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APS 2015 WATER (PDF)

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE AMERICANA 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES PRATICAS SUPERVISIONADAS- APS IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMERICANA (SP) 
2015 
 
Ariane Fogaça Prieto RA 59010000733 
Bruna Manzo Gobbo RA 59010000787 
Bruna Roberta Cruz RA 59010000750 
Daniela Garcia RA 59010000773 
Mariana Araujo Fonseca RA 59010000751 
Roseli I G Rosolen RA 59010000804 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE INTERMEDIARIA: Uma análise do tratamento contábil 
aplicado após a mudança da Estrutura Patrimonial da 6.404/76 e a Lei em 
Vigência e o CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis Um 
estudo de caso na empresa USIMINAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividades Práticas Supervisionadas IV - trabalho 
apresentado como exigência para avaliação das 
disciplinas do terceiro e quarto semestres do curso 
de Ciências Contábeis do Instituto de Ensino 
Superior de Americana sob a orientação do prof. 
Walter Silva e dos professores do semestre. 
 
 
 
AMERICANA (SP) 
2015 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 
1. CONCEITOS CONTÁBEIS, PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE 
ACEITOS .................................................................................................................... 5 
1.1. Conceitos Contábeis ...................................................................................... 5 
1.2. Princípios Contábeis Geralmente Aceitos ...................................................... 7 
1.2.1. Princípio da Entidade ............................................................................... 8 
1.2.2. Princípio da Continuidade ........................................................................ 8 
1.2.3. Princípio da Oportunidade ....................................................................... 8 
1.2.4. Princípio do Registro pelo valor Original .................................................. 9 
1.2.5. Princípio da Competência ...................................................................... 10 
1.2.6. Princípio da Prudência ........................................................................... 11 
2. DEFINIÇÃO DE ATIVO CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE ......................... 11 
2.1 Ativo Circulante ............................................................................................ 11 
2.2 Ativo não Circulante ..................................................................................... 13 
3. DEFINIÇÃO DE PASSIVO CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE .................... 15 
3.1 Passivo Circulante........................................................................................ 15 
3.2 Passivo não Circulante ................................................................................. 16 
3.3 Patrimônio Líquido ....................................................................................... 16 
4. ANALISE DA ESTRUTURA PELA LEI 6.404/76 E A LEI EM VIGÊNCIA ......... 17 
4.1 Escrituração das Demonstrações Contábeis ............................................... 18 
4.2 Alterações da Lei 6.404/76 ........................................................................... 19 
4.3 Alterações no Ativo ...................................................................................... 20 
4.4 Alterações no Passivo .................................................................................. 20 
4.5 Alterações no Patrimônio Líquido ................................................................ 21 
4.6 Alterações Demonstração do Resultado De Exercício (DRE) ...................... 21 
5. DEFINIÇÃO FINAL DO BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DE 
RESULTADOS .......................................................................................................... 22 
5.1 Balanço Patrimonial ..................................................................................... 22 
5.2 Demonstração de Resultados ...................................................................... 23 
6. ANALISE AO CPC 26 (R1) – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES .... 24 
6.1 Objetivo ........................................................................................................ 25 
6.2 Alcance ........................................................................................................ 25 
6.3 Demonstrações contábeis - Finalidade das demonstrações contábeis. ....... 26 
6.4 Balanço Patrimonial ..................................................................................... 27 
6.5 Ativo Circulante ............................................................................................ 29 
 
6.6 Passivo Circulante........................................................................................ 29 
6.7 Resultado Líquido do Período ...................................................................... 30 
6.8 Demonstração dos Fluxos de Caixa............................................................. 30 
7. ESTUDO DE CASO: USIMINAS ........................................................................ 30 
7.1 Apresentação da Empresa ........................................................................... 31 
7.2 Composição Acionária ................................................................................. 31 
7.3 Produtos e Serviços ..................................................................................... 32 
7.4 Empresas do Grupo Usiminas ..................................................................... 33 
7.5 Mercados de Atuação .................................................................................. 34 
7.6 Países em que possui instalação ................................................................. 37 
7.7 Balanço Patrimonial ..................................................................................... 38 
7.8 Demonstração de resultado do exercício-DRE ............................................ 41 
7.9 Notas explicativas ........................................................................................ 42 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 48 
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 49 
APÊNDICES ............................................................................................................. 50 
APÊNDICE A – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PREVISTAS .......................... 50 
APÊNDICE B - REGISTRO DE ATIVIDADES REALIZADAS ................................ 51 
APÊNDICE C – FORMULARIO DE COMPOSIÇÃO DA EQUIPE ......................... 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
INTRODUÇÃO 
 
 
As harmonizações das demonstrações contábeis, no Brasil, trouxeram 
grandes mudanças no dia a dia dos contabilistas: o presente estudo pretende focar 
seus esforços em demonstrar de que forma as mudanças afetaram a estrutura das 
demonstrações contábeis. 
Na construção deste trabalho foi feito um levantamento sobre o 
Pronunciamento Técnico 26 do CPC R-1e um estudo de caso da empresa 
USIMINAS, no primeiro capítulo abordou-se conceitos contábeis e princípios 
contábeis aceitos no Brasil. 
Para o segundo capítulo enfocou-se, inicialmente com a definição específica 
de Ativo Circulante e não Circulante, já no terceiro capítulo estudou-se Definição de 
Passivo circulante e não Circulante e como cada um funciona e suas características. 
O quarto capítulo abordou-se a análise da estrutura pela Lei 6.404/76 e a Lei 
em vigência. A abordagem do quinto capitulo definiu BalançoPatrimonial e 
Demonstração de Resultados. 
Para a evolução do sexto capítulo efetuou-se uma análise do CPC 26 R-1, 
seu objetivo, alcance, demonstrações contábeis, balanço patrimonial, ativo 
circulante, passivo circulante, resultado líquido do período e demos tração dos fluxos 
de caixa. 
Para a elaboração do sétimo capítulo enfocou-se no estudo de caso da 
empresa USIMINAS, seus produtos e serviços, mercados de atuação, balanço 
patrimonial, demonstrações do resultado e notas explicativas. 
Este trabalho em equipe utilizou de bibliografia recomendada pelos 
professores das disciplinas aqui contempladas e, através deste estudo e análise de 
um estudo de caso foi possível aos alunos apreenderem melhor as teorias, servindo 
ainda para consolidar a união dos integrantes do grupo na elaboração de texto. 
 
 
 
 
 
5 
1. CONCEITOS CONTÁBEIS, PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE 
ACEITOS 
 
Neste capitulo iremos abordar os principais conceitos utilizados na 
contabilidade e também os seus princípios. Em resumo, a Contabilidade abrange um 
conjunto de técnicas para controlar o patrimônio das organizações mediante a 
aplicação do seu grupo de princípios, técnicas, normas e procedimentos próprios, 
medindo, interpretando e informando os fatos contábeis aos donos das empresas e 
o fisco. 
 
 
1.1. Conceitos Contábeis 
 
A Contabilidade é um instrumento que tem por finalidade controlar o 
patrimônio, apurar o resultado e prestar informações sobre o patrimônio das 
empresas. Marion salienta que (2009, pg. 28): 
 
“A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações 
uteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito 
antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. “[...] 
“Todas as movimentações passiveis de mensuração monetária são 
registradas pela contabilidade, que, em seguida, resume os dados 
registrados em forma de relatórios e os entrega aos interessados em 
conhecer a situação da empresa. Esses interessados, através de relatórios 
contábeis, recordam os fatos acontecidos, analisam os resultados obtidos, 
as causas que levaram àqueles resultados e tomam decisões em relação ao 
futuro”. 
 
Abaixo estão descritos os principais conceitos dos termos utilizados na 
contabilidade: 
 
Patrimônio: conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. 
Bens: são todos os objetos de propriedade da empresa, avaliados 
monetariamente. 
- Bens tangíveis: São aqueles que podem ser tocados. Exemplos: Dinheiro 
em caixa, mercadorias, veículos, máquinas, equipamentos, imóveis, etc. 
- Bens intangíveis: São aqueles que não podem ser tocados. Exemplo: 
marcas e patentes, direitos autorais, etc. 
6 
Direitos: são os valores que a empresa tem “a receber” de terceiros. Esses 
direitos geralmente aparecem com os nomes dos elementos seguidos da expressão 
a Receber. Exemplos: Duplicatas a Receber, Notas Promissórias a Receber; Juros a 
Receber, Aluguéis a Receber e etc. 
Obrigações: todos os valores que a empresa tem “a pagar” para terceiros. 
Essas obrigações geralmente aparecem com os nomes dos elementos seguidos da 
expressão a Pagar ou a Recolher. Exemplos: Duplicatas a Pagar, Notas 
Promissórias a Pagar, Salários a pagar, Aluguéis a pagar, CSLL a Recolher e etc. 
Despesas: são as variações patrimoniais negativas. Se registram as 
despesas por meio da redução de um ativo. Exemplo: pagamento de empregados. O 
recurso será creditado na conta caixa ou banco e será debitado na conta despesas 
com pessoal. Há uma redução do ativo, e com isso produz efeito no Patrimônio 
Líquido, diminuindo sua situação líquida. 
Ativo: registram-se os bens da empresa e suas variações. As contas do ativo, 
por terem natureza devedora, são aumentadas de valor por débito e diminuídas por 
crédito. É composto por bens, direitos e valores a receber de uma entidade. 
Passivo: registram-se as obrigações da empresa e do patrimônio líquido. As 
contas do Passivo e do Patrimônio Líquido, por apresentarem saldo credor, são 
aumentadas de valor por crédito e diminuídas por débito. 
Patrimônio Líquido: a soma dos bens mais direitos, menos as obrigações. 
(Ativo – Passivo = Patrimônio Líquido). 
Lançamento: meio pelo qual se processa a escrituração. 
Contas: é o nome que se dá a formação e composição de um patrimônio. 
Exemplo: Caixa, bancos, veículos, móveis, etc. 
Plano de Contas: forma padronizada das contas a serem utilizadas para 
registro dos fatos contábeis, estabelecendo a função e o funcionamento de uma 
delas. 
Classificação das contas: patrimoniais, De resultado, De compensação, 
Devedoras, Credoras. 
Partidas dobradas: método contábil, que consiste que para cada débito deve 
haver um crédito. Exemplo: Compra de um imóvel. O Débito será na conta contábil 
denominada Imóvel e o crédito será na conta contábil denominado Caixa. 
Contas de Resultado: receitas e despesas representam as variações 
patrimoniais, permitindo demonstrar o resultado do exercício. 
7 
Contas Patrimoniais: representam os elementos componentes do 
patrimônio, elementos ativos e passivos. 
Exercício Social: período de tempo, um ano geralmente, no qual é apurado o 
resultado no final. 
Regime de Competência: o que vale é a data da ocorrência dos fatos 
geradores, ou seja, receita menos despesa, independente se as mesmas foram 
recebidas ou pagas. 
 
 
1.2. Princípios Contábeis Geralmente Aceitos 
 
Neste Capítulo, apresentaremos os Princípios Fundamentais da 
Contabilidade, que são: 
1. Princípio da Entidade 
2. Princípio da Continuidade 
3. Princípio da Oportunidade 
4. Princípio do Registro pelo valor Original 
5. Princípio da Competência 
6. Princípio da Prudência 
 
 
CAPITULO II - ART. 20 (RESOLUÇÃO - CFC - 750 DE 29.12.93) 
"Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das 
doutrinas e Teorias relativas à Ciência da Contabilidade consoante o 
entendimento predominante no universo científico profissional de nosso 
país. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de 
ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das entidades”. 
 
Os princípios fundamentais as contabilidades vêm a ser uma postura prática, 
que determina as premissas básicas que regem a prática contábil quanto ao registro 
dos eventos econômico-financeiros ocorridos nas entidades. É o núcleo da estrutura 
da Contabilidade; devem ser observados pelo profissional contábil como conceitos 
básicos expressos. Greco e Arend salientam (2013, pg. 9): 
 
“Princípios de Contabilidade são normas que proporcionam interpretação 
uniforme das demonstrações contábeis. Para que um princípio seja 
considerado “geralmente aceito” e, consequentemente, incorporado à 
doutrina contábil, deve ser: a) praticável e objetivo, b) útil.” 
 
8 
1.2.1. Princípio da Entidade 
 
Segundo esse princípio, o patrimônio da empresa (entidade) não se confunde 
com os dos seus sócios ou proprietários. Greco e Arend diz (2013, pg. 9): 
 
“O patrimônio da entidade não se confunde com o dos sócios ou acionistas, 
ou proprietário individual. Esse princípio se estrutura na personalidade 
(entidade e proprietário(s) são pessoas distintas, juridicamente inclusive) e 
na autonomia patrimonial (patrimônio personalizado e autônomo).” 
 
O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade 
e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio 
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer 
a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer 
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta 
acepção, o Patrimônio nãose confunde com aqueles dos seus sócios ou 
proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
 
 
1.2.2. Princípio da Continuidade 
 
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes 
do patrimônio levam em conta esta circunstância. Greco e Arend salientam (2013, 
pg. 10): 
 
“A vida da entidade é continuada, por consequência, como as 
demonstrações contábeis são estáticas, não podem ser desvinculadas dos 
períodos anteriores e subsequentes. Ocorrendo a descontinuidade, o fato 
deve ser divulgado. As demonstrações contábeis, embora dizendo respeito 
a determinado exercício social, necessariamente estão vinculadas aos 
exercícios anteriores e posteriores”. 
 
 
 
1.2.3. Princípio da Oportunidade 
 
Este princípio refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas (dentro 
do prazo). Para Greco e Arend (2013, pg. 10): 
9 
 
“Esse princípio objetiva evitar a omissão de lançamentos relativos a 
mutações patrimoniais carentes de documentação formal, tais como 
valorização do fundo de comercio e de bens. Essa falta de documentação 
justifica o registro contábil pela estimativa de valor.” 
 
Segundo este, a falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por 
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação. 
 
 
1.2.4. Princípio do Registro pelo valor Original 
 
Na sua essência, este princípio determina que os componentes do patrimônio 
devam ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, ou seja, 
pelo valor de aquisição (valor de entrada dos bens, direitos e obrigações), expressos 
em moeda nacional. 
A resolução n. 750/93 trata do assunto em seu art 7°, a seguir transcrito: 
 
As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos 
e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou 
a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos 
recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os 
passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos 
em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o 
passivo no curso normal das operações; e 
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, 
os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações 
decorrentes dos seguintes fatores: 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses 
ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das 
demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários 
para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações 
contábeis; 
10 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa 
ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma 
forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e 
equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para 
liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da 
Entidade; 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, 
descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja 
gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos 
são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída 
líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no 
curso normal das operações da Entidade; 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um 
passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma 
transação sem favorecimentos; e 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder 
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros 
contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos 
componentes patrimoniais. 
São resultantes da adoção da atualização monetária: 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, 
não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das 
transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em 
moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os 
valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio 
Líquido; e 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas 
tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, 
mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a 
variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. 
 
 
1.2.5. Princípio da Competência 
 
De acordo com este princípio, as receitas e as despesas devem ser incluídas 
na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente 
quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. 
Perante este princípio Padoveze diz que (2014, pg. 120): 
11 
 
“A adoção do regime de competência foi imposta pela necessidade de a 
contabilidade controlar os direitos e obrigações. Assim, os valores a receber 
no ativo significam vendas de bens o serviços a prazo. Os valores a pagar 
no passivo representam as compras de bens ou serviços ou despesas a 
prazo.” 
 
 
1.2.6. Princípio da Prudência 
 
Este princípio, essencialmente, determina a adoção do menor valor para os 
componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para o registro contábil. Isso, é claro, refletirá 
diretamente no Patrimônio Líquido da empresa. Para Greco e Arend (2013, pg. 13): 
 
“[...] esse princípio visa proteger o capital total da empresa, evitando que 
sejam distribuídos lucros na verdade não auferidos. Encontramos ainda 
denominações de princípio do pessimismo ou princípio de conservadorismo 
para o princípio da prudência.” 
 
 
 
2. DEFINIÇÃO DE ATIVO CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE 
 
O Ativo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende o conjunto de Bens 
e Direitos da organização, possuindo valores econômicos e podendo ser convertido 
em dinheiro (proporcionando ganho para a empresa). É a parte positiva da posição 
patrimonial e identifica onde os recursos foram aplicados. Representa os benefícios 
presentes e futuros para a empresa. As contas do Ativo são classificadas em ordem 
decrescente do grau de liquidez e são divididas em dois grupos: Ativo circulante e 
não circulante. 
 
 
2.1 Ativo Circulante 
 
O mesmo constitui-se no grupo de contas contábil que registra as 
disponibilidades da empresa como caixa, bancos conta movimento e aplicações 
financeiras, os títulos negociáveis como duplicatas a receber, os estoques e outros 
12 
créditos de realização a curto prazo, como adiantamento a fornecedores e 
empregados. As contas do ativo circulante são divididas em 4 grupos: 
disponibilidade, créditos, estoques, outros créditos e despesas antecipadas. 
Para Padoveze (2014, p. 62): 
 
“... entende-se por Circulante os valores que serão realizados dentro do 
próximo ano a partir da data do Balanço. Assim, os bens que serão 
vendidos dentro do próximo exercício e os valores que tem vencimentoe 
serão recebidos também dentro dos próximos 365 dias são considerados 
itens do Circulante. Este critério vale também para o Passivo “ 
 
O Ativo Circulante é composto pelas contas: 
 
Disponibilidade: 
 Caixa: dinheiro existente (em espécie) na empresa. Quando for 
necessário usar este dinheiro, ele estará à disposição na própria empresa. 
 Banco: nessa conta são registrados os recursos depositados em 
contas-correntes de livre movimentação. Também pode existir a conta Poupança 
(se a empresa tiver). 
 Aplicações financeiras: a curto prazo, representam os investimentos 
efetuados pela empresa em títulos de liquidação imediata. Ou seja, são 
investimentos por um curto período, pois assim que a empresa necessitar do 
dinheiro, ela pode se desfazer da aplicação e usá-lo. São realizadas pelas entidades 
com o objetivo de obter recursos financeiros, geralmente sendo realizadas junto a 
estabelecimentos bancários. 
 
Créditos: 
 Duplicatas a receber ou Clientes: valores a receber decorrentes das 
vendas efetuadas pela empresa. 
 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD): conta redutora 
do ativo, onde está o valor de perda por falta de pagamento de cliente. 
 
Estoque: 
 Estoques: São as mercadorias para serem revendidas que a empresa 
possui. Essa conta registra o valor dos estoques na data do fechamento do balanço, 
no casa de empresa comercial existirá apenas uma conta de estoque, porem em 
13 
empresas industriais poderá haver várias contas de entoque como, estoque de 
produtos acabados, estoque de produtos em produção, estoque de matéria prima 
etc. 
Outros créditos: 
 Impostos a recuperar: impostos pagos no ato da compra de 
mercadorias, incidentes sobre as compras realizadas. Denomina-se a recuperar pois 
quando ocorrer a vendas das mercadorias, o valor de imposto pago será reduzido 
dos Impostos a recolher. Desta forma, a empresa pagará apenas a diferença de 
valor, diminuindo o imposto das compras do imposto das vendas. São contas de 
impostos a recuperar: ICMS, PIS, COFINS e IPI. 
 Aluguéis ativos a receber: valor de aluguel que a empresa tem a 
receber, sendo um direito. Porem são aceitos nesta conta somente alugueis de bens 
em nome de empresa. 
 
Despesas antecipadas: 
 Seguro a apropriar: quando a empresa faz um contrato de seguro, o 
segurador se obriga com a segurada mediante pagamento de um prêmio, a 
indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos futuros, previstos no contrato. Ex.: 
Seguro de vida dos funcionários, Seguro de automóvel, Seguro da empresa, etc. 
 
 
2.2 Ativo não Circulante 
 
No ativo não circulante, são registrados os direitos que serão realizados 
(transformados em dinheiro) após o final do exercício seguinte (longo prazo), assim 
como os bens de uso (veículos, máquinas, etc.) e de renda da empresa (aluguéis, 
imóveis para vendas, etc.). O Ativo Não Circulante está dividido em quatro grupos: 
Realizável a longo prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
Padoveze ressalta que (2014, p. 64): 
 
“O ativo não circulante engloba bens e direitos que tem natureza distinta. 
Enquanto os itens classificados no Realizável a Longo Prazo tem a 
característica básica da intenção de realização (venda ou recebimento), 
mesmo que em prazo mais longo do que os bens e direitos do ativo 
circulante, os demais itens do Ativo Não Circulante tem como característica 
básica a ideia de não venda. ” 
14 
 
O ativo não circulante é composto pelas contas: 
 
Realizável a longo prazo: 
 Aplicações financeiras de longo prazo: aplicações que a empresa faz, 
mas que só terá o direito de retirar o dinheiro aplicado após um prazo de 24 meses. 
 Duplicatas a receber de longo prazo: também conhecida como Clientes 
de longo prazo, são valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela 
empresa a longo prazo. Ou seja, créditos concedidos a clientes por um período 
maior que 24 meses. 
 
Investimentos: 
 Obras de arte: as obras de arte existentes na empresa são um tipo de 
investimento, sendo elas desvinculadas da atividade principal da empresa. Para que 
uma obra de arte seja classificada como investimento, a empresa não deve ter a 
intenção de vendê-la. 
 Terrenos e imóveis para futura utilização: são bens que a empresa tem, 
mas não usa e também não coloca como geradores de renda. No futuro, essas 
terras e imóveis poderão servir para expansão da empresa ou para abrigar parte das 
suas atividades. 
 Participações societárias: são participações em outras sociedades 
(coligadas e controladas) que não são destinadas à venda. 
 
Imobilizado: 
 Imóveis: são os imóveis que fazem parte da empresa e que podem ser 
usados para o desenvolvimento das atividades necessárias. Fazem parte: terreno, 
edificações, etc. 
 Máquinas e equipamentos: são as máquinas e equipamentos que a 
empresa usa para desenvolver as suas atividades. 
 Móveis e utensílios: são os móveis e utensílios usados na companhia, 
como por exemplo, as mesas e cadeiras da sala da administração de uma empresa, 
etc. 
15 
 Veículos: são os carros, motos, camionetes, caminhões, etc. que são 
usados para o desenvolvimento da companhia, seja para entrega de produtos, 
deslocamento dos funcionários e para qualquer outra atividade da empresa. 
 Ferramentas: qualquer instrumento usado para a realização de 
determinados trabalhos. São usados para facilitar a realização de uma tarefa 
mecânica que requer o uso de força. 
 
Intangível: 
 Softwares: sistemas e aplicativos utilizado para desenvolver a atividade 
da empresa. 
 Marca: É o nome que a empresa utiliza nos seus produtos e serviços. 
São conhecidos e reconhecidos pelos seus fornecedores e clientes 
 Patentes: Patentes são de propriedades incorpóreas e de uso 
exclusivo, ou seja, significa prevenir que os competidores copiem ou vendam a sua 
invenção ou criação - "marca" 
 
 
3. DEFINIÇÃO DE PASSIVO CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE 
 
Os Passivos no balanço representam todas as obrigações e dívidas 
contraídas pela entidade econômica com pessoas físicas ou jurídicas, o passivo está 
divido em três partes que são: Passivo circulante, Passivo não circulante e 
Patrimônio líquido. 
Padoveze diz que (2014.p. 63): “É importante salientar que o ponto de 
referência para se classificar no Circulante (curto prazo) ou longo prazo é a data do 
encerramento do Balanço Patrimonial. ” 
 
 
3.1 Passivo Circulante 
 
Abaixo descrevemos as contas pertencentes ao grupo do Passivo Circulante: 
 Fornecedores: valores a pagar referente a compra de matéria prima, ou 
produto de revenda que ligados diretamente a atividade da empresa. 
16 
 Obrigações Trabalhistas: valores referentes a salários, férias e rescisão 
dos colaboradores da empresa. 
 Empréstimo e financiamento: Valores referente a empréstimos e 
financiamentos feitos para compra de bem ou pagamentos de dívidas da empresa. 
 Obrigações tributarias: estão todos os impostos que a entidade tem a 
pagar como: ICMS, PIS, COFINS entre outros. 
 Provisões e encargos de provisões: são estimativas de valores de 
encargos e riscos sem data fixada para pagamento, mas que só serão concretizados 
no exercício seguinte ao da sua constituição. Pode ser composta pelas contas de 
provisão de IRPJ, provisão de CSLL, provisão para 13° salário, provisão para férias, 
etc. 
 
3.2 Passivo não Circulante 
 
Abaixo apresentamos as contas pertencentes ao grupo do Passivo não 
Circulante: 
 Exigível a longo prazo: são as dívidas da empresa com financiamentos, 
empréstimos e com fornecedores que serão liquidadas após o final do exercício 
financeiro seguinte. 
 
 
3.3 PatrimônioLíquido 
 
O Patrimônio Líquido basicamente representa o investimento dos 
proprietários na empresa e as reservas de lucro e caixa que ela possui. 
Padoveze diz que (2014, p. 5): Define-se Patrimônio Líquido como a 
resultante aritmética da somatória dos bens e direitos (elementos patrimoniais 
positivos) diminuída da somatória das obrigações (elementos patrimoniais negativos) 
Abaixo estão descritas as contas pertencentes ao grupo Patrimônio Líquido: 
 
 Capital: É o investimento inicial feito pelos proprietários da empresa e 
corresponde ao patrimônio líquido inicial. 
17 
 Reservas de lucro: As reservas de lucros são constituídas pelos lucros 
obtidos pela empresa, ou final do exercício. 
 Prejuízo acumulado: somente é apresentado esta conta quando a 
empresa obteve prejuízo no exercício do balanço. 
 
 
4. ANALISE DA ESTRUTURA PELA LEI 6.404/76 E A LEI EM 
VIGÊNCIA 
 
No ano de 2000, foi encaminhado à Câmara de Deputados o Anteprojeto de 
Lei de reforma da Lei 6.404/76 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A atual 
legislação brasileira necessitava adequar-se à nova realidade mundial e às normas 
internacionais de contabilidade. Passados 07 anos de tramitação na Câmara de 
Deputados, o Projeto de Lei (PL) número 3741/00, foi aprovado pelo Senado Federal 
e em 28 de dezembro de 2007 foi sancionado pelo Presidente da República, 
tornando-se a Lei 11.638/07 que modifica a Lei 6.404/76. 
A reformulação foi proposta com a intenção, principalmente, de se alcançar os 
seguintes aspectos, conforme mencionado pela CVM: 
- Corrigir impropriedades e erros da Lei societária de 1976; 
- Adaptar a Lei às mudanças sociais e econômicas decorrentes da evolução 
do mercado; 
-Fortalecer o mercado de capitais, mediante implementação de normas 
contábeis e de auditoria internacionalmente reconhecidos. 
A Lei 11.638/07 passou a viger a partir de 1º de janeiro de 2008, 3 dias após 
ser sancionada. Em dezembro de 2008, 11 meses após a entrada em vigor da nova 
Lei, editou-se a Medida Provisória para corrigir algumas falhas apresentadas, 
principalmente tendo em vista o conflito com o imposto de renda e o código civil, 
transformada pela Lei 11.941, de 27 de maio de 2009. 
O objetivo central da Lei n. 11.638/07 e da Lei n. 11.941/09 é atualizar a 
legislação societária possibilitando a convergência das práticas contábeis adotadas 
no Brasil com as normas internacionais de contabilidade que são emitidas pelo 
“International Accouting Standards Board- IASB” e permitir que novas normas e 
procedimentos contábeis sejam expedidos pela CVM com base nas normas 
internacionais de contabilidade. 
18 
As principais alterações trazidas pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09 à Lei 
6.404/76 são: 
 
a) Escrituração das demonstrações contábeis; b) Nova estrutura do Balanço 
Patrimonial; c) Demonstrações obrigatórias; d) Demonstrações dos Fluxos de Caixa; 
e) Demonstração do Valor Adicionado; f) Critérios de Avaliação dos Ativos; g) 
Primazia da essência sobre a forma; h) Equivalência Patrimonial; i) Reavaliação de 
Ativos; j) Teste de recuperabilidade. 
Ressalte-se que a aplicação da Lei 11.638/07 se estende para o que foi por 
ela designado de "sociedades de grande porte", isto é, aquelas que tenham receitas 
brutas anuais maiores que R$ 300 milhões ou que possuam ativos superiores a R$ 
240 milhões, ainda que sejam sociedades limitadas. Essas “sociedades de grande 
porte” passam a ter as mesmas obrigações que as sociedades por ações, no que se 
refere à sua escrituração, elaboração de demonstrações financeiras e 
obrigatoriedade de auditoria independente, exceto quanto a publicação das 
demonstrações contábeis (art.3º Lei 11.638). Dessa forma, podem-se ter parâmetros 
de comparação consistentes entre empresas, independentemente da forma jurídica 
que venham a adotar. 
 
4.1 Escrituração das Demonstrações Contábeis 
 
Com o advento da Lei 11.638/07 e da Medida Provisória 449/08 a 
escrituração contábil das sociedades sofreu alterações. O artigo 177, §2º, da Lei 
6.404/76 passou a ter a seguinte redação: 
 
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros 
permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta 
Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar 
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações 
patrimoniais segundo o regime de competência. § 1º [...] § 2º A companhia 
observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer 
modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas 
nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a 
atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou 
incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou 
determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras 
demonstrações financeiras. [...] 
 
19 
A Lei 6.404/76, no art. 176, determina que, ao final de cada exercício, deverão 
ser elaboradas, com base na escrituração da empresa, e publicadas as 
demonstrações contábeis a seguir: 
I. Balanço patrimonial; 
II. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados; 
III. Demonstração do Resultado do Exercício; 
IV. Demonstração dos Fluxos de caixa; 
V. Demonstração do Valor Adicionado (quando tratar-se de companhia 
aberta). 
Para Valter e Missagia (2009, p. 8), demonstrações contábeis: 
 
“São relatórios, organizados sinteticamente, onde se resumem as 
informações contábeis de forma metódica, atendendo cada um a uma 
finalidade específica, evidenciando os fatos patrimoniais e a situação da 
empresa, elaborados ao final de um determinado período de tempo.” 
 
 
4.2 Alterações da Lei 6.404/76 
 
Anteriormente o Balanço Patrimonial, assim apresentava-se: 
 
Quadro 1 – Estrutura Balanço Patrimonial antes das Leis 11.638/07 e 11.941/09 
ATIVO PASSIVO 
Circulante 
Realizável a Longo Prazo 
Permanente 
-investimentos 
-imobilizado 
-diferido 
 
 
Circulante 
Exigível a Longo Prazo 
Resultado de Exercícios Futuros 
PATRIMÔNIO LIQUIDO 
Capital Social 
Reserva de capital 
Reserva de Reavaliação 
Reserva de Lucros 
Lucros os Prejuízos Acumulados 
Fonte: Própria 
 
 
20 
Com o advento das Leis 11.638/07 e 11.941/09, o Balanço Patrimonial 
apresentar-se-á da seguinte forma: 
 
Quadro 2 – estrutura Balanço Patrimonial após as leis 11.638/07 e 11.941/09. 
ATIVO PASSIVO 
Circulante 
Não Circulante 
Realizável a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado 
Intangível 
 
 
Circulante 
Não Circulante 
-Exigível a Longo Prazo 
PATRIMÔNIO LIQUIDO 
Capital Social 
Reserva de capital 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Reserva de Lucros 
Ações em tesouraria 
Lucros os Prejuízos Acumulados 
Fonte: Própria 
 
4.3 Alterações no Ativo 
 
Uma das mudanças significativas apresentada pela nova legislação foi a 
divisão do ativo em dois grupos, quais sejam: Ativo Circulante e Não Circulante, o 
que colaborará para uma análise mais eficiente. Serão classificadas como Ativo 
Circulante todas as contas realizáveis ou conversíveis em curto prazo. 
O Ativo Não Circulante, que classificará os direitos de vencimento em prazo 
superior ao término do exercício seguinte, terá os seguintes subgrupos: Realizável à 
Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. A Lei 11.949/2009 extinguiu o 
subgrupo Diferido, passando estes gastos a ser contabilizados como despesas do 
período. 
 
 
4.4 Alterações no Passivo 
 
Da mesma forma que no Ativo, o Passivo será dividido em Passivo Circulante 
e Passivo Não Circulante, tendo como condição para alocaçãonestes grupos o 
21 
prazo de exigibilidade da conta. Serão registradas no Passivo Circulante as 
obrigações que vencerão no exercício seguinte, sendo registradas no Passivo Não 
Circulante as obrigações com vencimento superior. 
Outro grupo também extinto pela nova legislação foi o Resultado de 
Exercícios Futuros que deverão ter seus saldos, em 31/12/2008, reclassificados no 
Passivo Circulante, em conta representativa de receita diferida, e esse registro 
deverá evidenciar a receita diferida e o custo diferido respectivo. 
 
 
4.5 Alterações no Patrimônio Líquido 
 
Ajuste de avaliação patrimonial - Antes da alteração existia o subgrupo 
Reservas de Reavaliação agora será classificado como ajuste de avaliação 
patrimonial - que representam acréscimos derivados da diferença entre o valor 
contábil e o valor de mercado. 
Lucros Acumulados - não são mais classificados como lucros acumulados, os 
lucros devem ser contabilizados em reservas de lucro, se a reserva de Lucros 
ultrapassarem o valor do Capital Social precisa ser distribuída. Assim a conta Lucro 
acumulado fica extinta e ficam somente a conta de Prejuízo acumulado Ações em 
tesouraria - “[...] deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do 
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição” 
(Brasil, 1976, §5º art. 182). 
 
 
4.6 Alterações Demonstração do Resultado De Exercício (DRE) 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração 
contábil dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em 
um exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas, apuradas 
segundo o princípio contábil do regime de competência, gerando informações 
significativas para a tomada de decisão. Podemos ver algumas diferenças, nas 
despesas não operacionais e na participação do lucro. No art. 187 do inciso IV da 
Lei SAs diz que as receitas e despesas não operacionais classificadas após a 
22 
mensuração que resulta o lucro ou prejuízo operacional, serão considerados como 
outras receitas e outras despesas. E a redação dada pela Lei 11.941/ 09 altera para: 
 
“VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes 
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições 
ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se 
caracterizem como despesa.” 
 
 
 
5. DEFINIÇÃO FINAL DO BALANÇO PATRIMONIAL E 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 
 
Neste capitulo apresentaremos a definição de Balanço Patrimonial e 
Demonstração de Resultados (DRE). Trata-se de uma representação estruturada da 
posição patrimonial e financeira da empresa, e também seu resultado econômico em 
determinada data. Basicamente são relatórios extraídos da contabilidade após o 
registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil de qualquer 
entidade em um determinado período seu objetivo é fornecer informações úteis 
destinadas a atender propósitos gerais e proporcionar informações para tomada de 
decisões. 
 
 
5.1 Balanço Patrimonial 
 
A expressão “balanço” decorre do equilíbrio: Ativo = Passivo + PL ou da 
igualdade: Aplicações = Origens. A expressão “patrimonial” origina-se do patrimônio 
da empresa, ou seja, conjunto de bens, direitos e obrigações. 
Segundo Greco e Arend (2013, p. 79): “O Balanço Patrimonial é a 
demonstração contábil destinada a evidenciar qualitativa e quantitativamente, a 
posição patrimonial e financeira da entidade em uma determinada data.” 
Para Blatt, (2001, pág. 8): “O Balanço patrimonial é o saldo acumulado, em 
uma determinada data, movimentações econômicas e financeiras em uma empresa, 
desde sua constituição.” 
O Balanço Patrimonial traz importantes informações sobre a estrutura contábil 
da empresa, servindo de ferramenta para análises e controles. O mesmo é dividido 
23 
em: Ativo, Passivo e PL. O Ativo compreende os bens, os direitos e as demais 
aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios 
econômicos futuros, originados de eventos ocorridos. Passivo compreende as 
origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes 
de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. 
E o Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e seu 
valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. 
 
Quadro 3 – Representação de Balanço Patrimonial 
 
Fonte: MARION, José Carlos. “Contabilidade Comercial” 
 
 
5.2 Demonstração de Resultados 
 
A Demonstração de Resultados trata-se de um resumo ordenado das receitas 
e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de 
forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em 
seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). 
Marion (2003 p. 405), diz que a “DRE evidencia o lucro líquido do período, ou 
seja, o lucro final, após todas as deduções e participações, que sobra para os 
proprietários”. É na DR que iremos buscar as variáveis que nos ajudam a determinar 
RECEITAS – CUSTOS = RESULTADO 
SE RECEITAS > CUSTOS = RESULTADO POSITIVO (LUCRO) 
SE RECEITAS < CUSTOS = RESULTADO NEGATIVO 
(PREJUÍZO) 
 
24 
se uma empresa está rentável ou não, pois oferece os Resultados Líquidos. Greco e 
Arend salientam que (2013, p. 95): 
 
“A demonstração do resultado apresentará as receitas e os ganhos do 
período, independentemente de seu recebimento, e os custos, despesas, 
encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a esses ganhos e 
receitas.” 
 
 
Quadro 4 - Representação de DRE 
 
Fonte: MARION, José Carlos. “Contabilidade Comercial” 
 
Apurar a Receita Líquida 
Apurar o Lucro Operacional Bruto 
Apurar o Lucro Operacional Líquido 
Apurar o Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social 
Apurar o Lucro após o Imposto de Renda e da Contribuição Social 
Apurar o Lucro líquido 
 
 
6. ANALISE AO CPC 26 (R1) – APRESENTAÇÃO DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
 
Este Pronunciamento requer determinadas divulgações no balanço 
patrimonial, na demonstração do resultado abrangente, na demonstração do 
resultado e na demonstração das mutações do patrimônio líquido e requer 
divulgação de outros itens nessas demonstrações contábeis ou nas notas 
explicativas. O Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de 
25 
Caixa estabelece os requisitos para a apresentação da informação sobre os fluxos 
de caixa. 
Este Pronunciamento utiliza, por vezes, o termo “divulgação” em sentido 
amplo, englobando itens apresentados nas demonstrações contábeis e notas 
explicativas. Divulgações também são exigidas por outros Pronunciamentos 
Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC. A menos que seja especificado em 
contrário, tais divulgações podem ser incluídas nas demonstrações contábeis. 
 
6.1 Objetivo 
 
O objetivo deste Pronunciamento Técnico é definir a base para a 
apresentação das demonstrações contábeis, para assegurar a comparabilidade 
tanto com as demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesma entidade 
quanto com as demonstrações contábeis de outras entidades. Nesse cenário, este 
Pronunciamento estabelece requisitos gerais para a apresentação das 
demonstrações contábeis, diretrizes para a sua estrutura e os requisitos mínimos 
para seu conteúdo. 
 
6.2 Alcance 
 
Este Pronunciamento deve ser aplicado em todas as demonstrações 
contábeis elaboradas e apresentadas de acordo com os Pronunciamentos, 
Orientações e Interpretações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
CPC_26_R1. 
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação de transaçõesespecíficas e 
outros eventos são objeto de outros Pronunciamentos, Orientações e Interpretações. 
Este Pronunciamento não se aplica à estrutura e ao conteúdo de 
demonstrações contábeis intermediárias condensadas elaboradas segundo o 
Pronunciamento Técnico CPC 21 – Demonstração Intermediária. Este 
Pronunciamento aplica-se igualmente a todas as entidades, inclusive àquelas que 
apresentem demonstrações contábeis consolidadas ou demonstrações contábeis 
separadas, conforme definido nos Pronunciamentos Técnicos CPC 35 – 
Demonstrações Separadas e CPC 36 – Demonstrações Consolidadas. 
26 
Este Pronunciamento utiliza terminologia que é adequada às entidades com 
fins lucrativos, incluindo entidades de negócios do setor público. Caso entidades 
sem fins lucrativos do setor privado ou público venha a aplicar este Pronunciamento, 
podem ter que retificar as descrições usadas para itens específicos das 
demonstrações contábeis e mesmo para as próprias demonstrações contábeis. 
 
 
6.3 Demonstrações contábeis - Finalidade das demonstrações 
contábeis. 
 
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição 
patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das 
demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição 
patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja 
útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões 
econômicas. As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os 
resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e 
responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados. Para 
satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação da 
entidade acerca do seguinte: 
 Ativos; 
 Passivos; 
 Patrimônio líquido; 
 Receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; 
 Alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários 
e distribuições a eles; 
 Fluxos de caixa. 
 
 
 
 
 
 
27 
6.4 Balanço Patrimonial 
 
Informação a ser apresentada no balanço patrimonial: 
O balanço patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação, no mínimo, 
as seguintes contas: 
 Caixa e equivalentes de caixa; 
 Clientes e outros recebíveis; 
 Estoques; 
 Ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”); 
 Total de ativos classificados como disponíveis para venda 
(Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e 
Mensuração) e ativos à disposição para venda de acordo com o Pronunciamento 
Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação 
Descontinuada; 
 Ativos biológicos; 
 Investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial; 
 Propriedades para investimento; 
 Imobilizado; 
 Intangível; 
 Contas a pagar; 
 Provisões; 
 Obrigações financeiras (exceto as referidas nas alíneas “k” e “l”); 
 Obrigações e ativos relativos à tributação corrente, conforme definido 
no pronunciamento técnico CPC 32 – tributos sobre o lucro; 
 Impostos diferidos ativos e passivos, como definido no pronunciamento 
técnico CPC 32; (p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda de 
acordo com o pronunciamento técnico CPC 31; 
 Participação de não controladores apresentada de forma destacada 
dentro do patrimônio líquido; e 
 Capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos 
proprietários da entidade. 
28 
A entidade deve apresentar contas adicionais, cabeçalhos e subtotais nos 
balanços patrimoniais sempre que sejam relevantes para o entendimento da posição 
financeira e patrimonial da entidade. 
Na situação em que a entidade apresente separadamente seus ativos e 
passivos circulantes e não circulantes, os impostos diferidos ativos (passivos) não 
devem ser classificados como ativos circulantes (passivos circulantes). 
Este Pronunciamento Técnico não prescreve a ordem ou o formato que deva 
ser utilizado na apresentação das contas do balanço patrimonial, mas a ordem 
legalmente instituída no Brasil deve ser observada. A lista os itens que são 
suficientemente diferentes na sua natureza ou função para assegurar uma 
apresentação individualizada no balanço patrimonial. Adicionalmente: 
 Contas do balanço patrimonial devem ser incluídas sempre que o 
tamanho, natureza ou função de um item ou agregação de itens similares 
apresentados separadamente seja relevante na compreensão da posição financeira 
da entidade; 
 A nomenclatura de contas utilizada e sua ordem de apresentação ou 
agregação de itens semelhantes podem ser modificadas de acordo com a natureza 
da entidade e de suas transações, no sentido de fornecer informação que seja 
relevante na compreensão da posição financeira e patrimonial da entidade. Por 
exemplo, uma instituição financeira pode ter que modificar a nomenclatura acima 
referida no sentido de fornecer informação relevante no contexto das operações de 
instituições financeiras. 
A entidade deve julgar a adequação da apresentação de contas adicionais 
separadamente com base na avaliação: 
 da natureza e liquidez dos ativos; 
 da função dos ativos na entidade; e 
 dos montantes, natureza e prazo dos passivos. 
A utilização de distintos critérios de mensuração de classes diferentes de 
ativos sugere que suas naturezas ou funções são distintas e, portanto, devam ser 
apresentadas em contas CPC_26_R1 separadas. Por exemplo, diferentes classes 
de imobilizado podem ser reconhecidas ao custo ou pelo valor de reavaliação, 
quando permitido legalmente, em conformidade com o Pronunciamento Técnico 
CPC 27 – Ativo Imobilizado. 
29 
 
6.5 Ativo Circulante 
 
O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos 
seguintes critérios: 
 Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou 
consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; 
 Está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; 
 Espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; 
ou 
 É caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento 
Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou 
uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses 
após a data do balanço. 
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. 
Este Pronunciamento utiliza a expressão “não circulante” para incluir ativos 
tangíveis, intangíveis e ativos financeiros de natureza de longo prazo. Não se proíbe 
o uso de descrições alternativas desde que seu sentido seja claro. 
O ativo não circulante deve ser subdividido em realizável ao longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. 
 
 
6.6 Passivo Circulante 
 
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer 
dos seguintes critérios: 
 Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da 
entidade; 
 Está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; 
 Deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do 
balanço; ou 
 A entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do 
passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço (ver item 73). Os 
30 
termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua 
liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a 
sua classificação. 
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes. 
 
6.7 Resultado Líquido do Período 
 
Todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período devem ser 
incluídosno resultado líquido do período a menos que um ou mais Pronunciamentos 
Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC requeiram ou permitam 
procedimento distinto. 
 
6.8 Demonstração dos Fluxos de Caixa 
 
A informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das 
demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar 
caixa e equivalentes de caixa e as necessidades da entidade para utilizar esses 
fluxos de caixa. O Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de 
Caixa define os requisitos para a apresentação da demonstração dos fluxos de caixa 
e respectivas divulgações. 
 
 
7. ESTUDO DE CASO: USIMINAS 
 
O grupo Usiminas possui uma estrutura de empresas integradas para 
oferecer soluções completas e adaptáveis para os mercados brasileiro e global. 
Da mineração (integração upstream) à transformação do aço e bens de 
capital (downstream), cada empresa desenvolve e fabrica os melhores produtos 
dentro do seu segmento, aumentando a competitividade do grupo Usiminas e 
criando uma cadeia de valor em que as etapas são precisamente coordenadas. 
Dominando todos os processos, a Usiminas torna-se mais preparada para 
enfrentar oscilações de mercado e fornecimento de insumos, além de poder entregar 
seus produtos com mais eficiência para os clientes. 
 
31 
7.1 Apresentação da Empresa 
 
Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (USIMINAS) é uma das maiores 
siderúrgicas do Brasil, fundada em 25 de abril de 1956, em um cenário brasileiro de 
euforia e otimismo gerados pelo Plano de Desenvolvimento do governo Juscelino 
Kubitschek, no Horto de Nossa Senhora, atual Ipatinga. 
Originalmente criada como uma empresa estatal com o apoio do capital e da 
tecnologia japonesa foi inaugurada em 1962 no então distrito de Ipatinga, que na 
época pertencia ao município de Coronel Fabriciano. 
Em 1958, a Usiminas tornou-se uma joint venture (associação de empresas), 
com a participação de capital estatal em parceria com acionistas japoneses, 
permitindo um novo estilo de gestão compartilhada nos moldes da iniciativa privada. 
Com o aporte de capitais do Governo de Minas Gerais, do Governo Federal e 
do Japão, significou, na época, a realização do ideal mineiro e, ao mesmo tempo, foi 
ao encontro do desejo e da necessidade do Japão de demonstrar a presença e a 
marca de sua tecnologia no mundo ocidental. 
No dia 26 de outubro de 1962, João Goulart inaugurou a Usina Intendente 
Câmara. Com uma tocha trazida de Ouro Preto simbolizando os inconfidentes 
mineiros, o Presidente da República acendeu o primeiro alto-forno da usina. 
 
7.2 Composição Acionária 
 
O Sistema Usiminas possui participações em diversas empresas tanto em 
empresas controladas quanto coligadas em setores estratégicos, como: 
 Logística: (Usifast, MRS Logística, Rios Unidos Transportes e 
os terminais portuários de Praia Mole-ES e Cubatão-SP); 
 Estamparia e bens de capital: (Usiminas Mecânica e Usiparts) 
 Distribuição e serviços: Fasal, Rio Negro, Dufer, Usial, Usiroll e Unigal. 
 Mineração: J. Mendes, Somisa, Global/Camargos e Pau de Vinho. 
Em maio de 2005 a Usiminas - líder do Sistema Usiminas concluiu a operação 
de fechamento de capital da Cosipa, que passou a ser sua subsidiária integral, 
aumentando o processo de integração, chegando a uma capacidade de produção 
estimada em cerca de 9,5 milhões de toneladas de aço/ano. 
32 
Em novembro de 2011, a Usiminas anunciou sua participação, em uma 
agrupação de empresas ("Holding", no inglês) denominada Ternium destinada a 
controlar as empresas Siderar (Argentina), Sidor (Venezuela ) e Hylsamex 
(México),com capacidade instalada de 12 milhões de toneladas/ano e receitas de 
US$ 5 bilhões. Na operação, a siderúrgica mineira participa com suas ações na 
Siderar (5,3%) e na Sidor (16,6%, através do Consórcio Amazônia), além de um 
aporte adicional de US$100 milhões, representando uma participação inicial de 
cerca de 20% do capital total da Ternium. Os principais acionistas do grupo são a 
Nippon Usiminas Co. Ltd.(29,45%), Ternium/Tenaris (27,66%), Previdência Usiminas 
(6,75%), que compõem o grupo de controle e 36,14% em ações free float (livre 
negociação no mercado). 
 
 
7.3 Produtos e Serviços 
 
A atuação integrada e o foco no valor agregado dos produtos permitem à 
Usiminas oferecer o mais completo portfólio de aços planos da siderurgia brasileira. 
De placas a materiais revestidos, o aço da empresa é resultante de uma histórica 
vocação para pesquisa e desenvolvimento, que permite à companhia extrair 
produtos de qualidade superior e acompanhar a evolução das exigências do 
mercado. Confira abaixo a linha de produtos. 
 
Fonte: http://ri.usiminas.com/ptb/4948/ApresentaoSite%20RI%203T15.pdf 
33 
7.4 Empresas do Grupo Usiminas 
 
Mineração Usiminas: É a empresa responsável pelas operações de 
mineração e transporte ferroviário, ajudando a formar uma cadeia produtiva de alto 
valor para o grupo Usiminas. Foi criada em 2010 em uma joint venture com o grupo 
japonês Sumitomo Corporation e com valor de mercado estimado na época em US$ 
6,4 bilhões. 
A Mineração Usiminas opera atualmente três minas de minério de ferro em 
Serra Azul, Minas Gerais, cuja produção abastece o mercado interno e também é 
exportada. 
A companhia possui 20% do capital ordinário da ferrovia MRS e um terreno 
em Itaguaí (RJ), importante ativo na estratégia do grupo de investir em terminais 
portuários para aumentar a capacidade de escoamento de produção. 
 
Soluções Usiminas: Empresa líder no segmento de distribuição e 
transformação de aço nasceu em 2009 da fusão das companhias Fasal, Rio Negro, 
Dufer, Zamprogna e Usial com a unidade industrial Usicort. Atua com 8 unidades 
industriais distribuídas pelas principais regiões produtoras do Brasil. 
As Soluções Usiminas podem processar mais de dois milhões de toneladas 
de aço por ano. Seu portfólio é um dos mais completos do mercado e incluem 
bobinas, chapas grossas, rolos, blanks, conjuntos soldados, telhas, perfis, estruturas 
metálicas, discos metálicos, tubos, soluções em moradias de aço, entre outros itens. 
 
Usiminas Mecânica: A Usiminas Mecânica oferece produtos de alto valor 
agregado para a indústria de bens de capital. É uma das maiores empresas desse 
segmento no Brasil e vem realizando investimentos para tornar-se a mais moderna 
em forjaria na América Latina. 
A empresa tem fornecido produtos de alta tecnologia em aço para projetos 
estratégicos no crescimento do Brasil, como os investimentos da indústria de gás e 
energia, habitação popular, infraestrutura e grandes eventos. 
A qualidade de seus produtos e serviços vem sendo reconhecida por grandes 
empresas parceiras, como a Vale, que deu à Usiminas Mecânica o prêmio de melhor 
fornecedora em montagem industrial (2012). 
 
34 
Unigal Usiminas: A Unigal Usiminas foi criada em 1999 por uma joint venture 
entre a Usiminas e a Nippon Steel para processar aço galvanizado por imersão a 
quente, o que agregou ainda mais conteúdo tecnológico para os produtos Usiminas. 
A Unigal funciona dentro da usina de Ipatinga, em Minas Gerais. 
As bobinas e chapas de aço revestidos processadas pela Unigal são 
largamente utilizadas pela indústria de transformação e bens de capital, como as 
montadoras de automóveis, fabricantes de eletroeletrônicos e construção civil. 
Em maio de 2011, foi inaugurada em Ipatinga uma nova linha de galvanização 
por imersão a quente que utiliza tecnologia de processos da Nippon Steel e oferece 
ao mercado produtos com ainda mais qualidade e valor. 
 
Rios Unidos Usiminas: Esta empresa do grupo Usiminas atua em logística e 
está sediadaem Guarulhos (SP). Presta serviços de armazenamento e transporte, 
por via rodoviária, de cargas siderúrgicas, como aços planos, chapas grossas e 
bobinas. 
A Rios Unidos opera uma frota de mais de 300 veículos e faz todo o 
gerenciamento logístico de produtos da cadeia do aço, como logística integrada, 
reversa, controle de custos e contratos, além do transporte multimodal. 
A cadeia de valor começa pelo domínio da matéria-prima, com a mineração, 
sistema de logística, distribuição eficiente para parceiros e clientes e o 
processamento do aço por meio do segmento de bens de capital e transformação do 
aço. 
Dominando todos os processos, a Usiminas torna-se mais preparada para 
enfrentar oscilações de mercado e fornecimento de insumos, além de poder entregar 
seus produtos com mais eficiência para os clientes. 
 
 
7.5 Mercados de Atuação 
 
A Usiminas possui um dos maiores complexos de aços planos da América 
Latina e tem experiência consolidada de meio século como produtora de aços em 
forma de bobinas, chapas grossas e produtos processados. 
As linhas de produção da Usiminas estão estrategicamente localizadas no 
principal eixo industrial do país, em Ipatinga (MG) e Cubatão (SP), atendendo a 
35 
importantes segmentos da indústria, como automotivo, ferroviário, máquinas 
rodoviárias, naval, construção civil, agrícola, bens de capital, eletroeletrônico, 
utilidades domésticas, máquinas e distribuição. 
 
 Indústria Seriada 
 
Linha branca 
Líder no fornecimento de aços para o segmento de linha branca no País, os 
produtos Usiminas estão presentes em milhões de lares brasileiros há décadas. Os 
fabricantes de fogões, refrigeradores, lavadoras e outros bens de consumo – como 
cofres e móveis– reconhecem nos aços Usiminas elevado grau de qualidade. 
 
 Máquinas agrícolas e rodoviárias 
Atuação integrada e foco no valor agregado dos produtos e serviços permitem 
à Usiminas oferecer o mais completo portfólio da siderurgia brasileira para o setor de 
máquinas agrícolas e rodoviárias. Para tanto, a empresa conta com uma histórica 
vocação para pesquisa e desenvolvimento de produtos de alta qualidade. O 
resultado desse esforço é a liderança no fornecimento de aços para esse mercado. 
 
 Construção e Infraestrutura 
 
Construção Civil 
A escolha por alternativas sustentáveis e de alto grau de qualidade faz da 
Usiminas líder no fornecimento de aços planos para estruturas no ramo da 
construção civil no Brasil há décadas. 
A aplicabilidade dos aços Usiminas está por todos os lados, desde o carrinho 
de mão às estruturas para pontes, edifícios, casas, estádios de futebol, entre outros. 
Não por acaso, a Usiminas foi a primeira do país a fornecer aço para o programa 
habitacional “Minha Casa Minha Vida”, do Governo Federal. Também participou da 
modernização de estádios de futebol para a Copa do Mundo de 2014 e dos projetos 
para as Olimpíadas de 2016. 
Dessa forma, a Usiminas tem mostrado ao mercado a competitividade e as 
vantagens do aço sobre o concreto. 
 
 
36 
Energia 
Fundamental para o desenvolvimento do Brasil, o mercado de energia recebe 
a cada ano importantes investimentos para suprir a crescente demanda. E para 
acompanhar a evolução do setor, a Usiminas oferece o que há de melhor e mais 
moderno em soluções em aço para gerar mais competitividade aos clientes. 
 
Naval 
A participação da Usiminas no desenvolvimento do mercado naval e offshore 
brasileiro acompanha a crescente demanda do setor por aços de alto desempenho e 
confiabilidade. Todas as chapas grossas fabricadas no Brasil para produção de 
blocos para navios de apoio, estruturas para módulos e plataformas foram 
produzidas pela Usiminas. 
O setor deve seguir se expandindo nos próximos anos e demandando cada 
vez mais conteúdo de alto valor agregado, principalmente com a exploração da 
camada Pré-Sal. Para atender aos novos desafios, a Usiminas – e também a 
Usiminas Mecânica – contam com um diversificado portfólio de produtos e soluções 
com o objetivo de suprir a todas as exigências desse mercado. 
 
Tubos de Grande Diâmetro 
Líder na comercialização de chapas grossas e bobinas a quente para 
fabricação de tubos de grande diâmetro no mercado nacional, a Usiminas procura 
sistematicamente apresentar soluções diferenciadas para seus clientes. 
A empresa atende hoje setores estratégicos para o desenvolvimento do País, 
como o de óleo e gás (OCTG e line pipe), saneamento, mineração e aplicações 
industriais em geral. 
 
 Automotivo 
 
Montadoras 
Poucas empresas no mundo têm conhecimento e competência para estar à 
frente das necessidades do mercado, principalmente em um setor em constante 
evolução tecnológica como o automobilístico. 
A Usiminas mantém e busca, de forma inovadora, atender às necessidades 
atuais através de um trabalho constante para desenvolver os aços mais adequados 
para os diferentes clientes deste segmento, além de acompanhar sistematicamente 
37 
as melhores soluções e tendências siderúrgicas mundiais, e melhoria da segurança 
nos automóveis por meio da redução do peso de seus componentes. 
 
Autopeças e Estamparias 
Desenvolver soluções alinhadas às necessidades do mercado e trabalhar de 
forma integrada aos clientes é a forma de a Usiminas contribuir para a evolução do 
setor automotivo. A empresa desenvolve soluções de modo a atender à necessidade 
de reduzir o peso dos veículos e aumentar a segurança dos passageiros, 
contribuindo assim, para diminuir a emissão de gases poluentes. 
Para isso, novos tipos de aço foram desenvolvidos com objetivo de obter 
materiais de resistência mecânica elevada, além de excelente ductilidade e 
resistência à corrosão atmosférica. Tudo isso só foi possível por meio de um 
constante processo de modernização do Centro de Tecnologia Usiminas, que 
permite à empresa extrair respostas positivas às demandas do mercado. 
 
Distribuição 
A Usiminas conta com mais de 150 parceiros atuando no mercado de 
distribuição em todos os cantos do Brasil. Para atender clientes de todos os portes e 
facilitar o acesso aos produtos Usiminas, esses parceiros se tornaram parte 
importante no desenvolvimento desse setor. 
Muitos distribuidores têm a sua própria linha de transformação do aço, o que 
agrega valor ao produto e aumenta o pool de possibilidades e soluções para o 
mercado. Dessa forma, a distribuição engloba tanto os revendedores como os 
beneficiadores que, a partir dos aços planos, desenvolvem tubos, perfis, telhas, 
calhas, slitters, blanks, chapas, entre outros. 
 
7.6 Países em que possui instalação 
 
A Usiminas possui duas plantas siderúrgicas, a Usina Intendente Câmara, 
que ocupa uma área total de 10,5 milhões de m², em Ipatinga, no Vale do Aço, em 
Minas Gerais, e a Usina José Bonifácio de Andrada e Silva, situada em uma área de 
12,5 milhões de m2, no Polo Industrial de Cubatão, em São Paulo. Juntas, as 
unidades possuem capacidade nominal para produzir 9,5 milhões de toneladas de 
aço por ano. 
38 
A Usiminas está presente em seis estados do Brasil, contemplando toda a 
cadeia produtiva do aço – da produção do minério até as grandes estruturas 
metálicas. 
 
Fonte: http://ri.usiminas.com/ptb/4948/ApresentaoSite%20RI%203T15.pdf 
 
O aço Usiminas está presente onde o Brasil se desenvolve, onde o 
conhecimento e a inovação ditam o futuro. Por isso, investe na modernização de 
suas unidades e em produtos de conteúdo tecnológico diferenciado. São mais de 
R$ 12 bilhões nos últimos anos, sempre em sintonia com tendências mundiais de 
pesquisa e aplicação. 
Na base de tudo, uma equipe capacitada, que conjuga experiência e 
desenvolvimento constantena busca por produtividade. 
A este conjunto, soma-se a experiência dos principais acionistas, também 
com amplo conhecimento do “negócio aço”: o Grupo Nippon e a Organização 
Techint (Ternium/Tenaris). São sinergias que permitem o acesso a culturas 
industriais de outros países e o aperfeiçoamento contínuo da empresa. 
 
7.7 Balanço Patrimonial 
 
No balanço patrimonial, as contas são classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que re registra agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise 
da situação financeira da empresa. 
39 
De acordo com o 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações de cada 
exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das 
demonstrações do exercício anterior, para fins de comparação. 
 
Balanço Patrimonial USIMINAS (Ativo) 
 
 
Fonte:http://ri.usiminas.com/ptb/4424/usiminas%20%20demonstra%c3%87oes%20financeiras%20an
uais%20completas%202014_r3.pdf 
 
 
 
 
40 
Balanço Patrimonial USIMINAS (Passivo) 
 
 
Fonte:http://ri.usiminas.com/ptb/4424/usiminas%20%20demonstra%c3%87oes%20financeiras%20an
uais%20completas%202014_r3.pdf 
41 
7.8 Demonstração de resultado do exercício-DRE 
 
Demonstração de Resultado do Exercício – USIMINAS 
 
 
Fonte:http://ri.usiminas.com/ptb/4424/usiminas%20%20demonstra%c3%87oes%20financeiras%20an
uais%20completas%202014_r3.pdf 
 
 
 
 
42 
7.9 Notas explicativas 
 
Com relação à obrigatoriedade legal das Notas Explicativas, destaque-se o 4° 
do artigo 176 da Lei 6.404/76: 
 
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e 
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para 
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
 
 
As notas explicativas são informações que visam complementar as 
demonstrações financeiras e esclarecer os critérios contábeis utilizados pela 
empresa, a composição dos saldos de determinadas Contas, os métodos de 
depreciação, os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais etc. 
No estudo de caso realizado na empresa USIMINAS, verificamos que 
ocorreram três variações importantes entre os anos analisados de 2012,2013 e 
2014. São eles: 
 Estoque: Esta variação é devido ao menor volume de produção e o 
forte controle de capital de giro. 
 Caixa e Equivalentes de Caixa: ocorreu principalmente em função da 
compra da empresa EUROBONDS com pagamento líquido de empréstimos e 
financiamentos e redução do prazo médio de pagamentos dos fornecedores. 
 Empréstimos e Financiamentos: Devido à apreciação do Dólar 
Americano frente ao Real, obtendo um aumento na marcação a mercado dos 
instrumentos de swap, cujo objetivo é reduzir a volatilidade do fluxo de caixa. 
Porem existe notas explicativa de outras contas que vamos mencionar abaixo: 
A depreciação do ativo imobilizado é calculada pelo método linear de acordo 
com a vida útil dos bens. A vida útil é baseada em laudos de engenheiros das 
Empresas Usiminas e consultores externos, que são revisados anualmente. A 
Administração considera que a vida útil esteja adequadamente avaliada e 
apresentada nas demonstrações financeiras. 
Os investimentos em outras sociedades; O aumento de valores de elementos 
do ativo resultante de novas avaliações. As Controladas são entidades nas quais as 
Empresas Usiminas têm o poder de determinar as políticas financeiras e 
43 
operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais da metade 
dos direitos a voto (capital votante). 
As controladas são totalmente consolidadas a partir da data em que o 
controle é transferido para as Empresas Usiminas. A consolidação é interrompida a 
partir da data em que o controle determina. Os saldos e ganhos não realizados e 
demais transações entre as Empresas Usiminas são eliminados. Adicionalmente, os 
prejuízos não realizados são eliminados, a menos que a 
Operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. 
Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
Garantias de empréstimos e financiamentos 
Em 31 de dezembro de 2014, os empréstimos e financiamentos estão 
garantidos por bens do imobilizado, cujo valor líquido contábil é de R$4.108.123 (31 
de dezembro de 2013 - R$4.043.657) na Controladora e no Consolidado. 
A taxa de juros, as datas de vencimentos e as garantias das obrigações em 
longo prazo; 
O número, espécies e classes das ações do capital social; 
Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da Companhia, que totaliza 
R$12.150.000, é composto por 1.013.786.190 ações. Conforme Estatuto Social, a 
Companhia está autorizada a aumentar o seu capital social no montante 
correspondente de até 50.689.310 em ações preferenciais de classe já existente. 
Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido do 
exercício calculado nos termos da lei societária. 
- As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
- Os ajustes de exercícios anteriores; 
- Os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou 
possam vir a ter, efeitos relevantes à situação financeira e os resultados futuros da 
companhia. 
Imposto de renda e contribuição social diferidos. 
Os saldos e a movimentação do imposto de renda e da contribuição social 
diferidos, ativo e passivo, constituídos às alíquotas nominais, são demonstrados 
como segue: 
44 
 
Fonte:http://ri.usiminas.com/ptb/4424/usiminas%20%20demonstra%c3%87oes%20financeiras%20an
uais%20completas%202014_r3.pdf 
 
As projeções estão sujeitas a fatores que podem apresentar variações em 
relação aos dados reais, e objetivando avaliar os possíveis efeitos destas variações 
a Companhia efetuou análise de sensibilidade conforme demonstrado a seguir. 
Caso o lucro tributável futuro utilizado no estudo de recuperabilidade fosse 
deteriorado em 10%, a Companhia recuperaria os créditos tributários no mesmo 
prazo. 
45 
Como a base tributável do imposto de renda e da contribuição social sobre o 
lucro líquido decorre não apenas do lucro que pode ser gerado, mas também da 
existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, incentivos fiscais e 
outras variáveis, não existe correlação imediata entre o lucro líquido da Companhia 
e o resultado de imposto de renda e contribuição social. 
Portanto, a expectativa da utilização dos créditos fiscais não deve ser tomada 
como único indicativo de resultados futuros das Empresas Usiminas. 
 
 
Fonte:http://ri.usiminas.com/ptb/4424/usiminas%20%20demonstra%c3%87oes%20financeiras%20an
uais%20completas%202014_r3.pdf 
 
Na conta de tributos parcelados ouve uma grande variação do ano 2014 para 
2013 como segue a nota explicativa da organização; 
A composição dos tributos parcelados pode ser apresentada como segue: 
 
46 
 
Fonte:http://ri.usiminas.com/ptb/4424/usiminas%20%20demonstra%c3%87oes%20financeiras%20an
uais%20completas%202014_r3.pdf 
 
Sobre os parcelamentos incide Selic, garantidos por bens patrimoniais da 
Companhia e depósitos judiciais, cujo valor líquido contábil das garantias era de 
R$22.913 em 31 de dezembro de 2014 (31 de dezembro de 2013 - R$20.568). 
Em novembro de 2014, com base na Lei nº 13.043/2014, a Companhia fez 
uso de benefício instituído pelo Governo Federal e formalizou junto à Receita 
Federal do Brasil pedido de quitação antecipada de parcelamentos existentes, com a 
utilização de 70% de prejuízo fiscal, no montante de R$48.457 e 30% de pagamento 
em espécie, no montante de R$22.499. 
A movimentação do saldo de tributos

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