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Você tem cultura ? - DaMatta (RESUMO)

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Aluna: Adriele Almeida | Antropologia 
Você tem cultura? - Roberto DaMatta
O autor traz dois sentidos (mais comuns) da palavra cultura:
Cultura como sinônimo de algo sofisticado, sabedoria e de educação em seu sentido estrito;
Cultura no que tange as referências à humanidade, com valores que seguem traições diferentes e desconhecidas, a exemplo dos índios.
Dentro do conceito de cultura como sofisticação existe uma equivalência no que tange ao volume de leituras, controle de informações, títulos universitários e, inúmera vezes, acaba sendo confundido com inteligência. Dentro desse sentido, a cultura acaba sendo uma palavra utilizada como classificação, como, por exemplo, no que tange a etnia quando se fala que “os pretos não possuem cultura” ou até mesmo quando se trata de sociedades inteiras ao clamar que “os franceses são cultos e civilizados”, que consiste na ideia do eurocentrismo. 
O antropólogo social usa a palavra “cultura” como um conceito chave para interpretar a vida social, para eles cultura não é um simples referencial que marca uma hierarquia de “civilização”m mas sim a totalidade da maneira como um grupo X, sociedade, país ou pessoa vive. 
Na Antropologia Social e na Sociologia cultura é um mapa, receituário, um código através do qual os indivíduos pensam, classificam, estudam e modificam o ambiente em que vivem e a si mesmas.
É através da cultura que uma conjuntura de pessoas com interesse e capacidades diferentes, e as vezes, opostas, podem viver juntos e ainda assim sentindo-se em uma mesma totalidade. Sendo assim, torna-se possível desenvolver relações porque a própria cultura forneceu para esse ambiente normas ditando as formas de convivência. 
DaMatta traz em seu texto a ideia de que algumas pessoas defendem a existência de uma cultura e culturas particulares e adjetivadas, a exemplo da cultura popular, indígena, nordestina, todavia, toda as formas de cultura ou todas as “subculturas” são equivalentes e se aprofundam de tão maneira que não pode ser delimitada por uma “subcultura”. 
Questionando ainda que:
 “O problema é que sempre que nos aproximamos de alguma forma de comportamento e de pensamento diferente, tendemos a classificar a diferença hierarquicamente, que é uma forma de exclui-la”.
DaMatta afirma ainda que:
“No sentido antropológico, portanto, a cultura é um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado (...) Não pode prever completamente como iremos nos sentir em cada papel que devemos ou temos necessariamente que desempenhar, mas indica maneiras gerais e exemplos de como pessoas que viveram antes nós os desempenharam”.
Muito embora cada cultura, em sua particularidade, possua um conjunto de regras, as possibildades dessas regras se atualizarem são infinitas. 
O autor salienta que não existem homens sem cultura, além de permitir uma melhor tradução das diferenças tornando possível um resgate da nossa humanidade no outro e em nós mesmos. Uma vez que não se trata somente dos objetivos traçados em momentos passados, como, por exemplo, a fabricação de automóveis em 1950, mas sim desenvolver a capacidade humana para enxergar uma melhoria nos caminhos para as minorias.

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