial, para confirmação”. O diagnóstico com base na história clínica do doente pode ser realizado através da anamnese buscando identificar a história da doença, como, a idade em que se observou os primeiros sintomas, identificar quais foram os sintomas, qual a sua frequência e intensidade e entre outras questões, sendo essas perguntas maneira clara e de fácil entendimento.
O tratamento do paciente asmático pode variar, dependendo do grau de severidade da doença, tendo como o principal objetivo controlar os sintomas da doença e prevenir exacerbações. Pode ser utilizado o tratamento farmacológico e o não farmacológico, sendo o farmacológico com medicações de controle e de alívio como os broncodilatadores e os anti-inflamatórios, e no tratamento não farmacológico através de um conjunto de intervenções que não recorre à utilização de fármacos, para isso tem se o auxílio dos farmacêuticos, prestando a atenção farmacêutica com o objetivo de melhorar a qualidade de vida deste paciente.
 O profissional farmacêutico encontra-se em uma posição ideal para a atuar na colaboração desse paciente com asma, podendo dar orientações que melhore a adesão ao tratamento sendo eles farmacológicos ou não farmacológicos, pois um dos grandes problemas e o uso incorreto dos medicamentos pelas pessoas que têm asma, por não saber a maneira correta de administrar o medicamento ou por interromperem o tratamento por falta de informação sobre a doença. “Os farmacêuticos, em colaboração com outros profissionais, devem assegurar que a terapia medicamentosa seja segura, efetiva e usada de forma adequada por cada paciente individualmente” (FRADE,2006, p.25).
De acordo com Parolina (2007), o farmacêutico é o único profissional que tem a capacidade de exercer plenamente a atenção farmacêutica, e que pode desenvolver este papel na melhoria da adesão, o que contribui para diminuir os índices de morbidade, que interfere na qualidade de vida desse paciente asmático. Para isso, o farmacêutico necessita de fontes de informações seguras, para poder desenvolver habilidades de comunicação. 
O paciente é a fonte de informação a qual o profissional necessita para desenvolver o seu trabalho, e essas informações são passadas durante o atendimento farmacêutico através da anamnese. E desse modo o farmacêutico se torna uma peça chave para o tratamento desse paciente com asma, assegurando que a terapia seja segura e efetiva, e auxiliando o tratamento com intervenções não farmacológico como exercícios respiratórios para fortalecimento da musculatura, cujos objetivos são a melhora da ventilação, auxiliar no relaxamento dos músculos respiratórios, higienização das vias aéreas,  controle ambiental, como a retirada de carpetes, tapetes, cortinas, almofadas, bichos de pelúcia e entre outras mediadas que venha melhorar o quadro clínico desse paciente.
Segundo Frade (2006) ele orienta o paciente ou familiar a somente sair da farmácia com a orientação sobre o uso correto do medicamento. Ela dá dicas importantes, como o uso de etiquetas para marcar o horário e o número de doses a serem administrada, a utilizarem o broncodilatador primeiro que o corticoide, a identificar se as doses acabaram, devido a maioria das bombinhas não terem marcadores de dose. E para verificar se ainda tem medicamento no cilindro metálico, retirando o recipiente e colocando em um copo com água. E se afundar, é porque ainda tem medicamento e se boiar acabou. O farmacêutico apresenta habilidades de orientar sobre o uso correto desses medicamentos e técnicas que auxiliem o uso de determinado medicamento, e assim facilitando esse tratamento, o quais muito das vezes não são orientados por seus médicos.
Portanto conclui-se que a importância do profissional farmacêutico nos cuidados com a asma, está no momento da dispensação juntamente com as orientações sobre tal medicamento, por serem profissionais com um vasto conhecimento sobre as doenças e principalmente sobre os medicamentos, tornando profissional farmacêutico um importante colaborador na atuação da atenção à saúde do paciente portador de asma.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CALÉ. A.C.S., O papel do farmacêutico na asma. Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, julho 2016.
FONTELES, Maria et al. Educação ao paciente com asma: O papel do farmacêutico! Centro de estudos de atenção farmacêutica- Universidade Federal do Ceará, nº 12, 2010.
FRADE, J. C. Q. P., DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA EDUCATIVO RELATIVO À ASMA DEDICADO A FARMACÊUTICOS DE UMA REDE DE FARMÁCIAS DE MINAS GERAIS. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde do Centro de Pesquisas René Rachou/Fundação Oswaldo Cruz/ Fiocruz, Belo Horizonte Junho, 2006.
DINWIDDIE, Robert. O diagnóstico e o manejo da doença respiratória pediátrica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992
SOLÉ, Dirceu et al. A asma na criança: classificação e tratamento. Jornal de pediatria, Vol. 74, 1998.
PAROLINA, R. D., ATENÇÃO FARMACÊUTICA COMO ESTRATÉGIA PARA A MELHORIA DO CONTROLE E TRATAMENTO DA ASMA. 9° Seminário de Extensão, UNIMEP, outubro 2007.

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