Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Acidente Vascular Encefálico Docente: Fernando covos Docente: Fernando Covos 1 Dados epidemiológicos No Brasil, a hipertensão arterial é o fator de risco mais importante para doença cerebrovascular, cuja estimativa de prevalência está em torno de 11% a 20% acima dos 20 anos e 35% acima dos 50 anos. Em torno de 85% dos pacientes com AVE são hipertensos. Docente: Fernando Covos 2 AVE AVE, acidente vascular encefálico (ou ainda AVC, de acidente vascular cerebral) é o equivalente do termo genérico inglês stroke, que descreve apenas o comprometimento funcional neurológico. Docente: Fernando Covos 3 Conceito Refere-se ao desenvolvimento rápido de sinais clínicos de distúrbios focais e/ou globais da função cerebral, com sintomas de duração igual ou superior a 24 horas, de origem vascular, provocando alterações nos planos cognitivo e sensório-motor, de acordo com a área e a extensão da lesão. Docente: Fernando Covos 4 Sinais e Sintomas Dormência ou Fraqueza súbita na face, braço ou perna, principalmente em apenas um lado do corpo; Dificuldade para caminhar; Alterações na fala; Alterações visuais; Formigamento pelo corpo; Docente: Fernando Covos 5 Identificação dos sinais de um provável AVE Tipos de AVE Isquêmico Caracteriza-se pela interrupção do fluxo sanguíneo ( obstrução arterial por trombose ou embolia), em uma determinada área do encéfalo, tonando a mesma isquêmica . Exemplo: o encéfalo depende de aporte constante de oxigênio e glicose, pois não tem capacidade de armazenar. Poucos minutos sem aporte sanguíneo adequados, são suficientes para gerar dano irreversíveis no tecido cerebral. Docente: Fernando Covos 7 Docente: Fernando Covos 8 AVE Hemorrágico Deve-se a ruptura de um vaso intracraniano, gerando o extravasamento do sangue para o parênquima cerebral e/ou para o espaço subaracnóideo (local entre as meninges, por onde passa o líquor). Nestes casos os sintomas ocorrem por compressão de estruturas nervosas e/ou aumento da pressão intracraniana. Docente: Fernando Covos 9 Docente: Fernando Covos 10 Docente: Fernando Covos 11 Docente: Fernando Covos 12 Ataque Isquêmico Transitório (AI) É frequentemente designado por Mini-AVC e acontece quando o fornecimento de sangue para o cérebro é interrompido por um curto período de tempo. Deve ser tratado como uma emergência. Deve procurar atendimento médico de urgência para avaliação. Docente: Fernando Covos 13 Ataque isquêmico transitório A crise isquêmica transitória (CIT) dura menos de 24h. O acidente vascular encefálico isquêmico é semelhante ao CIT, no qual a patogenia é a perda do suprimento sanguíneo para o tecido, que pode resultar em lesão irreversível quando o fluxo sanguíneo não é restaurado com rapidez. Se o evento tiver duração superior a 24 horas é considerado AVE. Docente: Fernando Covos 14 Complicações do AVE Pneumonia por aspiração; Disfagia de 25% a 50% dos pacientes; Contraturas musculares. Docente: Fernando Covos 15 Fatores de Risco Hipertensão arterial Principal fator de risco para AVE. Diabetes Mellitus Alterações da hemodinâmica cerebral, à hiperglicemia e a outros fatores de risco associados. O diabetes constitui risco para AVE por mecanismos aterogênicos diretos e por interagir com outros fatores de risco, como hipertensão e dislipidemia. Docente: Fernando Covos 16 ... Dislipidemia Metanálises dos ensaios de prevenção coronariana, inclusive para regressão de pequenos ateromas, indicam que a redução do LDL colesterol reduz o risco global de AVE em torno de 30%. Sedentarismo Uma investigação epidemiológica realizada nos EUA mostrou associação de baixa atividade física recreativa e não recreativa nas mulheres brancas com idade entre 65 e 74 anos com maior risco de AVE, ajustado para os demais fatores de risco9 Docente: Fernando Covos 17 ... Tabagismo Os fumantes mostram risco relativo de AVE 2 a 4 vezes maior que não fumantes. Docente: Fernando Covos 18 Diagnóstico História clínica; Tomografia computadorizada do crânio. Docente: Fernando Covos 19 Tomografia Docente: Fernando Covos 20 A Escala de Cincinnati Docente: Fernando Covos 21 - ferramenta para o diagnóstico de casos agudos de AVC idealizada para o contexto pré- hospitalar, e pode ser rapidamente realizada utilizando apenas 3 parâmetros Docente: Fernando Covos 22 Paresia facial (pedir ao paciente para mostrar os dentes ou sorrir) - Normal – ambos os lados da face movem-se simetricamenta -Anormal – um lado da face não se move tão bem quanto o outro Déficit motor dos membros superiores (paciente deve fechar os olhos e manter os braços estendidos) = Normal – ambos os braços movem-se simetricamente ou ambos não se movem (outros achados como pronação distal podem ser úteis) = Anormal – um membro superior não se move ou apresenta queda Fala (pedir que o paciente fale “não se pode ensinar novos truques a um cachorro velho” = Normal – paciente usa corretamente as palavras sem alteração = Anormal – paciente apresenta dificuldade para falar, usa as palavras de forma inadequada ou é incapaz de falar. Tratamento Prevenção; Medicamentoso; Cirúrgico. Docente: Fernando Covos 23 Tratamento Controle da PA Controle da glicemia Controle da temperatura Antiagregação plaquetária Anticoagulantes Trombolíticos Manitol Docente: Fernando Covos 24 Tratamento Faz parte do tratamento ideal desobstruir rapidamente a passagem do sangue, normalizando o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao cérebro. Os trombolíticos ou drogas “destruidoras de coágulos” diminuem consideravelmente as seqüelas causadas pela doença, melhorando a qualidade de vida do paciente. Docente: Fernando Covos 25 rtPA rtPA - O rtPA ou ativador do plasminogênio tecidual recombinado é uma substância que destrói o trombo (trombolítica) instantaneamente, desobstruindo a artéria, já sendo utilizada há algum tempo para o tratamento do infarto agudo do miocárdio. Deve ser utilizada nas primeiras horas da doença, e nunca em acidente vascular cerebral hemorrágico. Docente: Fernando Covos 26 Trombolíticos-rtPA Critérios de inclusão Possibilidade de se estabelecer precisamente o horário dos sintomas. Possibilidade de se iniciar a infusão da droga até 3 horas após o início dos sintomas. TC de crânio sem evidência de hemorragia. Idade superior a 18 anos. Termo de consentimento assinado. Docente: Fernando Covos 27 Trombolíticos-rtPA Uso de antigoagulantes orais. Uso de heparina nas últimas 48 horas. AVC ou TCE grave nos últimos 3 meses. História pregressa de algum tipo de hemorragia cerebral. TC de crânio mostrando hemorragia ou edema em desenvolvimento. PA sistólica > 185 mmHg ou diastólica >110 mmHg. Deficts neurológicos leves. Coma. Cirurgia de grande porte ou procedimento invasivo em 2 semanas. Hemorragia genitourinária ou gastrointestinais nas última 3 semanas. Coagulopatia. Crise convulsiva. Abuso de álcool e drogas. Docente: Fernando Covos 28 Critérios de exclusão Trombolíticos-rtPA Cuidados Controle rigoroso de PA; Evitar punção venosa central e punção arterial antes e 24 horas depois da trombólise; Evitar sondagem vesical previamente e até 30 minutos após o procedimento; Evitar passar SNG antes e após 24 horas do procedimento; Injetar 10% da dose em bôlus e o restante em 30 minutos na bomba de infusão; Observar sangramentos. Docente: Fernando Covos 29 Referências Bibliográficas Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral; Ministério da Saúde; Brasília; 2013. associacaoavc.pt Acidente vascular encefálico: conceituação e fatores de risco; Revista Brasileira de Hipertensão; 2000. Docente: Fernando Covos 30
Compartilhar