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RESUMO DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

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RESUMO DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 
 
SISTEMA NERVOSO E SUAS FUNÇÕES 
 O sistema nervoso é o sistema coordenador de todas as atividades corpóreas, é 
destinado a receber, interpretar, armazenar e transmitir informações. 
O SISTEMA NERVOSO POSSUI TRÊS FUNÇÕES BÁSICAS PRINCIPAIS: 
• FUNÇÃO SENSITIVA: Responsável por receber estímulos tanto do meio interno do nosso 
corpo, quanto o meio externo. 
• FUNÇÃO INTEGRADORA: O sistema nervoso recebe as informações sensitivas, 
armazena parte delas e decide comportamentos adequados dependendo do tipo de 
estímulo recebido. 
• FUNÇÃO MOTORA: O sistema nervoso envia uma resposta aos estímulos recebidos. 
Essas respostas geralmente são de contrações musculares ou secreções glandulares. 
 Essas três funções são essenciais para manter o corpo em estado adequado e 
coordenado, ou seja, homeostático. 
 
TECIDO NERVOSO: 
 O tecido nervoso apresenta dois componentes principais: os neurônios (ou células 
nervosas) e células da glia (ou neuroglia). 
NEURÔNIOS: 
Os neurônios são responsáveis pela recepção, processamento e transmissão de 
estímulos. Geralmente, é composto por: 
• CORPO CELULAR: É a parte mais volumosa do neurônio e é onde está presente 
o núcleo celular. 
• DENDRITOS: São prolongamentos que saem a partir do corpo celular 
responsáveis por receber os estímulos do ambiente ou de outros neurônios. 
• AXÔNIO: Responsável por conduzir os impulsos nervosos. Graças ao axônio que 
alguns neurônios possuem um grande alcance podendo ter de alguns mm, a 
mais de um metro de comprimento. A maioria dos neurônios no adulto, 
possuem um revestimento intermitente no decorrer do axônio chamado de 
bainha de mielina, que garante uma maior velocidade de condução aos impulsos 
nervosos. Os espaços entre a bainha de mielina que não são revestidos pela 
bainha, são chamados de Nódulos de Ranvier, que garante ao neurônio uma 
condução nervosa do tipo saltatória, tornando a passagem do impulso nervoso 
muito mais rápida. 
Os neurônios podem ser classificados de acordo com suas estruturas em: 
• MULTIPOLARES: São neurônios que possuem diversas extensões saindo do seu corpo 
celular, conhecidas como dendritos e possui somente um axônio. A maior parte dos 
neurônios do corpo são multipolares. 
• BIPOLARES: Esses neurônios possuem apenas um dendrito que depois se ramifica e um 
axônio, geralmente são encontrados na mucosa olfatória, no aparelho vestibular e na 
retina. 
• PSEDO-UNIPOLARES: Possuem um único prolongamento que depois se dividem em 
dois, com cada um indo para um sentido diferente, um indo para a periferia e o outro 
indo para o SNC. São características geralmente de neurônios sensitivos do SNP. 
E também podem ser classificados de acordo com suas funções: 
• NEURÔNIO SENSITIVO: Também chamados de neurônios aferentes, pois captam as 
informações sensitivas vindas do ambiente ou do próprio corpo e conduzem essas 
informações até o SNC. 
• NEURÔNIO MOTOR: Também chamados de neurônios eferentes, pois se direcionam do 
SNC para a periferia do corpo. E controlam os órgãos efetores, como glândulas 
endócrinas ou exócrinas e os músculos. 
• INTERNEURÔNIO: Estabelecem comunicação entre outros neurônios, formando 
circuitos complexos. Sendo que as funções mais complexas do corpo, dependem desse 
circuito. 
 No SNC, os corpos dos neurônios podem ser encontrados na substância cinzenta e os 
axônios na substância branca. 
CELULAS DA GLIA: 
 Se encontram em maior quantidade no SN, em média, temos 10 células da glia para cada 
neurônio. São células responsáveis por sustentar, proteger e nutrir o sistema nervoso. São 
células da glia: 
• ASTRÓCITOS: São células que fornecem sustentação e nutrição dos neurônios, através 
dos pés vasculares que absorvem os nutrientes dos capilares presentes no SNC e 
repassam esses nutrientes aos neurônios. 
• OLIGODENDRÓCITOS: Tem objetivo de formar a bainha de mielina nos neurônios do 
SNC. 
• CÉLULAS DE SCHWANN: Tem objetivo de formar a bainha de mielina nos neurônios do 
SNP. 
• MICRÓGLIAS: São células fagocitárias que atuam nos processos de inflamação e 
restauração do SN, são responsáveis pela imunidade do mesmo. 
• CÉLULAS EPENDIMAIS: Revestem as cavidades encefálicas e o canal central da medula 
espinal. 
 
 Anatomicamente o sistema nervoso é dividido em: SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) 
e SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP). 
• SISTEMA NERVOSO CENTRAL: Composto pelo Encéfalo e a Medula Espinal. No SNC, 
muitos tipos de informações sensitivas são integradas e correlacionados. É onde são 
gerados os pensamentos e emoções e a memória é formada e armazenada. Ele é 
responsável pelas funções mais complexas do SN, onde a maior parte dos estímulos de 
contração muscular ou secreção glandular são partem do SNC. Este está conectado aos 
receptores sensitivos, músculos ou glândulas que estão na periferia do corpo e essa 
conexão é feita através do SNP. 
• SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: Composto por nervos cranianos (12 pares) que 
emergem do encéfalo e por nervos raquidianos ou espinais (31 pares) que emergem da 
medula espinal. Esses nervos são responsáveis por conduzir os impulsos nervosos para 
dentro ou para fora do SNC. 
 Todo estímulo ou informação que vai da periferia corpórea em direção ao SNC são 
conduzidos por neurônios chamados neurônios sensitivos ou aferentes. E todo estímulo ou 
informação que vai do SNC em direção à periferia do corpo, são conduzidos por neurônios 
chamados neurônios motores ou eferentes. Ou seja, todo estímulo que vai do SNP ao SNC é 
chamado de informação (estímulo) aferente, e todo estímulo que vai do SNC ao SNP é chamado 
de informação (estímulo) eferente. 
 Além dos neurônios aferentes e eferentes, no SNC nós temos os neurônios de 
associação, também chamados de interneurônios, que são responsáveis por comunicar 
neurônios sensitivos a neurônios motores. 
 O SNP pode ser dividido em SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO (SNS) e SISTEMA NERVOSO 
AUTÔNOMO (SNA). 
• SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO: Responsável pelo controle de nossas reações 
voluntárias. O SNS é composto por neurônios sensitivos cutâneos, alguns outros tipos 
de neurônios sensitivos específicos e neurônios motores que mandam informações aos 
músculos esqueléticos, que são músculos de controle voluntário. 
• SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: Composto por neurônios motores que mandam 
informações aos músculos lisos, cardíacos ou glândulas. É responsável por controlar 
nossas reações involuntárias. O SNA é subdividido em: SISTEMA NEROVO SIMPÁTICO 
e SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO. Ambos os sistemas dessa subdivisão possuem 
ações opostas entre si, onde o SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO é mais ativado em 
situações de tensão e estresse, conhecidas como reações de luta ou fuga, e o SISTEMA 
NERVOSO PARASSIMPÁTICO é mais ativado em situações de maior calma. Exemplo: O 
sistema nervoso simpático é responsável pelo aumento da frequência cardíaca ou a 
dilatação dos brônquios em casos de tensão. Já o sistema nervoso parassimpático é 
responsável por funções digestivas ou por reduzir nossa frequência cardíaca. 
 
SNC - ANATOMIA DO ENCÉFALO: 
 
O encéfalo é constituído por bilhões de neurônios e células da glia, é um dos maiores órgãos do 
corpo, pesando cerca de 1,3kg. Ele é dividido em três partes principais: 
• CÉREBRO: Composto pelo TELENCÉFALO, é a maior parte do cérebro e sua composição 
é feita por GIROS E SULCOS CEREBRAIS e composto também pelo DIENCÉFALO, que é a 
parte mais central do cérebro formada pelo TÁLAMO e HIPOTÁLAMO. A parte mais 
superficial do telencéfalo é composta por uma camada fina de uma substância, chamada 
de substância cinzenta. Nessa substância há uma alta concentração de corposneuronais, e essa área é denominada de CÓRTEX CEREBRAL. Abaixo dessa massa 
cinzenta, há uma área maior de substância branca que em sua maior parte é composta 
por axônios de neurônios. O encéfalo também é dividido em HEMISFÉRIO DIREITO e 
HEMISFÉRIO ESQUERDO, esses hemisférios são separados por uma fissura, chamada de 
fissura longitudinal, ou seja, essa fissura longitudinal separa o telencéfalo em hemisfério 
direito e esquerdo, e ainda que sejam separados ambos os hemisférios não são 
independentes e permanecem conectados por feixes de fibras chamados de CORPO 
CALOSO. Cada hemisfério possui 4 subdivisões denominadas de LOBOS: LOBO FRONTAL, 
LOBO PARIETAL, LOBO TEMPORAL E LOBO OCIPITAL. Em uma superfície proximal do 
telencéfalo e diencéfalo é formado o SISTEMA LÍMBICO, uma área responsável 
principalmente por controlar nossas emoções. Uma das estruturas do SISTEMA 
LÍMBICO, é o LOBO DA ÍNSULA e alguns autores a consideram o quinto lobo cerebral. 
• TRONCO ENCEFÁLICO: O tronco encefálico se localiza logo abaixo do cérebro e é 
composto por três partes, uma parte mais superior chamada MESENCÉLALO, uma parte 
mais intermediária chamada PONTE e uma parte mais inferior chamada BULBO, sendo 
que o Bulbo se prolonga para dentro da coluna vertebral formando a MEDULA ESPINAL. 
• CEREBELO: O cerebelo significa “pequeno cérebro”. 
 
 
PROTEÇÃO DO SNC: 
 
 
 Devido a extrema importância do sistema nervoso, é necessário que suas estruturas 
estejam protegidas. A cargo da proteção do encéfalo ficam 3 membranas, chamadas de 
MENINGES, o líquido cefalorraquidiano que circula entre essas membranas, também conhecido 
como LÍQUOR e a estrutura óssea, o CRÂNIO. Referente às meninges, nós temos uma membrana 
proximal, mais delgada e interna chamada de PIA-MÁTER, uma membrana intermediária 
chamada de ARACNÓIDE e a membrana mais externa e mais espessa, chamada de DURA-
MÁTER. O Líquor circula no espaço SUB-ARACNÓIDE, ele circula através do encéfalo e da 
medula espinal e também em ventrículos que são cavidades localizadas dentro do encéfalo. O 
Líquor protege o SNC promovendo a absorção de choques, auxiliando na nutrição e na remoção 
de resíduos do SNC. 
 
 
 
 
 
 
SNC – MEDULA ESPINAL: 
 
 É um tubo cilíndrico formado por tecido nervoso pertencente ao SNC, responsável pela 
transmissão de informações do encéfalo para a periferia do corpo e vice-versa. A medula 
também é responsável por coordenar atividades musculares e reflexos. Essa estrutura do SNC 
começa a partir do Bulbo, que é a porção final do Tronco Encefálico. A partir do Bulbo, a Medula 
desce por dentro dos ossos da COLUNA VERTEBRAL, onde os forames vertebrais formam um 
túnel por onde passa a medula espinal, esse túnel é chamado de CANAL VERTEBRAL. Além do 
canal vertebral, a medula também é protegida pelas meninges e pela circulação do líquido 
cefalorraquidiano. Entre a Dura-máter e o canal vertebral existe um espaço chamado de ESPAÇO 
EPIDURAL ou ESPAÇO PERIDURAL e nesse espaço ou cavidade peridural, existem espécies de 
coxins de tecido adiposo e conjuntivo que também servem de proteção para a medula. A medula 
espinal não segue todo a coluna vertebral, ela tem início na altura do forame magno do nosso 
crânio e termina até aproximadamente a segunda vértebra lombar da coluna vertebral, 
conhecida como L2. 
 Em algumas regiões da medula, especificamente na região cervical e torácica a mesma 
apresenta um aspecto mais cheio, chamados de intumescências. As intumescências são de onde 
se originam os nervos. Da intumescência cervical, originam-se os nervos que enervam os 
membros superiores, os braços, formando o PLEXO BRAQUIAL e a intumescência lombar ou 
lombossacra (localizada na região torácica) é de onde origina-se os nervos responsáveis por 
enervar os membros inferiores, formando o PLEXO LOMBOSSACRO, por isso é chamada de 
intumescência lombo-sacra apesar de se localizar na região torácica. Os nervos que saem da 
parte final da medula espinal, se projetam para baixo por dentro do canal vertebral formando 
uma estrutura semelhante a calda de um cavalo, por isso essa região é chamada de CAUDA 
EQUÍNA. O fim da medula forma uma estrutura cônica, chamada de cone medular. 
 A medula espinal é dividida entre metades direita e esquerda, essa divisão na porção 
anterior da medula, se dá pela FISSURA MEDIANA ANTERIOR e em sua porção posterior, se dá 
pelo SULCO MEDIANO POSTERIOR. A superfície da medula também possui outras depressões, 
podendo ser sulcos intermédio posteriores, sulcos laterais posteriores e os sulcos laterais 
anteriores. Na parte central da medula, há uma região mais escura chamada de “H MEDULAR”, 
sendo ele composto por substância cinzenta, assim como o córtex cerebral. Na parte mais 
posterior do H medular, existem estruturas com pontas afuniladas, denominadas de CORNOS 
POSTERIORES, que são responsáveis por receber os neurônios sensitivos vindos dos nervos 
periféricos. A parte anterior do H Medular é formada por projeções mais arredondadas, 
chamadas de CORNOS ANTERIORES, responsáveis pela liberação de neurônios motores que vão 
para os nervos periféricos. Logo, os cornos posteriores são sensitivos e os cornos anteriores são 
motores. Em algumas regiões da medula, como na região torácica, possuem também CORNOS 
LATERAIS que estão relacionados com o SNA. No interior do H medular, existe um pequeno 
canal chamado de CANAL CENTRAL, onde circula o Líquor e a parte mais externa da medula é 
composta por substância branca, onde é predominante a presença de axônios de neurônios 
mielinizados. A substância branca da medula está dividia em FUNÍCULOS, sendo eles: FUNÍCULO 
ANTERIOR, FUNÍCULO POSTERIOR E FUNÍCULOS LATERAIS. 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: 
 O SNC se comunica com o corpo através do SNP que está espalhado por todo o corpo. 
O SNP é formado por nervos que partem tanto do Encéfalo, quanto da Medula Espinal. Os nervos 
que partem do Encéfalo são chamados de NERVOS CRANIANOS e os nervos que partem da 
Medula Espinal, chamam-se NERVOS ESPINAIS ou RAQUIDIANOS. E esses nervos junto com 
estruturas chamadas de GÂNGLIOS NERVOSOS, compõem o SNP. Os gânglios são conjuntos de 
corpos celulares de neurônios localizados fora do SNC e os nervos são conjuntos de axônios de 
neurônios. 
 Temos ao todo 12 pares de nervos cranianos, cada par de nervo craniano recebe um 
nome e um algarismo romano, o algarismo que cada par de nervos recebe está relacionado a 
sua posição anatômica que esses nervos estão localizados, começando da parte anterior do 
encéfalo para posterior. Já o nome que esses nervos recebem está relacionado as estruturas que 
serão enervadas por esse nervo. Sendo esses nervos: 
I – NERVO OLFATÓRIO 
II – NERVO ÓPTICO 
III – NERVO OCULOMOTOR 
IV – NERVO TROCLEAR 
V – NERVO TRIGÊMEO 
VI – NERVO ABDUCENTE 
VII – NERVO FACIAL 
VIII – NERVO VESTÍBULO-COCLEAR 
IX – NERVO GLOSSOFARÍNGEO 
X – NERVO VAGO 
XI – NERVO ACESSÓRIO 
XII – NERVO HIPOGLOSSO 
 A maior parte dos nervos cranianos, tem a função de um nervo misto, ou seja, 
desempenham funções sensitivas e motoras, esclarecendo que esses nervos possuem neurônios 
aferentes e eferentes. Lembrando que apenas parte desses nervos desempenham essa função 
e não todos. 
 Quanto aos nervos espinais, temos ao todo 31 nervos que não recebem nomes 
específicos, mas são classificados de acordo com a região de onde originam-se. Portanto temos: 
8 pares de nervos cervicais, 12 pares de nervos torácicos, 5 pares de nervos lombares, 5 pares 
de nervos sacros e 1 nervo coccígeo. 
 Os nervos espinais desempenham funções de nervos mistos, pois os cornos anteriores 
e posteriores recebem e liberam neurônios sensitivos e motores e esses nervosestão 
interligados à medula. Porém, até esses dois tipos de neurônios se juntarem e formarem um 
nervo em si, existem estruturas chamadas de RAÍZES NERVOSAS, onde a raiz posterior é 
sensitiva e a raiz anterior e motora e quando essas raízes se juntam, elas formam nervoso 
mistos. E pela anatomia do neurônio sensitivo, a raiz posterior possui um gânglio, chamado de 
gânglio da raiz sensitiva, ou gânglios sensitivos do nervo espinal. 
 
 POTENCIAL DE AÇÃO: 
 Os neurônios possuem uma diferença de voltagem entre o meio intracelular e 
extracelular, essa diferença deve-se a diferença da concentração de íons carregados 
positivamente (cátions) e negativamente (ânions) no meio interno e externo da célula. Quando 
o neurônio está em repouso, o seu interior é carregado negativamente em relação ao exterior 
da célula, isso é chamado de potencial de repouso da membrana. Essa polaridade, onde o meio 
intracelular é mais negativo e o extracelular mais positivo acontece porque dentro da célula 
existe uma maior concentração de moléculas carregadas negativamente (ânions) que são 
restritas dentro da célula, que não conseguem atravessar a membrana celular devido ao seu 
tamanho. 
 Dois íons importantes no potencial de ação são o Sódio (Na+) e o Potássio (K+) que são 
carregados positivamente. Durante o repouso da célula, o seu interior é possui uma maior 
concentração de potássio e o meio extracelular possui uma maior concentração de sódio. Esses 
íons conseguem passar pela membrana celular e é exatamente essas diferenças de 
concentração e a capacidade desses íons entrarem e saírem da célula que garante que o 
potencial de ação aconteça. Existe uma proteína na membrana celular que é responsável pela 
manutenção do potencial de membrana, pela concentração dos íons sódio e potássio dentro e 
fora da célula, essa proteína chama Bomba Sódio-Potássio e ela realiza o transporte ativo (com 
gasto de ATP) de três sódios para fora da célula e dois potássios para dentro da célula. O 
potencial de repouso da membrana do neurônio é de aproximadamente -70 milivolts. Quando 
uma célula nervosa recebe um estímulo, canais de sódio localizados na membrana celular, se 
abrem e por difusão o sódio entra na célula. Lembrando que os íons de sódio são carregados 
positivamente, ao entrarem no meio intracelular, este se torna menos negativo e isso acontece 
até que a célula atinja uma voltagem chamada de limiar, essa voltagem limiar acontece quando 
a célula atinge aproximadamente -55 milivolts e a partir desse momento se abrem outros canais 
de sódio que são voltagem-dependentes, ou seja, que percebem esse limiar e com isso, a 
membrana celular se torna altamente permeável ao sódio e o sódio entra em grande quantidade 
de forma abrupta dentro da célula, fazendo que o meio intracelular inverta sua polaridade e se 
torne mais positivo que o meio extracelular chegando a aproximadamente 50 milivolts, dando 
início a despolarização. A partir desse processo, os canais de sódio se fecham e ao mesmo tempo 
abrem-se canais de potássio, fazendo com que os íons de potássio que estavam no meio 
intracelular, saiam por difusão e tornem esse meio interno menos positivo até voltar a sua 
negatividade com o propósito de restaurar a polaridade da célula, iniciando a repolarização. 
Porém, esses canais de potássio possuem um fechamento tardio, o que faz com que saia mais 
potássio do que a quantidade adequada, deixando o meio intracelular mais negativo que o 
normal, ocasionando a hiperpolarização. Após esses processos, as bombas sódio-potássio ficam 
responsáveis por restaurar as quantidades adequadas de sódio no meio extracelular e potássio 
no meio intracelular, garantindo o potencial de repouso da membrana celular. Esses processos 
acontecem em pequenas porções do axônio celular ao longo de todo o neurônio. 
 O potencial de ação acontecendo ao longo de todo o axônio do neurônio, permite a 
transmissão de informações nervosas pelo nosso corpo. 
 O potencial de ação respeita a lei do tudo ou nada, ou seja, toda vez que um neurônio 
recebe um estímulo e esse estímulo atinge o limiar (-55 milivolts) o potencial de ação acontece, 
mas caso o estímulo não atinja esse limiar, nada acontece. Então é literalmente, ou tudo, ou 
nada. 
 
SINAPSES QUÍMICAS E ELÉTRICAS: 
 A sinapse nervosa é a comunicação entre um neurônio e outro. Na sinapse química, os 
neurônios se aproximam um do outro, mas não se tocam. O neurônio localizado antes da 
sinapse, o que vai transmitir a informação é chamado de neurônio pré-sináptico e o neurônio 
que irá receber a informação após a sinapse, é chamado de neurônio pós-sináptico. O espaço 
entre o neurônio pré-sináptico e o pós-sináptico é chamado de fenda sináptica. As sinapses 
químicas são unidirecionais, respeitando a direção do neurônio pré-sináptico para o pós-
sináptico, em uma única direção. As terminações da membrana do neurônio pré-sináptico são 
chamadas de botões terminais. As sinapses químicas acontecem através da ação de 
neurotransmissores, que são substâncias químicas que possuem a função de transmitir a 
informação de um neurônio para outro, sendo assim, os neurotransmissores (NT) funcionam 
como mensageiros que atuam no processo de comunicação entre os neurônios. Os 
neurotransmissores são produzidos dentro dos neurônios, mais especificamente no corpo 
celular, onde estão localizadas as organelas responsáveis pela síntese, depois de produzidos os 
NT são armazenados em vesículas localizadas no corpo celular do neurônio, chamadas de 
vesículas sinápticas. Essas vesículas ficam prontas e posicionadas no botão terminal, próximo a 
membrana pré-sináptica para quando receberem o estímulo, possam liberar os NT na fenda 
sináptica. Quando o potencial de ação chega nos botões terminais, se abrem canais cálcio-
voltagem dependentes que estão localizados na membrana celular do neurônio pré-sináptico e 
o cálcio por difusão, vai entrar no neurônio pré-sináptico. Com a entrada de cálcio, existe o 
estímulo para que as vesículas sinápticas que possuem os NT sejam deslocadas até a membrana 
pré-sináptica e essas vesículas cheguem no local onde esses NT serão liberados. Quando essas 
vesículas chegam na membrana, elas se fundem a essa membrana e liberam os NT na fenda 
sináptica através de exocitose, que é quando o material intracelular (neste caso, os NT) é 
transportado através de vesículas para o meio extracelular. E a partir do momento que os NT 
são liberados na fenda sináptica, eles irão se ligar a receptores específicos que estão localizados 
na membrana do neurônio pós-sináptico. Depois dessa ligação, o que irá ocorrer no neurônio 
pós-sináptico, irá depender do tipo de NT que está atuando na sinapse, pois existem os NT 
excitatórios, que têm o poder de estimular o neurônio pós-sináptico, fazendo com que esse 
neurônio seja despolarizado e aconteça um novo potencial de ação. São exemplos de NT 
excitatórios: Serotonina, Glutamato e Acetilcolina. Também temos os NT inibitórios, que 
hiperpolarizam o neurônio pós-sináptico dificultando e inibindo um novo potencial de ação. São 
exemplos de NT inibitórios: GABA (Ácido Gama-Aminobutírico) e o aminoácido Glicina. 
 Na sinapse elétrica, os neurônios estão extremamente próximos e os neurônios da 
sinapse elétrica possuem proteínas chamas conexinas, essas conexinas se unem formando 
canais que permitem a passagem dos íons diretamente de um neurônio para o outro. Esses 
canais, ou junções, são chamados de junções comunicantes ou junções do tipo gap. A sinapse 
elétrica permite uma passagem de informações de forma bidirecional. A sinapse elétrica só 
acontece em algumas partes restritas do nosso cérebro e tem uma velocidade extremamente 
rápida.

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