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ELETROCARDIOGRAMA BÁSICO Prof. Dra: Fabiana Sobral Sistema Elétrico Cardíaco Conjunto de estruturas responsáveis pela formação e propagação da atividade elétrica cardíaca As fibras musculares cardíacas só contraem mediante passagem de estímulo elétrico. Formado por sistema de nós e feixes, regiões localizadas no coração, impulsos cardíacos são gerados para o início do ciclo cardíaco 1-Nó sinoatrial ou sinusal (marcapasso natural) 2-Nó átrio-ventricular, 3 Feixe átrio ventricular (feixe de Hiss) 4 Fibras de Purkinje. FEIXE ATRIOVENTRICULAR (FEIXE DE HISS) FEIXE D e E DO FEIXE DE HISS FIBRAS DE PURKINGE NODO ATRIVENTRICULAR NODO SINOATRIAL COMPONENTES DO SISTEMA DE CONDUÇÃO • (1) A excitação cardíaca início – nodo sinoatrial (SA - parede atrial direita); o potencial propaga-se pelos dois átrios– contração atrial; • (2) O potencial atinge o nodo atrioventricular (AV – septo interatrial); • (3) Atinge o feixe atrioventricular (feixe de Hiss – única conexão elétrica entre os átrios e os ventrículos; COMPONENTES DO SISTEMA DE CONDUÇÃO • (4) Após ser conduzido ao longo do feixe de Hiss o potencial de ação entra nos ramos dos feixes direito e esquerdo em direção ao ápice cardíaco. • (5) Finalmente, as fibras de Purkinje conduzem o PA do ápice do miocárdio ventricular para o restante do miocárdio; Eletrocardiograma • Introdução • 100 ANOS DE EXISTÊNCIA: primeiro exame de abordagem ao cardiopata: • Simples; • Barato; • Não-invasivo; • Fácil execução. •ECG: registra as diferenças dos potenciais elétricos entre eletrodos metálicos colocados na superfície corporal que são amplificadas, filtradas e registradas pelo eletrocardiógrafo •Interpretação: considerar dados clínicos do paciente • Registro gráfico da atividade elétrica do coração • Sucessão de ciclos cardíacos desenhados em diversas morfologias conforme as derivações empregadas • Composto por 12 derivações consideradas suficientes para explorar a atividade elétrica do coração Eletrocardiograma- ECG • O QUE SÃO DERIVAÇÕES? • Derivações representam a ligação de dois eletrodos com polos elétricos diferentes – positivo e negativo – que “olham” o coração de diversos ângulos (de frente, dos lados, de baixo) e captam as diferenças do potencial geradas pelo miocárdio. • Seis derivações no plano frontal • Seis derivações no plano horizontal Eletrocardiograma- ECG • DERIVAÇÕES DO MEMBROS (PLANO FRONTAL) • 3 derivações bipolares ou derivações de Einthoven Registram a diferença de potencial entre dois eletrodos localizados em diferentes membros. • DI (+BE, -BD) • D II (+ PE, -BD ) • D III (+ PE, -BE ) • 3 derivações unipolares Eletrodo regista-se as diferenças de potencial mais próximo possível do coração • aVr ( braço direito) • aVl ( braço esquerdo) • aVf ( perna esquerda) • potencial elétrico registrado é o mesmo com o eletrodo em qualquer local do membro Eletrocardiograma- ECG DERIVAÇÕES DO MEMBROS (PLANO FRONTAL) Eletrocardiograma- ECG • Derivações no PLANO HORIZONTAL- PRECORDIAIS v1, v2, v3, v4, v5 e v6 Os eletrodos são colocados sucessivamente sobre as seis posições da superfície torácica. V1-Quarto espaço intercostal linha para esternal direita V2-Quarto espaço intercostal linha para esternal esquerda V3-Entre V2e V4 V4-Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular V5-Quinto espaço intercostal, linha axilar anterior V6-Quinto espaço intercostal, linha axilar média Eletrocardiograma- ECG • Derivações no PLANO HORIZONTAL- PRECORDIAIS • CAUSAS DE BAIXA VOLTAGEM NO REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO • Enfisema • Anasarca • Pneumotórax • Derrame Pleural • Obesidade • Hipotireoidismo Eletrocardiograma- ECG Eletrocardiograma - ECG •Papel milímetrado •Distância entre cada linha vertical e horizontal é de 1 milímetro • Eixo horizontal mede o Tempo • Eixo vertical mede a amplitude •O traçado possui características próprias como duração, amplitude e configuração • tempo quadrado maior= 0,2 seg • tempo quadrado menor=0,04 seg As Ondas do Eletrocardiograma Eletrocardiograma- ECG ➢Onda P – despolarização atrial ➢Complexo QRS – despolarização ventricular ➢Onda T – repolarização dos ventrículos ELETROCARDIOGRAMA E CONTRAÇÃO ATRIAL E VENTRICULAR contração dos átrios Repolarização ventricular contração dos ventrículos 0,16 s 0,35 s REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO O SEGMENTO “ST” • Vai do fim do QRS ao início da onda T • Alterações do ST • Supradesnivelamento • Infradesnivelamento Eletrocardiograma- ECG Segmento ST Eletrocardiograma- ECG Supradesnivelamento ST T • Lesão subepicárdica • É detectada na maioria das vezes no paciente com IAM • Indicativo de oclusão total coronariana • Quanto maior o supradesnivelamento do segmento ST maior a mortalidade Eletrocardiograma- ECG Infradesnivelamento • Lesão subendocárdica • É detectada também paciente com IAM O eletro corre 25 quadradinhos em 1 segundo: 1 minuto corre 1500 quadradinhos Eletrocardiograma- ECG Ritmo Sinusal Diagnóstico Eletrocardiográfico • Ondas P precedendo cada QRS • Ritmo regular (intervalos regulares entre os QRS) • Frequência entre 60 e 100 bpm Eletrocardiograma- ECG Taquicardia Sinusal • Fisiológica • Infância, Exercício, Ansiedade, Emoções • Farmacológica • Atropina, Adrenalina • Café, Fumo, Álcool • Patológica • Choque, Infecções, Anemia, Hipertireoidismo, Insuficiência Cardíaca Eletrocardiograma- ECG Taquicardia Sinusal Diagnóstico Eletrocardiográfico • Frequência acima de 100 bpm • Ritmo regular Eletrocardiograma- ECG • Bradicardia Sinusal • Fisiológica • Atletas • Qualquer pessoa durante o sono • Farmacológica • Digital (inibição da bomba de sódio e potássio) • Morfina (estimulação vagal) • bloqueadores • Patológica • Estimulação vagal pelo vômito • Hipotireoidismo • Hipotermia Eletrocardiograma- ECG Bradicardia Sinusal Diagnóstico Eletrocardiográfico • Frequência cardíaca abaixo de 60 bpm • Ritmo regular Eletrocardiograma- ECG • Extrassístole Atrial Diagnóstico Eletrocardiográfico • Ritmo irregular • Onda P’ de morfologia diferente da onda P sinusal ocorrendo antes do batimento sinusal esperado • O complexo QRS geralmente é normal Eletrocardiograma- ECG • Extrassístole Atrial ❖ Comum em pessoas normais Desencadeada por tensão emocional, café, fumo, álcool ❖ Eventualmente pode iniciar: ❖ Flutter atrial ❖ Fibrilação atrial ❖ Tratamento ❖ Retirar café, fumo, álcool ❖ Medicamentos quando: ▪ Causar desconforto importante ▪ Desencadear arritmias mais sérias • Flutter atrial É um tipo de taquicardia atrial que se caracteriza por apresentar frequência atrial muito rápida Eletrocardiograma- ECG Eletrocardiograma- ECG Fibrilação atrial • Caracterizada por ritmo atrial desorganizado e de alta frequência • É a arritmia cardíaca sustentada mais frequente. Sua prevalência aumenta com a idade e frequentemente está associada a doenças estruturais cardíacas. • Causas • valvulopatias • insuficiência ventricular (represamento de sangue nos átrios) Eletrocardiograma- ECG Extrassístole Ventricular ❖ É um batimento precoce que se origina nos ventrículos ❖ Quando ocorre como manifestação de uma cardiopatia pode aumentar o risco de morte súbita ❖ Nas síndromes coronarianas agudas pode levar a fibrilação ventricular Eletrocardiograma- ECG Extrassístole Ventricular Diagnóstico Eletrocardiográfico • Ritmo irregular • O complexo QRS • Precoce• Alargado • Morfologia bizarra Eletrocardiograma- ECG A morfologia das extra-sístoles ventriculares depende do local de onde se originam. • Flutter ventricular • É uma arritmia extremamente grave caracterizada por taquicardia ventricular muito rápida • Onda sinuosa sem evidencia de onda R ou T • Os complexos QRS são bastante alargados Eletrocardiograma- ECG Eletrocardiograma- ECG • Fibrilação ventricular • Contração incoordenada do ventrículo, resultando em ausência de contração eficaz e parada cardíaca • Os ventrículos permanecem contínua e parcialmente contraídos sem bombear sangue ou bombeando em quantidades mínimas • Causas: • Choque elétrico repentino no coração • Isquemia do músculo cardíaco Eletrocardiograma- ECG • Parada cardíaca Parada de todos os impulsos rítmicos do coração, nenhum ritmo espontâneo permanece Causado por hipóxia grave
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