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DIREITO PENAL IV CASO 6

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DIREITO PENAL IV – SEMANA 6
 
 No dia 10 de janeiro do corrente ano, Anastácia Lima compareceu à XY Delegacia de Polícia da Comarca da capital acompanhada de sua filha M.L. para informar que havia flagrado seu namorado Aguinaldo abusando sexualmente de sua filha de apenas nove anos, oportunidade em que solicitou que fossem tomadas as devidas providências legais para que Aguinaldo fosse preso. Saliente-se que Anastácia possui parca instrução e condições financeiras, bem como, após o fato, conduziu de imediato sua filha vítima para a perícia. 
 Segue, abaixo, trecho das declarações fornecidas pela vítima M.L reduzidas a termo: 
 [...] depois disso, o réu disse vamos por ali que vai subir o morro e vamos chegar na casa do seu tio X ; que era subindo o morro; lá em cima o réu agarrou a vítima e a levou para um pé de mangueira; começou a abusar da mesma; disse para ela ficar quieta, não gritar e não falar nada, senão ia lhe bater; o réu empurrou a vítima no chão e tentou beijar sua boca ... ficou passando a mão em mim, aí começou a abusar, aí tentou botar dedo, aí não foi direito; machucou e não lembra direito se doeu; o réu abriu a calça que usava; abaixou sua calcinha [...]. 
 
 Ante o exposto, responda às questões formuladas: 
 Qual a correta tipificação da conduta de Aguinaldo? 
 
 RESPOSTA - Face ao caso exposto, Aguinaldo cometeu o delito de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do CP, visto que praticou atos de conjunção carnal com uma menina de apenas 9 anos de idade, sem a mínima maturidade sexual ou discernimento.
 
 b) Caso o fato tivesse sido levado a conhecimento da autoridade pública por vizinhos, a representação de Anastácia seria imprescindível para a deflagração da ação penal? 
 RESPOSTA – Não, por força do parágrafo único do art. 225 § do CP, a ação é pública incondicionada a representação da vítima, sendo de competência do Ministério Público.
 
 c) Uma vez condenado, a pena definitiva deverá ser cumprida, desde o início obrigatoriamente, em regime fechado? 
 RESPOSTA – Não, embora a lei determine que por ser um crime hediondo tenha seu regime inicialmente fechado, essa disposição vem sendo flexibilizada com a substituição por penas restritivas de direitos. É importante ressaltar que já há julgados do STJ relativizando essa condição, como nos casos de tráficos de drogas, crime equiparado a hediondo, onde o magistrado tem identificado que o regime inicialmente fechado traria desvantagens, em alguns casos, a sociedade e com isso aceitando a substituição por penas restritivas de direitos. O magistrado deverá ponderar a luz do caso concreto o que será mais benéfico para a sociedade e fundamentar em sua decisão.
 
 QUESTÃO OBJETIVA: LETRA: A

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