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CASO CONCRETO 11 PRATICA SIMULADA III

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DO MUNICÍPIO X
PROCESSO nº
BRAD NORONHA, já devidamente qualificado nos autos da ação penal n°________,, por seu advogado regularmente constituído conforme procuração em anexo as folhas ___, inconformado com a sentença proferida nas folhas ____, vem, perante a Vossa Excelência, interpor o presente
RECURSO DE APELAÇÃO,
o que faz tempestivamente, com base no artigo 593, I do CPP consoante razões recursais em anexo.
.
Requer assim que, após recebida, com as razões anexas, seja reformada a decisão impugnada em sede de juízo de retratação, nos termos do art. 589,CPP. Caso mantida a decisão, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça, onde deverá ser processado o presente recurso.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Local, 25 de Março de 2017.
Advogado
OAB/UF
RAZÕES DE APELAÇÃO
APELANTE: BRAD NORONHA
APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCESSO nº
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
1. DOS FATOS
Brad Noronha foi denunciado e processado, pela prática de roubo qualificado em decorrência do emprego de arma de fogo. Durante o inquérito policial, o apelante foi reconhecido pela vítima. Em sede de instrução criminal, nem a vítima, nem as testemunhas, afirmaram ter escutado qualquer disparo de arma de fogo, mas foram uníssonas no sentido de assegurar que o réu portava arma. Não houve perícia, pois os policiais que prenderam o réu em flagrante não lograram êxito em apreender a arma. 
Tais policiais afirmaram em juízo que, após escutarem gritos de “pega ladrão!”, viram o réu correndo e foram ao seu encalço. Afirmaram que, durante a perseguição, os passantes apontavam para o réu, e que este jogou um objeto no córrego que passava próximo ao local dos fatos, que acreditavam ser a arma de fogo utilizada.  O recorrente foi condenado a dez anos e seis meses de reclusão, por roubo com emprego de arma de fogo, tendo sido fixado o regime fechado para o cumprimento da pena.
  A decisão condenatória, contudo, merece ser reformada, senão vejamos.
2- DO DIREITO:
2. 1- Preliminar:
A inobservância do procedimento de reconhecimento de pessoa expresso no art. 226 do CPP gera nulidade do processo, por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato, por isso mesmo, pede-se que seja reconhecida a nulidade processual, nos termos do artigo 564, IV do CPP, pois No caso em tela, o ato do reconhecimento do apelante foi realizado de forma inválida. Requer, portanto, a nulidade do processo.
2.2 - DO MÉRITO: 
Evidentemente que, pelo que consta dos autos, merece o Apelante ser absolvido da imputação que lhe é feita através da denúncia posto que, vítima e testemunhas afirmam não ter ouvido disparos de arma de fogo, que a propósito, não fora encontrada e periciada como meio de prova. Portanto, não há provas suficientes de tal fato. Somado ao fato de que houve nulidade no reconhecimento de pessoa, sequer pode-se falar em comprovação da autoria do crime.
Indubitavelmente consta nos autos que a vítima reconheceu o acusado, ora Apelante, em procedimento totalmente impróprio e inadequado, já que ‘espiou’ por um pequeno orifício da porta em direção à sala onde se encontrava o réu sendo o correto colocar o acusado em sala própria, ao lado de outras pessoas parecidas, a fim de que pudesse ser verdadeiramente, identificado pela vítima, e assim procedendo, não observou à autoridade as condições impostas pela legislação penal para o reconhecimento de pessoas, expressamente dispostas no artigo 226, II do Código de Processo Penal.  Assim procedendo, incorreu inclusive, em prova ilícita, contrariando também o contido no artigo 157 do CPP. Portanto, não há como se sustentar esteja provado a autoria, imputando-lhe, não reconhecida a nulidade, a absolvição por ausência de prova da autoria.
Frise-se, também, que a coleta da prova, irregular e ilícita, foi feita em sede policial, não tendo sido judicializada e, por isso mesmo, é clara a caracterização do fruto da árvore envenenada, devendo tal prova ser desentranhada do processo, pois se torna imprestável para sustentar a condenação do acusado, ora Apelante.
Por outro prisma, apenas para argumentar, caso tivesse sido o agente autor de algum delito, esse não poderia ser de roubo majorado pelo emprego de arma. A arma não foi apreendida e, se ela existisse, deveria ter sido periciada posto que os policiais afirmaram ter sido a mesma jogada em um córrego. Embora exista tal afirmação, não houve qualquer empenho na busca pela suposta arma, portanto não poderia, sequer ser considerado crime de roubo, eis que não há prova, nos autos, do emprego de violência ou grave ameaça contra pessoa tampouco a comprovação da utilização de arma de fogo. Assim, se alguma condenação deva pesar sobre o ora Apelante, essa deverá se constituir pela prática de furto, mas não de roubo
3 – DOS PEDIDOS:
 Posto isso, venho requerer:
a) A reforma da decisão proferida pelo MM. Juiz ‘a quo’ para decretar a absolvição do Apelante, com fulcro no artigo 386, V do Código de Processo Penal, vez que não ficou provado que o acusado tenha concorrido para prática da infração penal. 
b) No caso de não ser decretada absolvição, seja declarada nula a decisão condenatória, eis que não observadas às condições impostas para o reconhecimento de pessoas, existindo omissão quanto à formalidade essencial do ato, de acordo com o previsto no artigo 226, II do CPP e artigo 564, IV do mesmo diploma legal. 
c) Ainda, não havendo convencimento quanto à absolvição ou à nulidade, seja o acusado, ora Apelante, beneficiado pelo princípio do in dúbio pro reo, a fim de vê-lo, no máximo, condenado por crime de furto.
Por ser medida de justiça,
Pede deferimento.
Local, 02 de Abril de 2017.
Advogado
 OAB/UF

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