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Questão 2

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Questão 1/5 - Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos
Leia a afirmação abaixo: 
“A narração de acontecimentos do passado está consignada em historiografias. Define-se historiografia como narrativa das ações humanas do passado. Esses acontecimentos reunidos em configurações textuais podem ser lidos, interpretados e contados de novo”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/12120/12120_1.PDF e https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/12120/12120_3.PDF>. Acesso em: 23 maio 2017. 
Avaliando este trecho e o texto-base A Escrita História: Distinções entre o texto literário e o texto historiográfico, em relação ao gênero de discurso historiográfico, indique a afirmativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	O discurso historiográfico, de acordo com Bakhtin, enquadra-se no gênero de discurso primário.
	
	B
	Sendo um discurso complexo, a historiografia se enquadra em um discurso ideológico que tem por finalidade expor aos seus leitores uma única verdade.
	
	C
	A historiografia não se pretende como um discurso científico, uma vez que é permeada por uma ideologia.
	
	D
	Conforme a definição de Bakhtin, o discurso historiográfico pode ser classificado no gênero de discurso secundário (complexo), que compreende, entre outros tipos, o discurso científico.
Você acertou!
“Bakhtin (1997) propõe a seguinte classificação para os gêneros do discurso: 1) Gênero de discurso primário (simples) – ‘diálogo cotidiano’ / ‘os tipos do diálogo oral: ‘linguagem das reuniões sociais, dos círculos, linguagem familiar, cotidiana’ e ‘carta’; e 2) Gênero de discurso secundário (complexo) – ‘romance, o teatro, o discurso científico, o discurso ideológico’. O texto de História enquadrar-se-ia, pois, no segundo grupo, tendo em vista que busca constituir um discurso científico – ‘uma ciência em marcha’ nas palavras de Marc Bloch (2001) –, ou ao menos, busca guardar certa relação de proximidade com a cientificidade e/ou com as denominadas ciências humanas” (texto-base, p. 2).
	
	E
	Reconhece-se como discursos de gênero historiográfico, além dos textos históricos, também os romances históricos e os textos jornalísticos.
Questão 2/5 - Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos
Leia o fragmento a seguir: 
“Teoria da história é aqui entendida e praticada como um estudo que tem por objeto especialmente o texto historiográfico: […] não se preocupa com a condição de emergência dos eventos, mas analisa a representação dos mesmos em histórias dadas à interpretação, ou seja, à leitura”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/109370/000411925.pdf?sequence=1>. Acesso em: 21 maio 2017. 
Apreciando este fragmento e o artigo O historiador enquanto leitor: história da historiografia e leitura da história, ao tratarmos da importância da prática da leitura para o texto histórico, indique a afirmativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	No ato de escrita, o historiador estipula certos parâmetros para a leitura, pois esta é uma operação para a qual o autor não deve ser indiferente, já que o significado pleno de um texto histórico se consubstancia na sua leitura.
Você acertou!
“tornado a história uma leitura mais exigente que o ordinário. […] Sua leitura avalia traduções, julga as edições, condena os exageros e estipula os parâmetros para um ‘leitor ideal’. No entendimento de Clio, ‘a leitura é ela mesma uma operação, uma colocação em prática, uma passagem ao ato, que não é de forma alguma indiferente, nula, que não é ausência de atividade, uma passividade pura, uma tábula rasa’. Ainda nas suas palavras, ‘a leitura é um ato comum, a operação comum daquele que lê e daquilo que é lido, da obra e do autor, do livro e do leitor, do autor e do leitor’. Consequência marcante disso é o fato de que, para a musa, um texto apenas encontra seu significado pleno na prática da leitura” (texto-base, p. 64).
	
	B
	A leitura é acessória para o autor de um texto histórico porque não o legitima e não é uma das finalidades do historiador.
	
	C
	Um texto histórico não depende de sua leitura e interpretação, pois se legitima como objeto de conhecimento apenas através da transposição do discurso presente nas fontes.
	
	D
	A prática de leitura do texto histórico só é importante para o leitor quando vista pelo prisma do entretenimento.
	
	E
	Ao ser lido e interpretado pelo leitor profissional, um texto histórico apenas encontra a sua plenitude enquanto obra literária quando nele o historiador transmite os fatos reais em sua integralidade.
Questão 3/5 - Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos
Tenha em mente o trecho a seguir: 
“Isso significa que toda a pretensão à universalidade na historiografia, ainda que legitima, só pode encontrar abrigo seguro numa posição, aquém ou além do discurso de história; posição, pois, meta-historiográfica”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/109370/000411925.pdf?sequence=1>. Acesso em: 21 maio 2017. 
Examinando esse trecho e o texto-base Paul Ricoeur e a subjetividade do texto histórico, assinale a alternativa que indica como a noção de história universalizante deve ser encarada pelos leitores:
Nota: 20.0
	
	A
	Os leitores de textos históricos têm de ter em mente a impossibilidade de um historiador produzir, de acordo com métodos históricos e a sua possibilidade de trabalho, uma obra histórica globalizante.
Você acertou!
“Na tarefa do filósofo isso se justifica pela esperança de recuperar, em um único discurso, todos os discursos parciais de todos os filósofos. A possibilidade limite do sistema é essa, que ao fim a história é potencialmente uma. No entanto, tal possibilidade da existência de uma história que englobe tudo, resultará na descaracterização da própria história, tornando-a uma lógica filosófica. Desse modo, pensar em história universal só é possível enquanto objetivo que se almeja, mas que nunca se realiza” (texto-base, p. 2).
	
	B
	Os textos históricos totalizantes e universais são aqueles que os leitores podem considerar como verdadeiras obras históricas, por se enquadrarem dentro de uma lógica filosófica universalizante.
	
	C
	Os textos de história que não se propõem a abordar uma história universal são descaracterizados em sua natureza, não sendo passíveis de serem interpretados conforme os pressupostos teórico-metodológicos da História.
	
	D
	Para o leitor, o que deve definir o nível de cientificidade de uma obra histórica é se ela se enquadra ou não numa história universal.
	
	E
	Os leitores devem atentar para o fato de que a noção de uma história universal é o objeto de pesquisa de todos os historiadores, independente do contexto em que vive e de seus interesses temáticos.
Questão 4/5 - Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos
Reflita sobre o fragmento de texto abaixo: 
“O historiador não possui uma máquina do tempo para poder voltar ao passado e reconstituí-lo de forma tal qual aconteceu, ele sempre chega perto da realidade, pois as fontes nos permitem uma visão do passado, uma visão totalmente fragmentada e ele faz uma conexão destes pequenos fragmentos, que são os indícios, e constrói um texto na perspectiva de trazer à tona uma articulação coerente destas pequenas partes”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/246/Teoria%20e%20m%C3%A9todos%20da%20hist%C3%B3ria%20I.pdf?sequence=1>. Acesso em: 25 maio 2017. 
De acordo com o texto-base Historiografia e narrativa: do arquivo ao texto, quanto à leitura e interpretação das fontes pelo historiador, considere as seguintes alegações:
I. Na leitura e análise das fontes, a relevânciados documentos escritos e suas qualidades se sobrepõem aos outros tipos de fontes e suas especificidades, dando mais legitimidade à interpretação da história construída pelo historiador.
II. Ao realizar a “leitura” das fontes orais e imagéticas, o historiador tem de considerá-las como fragmentos que representam uma faceta do passado, não como “testemunhos do real” que dão “voz aos silenciados”.
III. Hoje, no fazer histórico, procura-se ampliar os aportes teóricos que dão amparo às discussões e sistematizações dos procedimentos de análise dos mais variados tipos de fontes, observando os vestígios dos homens no tempo.
IV. O tratamento que deve ser dado às fontes é sempre o mesmo, sejam elas textuais, resquícios materiais, iconográficas etc., sendo regras fixas definidas no campo do debate historiográfico em congressos internacionais.
V. O historiador leitor exerce a prática de seu ofício na pesquisa em campo (nos arquivos) a procura de documentos, sendo o seu exercício metodológico definido pela busca da verdade factual na leitura e interpretação dessas fontes. 
São corretas as afirmativas:
Nota: 20.0
	
	A
	I e IV, apenas.
	
	B
	I, III e V, apenas.
	
	C
	II, III e V, apenas.
	
	D
	II e III, apenas.
Você acertou!
“É com a história ao ‘rés-do-tempo’, móvel, liquefeito, que a relevância dada aos mais variados tipos de fontes – orais, visuais, escritas – em suas especificidades históricas, vem ganhando legitimidade. Essas fontes, compreendidas como documentos, recebem hoje tratamentos inovadores, atualizados segundo normas amplamente discutidas no campo da produção historiográfica. No caso das fontes orais e imagens visuais não se tem mais a ingenuidade de considerá-las ‘testemunhos do real’, ‘elos com a realidade’, ‘captura do real’, ou até mesmo levantar questões, tais como, ‘reviver o passado’ e ‘dar voz aos silenciados’, entre tantas afirmações do mesmo tipo. Mas, de maneira enfática, a orientação é outra, procura-se ampliar os aportes teóricos que dão amparo às discussões e sistematizações dos procedimentos de análise próprios ao seu uso e complexidade; valoriza-se o movimento ou ação dos que professam a arte de pensar acerca das palavras, dos testemunhos e, segundo certos autores, observando rastros e vestígios no tempo. Os rastros não são evidentes, como apontam as reflexões metodológicas de Carlo Ginzburg (2007), que observa a opacidade do mundo, e também Marc Bloch, em seu livro póstumo (2001), ressaltando os testemunhos involuntários. E, neste aspecto, sobressaindo-se o historiador leitor de hieróglifos, deve-se assinalar ainda que, para Bloch, a imagem do historiador deve ser captada na oficina, lugar da prática, do exercício metodológico – direcionado pela pesquisa –, ‘munido de reflexão crítica’, sem a qual nunca poderá instituir problemas” (texto-base, p. 4).
	
	E
	I, II e IV, apenas.
Questão 5/5 - Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos
Leia o trecho abaixo: 
“A recuperação histórica do passado para entender problemas e interrogações postos no ‘agora’ é importante para o pesquisador na medida em que este passado contém muitos dos elementos constitutivos da realidade contemporânea. [...] queremos deixar bem claro que a atitude de buscar a recuperação do passado não se dá sem a intencionalidade do pesquisador uma vez que não acreditamos numa história neutra, que não possui pressupostos e indagações à realidade”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: NORONHA, Olinda Maria. História da Educação: sobre as origens do pensamento utilitarista no ensino superior brasileiro. Campinas, SP: Editora Alínea, 1998. p. 18. 
De acordo com o texto-base Considerações sobre Historiografia e Narrativa a partir da Leitura de Peixe Grande, no que diz respeito ao cuidado que se deve ter com a linguagem durante a leitura e interpretação de textos históricos, marque a afirmativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	A bela linguagem influencia o historiador, levando-o a ler e aceitar narrativas históricas romanceadas como fatos concretos, mesmo sem a fundamentação do conteúdo em documentos e na historiografia.
	
	B
	Ao ler e interpretar um texto historiográfico e as fontes, o historiador deve dar atenção à linguagem utilizada, pois, mesmo sendo neutra em relação aos fatos e não interferindo na sua apresentação, é o uso da linguagem que define a organização, o estilo e a forma da narrativa.
	
	C
	Os historiadores, como leitores, não podem ancorar a sua leitura só no conteúdo factual dos textos (fontes e historiografia), pois a linguagem presente neles não é neutra e, por isso, interfere na interpretação dos objetos, nos métodos de análise e na produção dos próprios textos históricos.
Você acertou!
“Os historiadores sempre foram fascinados pelo ‘real’. Desde a Antiguidade clássica, ao menos, escreveram sobre eventos, pessoas, atitudes, comportamentos, ações e ideias baseando-se na ancoragem desses fenômenos na realidade por meio da observação. Posteriormente, os documentos passaram a garantir a factualidade de seus objetos e, portanto, os historiadores concentraram suas discussões na crítica e na análise desses portais que davam acesso aos mundos do passado. Durante o século XX, no entanto, pesquisas na área da filosofia da linguagem e da teoria da literatura, entre outras, apontaram um intruso nesse mundo perfeito da análise histórica da realidade: a linguagem não era neutra e o uso que os historiadores faziam dela interferia em seus objetos, seus procedimentos e, portanto, em toda uma série de questões que eram pressupostos do método histórico” (texto-base, p. 101-102).
	
	D
	Os historiadores e leitores não devem se preocupar com a linguagem de textos históricos, pois a linguagem é neutra e o uso que os historiadores fazem dela não interfere em seus trabalhos historiográficos.
	
	E
	Os leitores não devem se preocupar com a linguagem e o estilo presente nas fontes e nos textos dos historiadores, pois o papel da linguagem se resume à tarefa de facilitar o entendimento dos textos

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