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17/09/2017 1 ALONGAMENTO Daniela da Costa Maia de Andrade Fisioterapeuta Mestre em Saúde e Ambiente - UNIT Doutoranda em Ciências da Saúde – UFS Grupo de Pesquisa em Neurociências da UFS- LAPENE Especialista em Neuro Funcional pela Gama Fi lho -RJ Professora da Faculdade Maurício de Nassau Formação no Conceito Bobath, RPG Souchard, Pi lates, Estabil ização Segmentar, Mull igan , Mckenzie e TREINAMENTO LOCOMOTOR. FLEXIBILIDADE ◦ É a habilidade para mover uma articulação ou articulações através de uma amplitude de movimento livre de dor e sem restrições. ◦ Flexibilidade dinâmica: amplitude de movimento ativa de um articulação ◦ Flexibilidade passiva: é o grau onde uma articulação pode ser movida passivamente através da AM disponível e depende da extensibilidade dos músculos e tecidos conectivos que cruzam e cercam a articulação. Alongamento ◦ Manobra terapêutica elaborada para aumentar o comprimento das estruturas de tecidos moles patologicamente encurtadas e desse modo aumentar a AM. ALONGAMENTO PASSIVO ◦Realizado com ajuda de forças externas (aparelhos, terapeuta) em um estado de relaxamento da musculatura a ser alongada. O terapeuta aplica uma força externa e controla a direção, velocidade, intensidade e duração do alongamento dos tecidos moles, que serão alongados além de seu comprimento de repouso. ALONGAMENTO ATIVO ◦ É determinado pelo maior alcance de movimento voluntário, utilizando-se a força dos músculos agonistas e relaxamento dos músculos antagonistas. Alongamento por inibição ativa ◦ Inibição ativa refere-se a técnicas nas quais o paciente relaxa reflexamente o músculo a ser alongado antes da manobra de alongamento. Quando um músculo é inibido (relaxado) ocorre resistência mínima ao alongamento. As técnicas de inibição ativa relaxam somente as estruturas contráteis dentro do músculo, não os tecidos conectivos. ◦ Esse tipo de alongamento é possível somente se o músculo a ser alongado tem inervação normal e está sob controle voluntário. Não pode ser usado em pacientes com fraqueza muscular intensa, espasticidade ou paralisia dev ido à disfunção neuromuscular 17/09/2017 2 Alongamento por inibição ativa ◦ Sustentar-relaxar (hold-relax) ◦ Contrair-relaxar (hold-relax-contract) ◦ Sustentar-relaxar com contração do agonista ◦ Contração do agonista Sustentar-relaxar (hold-relax) ◦ O indivíduo é instruído a realizar uma contração isométrica no final da amplitude de movimento do músculo retraído antes que ele seja passivamente alongado. Após uma contração pré-alongamento do músculo retraído, ele irá relaxar por inibição autogênica, sendo mais facilmente alongado. ◦ Esta técnica fundamenta-se sobre a inibição da circuitaria reflexa miotática: a eliminação da ação de estiramento desliga/inibe o fuso, impedindo a contração decorrente do estiramento, enquanto a tensão gerada ativa o OTG, acionando o reflexo miotático inverso. Desta forma, a musculatura é relaxada pelo reflexo desencadeado pelo OTG e não é contraída devido à inibição do sinal fusal. Após o relaxamento seguido do alongamento passivo, o estiramento muscular gera nova ativação das fibras intrafusais, reiniciando o ciclo. Contrair-relaxar (hold-relax- contract) ◦Variação da técnica anterior. Neste caso, após o músculo retraído ter sido alongado passivamente, o paciente faz uma contração concêntrica contra resistência do músculo retraído antes dele ser alongado. Sustentar-relaxar com contração do agonista ◦ O indiv íduo é instruído a realizar uma contração isométrica de pré- alongamento do músculo retraído e relaxamento deste, seguido por uma contração concêntrica do músculo oposto ao retraído. À medida que o músculo oposto ao retraído se encurta, o músculo retraído se alonga. Essa técnica combina inibição autogênica e inibição recíproca para alongar músculos retraídos. Contração do agonista ◦ O paciente contrai o músculo oposto ao músculo retraído contra resistência. Isso provoca uma inibição recíproca do músculo retraído e esse se alonga facilmente à medida que o músculo se move. É efetivo quando o músculo retraído tem dor ou em estágio iniciais de recuperação. INDICAÇÃO ◦ -Quando a ADM está limitada como resultado de contraturas, adesões ou tecido cicatricial, levando ao encurtamento de músculos, tecido conectivo e pele; -Quando existe fraqueza muscular e retração nos tecidos opostos. Os músculos retraídos devem ser alongados antes que os músculos fracos possam ser efetivamente fortalecidos; -Quando as limitações da mov imentação da articulação causam deformidades esqueléticas ev itáveis que podem influenciar na simetria corporal e postura 17/09/2017 3 Contraindicações ◦ -Bloqueio ósseo limitando a mobilidade articular; -Inflamação ou infecção nas estruturas envolvidas; -Presença de dor aguda; -Integridade óssea ou vascular comprometida; -Presença de hematomas ou outras indicações de traumatismos teciduais; -Comprometimento ou falta de estabilidade ou integridade articular; -Fratura recente. Precauções do alongamento terapêutico ◦ As articulações não devem ser forçadas além da amplitude normal de movimento; -Estabilizar fraturas recém-consolidadas; -Evitar alongamentos vigorosos após uma imobilização prolongada, devido à perda de tensão sofrida pelos tendões e ligamentos, podendo resultar em ruptura; -Cuidados com pacientes com osteoporose, repouso prolongado no leito, idade avançada; -Presença de dor acentuada durante a realização do alongamento; -Dor articular ou muscular com mais de 24 horas de duração, após a técnica.
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