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Esquizofrenia: Características e Causas

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ESQUIZOFRENIA
INTRODUÇÃO
A esquizofrenia é um distúrbio mental grave caracterizado pela perda do contato com a realidade, alucinações, delírios, pensamento anormal e alteração do funcionamento laboral e social. A esquizofrenia é um importante problema de saúde pública em todo o mundo sendo mais prevalente que a doença de Alzheimer, a diabetes ou a esclerose múltipla, afetando 1% da população mundial. Diversos distúrbios compartilham as características da esquizofrenia, mas os seus sintomas estão presentes no mínimo seis meses, sendo denominados de distúrbios esquizofreniformes. Quando os sintomas persistem por pelo menos um dia, mas duram menos de um mês, eles são denominados distúrbios psicóticos breves. Um distúrbio caracterizado pela presença de sintomas do humor, tais como depressão ou mania, juntamente com sintomas mais típicos de esquizofrenia é denominado distúrbio esquizoafetivo. Um distúrbio da personalidade que pode compartilhar sintomas de esquizofrenia, mas no qual os sintomas em geral não são tão graves a ponto de satisfazer os critérios da psicose, é denominado distúrbio da personalidade esquizotípica.
Os transtornos esquizofrênicos caracterizam‐se em geral por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção e por afetos inapropriados ou embotados. Usualmente mantém‐se clara a consciência e a capacidade intelectual, embora certos déficits cognitivos possam evoluir no curso do tempo. Os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do pensamento, a percepção delirante, ideias delirantes de controle, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, transtornos do pensamento e sintomas negativos.
DEFINIÇÃO
A esquizofrenia é uma das doenças mais pesquisada e estudada pelas suas condições psiquiátricas. Por ser rica psicopatologicamente e por suas características clínicas, como seu desenvolvimento deteriorante sem grandes alterações neurológicas e seu início na fase da adolescência, causam grande curiosidade e número de pesquisas sobre os processos neurofisiológicos relacionados.
Ela é uma doença endógena (devida a fatores constitucionais, internos, de origem biológica e/ou predisposição hereditária), caracterizada por ambivalência emocional, alucinações (de qualquer dos cinco sentidos, mas predominantemente auditivas e visuais), alterações da forma e do conteúdo do pensamento (sobretudo delírios) e alterações do contato com a realidade. Juntamente com a paranóia e a antiga psicose maníaco-depressiva, as esquizofrenias compõem o grupo das enfermidades mentais comumente chamadas psicoses.
Ela se manifesta na adolescência ou início da idade adulta. Sua frequência na população em geral é da ordem de 1 para cada 100 pessoas, havendo cerca de 40 casos novos para cada 100.000 habitantes por ano. Ela atinge em igual proporção homens e mulheres, em geral inicia-se mais cedo no homem, por volta dos 20-25 anos de idade, e na mulher, por volta dos 25-30 anos. 
Todos os nossos processos cerebrais, tais como os cinco sentidos e como tudo o que pensamos e sentimos, são informações processadas por neurônios que se comunicam através de neurotransmissores. Pessoas com esquizofrenia têm um aumento da síntese e liberação de dopamina, sendo esta uma das alterações cerebrais mais importantes comprovadas nos estudos dessa patologia.
Em situações normais a dopamina tem a função de atribuir saliência para estímulos ligados ao prazer ou à aversão. A dopamina faz a mediação dos processos de atribuição saliência aos estímulos, mas em circunstâncias normais ela não cria os estímulos.
A função aumentada da dopamina na esquizofrenia modifica o processo natural de atribuir importância dentro de um contexto normal. Nessas circunstâncias há uma atribuição alterada de saliência dos objetos externos e das suas representações dentro da pessoa. Assim, supõe-se que devido ao aumento de dopamina há uma atribuição errônea de saliência a estímulos pouco importantes que se tornam muito importantes para a pessoa. 
Antes da esquizofrenia se manifestar, é possível que a pessoa passe meses ou até anos acumulando experiências salientes de forma sutilmente alterada, esse período é denominado como “pródromos da doença”. Sendo assim, sensações e acontecimentos comuns para as outras pessoas, passam a ter grande significado para essa pessoa. Eventos com um grande nível de estresse, maior do que a pessoa consegue lidar, traz como consequência a estruturação dos delírios e alucinações como forma de dar um sentido para a experiência de viver com um estado de saliência alterada.
Assim podemos entender que o cérebro da pessoa está com a dopamina alterada e com sua percepção da realidade também alterada. Assim ela realmente “vê”, “ouve”, ou “sente” e a crença nos fatos é total.
CAUSAS
Ainda não se conhecem todos os mecanismos cerebrais que promovem os sintomas relacionados à esquizofrenia, mas hoje sabe-se que se trata de uma doença química cerebral decorrente de alterações em vários sistemas bioquímicos (neurotransmissores) e vias neuronais cerebrais.
Vários genes em combinação são responsáveis por estas alterações cerebrais. O ambiente, ou seja, as relações vitais que a pessoa estabelece funcionam como fatores estressores que contribuem para que estes genes ligados se ativarem e a doença apareça. Não existem fatores psicológicos ou ambientais que causam a esquizofrenia, mas sim fatores de vida que são gatilhos para o início das alterações cerebrais da doença.
Várias substâncias químicas, denominadas de neurotransmissores, estão alteradas no cérebro do esquizofrênico, principalmente dopamina e glutamato. Estudos recentes mostram diferenças na estrutura do cérebro e do sistema nervoso central das pessoas com esquizofrenia em comparação aos de pessoas saudáveis.
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA
Esquizofrenia paranoide
Tem como característica essencial a presença de delírios e alucinações de caráter persecutório ou grandioso, em sua grande maioria e podem se referir a temas religiosos, ciúme ou somatização. As alucinações também podem estar relacionadas ao conteúdo do tema delirante. O indivíduo pode apresentar extrema intensidade nos relacionamentos interpessoais, podem apresentar atitude superior e condescendente e uma qualidade afetada e formal.
Esquizofrenia heberfrênica
Esquizofrenia catatônica
Esquizofrenia simples.
ESQUIZOFRENIA PARANOIDE
TRATAMENTO
Normalmente a esquizofrenia tem como primeiros sintomas apatia, desânimo, isolamento, e sintomas cognitivos, como problemas de memória e concentração, no entanto raramente as pessoas buscam um psiquiatra por estas razões, fazendo com que o diagnóstico seja dado apenas após algum surto, que geralmente ocorre após um ano da doença.
Até o momento atual, a esquizofrenia ainda não possui cura, mas tem como principal forma de tratamento os antipsicóticos ou neurolépticos que possuem efeito calmante e combatem sintomas como delírios e alucinações. Eles atuam sobre um neurotransmissor chamado dopamina, cujo excesso provoca os sintomas positivos e desorganizados da esquizofrenia. Bloqueando canais receptores de dopamina nos neurônios, eles evitam que o excesso da substância atinja as células nervosas, reequilibrando o sistema de neurotransmissão.
A primeira geração de antipsicóticos como eram chamados foi descoberta nos anos 50 e representou uma revolução na maneira de tratar doentes mentais pela sua eficácia como receptores de dopamina e combate a psicose, no entanto logo foram registrados efeitos colaterais do tipo parkinsoniano (tremores, rigidez, lentidão e apatia) e de discinesias tardias (distúrbios do movimento, contraturas musculares) que fez com que pesquisadores buscassem desenvolver substâncias tão eficazes quanto só que melhores absorvidas pelo organismo, essas substâncias foram chamadas de antipsicóticos de segunda geração ou atípicos.
Graças à utilização destes medicamentos o número de internações por esquizofrenia reduziu drasticamente,considerando que antigamente era caracterizada como a doença de maior percentual de ocupação de leitos hospitalares do mundo e sem chances de recuperação. Os sujeitos que eram internados nesses hospitais passaram décadas em rotina manicomial que não fomentava laços e relações afetivas sociais entre os indivíduos.
 Este modelo se mostrou ineficaz apontando que após algum tempo nessas condições de confinamento os sintomas passavam a ser crônicos. 
Atualmente quando uma internação ocorre é por período breve e como ponto de partida para o tratamento com o objetivo de reduzir sintomas mais agudos, ou então quando já se esgotaram os recursos ambulatoriais e o indivíduo apresenta riscos a sua vida. 
Outra alternativa que é utilizada no tratamento de doenças psiquiátricas como a esquizofrenia é a eletroconvulsoterapia (ECT) que consiste na liberação de neurotransmissores no cérebro através de estímulos elétricos que auxiliam na melhora do quadro do paciente dentre 6 a 12 sessões realizadas em dias alternados. O paciente deve estar anestesiado e sendo monitorado clinicamente através de aparelhos que medem seus batimentos cardíacos, pressão arterial e saturação de oxigênio. 
Apesar desta prática terapêutica ser regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina e ter critérios rigorosos de realização, ainda carrega consigo o estigma de instrumento de tortura pelo fato de ter sido praticada de forma negligente no passado. Contudo se mostra eficaz e pouco arriscado, pois seu efeito colateral é a perda da memória durante o tratamento, mas que retorna posteriormente. 
As principais indicações são:
-Ausência de resposta aos antipsicóticos diante da gravidade do quadro;
-Catatonia com riscos à saúde, por inanição, desidratação e outras complicações médicas;
-Risco grande de suicídio ou tentativas sucessivas;
-Gravidez, quando o quadro é grave e há restrições ao uso de antipsicóticos.
Outra prática importante é o tratamento psicossocial, também conhecido como reabilitação psicossocial, onde se busca melhorar os sintomas e resgatar a autonomia e habilidades sociais, e também melhorar a qualidade de vida do paciente e seus familiares. O programa pode ser composto por psicoterapia individual ou em grupo, terapia ocupacional, grupos de convivência, suporte vocacional, programas de trabalho e moradia assistidos e intervenções familiares.
A psicoterapia pode ser oferecida em conjunto com o tratamento psicossocial ou isoladamente. É de suma importância que ela seja planejada de forma individual, garantindo que a intervenção seja adequada àquele determinado tipo de paciente, naquela determinada fase da doença. Durante as sessões, sejam elas individuais ou em grupo, o paciente terá espaço para falar de suas angústias e dificuldades perante a patologia e também no dia a dia. O psicólogo entra com a função de agregar valores sociais ao portador, ajudando-o a superar o seu medo e o preconceito que surge na sociedade, bem como aceitar e compreender melhor sua doença, e até como a monitorar seus próprios sintomas.
O profissional de psicologia deve auxiliar o paciente a restabelecer o contato com a realidade, o mesmo deve ser capaz de de reconhecer e distinguir as experiências reais das experiências delirantes e alucinatórias. Esse objetivo pode ser atingido por meio da utilização do Teste de Realidade, feito pela intervenção direta do psicólogo ou por outros pacientes, em casos de psicoterapia realizada em grupo. 
Outra parte desse tratamento psicoterápico é a orientação familiar. Assim como o paciente, sua família também é afetada pelo sofrimento da doença. Além de sua aceitação, é necessário que os mesmos possuam entendimento da doença, de forma que consigam conviver e auxiliar com o estresse causado por essa patologia. O trabalho entre o psicólogo e o grupo familiar do paciente pode contribuir estimulando, facilitando sua aceitação ao tratamento e reforçando sua importância.
BIBLIOGRAFIA
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAgPEAC/trabalho-esquizofrenia
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/esquizofrenia
http://www.abc.med.br/p/psicologia..47.psiquiatria/224725/esquizofrenia+o+que+saber+sobre+ela.htm
http://www.abrebrasil.org.br/web/index.php/esquizofrenia/informacao-cientifica
https://drauziovarella.com.br/letras/e/esquizofrenia/
http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34s2/a10v34s2.pdf
http://entendendoaesquizofrenia.com.br/website/?page_id=132
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000500016
https://www.psicologoeterapia.com.br/psicoterapia/esquizofrenia/

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