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MOBILIZAÇÃO DO SISTEMA NEURAL Prof.ª Ma Célia M.J.Corrêa Fisioterapeutas ortopédicos – atenção para o sistema nervoso Todas as estruturas estão conectadas de alguma maneira com o sistema nervoso e este possui uma biomecânica complexa, assim como as estruturas que ele inerva. INTRODUÇÃO MOBILIZAÇÃO DO SISTEMA NEURAL Abordagem Multifatorial GEOFF MAITLAND Estruturas do canal espinhal sensíveis a dor “sinais e sintomas” Slump test ROBERT ELVEY Teste de tensão do Membro superior Slump test Testam a mecânica e a fisiologia normais do sistema nervoso durante o movimento Conhecimento da anatomia - macroscópica e microscópica É no nível microscópico que se encontram as respostas à existência de sintomas e ao tratamento. INTRODUÇÃO Se o movimento e a elasticidade do sistema nervoso estiverem comprometidos, muito freqüentemente sintomas podem originar-se de seus próprios tecidos, podendo repercutir sobre o tráfego de impulsos para e dos tecidos não-neurais. INTRODUÇÃO Epineuro e dura mater – um simples axônio pode estar associado com um grande número destes tecidos conjuntivos Os neurônios se encontram interconectados eletricamente – pé-cérebro. SNC contínuo quimicamente. CONCEITO DE TRATO TECIDUAL CONTÍNUO Estresse impostos sobre o SNP durante o movimento são transmitidos para o SNC. Por outro lado uma tensão pode ser transmitida do SNC para o SNP. CONCEITO DE TRATO TECIDUAL CONTÍNUO O SN não somente tem que conduzir impulsos através de notáveis amplitudes e variedades de movimentos, mas também tem que se adaptar mecanicamente durante os movimentos e proteção contra a compressão. O SNP necessita de mais mecanismos adaptativos que o SNC. ANATOMIA ESPECIALIZADA CONDUÇÃO DE IMPULSOS – axônios, mielina, células de Schwann. SUPORTE E PROTEÇÃO DOS TECIDOS DE CONDUÇÃO – tecido conjuntivo (neuroglia, meninges e perineuro) ANATOMIA ESPECIALIZADA ENDONEURO – circulando a membrana basal está o tubo endoneural: uma estrutura distendível, elástica feita de uma matriz de tecido colagenoso compacto. PERINEURO – fina bainha lamelada que circunda cada fascículo. EPINEURO – revestimento de tecido conjuntivo mais externo circunda, protege e forra os fascículos. MESONEURO – tecido areolar frouxo ao redor dos troncos nervosos periféricos. Nervos Nervos A = axônio; VS = vaso sanguineo; E = endoneuro; P = perineuro; EI = epineuro interno; EE = epineuro externo; M = mesoneuro; A = aracnóide; CV = corpo vertebral; D = dura mater; DuL = ligamento dural; DeL = ligamento denticulado; DM = septo dorsomediano; RD = raiz dorsal; ESA = espaço subaracnóide; TSA = trabéculas subaracnóides; NE = nervo espinal; RV = raiz ventral; PE = processo espinhoso Nervos O SNP forma muitas subdivisões e plexos, tanto internos como externos: Unir os componentes sensoriais, motores e autonômicos necessários para um tronco nervoso. Distribuir convenientemente as forças. ANATOMIA ESPECIALIZADA Plexo braquial como um distribuidor de forças. A tensão aplicada sobre um tronco será distribuída por todo o plexo. BUTLER, 2003 Em seu trajeto através do corpo, o SN entra em contato com muitas estruturas diferentes: inflexível e dura, ou mole, túneis (ósseos, fibro-ósseos ou somente de tecidos moles) – importante quanto ao tipo e extensão da lesão. ANATOMIA ESPECIALIZADA Quanto maior for o número de fascículos presentes, melhor estará um nervo protegido contra forças compressivas. Se o sistema nervoso for palpado será mais fácil obter uma resposta neural em áreas onde haja poucos fascículos. ANATOMIA ESPECIALIZADA Compressão dos fascículos – quando um nervo periférico é multifascicular, uma maior pressão é necessária para afetar as fibras nervosas. BUTLER, 2003 “Talvez a inervação pudesse ser reconhecida como um mecanismo protetor para o SN, a produção de sintomas sendo uma advertência de que os mecanismos condutores de impulsos podem estar em perigo devido a agressões químicas ou mecânicas.” BUTLER, 2003 INERVAÇÃO DO SN NEUROBIOMECÂNICA CLÍNICA Estrutura adjacente ao sistema nervoso (interface mecânica) e os efeitos desta biomecânica sobre o sistema. Duas vertentes de mecânica do movimento – deslizamento próximo a interface e alongamento (tensão). NEUROBIOMECÂNICA “Tecido ou material adjacente ao sistema nervoso que pode se mover independentemente do sistema.” BUTLER, 1989 São pontos centrais para um compressão da tensão adversa. Interface mecânica PURA – fáscia, vaso sangüíneo, músculo, ligamento. PATOLÓGICAS – osteófitos, aumento de volume (ligamento, edema, sangue), fibrose fascial, aparelho de gesso, bandagens FONTE: BUTLER, 2003 IM = Interface mecânica; SN = sistema nervoso Tecidos interfaciais podem se considerados como estruturas extraneurais ou extradurais, ou seja, “fora” do SN. Interface mecânica Aumenta a pressão intraneural Sangue às fibras nervosas Interfere na Condução nervosa Afeta os sistemas Transporte axonais tensão Área seccional Nervos Náuseas Dores torácicas vagas Dores de cabeça Dores abdominais profundas Rubor Sudorese Sistema nervoso autônomo São pontos ao longo do sistema nervoso os quais aparentemente não se movem ou apresentam movimentos mínimos em relação as estruturas circundantes (áreas de C6, T6 e L4, região posterior do joelho e anterior do cotovelo). PONTOS DE TENSÃO Neurobiomecânica postulada da extensão para a flexão. Os pontos aproximados C6, T6 e L4 são pontos onde o neuroeixo e suas meninges aparentemente não se movem em relação ao movimento da canal vertebral – sítios vulneráveis dentro do SN. LOUIS, 1981 Geralmente relacionados ao locais onde os vasos extraneurais (nutridores) entram no sistema nervoso. Formam um dos muitos mecanismos pelos quais inadequações estruturais e funcionais podem predispor o sistema nervoso a sintomas. PONTOS DE TENSÃO DANO NEURAL • Efeitos mecânicos da compressão: • Nervo tibial / 16 coelhos • 06 coelhos: 80mmHg / 02 horas • Dano na velocidade de condução • 10 coelhos: 400mmHg / 15 minutos: • Degradação da velocidade de condução afeta condução pela alteração do balanço iônico Dalhin e cols, 1986 • Tanto a compressão de nível baixo como de alto nível, não induz somente a isquemia local na compressão do segmento, mas também alguma deformação mecânica de diferentes componentes do tronco nervoso. • Dalhin, L. B. Mechanical effects of compression of Peripheral nerves-Journal of biomechanical Engineering, Vol 108, may. Quando um corpo é movido, as conseqüências para o SN se espalham por uma distância maior do que para estruturas não neurais. Outras considerações biomecânicas Breig & Marions (1963) – flexão cervical pode influenciar as raízes nervosas lombossacrais Tencer et al (1986) – nos membros, o movimento de um articulação irá influenciar o nervo em algum outro lugar do membro. Outras considerações biomecânicas Borges et al (1981) – flexão plantar e inversão do pé pode mover e tensionar o nervo ciático na coxa. Smith (1956) e Breig & Troup (1979) – dorsiflexão influencia as raízes nervosas lombossacrais Outras considerações biomecânicas Smith (1956) – dorsiflexão do tornozelo em SLR pode tensionar o SN até, inclusive, o cerebelo. Selvaratnam (1989) – estudou as manobras do Teste deTensão de MS (ULTT) e concluiu que manobras cervicais quando adicionadas à extensão do cotovelo e punho, são capazes de gerar tensão nas raízes nervosas do plexo braquial. Outras considerações biomecânicas Referências • Butler David S. Mobiliação do sitema nervoso. 1. ed. São Paulo: Manole, 2003
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