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AULA 5 PSICOFARMACOTERAPIA

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PSICOFARMACOTERAPIA
Profa. VÂNIA FARIAS
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PSICOFARMACOTERAPIA
Qual a importância de estudar psicofarmacoterapia para a formação do ENFERMEIRO?
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Como os medicamentos interferem na PSICOTERAPIA?
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CUIDADOS GERAIS DE ENFERMAGEM
Conhecer o medicamento que está sendo administrado, sua ação desejada e efeitos colaterais;
Observar a dose, dosagem, horário e via de administração;
Observar e anotar detalhadamente o comportamento do paciente;
Anotar reações a medicação;
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CUIDADOS GERAIS DE ENFERMAGEM
Verificar se o paciente está tomando a medicação;
Na suspeita de gravidez, suspender a medicação e procurar o médico para orientação;
Orientar os familiares quanto ao medicamento, efeitos colaterais e dúvidas que venham a ter.
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Como é testada a eficácia
das psicoterapias?
Elas precisam ser testadas?
Psicoterapia gera efeitos
adversos?
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Indicação de Tratamento
Farmacoterapia Psicoterapias
 Associação
Tipos de intervenção
SINTOMÁTICA PREVENTIVA:
Ansiolíticos
Antidepressivos Estabilizadores do humor
GRIPE: ASPIRINA VITAMINA C
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PSICOFARMACOLOGIA VAI AGIR AONDE?
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 NEUROTRANSMISSORES RESPONSÁVEIS PELO COMPORTAMENTO HUMANO:
 NORADRENALINA (NA): DIRETAMENTE ENVOLVIDA COM A ATENÇÃO, ESTADO DE ALERTA, SONO, MEMÓRIA, APRENDIZAGEM, ANSIEDADE, DOR, HUMOR, ALIMENTAÇÃO;
 DOPAMINA (DA): DIRETAMENTE LIGADA AO AGIR,APRENDIZADO, HUMOR, ENMOÇÕES, COGNIÇÃO, MEMÓRIA ALCANÇAR ALGO, TERMINAR UMA DETERMINADA TAREFA NÃO DESEJADA;
 SEROTONINA (5HT): CONSIDERADA UMA SUBSTÂNCIA SEDATIVA, CALMANTE, MELHORA O HUMOR, PORÉM O EXCESSO DA MESMA CAUSA DEPRESSÃO, TRISTEZA, CANSAÇO, APATIA.
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 O QUE É NEURÔNIO?
 COMO OCORRE O IMPULSO NERVOSO ?
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Transmissão do impulso nervoso 
 Em um neurônio, os estímulos se propagam sempre no mesmo sentido: são recebidos pelos dendritos, seguem pelo corpo celular, percorrem o axônio e, da extremidade deste, são passados à célula seguinte (dendrito – corpo celular – axônio). O impulso nervoso que se propaga através do neurônio é de origem elétrica e resulta de alterações nas cargas elétricas das superfícies externa e interna da membrana celular. 
 A membrana de um neurônio em repouso apresenta-se com carga elétrica positiva do lado externo (voltado para fora da célula) e negativa do lado interno (em contato com o citoplasma da célula). Quando essa membrana se encontra em tal situação, diz-se que está polarizada. Essa diferença de cargas elétricas é mantida pela bomba de sódio e potássio. Assim separadas, as cargas elétricas estabelecem uma energia elétrica potencial através da membrana: o potencial de membrana ou potencial de repouso (diferença entre as cargas elétricas através da membrana). 
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 Quando um estímulo químico, mecânico ou elétrico chega ao neurônio, ocorrerá alteração da permeabilidade da membrana, permitindo grande entrada de sódio na célula e pequena saída de potássio dela. Com isso, ocorre uma inversão das cargas ao redor dessa membrana, que fica despolarizada gerando um potencial de ação. Essa despolarização propaga-se pelo neurônio caracterizando o impulso nervoso. 
 Imediatamente após a passagem do impulso, a membrana sofre repolarização, recuperando seu estado de repouso, e a transmissão do impulso cessa. 
 
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O estímulo que gera o impulso nervoso deve ser forte o suficiente, acima de determinado valor crítico, que varia entre os diferentes tipos de neurônios, para induzir a despolarização que transforma o potencial de repouso em potencial de ação. Esse é o estímulo limiar. Abaixo desse valor o estímulo só provoca alterações locais na membrana, que logo cessam e não desencadeiam o impulso nervoso.
 
 Qualquer estímulo acima do limiar gera o mesmo potencial de ação que é transmitido ao longo do neurônio. Assim, não existe variação de intensidade de um impulso nervoso em função do aumento do estímulo; o neurônio obedece à regra do “tudo ou nada”. 
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 A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro ou às células de órgãos efetores é realizada por meio de uma região de ligação especializada denominada sinapse. 
 O tipo mais comum de sinapse é a química, em que as membranas de duas células ficam separadas por um espaço chamado fenda sináptica.
 Na porção terminal do axônio, o impulso nervoso proporciona a liberação das vesículas que contêm mediadores químicos, denominados neurotransmissores. 
 Esses neurotransmissores caem na fenda sináptica e dão origem aos impulsos nervosos na célula seguinte. Logo a seguir, os neurotransmissores que estão na fenda sináptica são degradados por enzimas específicas, cessando seus efeitos. 
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Ação dos medicamentos no SNC
Interferem na síntese, armazenamento e
metabolização intracelular;
Atuam na liberação sináptica de neurotransmissores:
- Sensibilizando ou bloqueando receptores pré e pós sinápticos;
- Ocupando os receptores e diminuindo os efeitos dos neurotransmissores.
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Efeitos colaterais
Ação em diversos pontos do SNC e do organismo;
Começar com monoterapia para melhor avaliação;
Avaliação das Interações com outros medicamentos.
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Efeitos pré-sinápticos
Afetam a recaptação de um neurotransmissor;
Reduz a disponibilidade do precursor (matéria-prima) de um neurotransmissor;
Inibir a síntese do neurotransmissor;
Estimular ou inibir a liberação sináptica do neurotransmissor.
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Efeitos pós-sinápticos
Ativar ou inibir os receptores pós-sinápticos
a) Antagonistas: inibem a transmissão do neurotransmissor pelo bloqueio do neurotransmissor;
b) Agonistas: aumentam a neurotransmissão por produzir efeitos semelhantes ao ligante natural;
c) Agonistas parciais: em baixa concentração, ligam-se aos neurotransmissores e atuam como agonista, mas em altas concentrações, bloqueiam os receptores, tornando-se antagonistas.
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Efeitos de longo prazo
 
Adaptação dos receptores;
Modificações sutis na função dos receptores ao longo do tempo de exposição à droga;
Sensibilização ou dessensibilização.
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Medicamentos Antidepressivos
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Humor
Tônus afetivo do indivíduo;
Estado subjetivo, mas que pode ser avaliado objetivamente através de suas manifestações externas, pois é maleável, ou seja, se modifica de acordo com o que acontece na nossa vida e como encaramos as situações. 
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ANTIDEPRESSIVOS
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Antidepressivos 
Imipramina
Fluvoxamina
Venlafaxina
Maprotilina
Nefazodona
Tranilcipromina
Tianeptina
Amineptina
Mirtazapina
Sertralina
Citalopram
Nortriptilina
Clomipramina
Milnaciprano
Paroxetina
Amitriptilina
Mianserina
Fluoxetina
Bupropiona
Reboxetina
Hypericum
Trazodona
Escitalopram
Selegilina
Escitalopram
Apesar do grande número de antidepressivos, não há uma diferença significativa de eficácia entre eles.
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Transtornos do Humor
Transtornos de Ansiedade
Transtornos Alimentares
Dor crônica
Antidepressivos - Indicações
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Agentes antidepressivos
 Antidepressivos tricíclicos 
 Inibidores da monoamina oxidase (IMAO)
 Inibidores da captação da 5HT (serotonina)
Antidepressivos “atípicos”
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ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS OU TIMOLÉPTICOS
Como o próprio nome diz, tricíclicos por terem três anéis de átomos, atuam como antidepressivos. Agem sobre o humor, bloqueando os neurotrasmissores da noradrenalina, dopamina e serotonina. Foram os primeiros utilizados mundialmente.
 
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Antidepressivos Tricíclicos
Vantagens:
dose única diária;
Antidepressivo genéricos disponíveis
bem conhecidos
Desvantagens:
início de ação retardado;
aumento inicial da ansiedade;
ganho de peso
tóxicos em superdose 
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EFEITOS COLATERAIS
Hipotensão postural;
Obstipação;
Retenção urinária;
Visão com acuidade diminuída;
Hipertensão arterial;
Sonolência, principalmente no início do tratamento;
Secura de mucosas;
Dificuldade de concentração e aprendizagem;
Tremores de extremidades;
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EFEITOS COLATERAIS
Insônia (superdosagem);
Alterações menstruais;
Alterações no desempenho sexual;
Sinais de intoxicação: palpitação, agitação, confusão mental, alterações de consciência, que podem levar a convulsões, coma e morte.
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CUIDADOS ESPECÍFICOS
 
Estes medicamentos demoram até 15 dias para começar a fazer o efeito desejado; portanto, deve-se orientar paciente e família a respeito;
Vigilância constante, porém discreta. Os medicamentos atuam inicialmente na parte motora, só depois melhorando os sintomas depressivos. O risco de suicídio nesta fase é grande;
Estar atento para sinais de intoxicação;
Observar e anotar diurese.
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INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE (IMAO) (TIMERÉTICOS)
Os fármacos inibidores da MAO inibem a enzima monoamina oxidase (MAO), responsável por metabolizar monoaminas como a noradrenalina, dopamina e serotonina, aumentando assim a concentração sináptica destas e condicionando maior excitação dos neurónios que possuem receptores para estes mediadores.
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Antidepressivos IMAOs
Vantagens
dose única diária;
Antidepressivo eficazes em casos de algumas comorbidades.
Desvantagens:
início de ação retardado;
dieta/crises hipertensivas;
tóxicos em superdose.
 
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Antidepressivos ISRSs
Os fármacos inibidores seletivos da recaptação da serotonina, são administrados em dose única diária, não causam dependência, porém o início da ação é retardado, o preço é elevado, e há pouca interação com o álcool.
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ANTIDEPRESSIVOS ATIPICOS
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Remissão 
A manutenção do tratamento por longo prazo (12 meses a 5 anos) protege o paciente de recaídas e de recorrências
O risco maior está associado a ter tido 3 ou mais episódios depressivos no passado, persistência de sintomas residuais, ou não ter tido uma remissão completa depois de um tratamento agudo, sintomas graves, ter depressão e distimia ou depressão crônica (episódio depressivo com mais de dois anos, falta de prazer pela vida, constante sentimento de negatividade)
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Tratamento da depressão
Psicofármacos;
Psicoterapia;
Atividades físicas regulares; 
Manter um tempo mínimo de sono diário (6 a 8 horas por noite);
Boa alimentação;
Expor-se ao sol em horários apropriados; 
Evitar o uso de substâncias como anorexígenos, álcool e tabaco.
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Depressão grave
A resposta aos antidepressivos isolados, quando existem sintomas psicóticos associados é pobre, sendo necessário o acréscimo de antipsicóticos, que devem ser suspensos assim que os sintomas desaparecerem.
Apresentam também boa resposta à eletroconvulsoterapia (ECT).
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Psicofarmacoterapia
Os antidepressivos atuam de forma semelhante
Eficácia x efetividade
Aumentar, potencializar, associar, trocar
Quando usar ECT
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ELETROCONVULSOTERAPIA
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A eletroconvulsoterapia (popularmente conhecida como eletrochoque) apesar do grande estigma que carrega, continua sendo um tratamento utilizado nos principais centros psiquiátricos do mundo.
O tratamento por eletroconvulsoterapia é hoje feito sob anestesia e com monitoramento cárdio e eletroencefalográfico. 
A resposta à eletroconvulsoterapia dos pacientes com depressão grave está entre 80 a 90% dos casos, algo que nenhum outro tratamento é capaz de oferecer. 
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ECT
A eletroconvulsoterapia continua sendo um tratamento atual e seguro,sendo o recurso mais eficaz no tratamento da depressão grave tipo melancólica*.
*King Han Kho et al. A Meta-Analysis of Electroconvulsive Therapy Efficacy in Depression. Journal of ECT 19(3):139–147, 2003
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ECT: antigo aparelho
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Aparelho de onda sinusoidal
ECT: Aplicação da ECT
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Aparelho de pulso breve / onda quadrada
ECT: Aplicação da ECT
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Equipamento de pulso breve / onda quadrada
ECT: Aplicação da ECT
Sala de ECT
	
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Condições Clínicas nas quais a ECT deve ser Considerada como Primeira Escolha
Depressão:
com sintomas psicóticos;
com sintomas de estupor;
Pacientes: 
com risco grave de suicídio;
que recusam alimentação na qual o estado nutricional esteja seriamente debilitado;
grávidas que necessitam de resposta terapêutica rápida;
com boa resposta prévia à ECT;
BOTEGA, N.; FURLANETTO, L.; FRÁGUAS, R Jr. Depressão no Paciente Clínico. IN: N. BOTEGA. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Porto Alegre, Artmed, 2005.
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 MEDICAMENTOS ANTIPSICÓTICOS
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ANTIPSICÓTICOS OU NEUROLÉPTICOS
 Se caracterizam por sua ação psicotrópica, com efeitos sedativos e psicomotores. Por isso, além de se constituírem como os fármacos preferencialmente usados no tratamento sintomático das psicoses, principalmente a esquizofrenia, também são utilizados como anestésicos e em outros distúrbios psíquicos;
 Não são curativos, apenas aliviam sintomas;
 Ao contrário dos hipnóticos e sedativos, não deprimem centros vitais e não prejudicam a consciência.
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 Agem sobre os receptores neuronais da dopamina (excitante), diminuindo sua ação. 
São usados para diminuir a agitação, as alucinações, os delírios, ou seja, agem no sentido de reduzir ou fazer desaparecer os sintomas, além de sedar o cliente. 
 Podem ser administrados por via oral ou por via intramuscular.
 OBS: Algumas drogas selecionadas podem ser usadas como antieméticos ou no tratamento de soluços intratáveis (Clorpromazina - amplictil). 
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Antipsicóticos
Também utilizados nos tratamentos de distúrbios de ansiedade: habilidade de compreender a realidade, porém com alterações de:
humor: ansiedade, pânico, disforia (mudança repentina do humor);
pensamentos: obsessão, medo irracional;
comportamento: rituais, compulsão, repulsão.
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 ANTIPSICÓTICOS
 São medicamentos inibidores das funções
psicomotoras Excitação e agitação.
 Atenuam distúrbios psicóticos
 delírios alucinações
/
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Antipsicótcos
 Classificação:
Antipsicóticos típicos
mecanismo de ação - bloqueio de receptores da dopamina
Antipsicóticos atípicos
mecanismo de ação - bloqueio dos receptores dopaminérgicos e serotonérgicos (5HT)
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Antipsicóticos
 Classificação
Antipsicóticos típicos
- principal efeito sedação.
Indicação: agitação psicomotora
-incisivos principal efeito remoção de delírios e
alucinações, mais tem capacidade de sedação.
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Antipsicóticos típicos
1. INCISIVOS: HALOPERIDOL,PENFLURIDOL,
FLUFENAZINA, FENOTIAZINA;
2.SEDATIVOS : CLORPROMAZINA(AMPLICTIL),LEVOMEPROMAZINA(NEOZINE), SULPIRIDA, TIORIDAZINA, TRIFLUOPERAZINA;
Antipsicóticos Atípicos(menos efeitos colaterais)
AMISULPIRIDA, CLOZAPINA, OLANZAPINA(ZYPREXA), QUETIAPINA(SEROQUEL),RISPERIDONA, ZIPRAZIDONA,ARIPIPRAZOL,TIORIDAZINA(MELLERIL)
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EFEITOS COLATERAIS DAS ANTIPSIÓTICOS INCISIVOS SEDATIVOS - Sonolência, boca seca, visão turva, obstipação intestinal, retenção urinária, retardo ejaculatório, hipotensão ortostática, crises hipotensivas, alterações dermatológicas, acatisia(impossibilidade de ficar parado), espasmos dos músculos do pescoço, dificuldades de deglutição, náuseas, vômitos, sialorréia, ansiedade, distonia(distúrbio de movimento neurológico, em que as contrações musculares sustentadas causar torção e movimentos repetitivos ou posturas anormais), falta de apetite, impotência, movimentos involuntários da boca, língua, face, pescoço ou membros. 
 Pode ocorrer ginecomastia e galactorréia (nível de prolactina) e pseudoparkinsonismo. 
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Distúrbios Motores Induzidos por Antipsicóticos
Distonias agudas e reversíveis e sintomas semelhantes ao parkinsonismo.
Discinesia tardia mov. Involuntários da face,
membros de aparecimento tardio;
Tratamento com pouco sucesso;
Sintomas agudos – mov. involuntários, tremor, rigidez.
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 Entre os efeitos colaterais provocados pelos neurolépticos, o mais estudado é o chamado de Impregnação Neuroléptica ou Síndrome Extrapiramidal. Os efeitos secundários mais graves dos neurolépticos são a discinesia tardia e a síndrome neuroléptica maligna. 
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SÍNDROMES NEUROLÓGICAS TÍPICAS DOS ANTIPSICÓTICOS. SÃO SEIS: 
Discenesia ou distonia Tardia: síndrome extrapiramidal de início tardio que aparece após o uso crônico de antipsicóticos (meses ou anos de uso);
 Caracterizada por movimentos involuntários, principalmente da musculatura oro-língua-facial, ocorrendo protusão da língua com movimentos de varredura látero-lateral, acompanhados de movimentos sincrônicos da mandíbula;
 
Movimentos involuntários esteriotipados como protusão da língua, movimentos labiais, movimentos de beijo, mastigação, piscar de olhos repetido e rápido, caretas, movimentos coreiformes dos membros e tronco, batidas com os pés;
 O tronco, os ombros e os membros também podem apresentar movimentos discinéticos. 
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A Discinesia Tardia não responde a nenhum tratamento conhecido. 
Tem sido menos freqüente depois do advento dos Antipsicóticos Atípicos ou de última geração.
 Ocorre em todas as idades, também em crianças. Curiosamente esses sintomas pioram com a retirada do antipsicótico e melhoram com o aumento de sua dose.
Melhoram também com o sono e pioram com o nervosismo, exarcerbada pelo estresse podendo sua intensidade variar durante o decorrer do dia e até desaparecer em certos períodos. 
 
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2) Síndrome Neuroléptica Maligna: Trata-se de uma forma raríssima de toxicidade provocada pelo antipsicótico devido a bloqueio dos receptores de dopamina levando a desregulação da temperatura.
 É uma reação adversa, tal como uma espécie de hipersensibilidade à droga. 
 Clinicamente se observa um grave distúrbio extrapiramidal acompanhado por intensa hipertermia (de origem central -que varia de 38,3°C a 42°C) e distúrbios autonômicos.
 Leva ao óbito numa proporção de 20 a 30% dos casos. Potencialmente fatal: febre alta (hiperpirexia), taquicardia, sudorese, rigidez muscular intensa, catatonia, tremor rude, estupor, tônus muscular e movimentos involuntários, incontinência, estupor (estado mental alterado), insuficiência renal.
 Ocorre, geralmente, até 2 semanas após início ou aumento da dose de antipsicótico, progride rapidamente levando a uma taxa de mortalidade de 21% quando não tratada. 
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3) Reações Distônicas Agudas: Sintoma extrapiramidal que ocorre com freqüência nas primeiras 48 horas de uso de antipsicóticos, portanto, é uma das primeiras manifestações de impregnação pelo neuroléptico.
 Clinicamente se observam movimentos espasmódicos da musculatura do pescoço, boca, língua e, às vezes um tipo crise oculógira, quando os olhos são forçadamente desviados para cima, blefaroespasmo (aperta a pálpebra).
 Ocorre subitamente e dolorosamente e podem causar deslocamento de mandíbula. 
 O tratamento desse efeito colateral é feito à base de anti-histamínico (Prometazina – Fenergan) ou anticolinérgicos injetáveis intramusculares (Biperideno - Akineton), e são sempre eficazes em poucos minutos. 
 Os sintomas ocorrem dentro dos cinco dias iniciais do tratamento ou do aumento da dose. 
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4) Acatisia: ocorre geralmente, após o terceiro dia de medicação. 
 Clinicamente é caracterizada por sentimentos subjetivos de ansiedade, perda da calma interna, incapacidade de relaxar, acompanhada por inquietação, tal como ficar andando, balançar o corpo para frente e para trás enquanto sentado ou em pé, levantar o pé como se marchasse no lugar, cruzar e descruzar as pernas quando sentado ou outras ações repetitivas e sem sentido. 
 O paciente assume uma postura típica de levantar-se a cada instante, andar de um lado para outro e, quando compelido a permanecer sentado, não para de mexer suas pernas. 
 A Acatisia não responde bem aos anticolinérgicos
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 Com freqüência é necessária a diminuição da dose ou mudança para outro tipo de antipsicótico. 
Quando isso acontece, normalmente deve-se recorrer aos antipsicóticos atípicos ou de última geração
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 Inquietação motora e mental. Não consegue permanecer imóvel, anda a esmo, sente inquietação interna. Não pode ser controlada. Dor nas pernas é aliviada pelo movimento. 
5) Tremor perioral: síndrome do coelho – movimentos rítmicos, finos, rápidos dos lábios.
Sintomas extrapiramidias induzidos por medicamentos.
 
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6) Parkinsonismo Medicamentoso: parkinsonismo é idêntico à doença de Parkinson, com a tríade clássica de tremor, rigidez, bradicinesia (lentidão dos movimentos).
 Outros sinais psicomotores característicos são a diminuição dos reflexos posturais e salivação excessiva.
 O parkinsonismo pode se desenvolver a partir de poucos dias a poucas semanas do início do tratamento.
 Quando aparece parkinsonismo, deve-se reduzir a dose do antipsicótico e, se essa medida não for possível e/ou suficiente, deve-se iniciar o uso de anticolinérgicos imediatamente. 
 Esse tipo de impregnação geralmente acontece após a primeira semana de uso dos antipsicóticos.
 Clinicamente há tremor de extremidades, marcha arrastada, hipertonia e rigidez muscular, hipercinesia e fácies inexpressiva.
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CUIDADOS ESPECÍFICOS
Observar, anotar e tomar medidas cabíveis quando surgirem efeitos colaterais;
Auxiliar o paciente nos cuidados de higiene e alimentação, pois as alterações motoras podem dificultar a movimentação. Evitar que se tornem muito dependentes;
Ocupá-los durante o dia;
Orientar para evitar mudanças bruscas de decúbito;
Observação rigorosa de sinais vitais.
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Medicamentos Ansiolíticos
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 Ansio + lise
 Ansiedade quebra
 Antigamente eram chamados de “calmantes” ou “tranquilizantes”
 Principal efeito terapêutico destes medicamentos: diminuir ou abolir a ansiedade das pessoas, sem afetar
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ANSIOLÍTICOS
São drogas, sintéticas ou não, usadas para diminuir a ansiedade e a tensão. Em pequenas doses recomendadas por médicos, não causam danos físicos ou mentais. Afetam áreas do cérebro que controlam a ansiedade e o estado de alerta relaxando os músculos.
EX.: Bromazepam; Diazepam; Alprazolam; Clonazepam.
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INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS DOS ANSIOLÍTICOS 
INSÔNIA:
triazolam ( halcion )
midazolam ( dormonid )
flurazepam ( dalmadorm )
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CLASSIFICAÇÃO FARMACOLÓGICA DOS ANSIOLITICOS 
BENZODIAZEPÍNICOS- Grupo principal
AGONISTAS SEROTONÉRGICOS
BARBITÚRICOS
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BENZODIAZEPÍNICOS
São um grupo de fármacos ansiolíticos utilizados como sedativos, hipnóticos, relaxantes musculares, para amnésia anterógrada e atividade anticonvulsionante. 
A capacidade de causar depressão no SNC deste grupo de fármacos é limitada, todavia, em doses altas podem levar ao coma. Não possuem capacidade de induzir anestesia, caso utilizados isoladamente.
EX.: Diazepam: (Valium); Triazolam (Halcion0; Lorazepam (Lorium, Lorax); Nitrazepam (Sonebom, Sonetrat); Midazolam (Dormonid); Alprazolam (Frontal, Apraz); Clonazepam (Rivotril, Clonotril).
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A síndrome de retirada ou de descontinuação é muito semelhante a um quadro de ansiedade e caracteriza-se por: Inquietude, Nervosismo, Taquicardia, Insônia, Agitação psicomotora, Ataque de pânico, Fraqueza, Cefaléia, Tonturas, Fadiga, Dores musculares, Tremores, Náuseas e vômitos, Diarréia, Cãibras, Hipotensão, Palpitações.
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EFEITOS FARMACOTERAPÊUTICOS
Redução da ansiedade
Redução da agressividade
Sedação
Indução do sono (manutenção)
Redução do tonus muscular
Efeito anticonvulsivante
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Outros efeitos
RESPIRAÇÃO: doses hipnóticas s/efeito;
Cuidados em crianças e hepatopatias;
CARDIOVASCULAR: doses pré-anestésicas diminuem PA e aumentam débito cardíaco;
TRATO DIGESTIVO: diminuem secreção.
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CUIDADOS ESPECÍFICOS
Em caso de medicação parenteral, orientar o paciente para permanecer sentado ou deitado de 30 a 60 min.
Orientá-lo para retornar apenas a medicação prescrita (nas licenças ou altas), pois existe o problema de dependência;
Oferecer apoio, pois são pacientes muito ansiosos.
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Benzodiazepínicos – Efeitos Adversos:
Sedação; descordenação motora e diminuição dos reflexos; diminuição da capacidade de raciocínio; diminuição da concentração; Redução das atividades físicas e mentais; boca seca e gosto amargo; perdas de memória; sonolência; aumento do risco para acidentes de carro ou no trabalho; aumento do risco de quedas e fraturas (idosos).
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BARBITURATOS
Até 1960 eram os sedativos-hipnóticos mais utilizados, profundos depressores do SNC inclusive do Centro Respiratório; 
Pentobarbital meia vida de aprox. 6hs. raramente utilizado como hipnótico.
Tiopental meia vida de aprox. 3hs utilizado como anestésico.
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PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS DOS BARBITÚRICOS:
Tolerância e dependência, depressão respiratória; sedação, ressaca, privação de sono.
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Buspirona
Segundo medicamento de escolha para tratamento da ansiedade; 
É um agonista de receptores de serotonina; 
 Criada para ser usada quando os efeitos colaterais dos BDZ não são desejados;
 Não induz sedação, prejuízo cognitivo ou psicomotor, dependência física ou tolerância e não interage com o álcool.
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Buspirona – efeitos colaterais
Tonturas
 Cefaléia
 Náusea
 Fadiga
 Inquietude
 Sudorese
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SINAIS E SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO POR DEPRESSORES
Sonolento: ainda responde a perguntas;
Semi-comatoso: responde a estímulos: dor;
Comatoso: não responde a estímulos, mas ainda não apresenta depressão respiratória, ou Comatoso com depressão respiratória com cianose e deficiência circulatória : choque
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Manter dose da fase aguda;
Período presumido do episódio
6 a 8 meses do início do episódio
Psicoterapia
MANUTENÇÃO
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MEDICAMENTOS ESTABILIZADORES DO HUMOR
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Estabilizadores do Humor: são substâncias utilizadas para a manutenção da estabilidade do humor.
Não são antidepressivas nem sedativas;
Internacionalmente reconhecem-se três substâncias capazes de desempenhar tal papel:
1. Lítio;
2. Carbamazepina;
3. Àcido Valpróico ou Divalproato Sódio.
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Estabilizadores do Humor
Estabilizantes do humor são medicamentos usados com o objetivo de manterem o humor estável em pacientes portadores de Transtornos Afetivos do Humor.
Previnem das oscilações entre a euforia e depressão, comuns no transtorno
No transtorno bipolar, tanto o Carbonato de lítio, quanto a Carbamazepina são utilizados como parte indispensáveis do tratamento, normalmente aliado a outros medicamentos
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Indicação
A indicação para uso estabilizadores do humor são os Transtornos Afetivos Bipolares e os Episódios de Mania (euforia) ou de hipomania.
O tratamento de transtornos afetivos bipolares sem os estabilizadores do humor se complica devido ao fato do anti-depressivos estarem sujeitos a desencadear crises de euforia, assim como os ansioliticos terem probabilidade de desencadear a depressão.
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Fármacos Antipsicóticos
As medicações antipsicóticas também são amplamente utilizadas, tais como o haloperidol (antipsicótico de primeira geração) e alonzapina (o único antipsicótico de segunda geração aprovado para tratamento do episódio de mania no transtorno bipolar).
Além disso, antidepressivos também podem ser usados no episódio depressivo, como fluoxetina, paroxetina, sertralina.
Sempre em combinação com os estabilizadores de humor.
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Sais de Lítio: Apresenta ação antimaníaca. Droga efetiva no tratamento dos episódios agudos de mania e hipomania e prevenção do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). 
- Em média leva de 7 a 10 dias para responder ao tratamento. É um sal e o equilíbrio hidroeletrolítico do corpo afeta sua regulagem. Em razão do baixo índice terapêutico do lítio, níveis tóxicos podem ser alcançados rapidamente. 
 Não se conhece ao certo o mecanismo de ação. Acredita-se que altere os níveis de neurotransmissores (aumenta serotonina e diminui noradrenalina). Alteraria também os níveis de dopamina, GABA e acetilcolina. 
 
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* Li+ bloqueia a reabsorção de água: causando poliúria(aumento da diurese) e polidipsia (aumento da sede); 
Li+ modifica a excitabilidade do sistema de condução causando arritmias. 
* Após a administração oral, o lítio se absorve em 4 - 6 horas e é eliminado em 95% por via renal, 5% pelo suor, saliva e fezes. 
* Investigação Pré-Lítio: renal, diabetes, tireóide, hipertensão, uso de diuréticos. 
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Efeitos Colaterais: sonolência, boca seca, desconforto gastrointestinal, náuseas, vômitos, hipotensão, poliúria, ganho de peso, sonolência, constipação intestinal. 
SINAIS DE INTOXICAÇÃO: 
 Disartria, cólicas abdominais, diarréia persistente, náuseas e vômitos persistentes, espasmos musculares, visão turva, tontura forte, dificuldade de marcha, ataxia (falta de coordenação dos movimentos), zumbido nos ouvidos, fala pastosa, arritmia cardíaca, dispnéia de esforço, edema MMII, confusão mental, oligúria (diminuição) ou anúria (ausência), aumento da sede, tremor fino das mãos, coma, arritmias, IAM, colapso cardiovascular. 
 
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SITUAÇÕES DE RISCO NAS QUAIS NÃO SE DEVE EMPREGAR O LÍTIO: 
Gravidez, Cardiopatia (lentifica a condução cardíaca), Insuficiência renal, Alterações do equilíbrio hidroeletrolítico (estimula função de hormônio antidiurético) - sudorese, diarréia, desidratação, Diabete.
CUIDADO: Na ausência de recursos para se estabelecer os níveis plasmáticos de lítio é melhor não empregá-lo e substituí-lo por antidepressivos na fase depressiva e antipsicóticos na fase de mania.
Danos renais, toxicidade cardíaca e desequilíbrio da tireóide (suprime níveis circulantes de T3 e T4) são conseqüências do uso prolongado do lítio. 
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*Monitorar estado cardíaco: ECG. 
*Iniciar hidratação venosa: equilíbrio hidroeletrolítico. 
*Manter cateter urinário. 
*Em casos mais graves, com diminuição da produção urinária e depressão do SNC: iniciar diálise peritoneal ou hemodiálise. 
Na alta: determinar razões da intoxicação, orientar o paciente no controle da litemia, avaliar para depressão e ideação suicida.
MANEJO NA TOXICIDADE GRAVE POR LÍTIO 
*Avaliar rapidamente, identificar a dosagem, oferecer apoio e orientações ao paciente. 
*Suspender o lítio. 
*Verificar sinais vitais e nível de consciência. Se necessário, iniciar procedimento de estabilização: proteção de VAS e oxigenoterapia. 
*Obter litemia imediatamente. 
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NOS EFEITOS COLATERAIS: 
Boca seca: promover higiene oral, oferecer balas sem açúcar, gelo e água; 
Sedação: solicitar prescrição médica da droga ao deitar, ou prescrição de doses menos sedativas, orientar a não exercer atividades que exijam atenção quando se sentir sedado.;
Náuseas: oferecer alimentação junto com a medicação;
Visão turva: orientar o cliente de que este sintoma deve remitir após algumas semanas; orientar a não dirigir, promover segurança ao cliente.;
Constipação intestinal: aumentar ingestão de líquidos, encorajar exercícios físicos, orientar dieta rica em fibra;
Retenção urinária: orientar o cliente a relatar a dificuldade de urinar, monitorar a ingestão e excreção, tentar métodos de estímulos à micção;
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Hipotensão ortostática, taquicardia: instruir o cliente a levantar-se lentamente, monitorar sinais vitais;
Insônia, agitação: evitar alimentos com cafeína, ensinar técnicas de relaxamento; 
Ganho ou perda de peso: orientar para dieta;
Cefaléia: administração de analgésicos;
Disfunção sexual: orientar a mudança do antidepressivo. 
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Ácido Valpróico
É tão eficaz quanto o lítio no tratamento da mania e mais eficaz em cicladores rápidos e mania disfórica;
Não se conhece exatamente o mecanismo do ácido Valpróico, porem acredita-se que esteja relacionada com um aumento direto ou
secundário das concentrações do neurotransmissor inibidor GABA (ácido gama aminobutírico), possivelmente causado pela redução de seu metabolismo ou sua recaptação nos tecidos cerebrais.
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Precaução
Os efeitos colaterais mais comuns são: ataxia (incoordenação dos movimentos), aumento do apetite, ganho de peso, desatenção, fadiga, náuseas, sonolência, sedação, diminuição dos reflexos, tremores, tonturas;
A administração do ácido requer cuidados, especialmente nas crianças (maior risco de desenvolver hepatotoxicidade grave);
Não se recomenda a ingestão de alcool ou outros depressores de SNC quando em uso de àcido Valpróico;
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Nos casos onde se utiliza o ácido para substituir ou suplementar outra terapêutica anticonvulsiva, as doses devem ser aumentadas de forma gradual, conforme a redução do outro medicamento:
Disfunção hepática grave, gravidez (pode produzir anomalia no tubo neural do feto).
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Carbamazepina
Sua eficácia é comparável à do lítio, no tratamento agudo da mania;
É metabolizado no fígado e tem atividade anticonvulsiva, antidepressiva e antineurálgica;
Seu início de ação como anticonvulsivo varia entre dias e meses, o que depende de cada paciente devido à auto-indução do metabolismo;
É eliminado em 72% por via renal;
A dose não deve superar, em geral, 1g/dia. Sempre que for possível, a dose diária deve ser dividida em 3 ou 4 doses.
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CARBAMAZEPINA
Reações adversas: visão turva, cefaléia contínua, sonolência e debilidade
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Carbamazepina - Precauções
Deve ter cuidado ao dirigir, no manuseio de máquinas ou ao realizar trabalhos que exijam atenção e coordenação;
Em pacientes diabéticos poderá haver um aumento nas concentrações de açucar na urina;
Os pacientes de idade mais avançada podem ser mais sensíveis que os jovens à agitação e confusão, bloqueio cardíaco auriculoventricular;
É contra-indicada em pacientes com doença hepática, ou em pacientes que estejam usando clozapina (pode agravar problemas hematológicos).
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Edição: as palavras (nomes dos antidepressivos) vão aparecendo aleatoriamente enquanto o autor fala.
Locução:
Existem atualmente, no mercado nacional, vinte e quatro antidepressivos disponíveis, aqui relacionados sem qualquer tentativa de organização. 
À primeira vista pode parecer complicado. 
– Será que eu vou ter que decorar, tudo isso, um a um? 
– Não. Depois de agrupados, de acordo com algumas características comuns, o panorama muda. 
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