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TEMA: PAPANICOLAU O Papanicolau é um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero. Este exame também pode ser chamado de esfregaço cervicovaginal e colpocitologia oncótica cervical. Esse exame é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e fazer o diagnóstico da doença bem no início, antes que a mulher tenha sintomas. Porque se chama Papanicolau? O nome “Papanicolau” é uma homenagem ao patologista grego Georges Papanicolau, que criou o método no início do século XX. Além do câncer de colo do útero e de suas lesões, o exame ajuda a diagnosticar infecções vaginais e doenças sexualmente transmissíveis DSTS. O Papanicolau não é específico para detectar HPV. No entanto, o exame pode detectar a presença de anormalidades nas células do colo ou da vagina que são causadas pelo HPV ( vírus da papiloma humano – vírus que infecta os queratinócitos “ células diferenciadas do tecido epitelial” da pele ou mucosas). RESOLUÇÃO COFEN Nº 385/2011 Altera o termo inicial de vigência da Resolução Cofen nº 381, de 18 de julho de 2011, que normatiza a execução, pelo Enfermeiro, da coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolau O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº 242, de 31 de agosto de 2000; CONSIDERANDO o Artigo 11, inciso I, alínea “m”, da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, segundo o qual o Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe, privativamente, a execução de cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas; CONSIDERANDO a magnitude epidemiológica, econômica e social do câncer do colo do útero, e a Portaria GM/MS nº 2.439, de 8 de dezembro de 2005, que institui a Política Nacional de Atenção Oncológica; CONSIDERANDO a coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolau como um procedimento complexo, que demanda competência técnica e científica em sua execução; CONSIDERANDO a Resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos e privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem; CONSIDERANDO a Resolução Cofen nº 381, de 18 de julho de 2011, publicada no DOU nº 140, pág. 229 – seção 1, com prazo inicial de vigência na data da publicação; CONSIDERANDO a necessidade de constituição de grupo de trabalho; CONSIDERANDO os ofícios: nº 127/2011 da Fundação Oncocentro de São Paulo-FOSP; nº 1276- GS/SAS do Ministério da Saúde/Secretaria de Atenção à Saúde; e nº 717/2011 Gab. INCA do Instituto Nacional de Câncer; CONSIDERANDO tudo o mais que consta nos autos dos PADs/Cofen nº 680/2010 e 591/2011 e a deliberação do Plenário em sua 407ª Reunião Ordinária, Art.2º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. RESOLVE: Art. 1º Alterar o termo inicial de vigência da Resolução Cofen nº 381, de 18 de julho de 2011, para 12 meses após a data de publicação desta Resolução. Neste caso existe um conflito entre o BENEFÍCIO de saúde e o exercício da AUTONOMIA do paciente. Benefício e Autonomia são princípios da Bioética. A paciente estando informada dos benefícios do exame citopatológico de colo de útero, ao optar por não realizá-lo está exercendo o direito do NÃO-CONSENTIMENTO INFORMADO. Na assistência, a ocorrência de não-consentimento informado é bastante frequente. Na área assistencial, o não-consentimento pode evidenciar falta de confiança, não entendimento da relação dano-benefício, não compreensão da necessidade e da alternativa que esta sendo apresentada. Pode também refletir uma impossibilidade para o paciente devido a outros fatores, como crenças, desejos ou experiências prévias. Talvez o exemplo mais desafiador de não- consentimento informado seja o referente à indicação de transfusão de sangue para pacientes Testemunhas de Jeová. Devemos levar em conta questões que remetem para a importância do adequado entendimento sobre as relações existentes entre a informação, a compreensão, a voluntariedade e a confiança. A rigor o não-consentimento deve ser tão bem informado quanto o consentimento. As consequências do não-consentimento na área assistencial podem ser bastante sérias. Neste caso específico, sugerimos que a paciente seja convidada a consultar para que se expliquem todos os benefícios em se realizar o exame, como ele é realizado e para que ela possa expressar todas as suas dúvidas e crenças com relação ao procedimento. Se em caso de ainda assim a paciente optar por não realizá-lo sugerimos que ela assine no prontuário termo que diga que foi devidamente informada sobre o procedimento e que optou por não realizá-lo Mediante á resolução 385/11 e o artigo 11 refere-se sobre a execução da coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolau no âmbito da equipe de enfermagem, como atividade privativa do Enfermeiro observadas as exigências normativas adotadas na legislação vigente.
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