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sustentação oral

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Bom dia 
	Relator
	RAIMUNDO NONATO SILVA SANTOS 
	1º
	JOSÉ TARCÍLIO SOUZA DA SILVA 
	2º
	ANTÔNIO PÁDUA SILVA
	Presidente
	FRANCISCO LINCOLN ARAÚJO E SILVA
Após cumprimentar os membros da egrégia corte
, cumprimentar os nobres colegas advogados presentes e todos os serventuários ali presentes logo após vamos atacar um pouco o direito..
O paciente ANDERSON ALVES CARVALHO, é um jovem de apenas 20 anos de idade estudante, que atualmente vive em união estável com a senhora CARLA, tem ocupação licita conforme declaração de trabalho junto nos autos, tem residência fixa nesta comarca, portador de bons antecedentes, nunca foi processado ou levado a delegacia por qualquer tipo de conduta criminosa.
Vem por meio desse remédio heroico combater uma decisão proferida pela autoridade que entendeu pela decretação da prisão preventiva do paciente, pautada em uma suposta na ameaça a ordem. afirmando que o artefato que estava com o paciente era de grande potencial destrutivo.
Ocorre excelência que a decisão do juízo aquo esta pautando e um laudo genérico que se limitou a apenas uma descrição da embalagem do artefato, não sendo conclusivo quanto as quantidades e composição uma vez que a mesma não foi nem aberta para analisar quantidades para que se pudesse analisar o poder do artefato.
No referido laudo pericial deixa claro que o artefato é de fabricação caseira, o que já deixa em duvida o grau lesivo e seu suposto funcionamento, não vou me estender muito na matéria de direito uma vez que a mesma está sendo apurada em instrução processual.
E esta defesa data máxima vênia, a decisão proferida pela autoridade o juízo aquo entende que tal fundamentação não é idônea para a decretação de medida extrema que se ressalte desde já que só pode ser aplicado em última ratio em última hipótese.
O paciente foi preso no dia 9 de setembro do corrente ano pela suposta pratica do crime de posse de artefato explosivo.
Nossa constituição é categórica ao afirma que ninguém será levado a prisão ou nela mantido sem que exita uma sentença condenatória transitado em julgado. Conforme entendimento já consolidado no STF, a prisão preventiva não tem o carácter de satisfatividade da pena, não podendo antecipar o cumprimento da pena como uma medida de punir por que assim violaria o princípio do devido processo legal, do contraditório e ampla defesa. 
Deixando assim claro que a autoridade coautora aplicou a prisão preventiva como regra, sem analisar e demonstrar no caso concreto que o paciente não tinha condições de receber medida diversa da prisão, o que na visão da defesa dado o máximo respeito se consubstancia um constrangimento ilegal.
A autoridade coautora fundamentou sua decisão na gravidade do fato e no potencial lesivo do artefato apreendido, violando assim o princípio da inocência valendo ressaltar que o réu é primário portador de bons antecedentes nuca praticou nenhuma conduta criminosa.
O mesmo não tem interesse de fugir de sua responsabilidade, o mesmo apenas suplica pelo direito de responder em liberdade o presente processo, voltando assim ao ceio de sua família e voltar a exercer suas atividades profissionais, o que não traria nenhum prejuízo a instrução processual, ressaltando que todos merecem uma segunda oportunidade.
Importante relatar que hoje estamos vivendo em uma enorme crise no sistema penitenciário nacional, aqui mesmo em no nosso estado semana passada mesmo foi assassinado dois presos dentro de uma casa de privação provisoria, o deixa claro que a permanência do paciente em carcere esta botando em risco não somente a sua integridade física mas também a sua integridade psicológica, diante da falência do estado.
Importante ressaltar que, a pena máxima para conduta do paciente é de 6 anos e que levando em conta todas as atenuantes presentes no caso concreto, o senhor Anderson preenche todos os requisitos para o cumprimento de pena domiciliar, deixando claro que o encarceramento está servindo apenas como um forma de antecipar a pena, podemos ainda afirmar que existe a possibilidade de cumprimento de pena alternativa ou suspensão do cumprimento da pena nos termos do cp, deixando assim claro que tal medida não está sendo razoável muito menos proporcional ao caso concreto,
finalizando a presente sustentação, entende-se que a presente decisão é pautada em argumentos genéricos, em momento algum a autoridade coautora se ateve as circunstancias do caso concreto, que é sabido que o STF já se manifestou no sentindo, que a gravidade em abstrato do crime, a comoção social e a sensação de segurança dessa forma não são requisitos autorizadores dessa medida extrema, é por isso que essa defesa vem aqui dado o máximo respeito a cada um de vocês rogar para que o réu ora paciente que está sofrendo, já que sua prisão esta causando um grande constrangimento ilegal, e por isso requer a revogação da sua prisão preventiva e caso assim não se entenda excelência que se aplique uma medida cautelar diversa da prisão, tendo em vista que é a regra sendo a prisão a exceção que no caso concreto foi aplicado como regra.

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