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Qualidade da Água em Comunidades de João Pessoa

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A qualidade da água mediante o olhar da população de duas comunidades de João Pessoa -PB
Jessyca S Oliveira
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Introdução
	A água potável não está atualmente disponível para todas as pessoas, em muitas sociedades.
	 O que se observa, no entanto, é que a apropriação da água é feita de forma diferenciada de uma sociedade para outra, como também entre os membros de uma mesma sociedade, sem que isso seja acompanhado de uma precisa e coerente razão moral. 
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No Brasil, segundo dados do Censo Demográfico de 2000, as populações urbanas em piores condições de acesso à água representam um porcentual em torno de 10,0%, ou seja, 17 milhões de habitantes, que só conseguem se abastecer de forma autônoma ou de forma clandestina em relação ao sistema público de abastecimento. 
Esta é outra opção para um slide de Visão Geral usando transições.
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	Outro percentual, ligado ao sistema público, de cerca de 5% dos domicílios urbanos, o que corresponde a 7,5 milhões de pessoas, são domicílios sem canalização interna ainda de acordo com o Censo Demográfico de 2000. 
	Isso significa que, mesmo sendo atendidos pelo sistema público, utilizam apenas uma torneira para conseguir a água que será utilizada tanto para beber e cozinhar, quanto para a limpeza da casa, a lavagem da roupa e a descarga dos vasos sanitários.
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	Criada em 30 de dezembro de 1966, a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (CAGEPA) é responsável pelo abastecimento de água em 181 municípios e 22 localidades. 	A empresa também é responsável atualmente pela coleta de esgotos em 22 municípios. Detentora de um patrimônio avaliado em R$ 389 milhões tem como acionista principal o Governo do Estado, dono de 99,9% de seu Capital Social.
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São realizados periodicamente análises de agrotóxicos e metais pesados em Laboratórios da Universidade Federal da Paraíba, Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco e Companhia Pernambucana do Meio Ambiente. 
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Metodologia
	A primeira comunidade visitada foi o Jardim Guaíba localizada em Oitizeiro, zona oeste de João Pessoa. Segundo dados levantados em 2009 pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) no Estudo Demográfico de Bairros e Aglomerados, o Jardim Guaíba possui 1.600 habitantes e 350 domicílios, numa área de 25.984 m². A outra comunidade foi a do Timbó localizada dentro do bairro dos Bancários, zona sul de João Pessoa. Segundo Soares 2009, o Timbó possui 4.600 habitantes e 900 domicílios.
Esta é outra opção para um slide de Visão Geral.
Nova York
Mapa referente a zona Sul de João Pessoa, bairro dos Bancários, delimitação da comunidade Timbó. Fonte: Google Earth. 
Use um cabeçalho de seção para cada um dos tópicos, para que a transição seja evidente ao público. 
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Depoimento de uma dona de casa que vive no bairro desde 2003:
“Não tenho coragem não minha filha de beber essa água da torneira, mais não é sempre que nois tem dinheiro de comprar água mineral. E é muito difícil minha filha de acreditar nessas propaganda que diz que a água é boa. Tem vez que a água ta um cheiro tão forte e vem salobra. Eu mesmo não gosto de beber. E ainda é custa uma fortuna.” 
As primeiras entrevistas ocorreram na comunidade do Jardim Guaíba, em Oitizeiro. Foi adotado um esquema de enumeração das entrevistas por questões éticas e para manter sigilo quanto aos entrevistados. 
O Que o público poderá fazer após a conclusão deste treinamento? Descreva brevemente cada objetivo e como o público se beneficiará apresentação.
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Depoimento 2 de uma agente de saúde que reside e trabalha no bairro :
 
“A população não confia no tratamento de água do governo. Tem dias em que a água tem cheiro forte e uma coloração estranha, eu mesmo não bebo a água da torneira. Chega muita criança e idoso no posto de saúde com problema renal e eu desconfio que a água seje um problema sim.” 
Resuma. Torne seu texto o mais breve possível para manter um tamanho de fonte maior.
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Depoimento 3 de um estudante que mora no bairro desde 2002:
 “Aprendi na escola que a água precisa ter uma condição boa para consumo, e minha professora disse que a água que a gente bebe não é boa não. Quando eu bebo água as vezes eu fico com dor ao fazer xixi.” 
Microsoft Excelência em Engenharia
Confidencial da Microsoft
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Depoimento 4 de um aposentado que reside no bairro desde 2000: 
“Eu já não tomo essa água, temos um filtro aqui em casa e não usávamos a água para beber. Só para banho e outras coisas. Mas eu não bebo, mas o meu médico já me disse que a água mineral dá problema nos rins, é complicado mas eu só bebo assim porque não confio em beber essa água. Vem suja, com tanto cloro que até com cor a água fica. Isso quando tem água, pois falta água direto e quando chega é de um jeito que eu não chego perto, é ruim até de tomar banho”. 
Microsoft Excelência em Engenharia
Confidencial da Microsoft
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Se houver conteúdo de vídeo relevante, como um vídeo de estudo de caso, uma demonstração de produto ou outros materiais de treinamento, inclua-o na apresentação também. 
Depoimento 5 de uma coordenadora do projeto social do bairro:
“A situação no bairro hoje em dia é bem mais simples. Antigamente tinha esgoto a céu aberto, o caminhão de lixo não passava. Hoje com as ruas pavimentadas, com saneamento básico e uma coleta de lixo regular o bairro não enfrenta tantos problemas. A água, assim como para toda João Pessoa, é distribuída de forma com que a população usufrua para consumo. O governo não arriscaria a saúde da população. É tanto que na conta mesmo é disponível a qualidade da água e no site da CAGEPA também. Eu bebo água da torneira tranquilamente e os meus filhos, inclusive minha filha de 3 anos de idade e nunca apresentou nenhuma doença relacionada à contaminação da água”. 
Adicione um estudo de caso ou a simulação da aula para incentivar discussões e aplicar lições. 
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Com os moradores da comunidade do Timbó foi aplicada a mesma metodologia e direcionamento da entrevista. 
 
Depoimento 1 de um morador da comunidade, vive desde 2003 no local:
“A água aqui falta muito e quando vem tem um cheiro forte de cloro. Eu não gosto de beber não, faz mal a saúde.”
Discuta os resultados do estudo de caso ou da simulação de aula.
Aborde práticas recomendadas. 
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Depoimento 2 de uma dona de casa que mora desde 2000 no local: 
“Eu não tenho do que reclamar da água. É boa, eu bebo e nunca morri. Votei no cara certo para ajeitar a CAGEPA e eu não tenho problema de beber a água da torneira não.”
Resuma o conteúdo da apresentação reafirmando os pontos importantes das lições.
Do que você deseja que a audiência se lembre quando sair da sua apresentação?
Salve sua apresentação em um vídeo para facilitar a distribuição (Para criar um vídeo, clique na guia Arquivo e clique em Compartilhar. Em Tipos de Arquivo, clique em Criar Vídeo.)
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Depoimento 3 de uma estudante de graduação de Direito que reside no local desde 2000:
“Sinceramente o estado não quer saber se a água que chega às comunidades é de boa qualidade ou não. Quem liga para os menos favorecidos? É muito difícil faltar água nos bairros nobres da cidade, já percebeu? Mas olhe a frequência das “manutenções” que causam a falta de água em bairros de periferia. A qualidade da água é questionável sim e a população paga caro por uma coisa que nem se sabe a qualidade ao certo. É sabido do controle no site, mas a última revisão foi de janeiro deste mesmo ano. E os outro meses? Vamos beber sem saber se a água está apropriada para o consumo? É isso ? Prefiro um filtro.” 
Microsoft Excelência em Engenharia
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TIMBÓ
Microsoft Excelência em Engenharia
Confidencial da Microsoft
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TIMBÓ
JARDIM GUAÍBA
Microsoft Excelência em Engenharia
Confidencial da Microsoft
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A sua apresentação é a mais clara e direta possível? Considere mover o conteúdo extra para o apêndice.
Use slides de apêndice para armazenar conteúdo ao qual você queira fazer referência durante o slide de Perguntas ou que possa ser útil
para os participantes investigarem mais a fundo no futuro.
JARDIM GUAÍBA
	Os depoimentos, em geral, mostram a insatisfação da população com a água distribuída pela CAGEPA. Outro fato que também foi avaliado nas entrevistas era se as famílias tinham conhecimento da TARFIA SOCIAL (é um programa pensado pela Cagepa para beneficiar a população de menor poder aquisitivo). Das sete famílias entrevistadas apenas uma delas disse não ter conhecimento sobre o programa oferecido pela CAGEPA. 
	Estima-se que cerca de 10 % da carga global de doenças seja devida à má qualidade da água e a deficiências na disposição de excretas e na higiene (PRÜSS-USTIN et al. 2008). 
	Quase 90 % dos cerca de 4 bilhões de episódios anuais de diarreia, em todo o mundo, (que causam 1,5 milhões de mortes em menores de cinco anos) são atribuídos a deficiências no esgotamento sanitário e na provisão de água de boa qualidade. Por outro lado, sabe-se que até 94 % dos casos de diarreia são passíveis de prevenção (WHO/UNICEF 2006).
	Analisando as informações obtidas ambas as comunidades sofrem com incerteza da qualidade da água distribuída pela CAGEPA. Outro fator também levantado no estudo foi o da constante falta de água para bairros menos priorizados. Os moradores ficam a mercê da disponibilidade de água nas torneiras tendo que optar por fazer uma ou outra atividade doméstica e higiene pessoal envolvendo água. 
	Portanto, em sociedades de extremas desigualdades, a opção de prestar o serviço de água por meio de entes privados não coloca em primeiro plano o enfrentamento do problema do acesso universal à água potável. Isso porque, em primeiro lugar, reconhece o usuário apenas como consumidor, e não como cidadão que tem direito ao atendimento de suas necessidades básicas. 
Em segundo lugar, não reconhece que as condições de inacessibilidade, ou acesso precário, não são apenas operacionais, de dificuldades eventuais de pagamento, mas, sim, de graves deficiências estruturais, tanto dos sistemas de engenharia quanto do padrão urbano e das moradias.
Funcionários denunciam que a Cagepa não paga fornecedores e água fica sem químicos
Publicado em 29/04/2012 
OBRIGADA!
Referências
BUENO, L.M.M. Parâmetros para a avaliação de vida urbana evqualidade habitacional em favelas urbanizadas. In: ABIKO,vA.K.;ORNSTEIN, S.W. Inserção urbana e avaliação pósocupação (APO) da habitação de interesse social. São Paulo: FAUUSP, 2002. (Coletânea Habitare/FINEP 1)
CAVINATTO, V. M. Saneamento básico: fonte de saúde e bem-estar. São Paulo: Ed. Moderna, 1992.
FERNANDES K. Cidade-piloto não vê fome como prioridade. Operação social – moradores de Guaribas, onde Fome Zero será lançado, consideram falta de água como questão mais grave. Folha de S. Paulo 2003 Fev 1; Caderno A. p. 8.
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censos Demográficos de 2000. Rio de Janeiro: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2000. 
PENA, D. S. E ABICALIL, M. T.: “Saneamento: os desafios do setor e a política
nacional de saneamento”. In: Rezende, F. e Paula, T. B. de (coords.): Infraestrutura:
perspectivas de reorganização: saneamento. Brasília : IPEA, 1999.
PRÜSS-USTIN, A., BOS, R., GORA, F. & BARTRAM, J. 2008. SAFER WATER, BETTER HEALTH. COSTS, benefi ts and sustainability of interventions to protect and promote health. WHO, Geneva, 53 p. (http://www.who.int/quantifying_ehimpacts/publications/saferwater/en/index.html).
WHO/UNICEF, 2006. Protecting and promoting human health. In: Water, a shared responsibility. The UN Water Development Report 2, UNESCO, Paris. p. 202-240.

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