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Espelho Mandado de Segurança Individual

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Endereçamento
	
Exmo sr. juiz de Direito da Vara de Fazenda Pública da Comarca de xxx
Preâmbulo
	
Construtores Ltda., CNPJ n. XXXX, endereço eletrônico XXXXX, o domicílio e a residência em XXXXXXX, representada neste ato por seu dirigente Sr. XXXXXX, brasileiro, (estado civil), profissional xxxxxx, carteira de identidade xxxxxx e CPF xxxxxxx, por intermédio de seu advogado, procuração anexa, correio eletrônico, com endereço profissional xxxx, onde recebe intimações vem respeitosamente à presença de V. Exa. impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO COM PEDIDO DE LIMINAR
contra ato do Exmo Sr. Secretário Municipal de Finanças, Fulano de Tal, de XXXX ou quem lhe faça às vezes, com endereço XXXXXX pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
Fatos 
	A empresa Construtores Ltda tem recebido, desde fevereiro de 2013, cobrança de taxa de lixo juntamente com a guia para o recolhimento mensal de IPTU.
Fundamentos
	
Da violação ao princípio da legalidade (art. 150, I CF e art. 97, I do CTN)
Nos termos do art. 150, I da CF, o tributo só pode ser exigido ou aumentado mediante lei que o estabeleça.
No mesmo sentindo, o Código Tributário Nacional (CTN) em seu art. 97, inciso I, dispõe que somente a lei pode estabelecer a instituição de tributos, ou sua extinção.
No presente caso, verifica-se que foi um decreto que instituiu a taxa de cobrança de lixo.
Sabe-se que a taxa é uma das espécies do gênero tributo. Assim, tendo em vista que o tributo (taxa) foi criado por meio de um decreto, houve plena violação ao princípio da legalidade previsto no art. 150, I da CF, sendo, portanto, inconstitucional.
Da violação aos princípios da anterioridade do exercício e da anterioridade nonagesimal (art. 150, III, “b” e “c” CF)
Nas alíneas “b” e “c” do inciso III do art. 150 da CF tem-se que toda vez que o tributo for instituído ou majorado é vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; e antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou .
No caso em tela, nota-se que o tributo, taxa de cobrança de lixo, foi criada em 30 de janeiro de 2013, com cobrança imediata, haja vista que foi cobrado em fevereiro de 2013.
Logo, entende-se que há inconstitucionalidade na cobrança imediata da taxa, uma vez que ocorreu a violação aos princípios previstos no art. 150, III, “b” e “c” da CF.
Da vedação da utilização da mesma base de cálculo de imposto
Conforme inteligência do art. 145, §2º da CF, as taxas não poderão ter base de cálculo próprio de impostos.
O art. 77, parágrafo único do CTN, também preceitua que a taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto.
Na questão aqui tratada, restou constatado que a base de cálculo da taxa de lixo corresponde a 10% do valor cobrado de IPTU do imóvel.
Logo, evidente que a taxa feriu uns dos princípios constitucionais gerais da tributação, vez que a base de cálculo da taxa de cobrança de lixo é integralmente idêntica a base de cálculo do imposto municipal IPTU.
Mais uma vez indicado o ato ilegal cometido pelo Município. É Importante ressaltar que não se pretende discuti a legalidade da cobrança da taxa de lixo uma vez que tal entendimento já é pacificado pelo Supremo Tribunal Federal- STF na súmula vinculante 19.
É possível que em sede defesa seja invocado a Súmula Vinculante 29 da Corte máxima ocorre que o caso concreto objeto de lide não se justifica em tal hipótese uma vez que a referida sumula determina que a base de calculo não pode ter integral identidade que é justamente o que vem sendo feito pela autoridade coatora. Cobrar 10% do valor do IPTU do imóvel é se utilizar totalmente da base de calculo que foi calculado o referido imposto.
É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
Liminar 
	Liminar ou tutela de urgência (se for o caso)
O art. 7, inciso III da Lei 12.016/09 prevê a possibilidade de concessão de liminar no Mandado de Segurança, desde que apresente o fundamento relevante do pedido e o perigo de ineficácia da medida.
O fundamento relevante do pedido esta presente conforme todo o dito acima, uma vez que é inconstitucional a instituição da taxa de lixo por meio de decreto, bem como sua cobrança imediata, violando os princípios da anterioridade do exercício e anterioridade nonagesimal; além disso, a taxa de lixo foi criada com a mesma base de cálculo do imposto (IPTU). Isso tudo demonstra claramente que a cobrança da taxa de lixo é inconstitucional, violando direito líquido e certo da impetrante.
O perigo de ineficácia da medida se justifica dada as consequências fiscais que o contribuinte pode vim a sofrer.
Presente os requisitos do art. 7º, II da Lei 12.016/09, quais sejam: fumaça do bom direito e perigo da demora, a impetrante faz jus a concessão da liminar, para suspender a exigibilidade do crédito tributário, segundo art. 151 do CTN.
Assim, caso seja o entendimento da Vossa Excelência pela determinação de depósito, caução ou fiança, como prevê a parte final do art. 7º, III da Lei 12.016/09, informa a impetrante que irá realizar conforme determinado por Vossa Excelência, a fim de conseguir a sua liminar.
Pedidos e requerimentos
	Pelo exposto, requer:
a)      seja concedida a liminar uma vez presente os requisitos do art. 7º, III da Lei 12.016/0, a fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário, de acordo com art. 151, IV do CTN.
b)      a notificação da autoridade coatora, para, querendo, preste esclarecimentos no prazo de lei, nos termos do art. 7º, I da Lei 12.016/09;
c)      a ciência ao representante judicial da pessoa jurídica interessada, para, querendo, ingressar no feito, nos termos art. 7º, II da Lei 12.016/09;
d)     Seja julgada procedente a ação/pedido para conceder a segurança uma vez que há direito líquido e certo e assim anular o ato administrativo de lançamento tributário.
e)      OITIVA do Ilustríssimo representante do Ministério Público para atuar no feito como fiscal da ordem jurídica;
f)      a juntada dos documentos anexos para comprovação do direito líquido e certo;
g)      a condenação da outra parte ao pagamento das custas processuais.
Valor da causa
	Art. 292 do novo CPC

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