Buscar

(DES)VALORIZAÇÃO DO CAPITAL NATURAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

(DES)VALORIZAÇÃO DO CAPITAL NATURAL
O tema apresentado no documentário “Uma verdade inconveniente”, reflete a nossa negligência ao se tratar de cuidados com o Meio Ambiente, que com o passar dos anos vem se agravando. A questão ambiental com foco no aquecimento global, problemas relacionados às mudanças climáticas e escassez de água, tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre os riscos eminentes ao meio ambiente e seus recursos finitos.
A preocupação com o meio ambiente no Brasil é considerada recente, pois o primeiro código florestal brasileiro surgiu depois da revolução de 1930, mais precisamente em 23 de Janeiro de 1934, instituído pelo Decreto nº 23.793, sofreu modificações em 1965, e teve sua última modificação em 2012.
O crescimento desenfreado da população é um fator que trás consigo várias conseqüências para o meio ambiente como: aumento na produção e desperdício de alimentos, a procura por áreas de produção e moradia, produção em massa, descarte e consumo desenfreados.
 O consumo é uma das razões do aumento vertiginoso da degradação ambiental, uma vez que os produtos para serem produzidos necessitam diretamente dos recursos naturais. A onda consumista foi desencadeada a partir da revolução industrial, potencializada com o avanço tecnológico dos meios de produção e universalizada pela mídia na era da globalização, provocando grandes repercussões negativas no meio ambiente. (Sérgio, 2014, p. 19).
A degradação ambiental e a inevitável escassez dos recursos naturais demonstram a necessidade de uma mudança no comportamento da sociedade, para que a nossa e as futuras gerações tenham o direito de usufruir de um meio ambiente equilibrado.
 Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
 Como direito subjetivo, o meio ambiente equilibrado passou a integrar o patrimônio indisponível do individuo e da coletividade, adquirindo a qualidade de direito fundamental. Assim, o direito fundamental ao ambiente equilibrado constitui limitação à atuação dos particulares e também à atuação do Estado, que deve agir de acordo com a preservação ambiental.
 Nos dizeres do inciso V, §1º, do art.225, da Lei Maior: “§1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: [...] V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente”.
A restauração in natura é a primeira forma de reparação do dano ambiental elencada na legislação brasileira. O responsável pelo dano deverá recuperar o bem degradado, buscando o status quo ante. Se não for possível a restauração, aplica-se a compensação ecológica, que faz a substituição dos bens degradados por outros em quantidade e qualidade.
 A reparação dos danos ambientais, bem como a prevenção e inibição de tais danos, têm na Lei 7347/85, instituidora da Ação Civil Pública, um de seus principais embasamentos, visto que ela estabelece importantes mecanismos para a responsabilização do degradador ambiental. (Sérgio, 2014, p. 45).
Apesar da legislação existente no Brasil, o poder público se mostra fragilizado com relação à fiscalização e com o cumprimento da lei, visto que cede à pressão de grandes indústrias diante do argumento de que vão proporcionar benefícios econômicos como arrecadação de impostos e empregos, e isso mostra que o interesse econômico é mais bem apreciado enquanto o interesse ambiental é deixado para segundo plano.
Temos como exemplo o Decreto nº 9.142, de 22 de Agosto de 2017, assinado pelo então Presidente Michel Temer, que extinguiu a Reserva Nacional de Cobre e Associados (RENCA), uma extensa reserva mineral situado no Nordeste da Amazônia, permitindo assim a exploração da área por empresas privadas de mineração. O Decreto gerou polêmica, protestos e várias paralisações. 
Vale ressaltar, que o decreto foi publicado sem qualquer processo de consulta à sociedade, povos e comunidades afetados pela mudança na área, ferindo assim o princípio democrático, que de acordo com Paulo de Bessa Antunes (2006, p.29) “O princípio democrático é aquele que assegura aos cidadãos o direito pleno de participar na elaboração das políticas públicas ambientais e de obter informações dos órgãos públicos sobre matéria referente à defesa do meio ambiente e de empreendimentos utilizadores de recursos ambientais e que tenham significativas repercussões sobre o ambiente”.
REFERÊNCIAS 
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 9.ed. rev. ampl. e atual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.
AUGUSTIN, Sérgio. Direito e Marxismo: Meio Ambiente – Vol.4 - Caxias do Sul, RS : Educs, 2014.

Outros materiais