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Gabarito 3ª Série LCT e MAT

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SIMULADO ENEM
Instituição de ensino: 
Aluno: 
A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É AZUL. MARQUE -A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA.
Selo FSC aqui
2016
19
99
57
96
3a Série
2o DIA
PROVA 1
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 
 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta de 
Redação e 90 questões numeradas de 91 a 180, dispostas da 
seguinte maneira:
a. as questões de número 91 a 135 são relativas à área de 
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b. as questões de número 136 a 180 são relativas à área de 
Matemática e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 91 a 95 são relativas à língua 
estrangeira. Você deverá responder apenas às questões 
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida.
 2. Verifi que, no CARTÃO-RESPOSTA e na FOLHA DE REDAÇÃO, 
se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma 
divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.
 3. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços 
próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfi ca de 
tinta preta.
 4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. 
Ele não poderá ser substituído.
 5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 
5 opções identifi cadas com as letras A , B , C , D e E . 
Apenas uma responde corretamente à questão.
 6. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a 
letra correspondente à opção escolhida para a resposta, 
preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com 
caneta esferográfi ca de tinta preta. Você deve, portanto, 
assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação 
em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma 
das respostas esteja correta.
 7. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e 
trinta minutos.
 8. Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARTÃO-
-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no 
CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
 9. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA 
DE REDAÇÃO.
10. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO-
-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
11. Você somente poderá deixar o local de prova após decorridas 
duas horas do início da sua aplicação. 
12. Você será excluído do exame caso:
a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou 
relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones 
de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de 
qualquer espécie;
b. se ausente da sala de provas levando consigo o 
CADERNO DE QUESTÕES, antes do prazo estabelecido, 
e/ou o CARTÃO-RESPOSTA;
c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer 
participante do processo de aplicação das provas;
d. se comunique com outro participante, verbalmente, por 
escrito ou por qualquer outra forma;
e. apresente dado(s) falso(s) na sua identifi cação pessoal.
PROVA DE REDAÇÃO E DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 3
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema O uso do eufemismo e da 
linguagem politicamente correta, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize 
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
A LINGUAGEM ENQUANTO FERRAMENTA POLÍTICA […]
Vamos começar discutindo o que é o tal do “politicamente correto”? Pra mim, nada mais é do que a expressão e grito de po-
pulações historicamente marginalizadas. Estamos falando de negros, mulheres, trans, gays, lésbicas e outras minorias. Estamos 
falando de indivíduos silenciados, desconsiderados, discriminados e que hoje “se atrevem” (que loucura, não?) a lutar por respeito. 
[…]
Nós usamos expressões que traduzem tensões históricas. Uma das coisas que mais destaca essa diferença que muitos 
fingem não perceber é a interpretação que temos quando usamos a palavra branco e negro, por exemplo, e como elas mudam 
o contexto em que estão inseridas. Coisas negras ou de negros geralmente têm conotação negativa. Quer ver só? É o caso do 
“cabelo ruim”, “magia negra” e “serviço de preto”. Em contrapartida, as coisas “de branco”, conotam coisas boas e amenas, é 
o caso de “negro de alma branca”, “magia branca”, “cabelo bom” e “inveja branca”.
[…]
LIMA, Amanda. A linguagem enquanto ferramenta política: a linguagem politicamente correta, discriminação e racismo. Capitolina, ed. 15, 15 jun. 2015. Disponível em: 
<www.revistacapitolina.com.br/a-linguagem-enquanto-ferramenta-politica-a-linguagem-politicamente-correta-discriminacao-e-racismo/>. Acesso em: 9 nov. 2015.
TEXTO II
[…]
A respeito da linguagem “politicamente correta”, há controvérsias em relação ao seu uso e aplicação. A primeira coisa que 
precisamos entender é que a linguagem não aceita patrulhamentos. […]
[...]
Ainda sobre a expressão “Politicamente Correta”, Andrea Semprini lembra que a mesma “foi tomada do jargão stalinista dos anos 
50 que designava a obediência irrestrita à linha política ditada pelo comitê central”. Atualmente, os que adotam o “pc” preocupam-
-se em evitar que a autoestima das minorias sejam atingidas com humilhações e/ou ofensas. Assim, é implantada uma política de 
purificação da língua que quer “acrescentar ao idioma expressões e termos novos, a fim de valorizar os indivíduos e os grupos cuja 
importância é ignorada não somente pela atitude monocultural dos grupos dominantes, mas também pela linguagem, que não prevê 
termos para designá-los de maneira específica ou aceitável”.
As duas correntes do “pc” utilizam-se das concepções de linguagem extremamente opostas: uma que vê a linguagem como 
um código controlador e outra que entende ser a linguagem uma forma de interação social. A grande diferença entre elas é que há 
uma terceira via a ser considerada: a lingua[gem] nunca é neutra. Haverá sempre uma ideologia permeando os discursos. […]
[…]
AMARAL, Nair Ferreira Gurgel do. Linguagem politicamente correta. Conhecimento prático Língua Portuguesa, São Paulo, ed. 43, 2013. Disponível em: 
<http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/43/artigo300412-2.asp>. Acesso em: 9 nov. 2015.
TEXTO III
EUFEMISMOS
Muitos consideram hipocrisia o uso de eufemismos e defendem que devemos chamar as coisas por seu nome. […]
[…]
O movimento chamado de “politicamente correto” fornece muitos exemplos de palavras que estariam carregadas de cono-
tações negativas. Por isso, prega que elas devem ser evitadas, e substituídas por palavras sem aquela carga. Melhor ainda se 
forem substituídas por palavras de carga positiva.
[…]
Se, em vez de “cliente desde…”, constar no talão de cheques que Fulano é “amigo desde…”, a relação leonina entre banco 
e cliente se torna menos pesada, menos injusta, menos assimétrica.
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 4
São os famosos eufemismos, que, por um lado, se destinam a evitar empregos de termos tabus (em vez de “morrer”, diz-se 
“falecer”/ “faltar’) e, por outro, a evitar termos marcados negativamente.
A fronteira entre o que parece uma questão de boas maneiras […] e uma questão ideológica que divide grupos sociais nem 
sempre é muito clara, ou só o é nos casos extremos.
[…]
POSSENTI, Sírio. Eufemismos. Instituto Ciência Hoje, Rio de Janeiro, 28 fev. 2014. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/eufemismos>. Acesso em: 9 nov. 2015.
TEXTO IV
LINGUAGEM INCLUSIVA
[…]
Evite expressões preconceituosas, ofensivas a indivíduos ou grupos ou que possam representar atentado à igualdade entre 
os cidadãos, valor fundamental da Constituição.
[…]
Mençõesa situações de deficiências, incapacidades ou quadros patológicos devem ser feitas em contexto e sem tom de 
piedade. A pessoa com deficiência também tem nome, sobrenome e dignidade a ser respeitada.
Use preferencialmente o termo pessoa com deficiência, adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo 
a ONU, “pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em 
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas”.
O termo deficiente só deve ser usado em último caso, como recurso estilístico para evitar repetição no texto.
Não use os termos pessoa portadora de deficiência ou pessoa com necessidades especiais.
Jamais use termos pejorativos, como aleijado, defeituoso, incapacitado, inválido. 
[…]
BRASIL. Congresso. Senado. Linguagem inclusiva. Manual de Comunicação da Secom, Brasília, DF, Ato da Comissão Diretora n. 18, 2012. 
Disponível em: <www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/redacao-e-estilo/estilo/linguagem-inclusiva>. Acesso em: 9 nov. 2015.
Instruções:
• O texto deve ser escrito à tinta e em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito 
de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insufi ciente”;
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos;
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
A correção da Redação deve considerar os seguintes critérios:
Critério/Competência Observar
1) Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Utilizar a norma culta da língua portuguesa, evitando erros de ortografi a e de pontuação. 
2) Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias 
áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites 
estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
Tratar do uso do eufemismo e da linguagem politicamente correta. Poderá abordar o racismo, 
desde que não fuja do tema proposto; caso contrário, será considerado que o texto apenas 
tangenciou o tema, recebendo uma pontuação menor.
3) Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, 
opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Argumentar e defender um ponto de vista de forma coesa e coerente, utilizando-se do seu 
conhecimento prévio sobre o assunto. Trechos que sejam cópias dos textos motivadores serão 
desconsiderados na correção. 
4) Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários 
para a construção da argumentação.
Apresentar um bom domínio dos instrumentos coesivos e de diversidade lexical, evitando 
ambiguidades e redundâncias.
5) Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitan-
do os direitos humanos.
Elaborar uma proposta de intervenção que esteja de acordo com o ponto de vista defendido no 
decorrer do texto, sem desrespeitar os direitos humanos.
COMENTÁRIO:
A redação desenvolvida deve discutir o uso do eufemismo e da linguagem politicamente correta. Deve-se observar que o eufemismo é também uma forma de censura e 
alienação. Além disso, a discussão de uma linguagem politicamente correta estimula o uso consciente de palavras e expressões. Redações que apresentem tais caracte-
rísticas e possíveis soluções para o tema devem ser valorizadas, enquanto textos que se limitem a reproduzir as ideias contidas na coletânea ou que tangenciem o tema 
devem receber desconto nas notas atribuídas. 
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 5
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS 
Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção Inglês)
QUESTÃO 91
STILL I RISE
You may write me down in history
With your bitter, twisted lies, 
You may trod me in the very dirt
But still, like dust, I’ll rise.
Does my sassiness upset you?
Why are you beset with gloom?
‘Cause I walk like I’ve got oil wells
Pumping in my living room.
Just like moons and like suns,
With the certainty of tides, 
Just like hopes springing high,
Still I’ll rise.
Did you want to see me broken?
Bowed head and lowered eyes? 
Shoulders falling down like teardrops, 
Weakened by my soulful cries? 
Does my haughtiness offend you? 
Don’t you take it awful hard
‘Cause I laugh like I’ve got gold mines 
Diggin’ in my own backyard. 
You may shoot me with your words, 
You may cut me with your eyes, 
You may kill me with your hatefulness,
But still, like air, I’ll rise. 
Does my sexiness upset you? 
Does it come as a surprise 
That I dance like I’ve got diamonds 
At the meeting of my thighs? 
Out of the huts of history’s shame 
I rise 
Up from a past that’s rooted in pain
I rise 
I’m a black ocean, leaping and wide, 
Welling and swelling I bear in the tide.
Leaving behind nights of terror and fear 
I rise 
Into a daybreak that’s wondrously clear 
I rise 
Bringing the gifts that my ancestors gave, 
I am the dream and the hope of the slave.
I rise
I rise
I rise.
ANGELOU, Maya. “Still I Rise”. In: _____. And Still I Rise. Nova York: Random House, 1978. 
Maya Angelou (1928-2014) foi uma importante escritora e ativista dos direitos civis norte-americana. “Still I Rise” é um dos 32 
poemas do livro And Still I Rise, publicado em 1978, e trata
A da resiliência e da determinação da autora, que supera expectativas ao não se deixar abalar por suas difi culdades como afrodes-
cendente; ao contrário, vive sua ancestralidade com orgulho. 
B da época de escravidão vivida pelos negros norte-americanos, que eram obrigados a trabalhar em poços de petróleo, minas de 
ouro, diamantes, além de viverem em condições degradantes. 
C da história de superação da autora, que alcançou uma carreira de sucesso mesmo após viver em condições degradantes como 
escrava em sua juventude, trabalhando em minas de ouro e poços de petróleo. 
D do sentimento de vingança da autora, que se ressente de todo o sofrimento vivido em sua infância e que luta para superar e esque-
cer, tendo conquistado riqueza e reconhecimento. 
E da determinação da autora em superar seu passado de pobreza e de humilhação, vingando seus ancestrais ao viver atualmente 
uma carreira de sucesso e ascensão social. 
QUESTÃO 91
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H7
Difi culdade: Fácil
O poema trata da resiliência da autora, que, para o espanto de todos, supera as difi culdades e os 
preconceitos impostos por sua cor de pele sem nunca perder o orgulho de sua ancestralidade 
africana. O poema não trata da escravidão especifi camente, nem a autora foi uma escrava em sua 
juventude. Também não há percurso de vingança ou conquista de riqueza e sucesso para isso. 
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 6
QUESTÃO 92
The Science of Happy Families
Created by
happifyTM
Science-based activities & games for a happier, healthier life at Happify.com
They Need Us
68%
of us say our parentes 
depend on us for 
emotional support.
…and We Need Them
60% 
of us say our brother 
or sister is one of our 
best friends.
They Build Us Up
Research shows we have better self-esteem in adulthood if we had and 
affectionate relationship with our parents when we were young.
Didn’t Feel the Love as a Kid?
Researchers say adults can offset the negative 
psychological consequences of a less-than-warm 
upbringing by having a work, marital or parental 
identity of their own.
They Set An Example
We’re also more likely to get along well with our own kids 
as they age if we had positive, trusting relationships with our 
parents when we werechildren. 
WHY FAMILY RELATIONSHIPS MATTER
Disponível em: <www.huffingtonpost.com/entry/how-our-family-affects-our-happiness_560ed2d9e4b0af3706e0b07b>. Acesso em: 23 jan. 2016. 
O site Happify dedica-se a ajudar as pessoas a viverem uma vida mais feliz trazendo dados científicos e indicando atividades para 
alcançar esse fim. No infográfico apresentado, criado pelo site, há algumas informações sobre como nossas relações familiares 
afetam nosso bem-estar. Segundo os dados apresentados, 
A nossa autoestima na vida adulta será melhor se, quando jovens, tivermos vivido uma relação afetuosa com nossos pais. 
B pessoas que viveram um relacionamento frio com os parentes na infância tendem a reproduzir esse comportamento na vida adulta.
C 68% dos fi lhos dependem emocionalmente dos pais e 60% das pessoas dependem de irmãos e parentes. 
D nossa relação com parentes também é importante, pois determina nossa habilidade de transmitir afeto para nossos fi lhos. 
E nossa autoestima na vida adulta pode ser melhorada se desenvolvermos uma relação afetuosa com nossos cônjuges. 
QUESTÃO 92
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H5
Difi culdade: Média
Segundo a pesquisa da Happify, 
nossa autoestima na vida adulta 
será melhor se tivermos tido uma 
relação afetuosa com nossos pais 
quando jovens. Dos entrevistados, 
68% acham que os pais dependem 
dos fi lhos para suporte emocional, 
além de 60% responderem que 
têm o irmão ou irmã como me-
lhor amigo. Também há dados de 
que podemos superar os efeitos 
negativos de uma criação fria e 
distante ao construirmos nossa 
própria identidade como cônju-
ges, pais ou trabalhadores. Somos 
também mais propensos a ter um 
bom relacionamento com nossos 
fi lhos conforme eles crescem se 
tivermos tido um relacionamento 
de confi ança com nossos pais. 
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 7
QUESTÃO 93
YOUR HEALTH COUNTS ON COUNTING SHEEP
Are you staying healthy?
When we hear this, most of us think about our annual checkups, how many fruits and vegetables we eat, or whether we exercised 
enough for the day. But there’s an important tool we can’t forget: our pillows. When it comes to our health, sleeping habits can be 
just as important as diet and exercise.
[…]
You’ll probably spend about a third of your entire life sleeping. And while some people used to think that this time was spent 
with a quiet mind and rested body, the truth is that your body is hard at work during those hours. While you sleep, your brain is 
forming the neural pathways that help us learn, create memories and develop new insights. And your body is setting a pattern 
for the release of hormones essential to how you use energy and protect against infection.
[…]
For you individually, a lack of sleep can hamper your performance, your mood and your health. It can slow down your reaction 
time and cloud your thinking, even if you cut back by just a single hour. We also know that people who chronically miss sleep 
are at higher risk of suffering depression. And researchers have linked less sleep with a higher risk of high blood pressure, heart 
disease and other medical conditions. It’s even been shown to make immunizations like your flu shot less effective.
[…]
So starting tonight, follow some of these Dos and Don’ts to get enough sleep to feel refreshed and restored:
DO:
• Stick to a consistent sleep schedule
• Relax before bed
• Create a good sleeping environment by keeping noises, bright lights, TVs or computers away from the bedroom.
DON’T:
• Have caffeine, alcohol or large meals and beverages before bed
• Take a nap after about 3 p.m.
If you’re still finding it tough to get a good night’s rest, talk to your doctor.
[...]
Disponível em: <www.huffingtonpost.com/sylvia-mathews-burwell/sleep-health_b_8389470.html?utm_hp_ref=healthy-living>. Acesso em: 26 out. 2015. 
De acordo com as informações fornecidas pelo texto, 
A apenas uma hora a menos de sono já pode prejudicar sua performance, humor e saúde. 
B deve-se manter um horário consistente de sono, deixando as sonecas para depois das 3 horas da tarde. 
C a falta de sono pode baixar sua pressão sanguínea e prejudicar a saúde do seu coração. 
D deve-se criar um bom ambiente para o sono, apagando as luzes e deixando a TV ligada. 
E mesmo coisas simples, como vacinas contra a gripe, podem afetar seu padrão de sono.
QUESTÃO 93
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H6
Difi culdade: Média
Segundo as pesquisas apresentadas no texto, a falta de sono prejudica nossa saúde, humor e performance, mesmo se tivermos dormido apenas uma hora a menos do que 
o necessário. As sonecas devem ser evitadas depois das 3 horas da tarde. A falta de sono pode aumentar a pressão sanguínea. Deve-se criar um bom ambiente para o sono, 
evitando barulhos, luzes fortes e televisões e computadores próximos da cama. A falta de sono pode tornar a vacina contra gripe menos efetiva. 
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 8
QUESTÃO 94
Disponível em: <http://catalog.fborfw.com/strips/03/fb090503.gif>. Acesso em: 30 out. 2015.
Na tira da série “For better or for worse”, o humor reside
A no fato de a mãe querer controlar o modo de se vestir da fi lha, sugerindo o que ela deveria ou não usar para ir à escola. 
B na relação complicada entre mãe e fi lha, as quais discutem a melhor maneira de a fi lha se vestir. 
C no fato de a fi lha contrariar todas as sugestões da mãe e, no fi nal, usar a mochila para se aquecer. 
D na relação amigável entre mãe e fi lha, as quais discutem, mas concordam com tudo. 
E no caráter superprotetor da mãe, a qual quer que a fi lha vista um casaco, mesmo estando quente fora de casa. 
QUESTÃO 95
[…]
Returning hate for hate multiplies hate, adding deeper darkness to a night already devoid of stars. Darkness cannot drive 
out darkness; only light can do that. Hate cannot drive out hate; only love can do that. Hate multiplies hate, violence multiplies 
violence, and toughness multiplies toughness in a descending spiral of destruction.
KING JR., Martin Luther. “Loving Your Enemies”. Disponível em: <http://kingencyclopedia.stanford.edu/encyclopedia/quotes_contents.html>. Acesso em: 20 out. 2015. 
Martin Luther King foi um importante ativista norte-americano dos direitos civis. Na citação, o intuito do autor é
A incentivar atos de ódio e violência.
B alertar sobre iminentes ações de ódio.
C declarar seu ódio pela violência.
D desencorajar atos de ódio e violência. 
E julgar aqueles que praticam ações violentas. 
QUESTÃO 94
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H6
Difi culdade: Média
O humor está no fato de a fi lha contrariar todas as sugestões da mãe para se aquecer, 
mesmo sabendo que fora de casa está frio e que terá apenas a mochila para aquecer 
suas costas. O único intuito da mãe é proteger a fi lha do frio, e não controlar seu 
modo de se vestir. 
QUESTÃO 95
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H6
Difi culdade: Média
A citação de Martin Luther King Jr. tem o intuito de desencorajar atos de violência 
e ódio, pois, segundo o autor, tais atos apenas multiplicam a violência e o ódio já 
existentes, levando a um caminho de destruição. 
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LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 9
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS 
Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção Espanhol)
Leia o texto a seguir e responda às questões 91 e 92.
INCURSIÓN EN LA LEJANA SIBERIA
Rusia. Del otro lado del mundo, cerca de China y 
Mongolia, la ciudad de Irkutsk, grande y dinámica, combina 
el tradicional estilo soviético con construcciones francesas
Los paquetesde té se abarrotan en un local del mercado. 
Proceden de China, Japón, India, Ceylán... Hay té negro, rojo, 
verde, blanco, azul, saborizado con chocolate, con cítricos... un 
verdadero festival de aromas. Fue el intercambio de finas pieles 
rusas por té, porcelana y seda chinos lo que convirtió a Irkutsk 
en una ciudad próspera del sur de Siberia ya en el siglo XVIII.
Y a esa prosperidad le llegó educación y un mínimo de 
refinamiento cuando empezaron a arribar a esta parte de Siberia 
oriental los revolucionarios decembristas, aquellos militares 
de las principales familias de la nobleza rusa desterrados de 
por vida por el zar Nicolás I en 1826 por querer hacer política.
[...]
Este enclave siberiano de inviernos largos y clima inclemente 
se halla exactamente en las antípodas de la ciudad chilena de 
Punta Arenas, otra geografía dura, de vientos constantes y clima 
crudo, que también floreció a fines del siglo XIX y comparte 
con Irkutsk la misma arquitectura francesa en las antiguas 
mansiones que aún se mantienen en pie.
Me sorprende caer en cuenta de esta situación de 
que, a tanta distancia y en entornos tan diferentes, las dos 
ciudades muestren tantos rasgos en común. Es llamativo pero 
comprensible, ambas tuvieron su auge a fines del siglo XIX. 
Aquí, por la llegada de la electricidad, el telégrafo, el agua 
corriente y el Transiberiano.
En ambos casos, fue en la época en la que los comerciantes 
ricos imitaban las modas parisinas y se imponía la arquitectura 
francesa.
Toda esa modernidad a fines de 1800, junto con la 
construcción europea y aquellas ideas liberales y educación 
que habían florecido a partir de la nobleza desterrada, fue por 
lo que Irkutsk se ganó el nombre de la París de Siberia.
BUSTOS, Elida. Incursión en la lejana Siberia. La Nación – Viajes. Disponível em: <www.
lanacion.com.ar/1836784-incursion-en-la-lejana-siberia>. Acesso em: 23 out. 2015.
QUESTÃO 91
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H6
Difi culdade: Média
De acordo com o texto, no século XVIII a cidade de Irkutsk, muito próxima da China 
e da Mongólia, intercambiava fi nas peles russas por chá, porcelana e sedas chinesas, 
convertendo-se em uma cidade próspera. Portanto, foi esse intercâmbio comercial 
que a converteu em uma cidade rica, conforme explica a alternativa E.
QUESTÃO 92
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H6
Difi culdade: Fácil
Segundo a autora, Irkutsk e Punta Arenas são muito parecidas, apesar da grande 
distância, pois ambas alcançaram seu auge no fi nal do século XIX, além de comparti-
lharem uma geografi a dura e terem as mesmas inspirações francesas na arquitetura, 
conforme indica a alternativa A.
QUESTÃO 91
O texto trata de uma cidade siberiana chamada Irkutsk, que 
alcançou a prosperidade
A graças ao comércio do chá que vinha de diversas partes do 
planeta e que foi cultivado e revendido pelos cidadãos da 
Sibéria, tornando a cidade um grande centro mercantil.
B graças às escolas criadas pelos revolucionários que vinham 
de famílias nobres da Rússia, expulsas de Moscou pelo czar 
Nicolau I.
C graças à chegada da eletricidade, do telégrafo, da água 
corrente e do Transiberiano, trem que cruza toda a Sibéria e 
é sinônimo de modernidade na região.
D por causa das ideias liberais da nobreza russa, que reper-
cutiam na educação oferecida na cidade.
E por causa das relações internacionais entre a Rússia e a China 
e seu intercâmbio de mercadorias.
QUESTÃO 92
Para a autora do texto, apesar de distantes, duas cidades pos-
suem características comuns. São elas
A Irkutsk e Punta Arenas, pela geografi a dura e pela inspiração 
na arquitetura francesa.
B Irkutsk e Paris, pelas ideias liberais de seus revolucionários 
inspiradas na Revolução Francesa, o que converteu a cidade 
russa na Paris siberiana.
C Punta Arenas e Paris, pois os chilenos imitavam a moda dos 
parisienses e também sua arquitetura.
D Irkutsk e Punta Arenas, pela modernidade que chegou a elas 
no ano 1800.
E Irkutsk e Paris, pelo clima de ventos gelados, longo inverno e 
geografi a dura, comum na Europa. 
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 10
Leia o texto a seguir e responda às questões 93 e 94.
EL FANTASMA AL QUE NADIE TEMÍA
Hoy nos toca comentar El fantasma de Canterville, de Oscar 
Wilde, sin dudas uno de los más perturbadores escritores de 
la literatura universal. Porque perturba, incomoda, maravilla, 
aterroriza y al mismo tiempo hace reír.
Al terror de este cuento largo o novela corta, se lo suele 
clasificar como gótico porque, entre otras características del 
género, la acción transcurre en un escenario medieval y dentro 
de un castillo.
La historia empieza cuando el funcionario público 
estadounidense – en algunas traducciones, el ministro, en otras, 
el embajador – Hiram B. Otis compra el castillo de Canterville, 
en Inglaterra, adonde se instala con a su familia. En un rapto 
de honestidad, su propietario, el aristócrata lord Canterville le 
confiesa al comprador que un fantasma habita allí desde hace 
más de trescientos años, que lo enfrentaron distintos integrantes 
de su familia y su aparición todas las veces fue seguida de una 
muerte o algún hecho catastrófico para el que se había topado 
con él. De todos modos el señor Otis compra la propiedad 
“con el fantasma en su inventario”. Al mudarse junto con su 
familia compuesta por tres hijos – dos gemelos, una joven – y 
su esposa, advierten que el ambiente es lúgubre, como también 
lo es su añeja ama de llaves, la señora Umney quien llevaba 
encontrándose con el fantasma desde hacía 50 años.
Pero esta familia es norteamericana y ya por entonces 
comenzaba a perfilarse el estilo consumista de su sociedad. 
Para cada necesidad hay un producto. En lugar de aterrorizarse 
en sus encuentros con el fantasma, todos lo llenan de consejos 
y productos infalibles para solucionarle sus problemas: un 
aceite para el ruido de sus cadenas, un limpiador poderoso 
para sacar una mancha de sangre en el suelo que persistía 
con el paso de los siglos, y para los más chicos se convierte en 
un objeto de burlas y juegos. El fantasma, empieza a sentirse 
desconcertado y termina por sentir miedo de la familia.
[...]
CHUEKE, Daniela. El fantasma al que nadie temía. Revista Ohlala – Club de Lectura. 
Disponível em: <www.revistaohlala.com/1818352-el-fantasma-al-que-nadie-temia>. 
Acesso em: 5 nov. 2015.
QUESTÃO 93
No início de sua descrição sobre O fantasma de Canterville, 
obra de Oscar Wilde, a autora afirma que, ao mesmo tempo 
em que o conto perturba, incomoda, maravilha e aterroriza, 
também “hace reír”, o que pode ser bastante incomum para 
uma obra considerada gótica. Um trecho do texto que justifica 
essa opinião da autora é
A “En un rapto de honestidad, su propietario, el aristócrata lord 
Canterville le confi esa al comprador que un fantasma habita 
allí desde hace más de trescientos años [...]”.
B “Al mudarse junto con su familia compuesta por tres hijos – dos 
gemelos, una joven – y su esposa, advierten que el ambiente 
es lúgubre […]”.
C “Pero esta familia es norteamericana y ya por entonces co-
menzaba a perfi larse el estilo consumista de su sociedad.”
D “[…] la señora Umney quien llevaba encontrándose con el 
fantasma desde hacía 50 años.”
E “El fantasma, empieza a sentirse desconcertado y termina por 
sentir miedo de la familia.”
QUESTÃO 94
No trecho “Al mudarse junto con su familia compuesta por tres 
hijos – dos gemelos, una joven – y su esposa, advierten que 
el ambiente es lúgubre, como también lo es su añeja ama de 
llaves, la señora Umney quien llevaba encontrándose con el 
fantasma desde hacía 50 años”, é possível trocar a palavra 
destacada, sem perder o sentido da oração, por
A tranquila (tranquila).
Binfeliz (infeliz).
C envejecida (envelhecida).
D viva (viva).
E afable (afável).
QUESTÃO 93
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H6
Difi culdade: Difícil
Das alternativas propostas, apenas a alternativa E mostra um fato passível de causar 
riso ao leitor: um fantasma que assombra o castelo medieval há mais de 300 anos 
passou a sentir medo de uma família, algo insólito para a literatura de terror. 
QUESTÃO 94
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H5
Difi culdade: Difícil
“Añeja” tem como sinônimo a palavra “envejecida”, a única das alternativas em que 
a substituição não trocaria o sentido da oração. O texto nos informa que a ama das 
chaves encontrava o fantasma havia 50 anos, indicando que Umney era uma senhora 
já idosa.
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 11
QUESTÃO 95
BEAUMONT, Pierre S.; FISHER, Bud. Benitin y Eneas. Disponível em: <www.gocomics.com/
espanol/muttandjeffespanol/2015/10/23>. Acesso em: 5 nov. 2015.
Nas histórias em quadrinhos, é comum o autor se valer de re-
cursos gráficos para exprimir alguma situação. No caso dessa 
tirinha, a causa do ponto de interrogação no último quadrinho 
deve-se
A ao fato de o personagem ver seu amigo escrevendo tão rápido 
quanto ele afi rma no penúltimo quadrinho.
B ao fato de o personagem não entender como seu amigo des-
conhece o assassino em sua obra, se ele a está escrevendo.
C à rapidez com que o personagem escreve uma história de 
suspense para descobrir quem é o assassino.
D ao fato de o autor da história só revelar quem é o assassino 
no último capítulo de seu livro.
E ao fato de o personagem não entender como seu amigo con-
segue guardar segredo, até o último capítulo, sobre quem é o 
assassino da história. 
QUESTÃO 95
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H5
Difi culdade: Média
O ponto de interrogação no último quadrinho tem a função de exprimir uma con-
fusão, uma dúvida do personagem, que não compreende como o autor de uma 
história não conhece o próprio desfecho da obra que está escrevendo. Portanto, 
a alternativa B é a correta.
QUESTÃO 96
Conteúdo: Interpretação de texto
C4 | H12
Difi culdade: Média
Uma das principais características de Salvador Dalí na pintura é a abordagem de 
imagens que criam ilusões ópticas, provocando o efeito de ambiguidade visual. A 
obra apresentada tem como tema a mulher representando a Espanha em um mo-
mento de guerra civil. Sua silhueta é formada por outros elementos que compõem o 
quadro e pela situação que ele busca representar dentro do tema, como os homens 
lutando, que formam seu busto e sua face. 
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QUESTÃO 96
Espanha, de Salvador Dalí, 1938. 
Disponível em: <www.naturale.med.br/artes/5_dali_e_millet/UmcafcomJeanFranoisMillete/
Espanha_1938_dali%20_museu_rotterdam_museu_boyman_van_beunigen.html>. 
Acesso em: 30 nov. 2015.
A obra de Dalí é sempre surpreendente, marcada por aspectos 
únicos que caracterizam seu estilo. 
Na obra acima, pode ser percebido(a)
A a leveza nos traços, que trazem a delicadeza da mulher e a bru-
talidade do homem, criando um paradoxo onírico e tempestivo. 
B a ambiguidade visual, com traços surrealistas, criando uma ilu-
são óptica, em que o campo de batalha confi gura uma silhueta 
feminina. 
C um contraponto de ideias e temas entrelaçados, complemen-
tando a tese surrealista de que o racional e o estranho formam 
o inconsciente. 
D uma previsibilidade marcante da estética surrealista, banalizando 
a ordem moral existente nas relações humanas (homem × mulher).
E uma oposição de extremos enigmáticos, criando um dualismo 
entre o sombrio e o inconsciente, representando a luta de 
classes. 
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 12
QUESTÃO 97
O QUERERES
Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão
[...]
Caetano Veloso. “O quereres”. In: Totalmente demais. 
Intérprete: . Polyran, Philips, 1986. Faixa 3. 
A letra acima reproduz os versos iniciais da canção O quereres, 
de Caetano Veloso, um dos mais influentes artistas brasileiros 
no campo musical. Pela leitura, depreende-se que
A há um confronto de convivência amorosa, marcado por opo-
sições por meio de antíteses e metonímias. 
B há uma relação de causa e consequência decorrente de um 
amor platônico, que resultou em dor e sofrimento.
C coexistem duas situações: a perda do amor idealizado ao lado 
do sentimento do desejo do não ser do eu lírico. 
D há um grito de clamor do eu lírico para que se desprenda de 
uma relação doentia, marcada por violência à mulher. 
E prevalece o desejo do amor idealizado em detrimento do so-
frimento amoroso, situação marcada por intensos paradoxos. 
QUESTÃO 98
[...] O coco é uma dança popular nordestina, cantado em 
coro e refrão que responde aos versos do “tirador de coco”, 
chamado também “coqueiro”. É canto-dança das praias e do 
sertão encontrado em vários estados nordestinos. Em cada um 
deles recebe nomes específicos tais como: coco praieiro na Pa-
raíba; Bambelô ou coco de Zambê no Rio Grande do Norte; Tará 
ou coco de roda em Pernambuco; samba de aboio ou samba 
de coco em Sergipe e Coco, pagode ou samba em Alagoas. É 
uma dança de roda cantada, com acompanhamento de pan-
deiros, ganzás, cuícas e das palmas dos que formam a roda. 
Há vários tipos de coco, e esta variedade não se verifica 
exclusivamente entre os estados, mas também em seu interior, 
até mesmo numa única cidade. [...]
Tatu Dançando. Apostila do Grupo de Danças Brasileiras - Baiadô. 2005. In: Danças 
populares brasileiras. Disponível em: <www.ufscar.br/~defmh/spqmh/coloq07/oficinas/
danca.pdf>. Acesso em: 6 nov. 2015.
O coco é uma manifestação cultural típica do nordeste bra-
sileiro. Sua presença em diversos estados, de acordo com o 
exposto no texto, permite inferir corretamente que
A a cultura popular brasileira é rica e diversa, apresentando va-
riações em distintas regiões do Brasil.
B a infl uência africana foi essencial para que houvesse uma 
grande variedade de representações do coco no país.
C embora com nomes distintos, a essência do coco é a mesma 
em todo o território nacional.
D o samba, como ritmo tradicional carioca, foi grande infl uencia-
dor e difusor do coco em todo o Brasil.
E existe uma relação direta entre o cotidiano das pessoas e 
as manifestações culturais, o que torna o coco exclusivo de 
regiões litorâneas.
QUESTÃO 97
Conteúdo: Interpretação de texto
C5 | H16
Difi culdade: Média
A letra da canção marca uma situação amorosa em confl ito. A oposição entre um 
“eu” e um “tu” é marcada por antíteses e metonímias, como quando o autor emprega 
a palavra “revólver” para se referir à violência, e a palavra “coqueiro” para se referir 
à tranquilidade, mansidão. Há confl ito entre o ser e o não ser, desejo do outro sobre 
o eu lírico. 
QUESTÃO 98
Conteúdo: Dança
C4 | H13
Difi culdade: Fácil
Conforme exposto no texto, o coco é uma dança popular nordestina que tem varia-
ções em diversos estados e até mesmo em diversas cidades de um mesmo estado. 
Isso demonstra a dinamicidade das manifestações culturais e, por consequência, sua 
riqueza, já que cada povo ou comunidade pode fazer adaptações que tornam a dança 
realizada em cada região muito particular.LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 13
QUESTÃO 99
[...] o futebol brasileiro tem tudo, menos o seu psicanalista. 
Cuida-se da integridade das canelas, mas ninguém se lembra 
de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocio-
nal do jogador. E, no entanto, vamos e venhamos: — já é tempo 
de atribuir-se ao craque uma alma, que talvez seja precária, 
talvez perecível, mas que é incontestável. 
A torcida, a imprensa e o rádio dão importância a peque-
ninos e miseráveis acidentes. Por exemplo: — uma reles dis-
tensão muscular desencadeia manchetes. Mas nenhum jornal 
ou locutor jamais se ocuparia de uma dor de cotovelo que 
viesse acometer um jogador e incapacitá-lo para tirar um vago 
arremesso lateral. […] 
RODRIGUES, Nelson. Freud no futebol. In: . À sombra das chuteiras imortais: 
crônicas de futebol. Seleção e notas: Ruy Castro. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
O trecho da crônica “Freud no futebol”, de Nelson Rodrigues, 
permite concluir que
A a “dor de cotovelo” representa a inveja que o jogador de futebol 
sente diante de outro craque com alma.
B o jogador deve ser considerado um ser único, por isso seu trei-
namento deve ser realizado por profi ssionais multidisciplinares.
C o futebol é um jogo que tem pouca relevância no cenário es-
portivo brasileiro. 
D o desempenho e o resultado, durante o jogo, têm pouca impor-
tância, pois o mais interessante é a participação do jogador.
E os traumas físicos que acometem o jogador de futebol, seja 
durante o treinamento, seja durante a partida, são os menos 
divulgados pela imprensa. 
QUESTÃO 100
Disponível em: <www.bahianoticias.com.br/app/imprime.php?
tabela=entretenimento_noticias&cod=13007>. Acesso em: 7 out. 2015.
De acordo com a imagem, podemos identificar que, no Brasil
A as brincadeiras de roda, com as quais as crianças antigamente 
se divertiam, deixaram de existir por conta da tecnologia. 
B as brincadeiras de roda são manifestações culturais presentes 
no cotidiano dos brasileiros. 
C os jogos perderam seu lugar em nossa sociedade pela dimi-
nuição de espaços físicos adequados. 
D as brincadeiras de roda exigem uma intensa carga emocional 
e física de seus participantes. 
E o jogo pode apresentar uma característica competitiva e im-
previsível quando praticado entre muitas crianças. 
QUESTÃO 101
As corridas de rua se transformaram em uma febre esportiva. 
As pessoas reconhecem a importância do correr para a ma-
nutenção de hábitos saudáveis. Entretanto, no momento de 
comprar um calçado, o praticante de corrida deve considerar 
alguns fatores, dentre os quais podemos citar
A seu peso.
B seu tipo de pisada.
C seu estilo.
D sua altura.
E sua idade.
QUESTÃO 99
Conteúdo: Esporte 
C3 | H9
Difi culdade: Média
A crônica de Nelson Rodrigues faz uma crítica à forma de preparação do jogador de 
futebol brasileiro, focada no aspecto físico. Apesar de indissociável, o ser humano 
pode ser estudado sob o olhar de diversas áreas do conhecimento. A Psicologia é 
uma dessas áreas que pode contribuir para essa preparação, na medida em que é 
necessário compreender por que e para que jogamos (por exemplo, para ter uma 
interação social; por apreciação e gosto pelo movimento; para competir). 
QUESTÃO 100
Conteúdo: Brincadeiras 
C3 | H9
Difi culdade: Fácil
As brincadeiras de roda são um tipo de manifestação folclórica brasileira, em que as 
crianças formam um círculo dando as mãos e se movem sob o ritmo de uma cantiga. 
QUESTÃO 101
Conteúdo: Esporte e movimento
C3 | H10
Difi culdade: Média
O movimentar-se é afetado pelas estruturas corporais, e os pés desempenham um 
papel fundamental nas habilidades de locomoção. Conhecer o tipo de pisada é um 
fator importante a se considerar no momento de comprar um calçado, pois, sem isso, 
corre-se o risco de sobrecarregar as estruturas corporais e até causar lesões. Os 
tipos de pisada são supinadora, pronadora e neutra, as quais variam de acordo com 
as características anatômicas do pé.
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LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 14
[…]
[…] Era impossível entrar em Tebas. Um monstro fazia o terror reinar ali, recusando a passagem aos estrangeiros que não 
soubessem resolver o enigma que formulava. Para quem errasse, a resposta era a morte. Ele atirava os infelizes candidatos do 
alto dos rochedos…
Esse temível porteiro tinha cabeça de mulher e corpo de leão, e suas garras eram afiadas. Chamavam-no Esfinge. A Esfinge 
perguntou a Édipo:
“O que é, o que é: de manhã tem quatro patas, ao meio-dia duas e à noite três?”
Édipo não demorou para responder:
“O homem: na manhã da vida, ainda bebê, ele engatinha; na idade madura, mantém-se sobre as duas pernas; enfim, quando 
suas forças declinam, apóia-se numa bengala.”
Furiosa por ter sido derrotada, a Esfinge se atirou do alto dos rochedos e morreu do mesmo modo como matava suas vítimas.
[…]
Pouzadoux, Claude. Édipo – o tebano. Contos e lendas da mitologia grega. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
A análise das representações das esfinges permite inferir corretamente que
A a Esfi nge de Gizé tem uma característica mágica que não é verifi cada nas outras representações.
B na mitologia grega, a esfi nge é marcada por indicar a defesa e a manutenção da ordem social.
C as três representações mantêm traços de semelhança que evidenciam uma origem comum.
D a Esfi nge de Gizé representa a esfi nge de forma mais simplista e com menos detalhes do que a pintura de Gustave Moreau.
E a Esfi nge de Gizé e a pintura de Gustave Moreau reproduzem a esfi nge descrita na mitologia grega.
QUESTÃO 102
Conteúdo: Intertextualidade
C4 | H14
Difi culdade: Difícil
A esfi nge é uma personagem clássica e está presente em diversas culturas. As três representações 
apresentam traços semelhantes (felinos com cabeça humana) que evidenciam uma origem comum.
Esfinge de Gizé Édipo e a esfinge, de Gustave Moreau, 1864.
QUESTÃO 102
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LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 15
QUESTÃO 103
QUESTÃO 103
Conteúdo: Cultura
C4 | H14
Difi culdade: Fácil
A imagem 1 mostra a capoeira, luta e dança de origem africana. A imagem 2 mos-
tra uma alegoria de Carnaval, festa tradicional brasileira que tem origem europeia e 
também é típica em outros países. A imagem 3 mostra uma orquestra, com instru-
mentos de sopro, de cordas e metais. A imagem 4 mostra um DJ em ação – a música 
eletrônica tem origem fora do Brasil e sofre grande infl uência principalmente dos 
Estados Unidos e da Inglaterra. 
Com frequência, observamos uma infinidade de manifestações artísticas, muitas resultantes da integração de outras culturas 
com a cultura local.
As imagens anteriores representam algumas dessas manifestações, das quais se pode concluir corretamente que
A a imagem 1 apresenta uma mescla de esporte e dança com origem africana.
B as imagens 2 e 3 apresentam manifestações de origem europeia e baixa penetração no Brasil.
C a imagem 3 apresenta uma manifestação que está sendo suplantada por outras.
D as imagens 1 e 3 assemelham-se por usar os mesmos instrumentos.
E a imagem 4 apresenta uma manifestação calcada na tecnologia e com alta infl uência brasileira.
Imagem 1.
Imagem 2.
Imagem 3.
Imagem 4.
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LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 16
QUESTÃO 104
PAI CONTRA MÃE
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá 
sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns apare-
lhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro 
ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de 
folha-de-flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez 
aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, 
dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça 
por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação 
de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que 
eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados 
extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca 
tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se 
alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. [...] 
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. 
Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também à 
direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás 
com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo 
que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, 
mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.
[...]
ASSIS, Machado de. 
Nesse conto de Machado de Assis, a escravidão é representada 
de determinada perspectiva. Quanto ao trecho, observamos que
A é descritivo, focando aspectos funcionais dos aparelhos usa-
dos, bem como sua utilidade social.
B é narrativo, com uma análise formalista da escravidão, peça-
-chave na educação dos negros da época.
C é autocrítico, na medida em que o narrador demonstra-se in-
sensível diante das atrocidades da escravidão. 
D é descritivo, mas desprovido de sentimentalismo e subjetivismo, 
pois a ironia do narrador não dá margem a essas tendências. 
E é narrativo, demonstrando implicitamente, por parte do nar-
rador, preconceito racial e valorização do emprego de alguns 
aparelhos.
QUESTÃO 105
SETE ANOS DE PASTOR JACOB SERVIA
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela,
e a ela só por prêmio pretendia. 
Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando-se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia. 
Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se não tivera merecida;
começa de servir outros sete anos,
dizendo: – Mais servira, se não fora
pera tão longo amor tão curta a vida. 
CAMÕES, Luis Vaz de. 
Uma das possíveis interpretações ao poema é que o eu lírico 
demonstra plena sujeição ao amor. Tal suposição pode ser 
constatada no(s) verso(s):
A “pera tão longo amor tão curta a vida”. 
B “lhe fora assi negada a sua pastora, / como se não tivera 
merecida”.
C “mas não servia ao pai, servia a ela, / e a ela só por prêmio 
pretendia”.
D “Os dias, na esperança de um só dia, / passava, contentando-
-se com vê-la”.
E “Sete anos de pastor Jacob servia / Labão, pai de Raquel, 
serrana bela”.
QUESTÃO 104
Conteúdo: Interpretação de textos
C5 | H15
Difi culdade: Média
O trecho selecionado é bastante descritivo e, portanto, informativo no que se refere a 
modos de tratar os escravos, focando alguns aparelhos empregados. No conto, esse 
trecho pertence à parte introdutória, em que o narrador trata de práticas de punição 
aplicadas aos escravos, até mesmo práticas que seriam exercidas pelo próprio prota-
gonista, um caçador de escravos.
O narrador não se monstra autocrítico, muito menos insensível diante das atrocida-
des da escravidão. A posição do narrador, por vezes com aspectos subjetivos (como 
em “era grotesca tal máscara”), é de distanciamento ao explicar de que modo eram 
empregados os aparelhos de tortura em negros escravos que fugiam, roubavam, 
bebiam etc. 
QUESTÃO 105
Conteúdo: Interpretação de textos
C5 | H16
Difi culdade: Média
A busca pelo amor de Raquel é algo extremamente importante para o eu lírico, tanto 
que, logo na primeira estrofe, percebe-se sua dedicação a esse sentimento. Uma 
das interpretações é que o eu lírico demonstra maior preocupação em manter com-
promisso com o pai de Raquel (compromisso de trabalhar pelo amor de sua fi lha, 
sobrepondo-se, até mesmo, a pessoas que pudessem despertar nele tal sentimento, 
como Lia). Não só a sujeição do eu lírico ao amor, como também a valorização desse 
amor, está muito presente no soneto, com o eu lírico demonstrando-se servo fi el à 
sua amada. Portanto, a alternativa C é a correta.
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 17
QUESTÃO 106
Disponível em: <https://planetatirinha.files.wordpress.com/2010/03/201003201.gif>. 
Acesso em: 30 nov. 2015.
A intertextualidade pode ocorrer entre diferentes gêneros, isto 
é, não ocorre necessariamente entre mesmos tipos de texto.
A tirinha anterior estabelece intertextualidade com uma famosa 
obra representante do(a)
A movimento expressionista, que buscava valorizar as expres-
sões humanas, como o medo, a dor e a melancolia. 
B Realismo, movimento artístico-cultural manifestado princi-
palmente nas pinturas, com fortes cores para representar a 
tristeza.
C proposta antropofágica, em que o homem era visto como 
animal racional, isto é, cuja razão estava acima da vontade 
divina. 
D movimento impressionista, cujas técnicas de pintura valorizam 
a dualidade claro e escuro, enfatizando os sentimentos e as 
expressões. 
E movimento surrealista, que exaltava as feições da natureza 
humana e suas tribulações, como a angústia, o medo e 
o trauma. 
QUESTÃO 107
Assim cresceu Negrinha – magra, atrofiada, com os olhos 
eternamente assustados. [...] Não compreendia a ideia dos 
grandes. Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. A mesma 
coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provocava ora risadas, 
ora castigos. Aprendeu a andar, mas quase não andava. Com 
pretexto de que às soltas reinaria no quintal, estragando as 
plantas, a boa senhora punha-a na sala, ao pé de si, num 
desvão da porta. 
[...]
Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas.
[...]
A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de 
crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos – e 
daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar 
o bacalhau. 
LOBATO, Monteiro. Negrinha. São Paulo: Globo, 2008. p. 20-1.
A narrativa de Monteiro Lobato retrata um aspecto importante 
da realidade brasileira no início do século XX. Nesse sentido, 
Negrinha e Dona Inácia, personagens principais do conto, 
A são vistas de uma perspectiva quase sempre favorável, uma 
vez que Dona Inácia se preocupava com a educação de 
Negrinha.
B são construídas sob estereótipos da época, sendo Negrinha 
representante da classe escrava e Dona Inácia, representante 
dos senhores de escravos. 
C fazem parte de um construto formado por impressões passa-
das e caricaturadas de uma civilização marcada por injúrias, 
caracterizando o realismo fantástico de Monteiro. 
D podem ser tratadas como complementares, pois Negrinha era 
a fi lha dependente, que perdeu a oportunidade de crescer por 
ser protegida e mimada por Dona Inácia. 
E diferenciam-se quanto ao tratamento recebido pelo narrador, 
que se mostra emotivo com Dona Inácia, mas encantado por 
Negrinha, de um ponto de vista objetivo e paradoxal. 
QUESTÃO 106
Conteúdo: Artes
C4 | H12
Difi culdade: Média
A tirinha retoma um famoso quadro de Edvard Munch, de 1893, chamado O grito, 
uma das obras mais importantes do Expressionismo. Conhecer tal obra é fundamen-
tal para entender a relação e estabelecer o diálogo entre a obra e a tirinha. 
O movimento expressionista buscava representar, na pintura, o drama do ser humano, 
seus momentos trágicos, sentimentos sombrios, angústias, medos etc.Um dos aspec-
tos da técnica era expressar-se por meio de pinceladas que recusavam traços perfeitos, 
com imagens um tanto deformadas, diferentes do real. 
QUESTÃO 107
Conteúdo: Interpretação de textos
C5 | H15
Difi culdade: Difícil
Apesar de Monteiro Lobato não indicar explicitamente a época em que o conto está 
ambientado, tal informação pode ser depreendida de elementos presentes no excerto. 
O conto apresenta personagens que representam a população brasileira do início do 
século XX; são estereótipos da época, com Negrinha representando a classe escrava, 
e Dona Inácia representando os senhores, que nutriam intenso preconceito e des-
prezo pelos negros escravos. Apesar disso, a história é contada de forma favorável 
ao negro, sob a perspectiva de Negrinha. 
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LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 18
QUESTÃO 108
Disponível em: <http://promocaodasaude.saude.gov.br/promocaodasaude/material-
de-campanha/controle-do-tabagismo/das-escolhas-certas-se-cuida-todos-os-dias-1>. 
Acesso em: 6 nov. 2015.
Campanhas de conscientização são constantes e têm como 
objetivo manter as pessoas atentas sobre assuntos de inte-
resse geral. Nesse contexto, a campanha do Ministério da 
Saúde contra o tabagismo combina elementos verbais e não 
verbais a fim de orientar sobre a necessidade de se viver 
sem o cigarro. Sobre essa orientação, depreende-se do texto 
da campanha que
A o fumo está indiretamente relacionado a uma melhor qualidade 
de vida.
B viver sem fumar é uma decisão que precisa ser reforçada 
diariamente.
C as pessoas do gênero feminino são mais suscetíveis ao fumo 
do que as do gênero masculino.
D a decisão de não fumar é passageira e deve ser revista dia-
riamente.
E recusar um cigarro é uma escolha possível apenas para as 
pessoas que não fumam. 
QUESTÃO 109
O impacto das redes sociais [...] no cotidiano dos usuários 
vai muito além do entretenimento, de acordo com um estudo 
do Instituto de Tecnologia Política de Washington, nos Estados 
Unidos. Além de diminuir a produtividade no trabalho, esses 
sites também afetam o sono da pessoa e reduzem o número 
de encontros presenciais com os amigos.
Para cada hora gasta navegando nas redes sociais, cerca 
de 16 minutos de trabalho são perdidos – no final de um dia, 
isso totaliza cerca de seis horas e meia a menos. Ao longo do 
mês, são oito dias a menos de trabalho. O número equivale a 
cerca de 25% a menos de produtividade, em média.
Os encontros com os amigos também diminuem, segundo 
o estudo, com 17 minutos perdidos no “mundo real”. Em um 
ano, isso equivale a cerca de 18 dias a menos gastos na tarefa 
de ver os amigos. No caso das horas de sono, sete minutos 
são desperdiçados. 
Redes sociais diminuem em 25% a produtividade no trabalho, aponta estudo, autor: 
UOL. Folhapress. Disponível na íntegra em: <http://tecnologia.uol.com.br/noticias/
redacao/2013/10/22/redes-sociais-diminuem-em-25-a-produtividade-no-trabalho-aponta-
estudo.htm>. Acesso em: 11 nov. 2015.
Segundo o texto, as redes sociais causaram impacto não só no 
que diz respeito ao entretenimento das pessoas como também 
na produtividade delas no trabalho. Além disso, as redes sociais 
comprometeram as relações sociais e até mesmo as horas de 
sono. A partir dessa constatação, o texto permite inferir corre-
tamente que os usuários das redes sociais
A seriam mais produtivos se as redes sociais fossem extintas.
B teriam cargas de trabalho menores se usassem menos esses sites.
C reduziram o número de amigos reais e aumentaram o de ami-
gos digitais.
D têm grande difi culdade para separar a vida imaginária da 
vida real.
E ainda não encontraram o equilíbrio entre a vida real e a vida digital.
QUESTÃO 108
Conteúdo: Interpretação de textos
C7 | H23
Difi culdade: Média
A propaganda mostra uma pessoa recusando o cigarro e o texto afi rmando que se 
cuida das escolhas certas (não fumar/recusar o cigarro) todos os dias. Isso permite 
inferir que não basta recusar o cigarro; é necessário reforçar essa decisão, pois esta-
mos expostos ao incentivo ao fumo a todo momento.
QUESTÃO 109
Conteúdo: Mídias sociais/Interpretação de textos
C9 | H30
Difi culdade: Média
O texto foca três impactos das redes sociais no cotidiano das pessoas: diminuição da 
produtividade, redução do sono e diminuição do tempo dedicado à vida social, o que 
mostra que os usuários dessas redes não encontraram o equilíbrio entre a vida real 
e a vida digital. A alternativa A está incorreta, pois o texto não fala que a extinção das 
redes aumentaria a produtividade nem estabelece um parâmetro: o leitor não sabe, 
por exemplo, se a produtividade atual (mesmo impactada pelas redes sociais) é maior 
ou menor do que décadas atrás. A alternativa B também está incorreta, pois não há 
menção no texto à variação de carga horária. A alternativa C também está incorreta, 
pois no texto não há menção do número de amigos reais ou digitais. Por fi m, a al-
ternativa D está incorreta porque o texto não fala de separação entre vida real e vida 
digital, mas, sim, do impacto que as redes sociais causam no cotidiano.
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LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 19
QUESTÃO 110
Texto I
[...]
Dez anos passaram, cresceram meus irmãos
E os anjos levaram minha mãe pelas mãos
Chorei!
[...]
Titãs. Marvin. Disponível em: <http://letras.mus.br/titas/40321/>. Acesso em: 30 nov. 2015. 
Texto II
[...]
Não chorem... que não morreu!
Que era um anjinho do céu
Que um outro anjinho chamou! 
Era uma luz peregrina,
Era uma estrela divina
Que ao firmamento voou! 
[...]
AZEVEDO, Álvares de. Anjinho. In: Lira dos vinte anos. São Paulo: Nobel, 2009.
Os textos lidos apresentam semelhanças entre si, dentre as 
quais o fato de
A tratarem de um mesmo tema de formas diferentes, isto é, po-
sitiva no texto I e negativa no texto II.
B poderem ser considerados complementares, uma vez que a 
intenção maior é tratar o medo como fantasma do homem. 
C apresentarem como elemento comum o eufemismo, usado 
pelo eu lírico como forma de abrandar a expressão da morte. 
D introduzirem um momento inesperado na vida do homem, ao 
mesmo tempo impactante e íntimo, situação reforçada pelo 
uso da catacrese. 
E tratarem da dureza da perda de um ente querido, considerando 
o misterioso fi ndar da vida em versos carregados de hipérbatos 
e paradoxos. 
QUESTÃO 111
Não é de hoje o interesse pela coleta e estudos de narra-
tivas orais. Pode-se dizer que se trata de uma prática milenar, 
uma vez que textos de circulação oral, como os [sic] inclusive 
bíblicos e fábulas da Antiguidade, chegaram até nós passan-
do por várias mudanças e, muitas delas, em decorrência do 
registro escrito. [...] 
De 400 anos para cá, os estudos da chamada literatura oral 
e popular tiveram uma mudança consubstancial. Contribuíram, 
para isso, as pesquisas de Milman Parry que, na década de 
1920, demonstrou que os clássicos Ilíada e Odisseia eram ori-
ginados, circulados e atualizados numa cultura oral. [...]
FERNANDES, Frederico. De narrativas orais e suas abordagens interdisciplinares. 
Disponível em: <www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2011/04/17-De-Narrativas-Orais-e-suas-
Abordagens-Interdisciplinares.pdf>. Acesso em: 3 nov. 2015.
Graças ao registro escrito, os mitos e conhecimentos de tempos 
remotos, transmitidos oralmente, chegaram até nós. O frag-
mento lido, no entanto, aponta que os textos de circulação oral
A tornaram-se mais conhecidos a partir dos anos 1920.
B perderam sua essência ao serem registrados por escrito.
C tornaram-se clássicos apenas após sua atualização. 
D foram melhorados por meio do registro escrito.E sofreram diversas alterações em relação à sua origem. 
QUESTÃO 110
Conteúdo: Interpretação de textos
C5 | H16
Difi culdade: Fácil
Os trechos de ambos os textos tematizam o momento da morte. Nos versos de Ál-
vares de Azevedo, a morte é referida pela expressão “Era uma estrela divina / Que 
ao fi rmamento voou”, demostrando delicadeza ao tratar da morte de uma criança. 
Da mesma forma na canção, a morte da mãe do eu lírico é mencionada com sua-
vidade e leveza. Esse é um recurso expresso pela fi gura de linguagem denominada 
eufemismo. 
QUESTÃO 111
Conteúdo: Oralidade/Transmissão oral
C4 | H14
Difi culdade: Média
O texto aponta, em dois momentos, que os textos de tradição oral foram atualizados 
ou alterados: primeiro, no trecho “textos de circulação oral [...] chegaram até nós 
passando por várias mudanças e, muitas delas, em decorrência do registro escrito”; 
depois, no trecho “[...] os clássicos Ilíada e Odisseia eram originados, circulados e 
atualizados numa cultura oral”.
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 20
QUESTÃO 112
NÃO ME IMPORTO COM AS RIMAS
Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior.
Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como o levantar-se o vento...
PESSOA, Fernando. “O guardador de rebanhos”. In: Poemas de Alberto Caeiro. 
(Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 
1946 (10. ed. 1993). Disponível em: <http://arquivopessoa.net/textos/3528>. 
Acesso em: 7 dez. 2015.
Alberto Caeiro é um dos heterônimos de Fernando Pessoa. 
Entre outras características, Caeiro mostra-se como um poeta 
de grande simplicidade e que considera a sensação como a 
única realidade. Nesse poema metalinguístico, ele reflete sobre 
seu fazer poético e conclui que,
A embora pense e escreva de maneira natural e simples, não se 
expressa com a mesma naturalidade e simplicidade.
B mesmo se esforçando, faz uma poesia volátil e vazia de sen-
tido, como é o levantar-se do vento.
C torna-se apenas mais um poeta como tantos, pois despreza 
as regras poéticas, como as rimas.
D pode escrever poesias naturais e simples como as fl ores, gra-
ças à intervenção divina.
E sua poesia refl ete com perfeição seus sentimentos, mesmo 
que desvalorize a aparência exterior.
QUESTÃO 113
[...] palavras arcaicas são aquelas que caíram em desuso, 
isto é, “não são mais correntes em determinada fase da língua” 
[...]. 
Nesse sentido, é importante salientar que os vocábulos não 
desapareceram de um momento para o outro. Há um período 
em que a palavra nova e a velha coexistem, até que a forma 
antiga desapareça por completo e a moderna se fixe no uso 
da língua corrente.
[...]
[...] a arcaização das palavras pode ocorrer em decorrência 
de fatores internos (arcaísmos intrínsecos) ou fatores externos 
(arcaísmos extrínsecos) à língua. Assim, as causas internas são 
atinentes ao próprio sistema linguístico e resultam em arcaísmos 
fonéticos, gráficos, semânticos, flexionais e sintáticos, enquanto 
que as causas externas, como a mudança dos tempos e dos 
costumes, levam alguns elementos lexicais ao desuso.
[...]
SOBRINHA, Cecília Souza Santos; SILVA, Nivana Ferreira da. Formação do léxico 
da Língua Portuguesa: uma análise dos arcaísmos presentes na crônica Antigamente de 
Carlos Drummond de Andrade. Angrama, São Paulo, ano 6, 3. ed., mar.-maio 2013. 
Disponível em: <www.revistas.univerciencia.org/index.php/anagrama/article/
viewFile/8489/7824>. Acesso em: 7 dez. 2015.
O trecho lido introduz uma discussão sobre palavras que se 
tornam arcaicas. Com base nessa introdução, compreende-se 
corretamente que
A os vocábulos em desuso não desaparecem por completo em 
momento algum.
B a coexistência de vocábulos novos e antigos permite que o 
vocábulo antigo seja registrado.
C fatores internos e externos enriquecem a língua, excluindo 
palavras em desuso.
D alguns arcaísmos, como os fonéticos, não são notados no dia 
a dia.
E transformações sociais podem ser motivadoras da arcaização 
de vocábulos.
QUESTÃO 112
Conteúdo: Análise poética/Interpretação de textos
C5 | H16
Difi culdade: Média
Na poesia lida, Caeiro compara a naturalidade da coloração das fl ores à naturalidade 
de seu pensamento e de sua escrita. Em contraponto, destaca que lhe falta a mes-
ma naturalidade e simplicidade ao se exprimir. Isso pode ser verifi cado nos versos: 
“Penso e escrevo como as fl ores têm cor / Mas com menos perfeição no meu modo 
de exprimir-me”.
QUESTÃO 113
Conteúdo: Variação linguística/Arcaísmos/Interpretação de textos
C7 | H22
Difi culdade: Média
De acordo com o texto lido, a mudança dos tempos e dos costumes leva alguns ele-
mentos lexicais ao desuso. Dessa maneira, compreendendo “mudança dos tempos e 
dos costumes” como as transformações sociais pelas quais as sociedades passam, 
pode-se compreender corretamente que elas podem ser motivadoras da arcaização 
de vocábulos.
LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 21
QUESTÃO 114
Disponível em: <http://allansieber.blogosfera.uol.com.br/category/bifaland/page/3/>. Acesso em: 23 nov. 2015.
De modo geral, no gênero textual tirinha, os recursos linguísticos verbais, associados à imagem, intentam a produzir humor. No 
caso da tirinha de Allan Sieber, o efeito cômico se dá 
A pelo estabelecimento da narrativa – encadeamento das ações em uma sequência temporal.
B pela quebra de expectativa do leitor – efeito da surpresa no último quadrinho.
C pela caricatura das personagens – desenhos que exageram os tipos físicos apresentados.
D pelo non sense da proposta – falta de sentido absoluto na retratação dos tipos.
E pela ressignifi cação dos termos – resultado da relação criada entre o signifi cado verbal e o não verbal.
QUESTÃO 115
NOSSA VOZ
(Ao J. Craveirinha)
Nossa voz ergueu-se consciente e bárbara 
sobre o branco egoísmo dos homens 
sobre a indiferença assassina de todos. 
Nossa voz molhada das cacimbadas do sertão 
nossa voz ardente como o sol das malangas 
nossa voz atabaque chamando 
nossa voz lança de Maguiguana 
nossa voz, irmão, 
nossa voz trespassou a atmosfera conformista da cidade 
e revolucionou-a 
arrastou-a como um ciclone de conhecimento.
[...]
Noémia de Sousa. Disponível em: <http://enegrescencia.blogspot.com.br/2015/02/nossa-voz.html>. Acesso em 01/12/2015.
Noémia de Sousa foi uma poetisa moçambicana cuja obra se destacou por ser combativa e denunciadora das mazelas pelas 
quais passou (e passa) o povo negro africano, em especial de Moçambique. No trecho do poema “Nossa voz”, a autora, por 
meio do eu lírico, metaforiza
A a colonização europeia por meio do verso “Nossa voz ergueu-se consciente e bárbara”.
B a militância negra por meio de construções como “o branco egoísmo” e “nossa voz molhada”.
C a tradição oral africana por meio do verso “arrastou-a como um ciclone de conhecimento”.
D os ideais colonialistas por meio do verso “nossa voz trespassou a atmosfera conformista da cidade”.
E a postura de ataque do povo negro, por meio de construções como “nossa voz ardente”, “nossa voz atabaque”, “nossa voz lança”. 
QUESTÃO 114
Conteúdo: Vícios de linguagem como recursos expressivos/As várias linguagens utilizadas pelas artes/Figuras de linguagem
C7 | H22
Difi culdade: Média
O humor se fi rma a partir da recriação dos signifi cados das palavras (linguagem verbal) associadas ao penteado dos personagens da tirinha (linguagem não verbal). Por 
exemplo, um coque (penteado – signo verbal) associado a uma bebida (taça – signo não verbal) resulta em um coquetel. Trata-se de um trocadilho,uma fi gura de linguagem 
utilizada como recurso expressivo.
QUESTÃO 115
Conteúdo: Interpretação de textos
C5 | H15
Difi culdade: Difícil
No trecho do poema “Nossa voz”, Noémia de Sousa constrói um discurso calcado 
na tradição oral, algo evidenciado pelo próprio título. No entanto, o poema também 
apresenta algumas alegorias que permitem observar a composição da metáfora do 
ataque mencionada na alternativa E. A voz passa a ser um instrumento de ataque na 
medida em que se torna uma alegoria para “ardente” (que queima), “atabaque” (que 
chama para a guerra ou para o ritual) e “lança” (que fere, ataca).
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LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 22
QUESTÃO 116
PROCESSO DA RECICLAGEM DE PILHAS E BATERIAS
No processo de reciclagem das pilhas e baterias o primeiro 
passo a ser dado é fazer a separação dos materiais existentes 
nas pilhas. Primeiro, as pilhas e baterias são cortadas para 
que seja removida a sua cobertura, normalmente feitas de 
plástico. Depois são lavados para que sejam removidos todos 
os resíduos químicos, e os plásticos são encaminhados para 
empresas recicladoras. 
Depois do corte das pilhas, as partes metálicas são envia-
das para um processo de trituração. Ao final, o que resta é um 
pó de pH neutro, que é bem menos nocivo à saúde humana. 
Durante esse processo o aço também é separado dos demais 
metais e encaminhado às recicladoras. Após este processo o 
pó é enviado a um forno e aquecido a 1.300°C. 
Em seguida, ele ainda passa por um novo processo de 
moagem para, então, surgirem como sais e óxidos metálicos. 
Essas substâncias são utilizadas como pigmento que dá cor a 
tinhas, cerâmica e também a fogos de artifício.
Disponível em: <www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/importancia-descarte-correto-
pilhas-baterias/>. Acesso em: 9 nov. 2015.
Cada gênero textual apresenta uma série de padrões de com-
posição do texto que o caracteriza e o individualiza, permitindo 
que cumpra sua função. Pela leitura do trecho apresentado, 
reconhece-se que a função desse texto é
A convencer sobre a necessidade de diminuir o consumo 
de pilhas.
B refl etir sobre o uso de outras formas de obtenção de energia.
C informar sobre como é feita a reciclagem de pilhas em desuso.
D divulgar as novas técnicas de reciclagem de pilhas.
E conscientizar sobre a importância do descarte correto 
de pilhas.
QUESTÃO 117
Disponível em: <http://s2.glbimg.com/_BCb0WJJzEntWk5OvLrUQeyZy-qvr_eRH-qCAB4g-
IdIoz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/05/22/codigo_florestal.jpg>. 
Acesso em: 2 nov. 2015.
Chico Bento e sua turma são moradores da zona rural e usam 
uma variante linguística muito peculiar. Mesmo não utilizando a 
norma-padrão, os personagens adotam regras e padrões que 
caracterizam essa variante. Na fala de Chico Bento, podemos 
perceber a mesma regra aplicada na pronúncia das palavras
A “Dirma” e “percisa”.
B “Intendi” e “qui”.
C “podi” e “ajudá”.
D “acontecê” e “agardecê”.
E “sê” e “num”.
QUESTÃO 116
Conteúdo: Interpretação de textos
C7 | H21
Difi culdade: Fácil
Embora esteja inserido em um texto sobre a importância do descarte correto de pi-
lhas, o trecho versa apenas sobre a maneira como as pilhas são desmontadas e 
recicladas, indicando as partes que a compõem e explicando como elas são reapro-
veitadas.
QUESTÃO 117
Conteúdo: Variação linguística
C8 | H25
Difi culdade: Fácil
Em “intendi” e “qui”, existe a troca da letra “e” pela letra “i”. Utilizando a norma-pa-
drão, as palavras deveriam ser “entende” e “que”. Embora seja incorreto afi rmar que 
a escrita é a representação da fala, vale a ressalva de que, nas HQs, os balões repre-
sentam as falas dos personagens.
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LC - 3a Série | 2o dia - Azul - Página 23
QUESTÃO 118
[...] no Brasil: [...] o adolescente com 16 anos de idade 
pode votar; e, a idade mínima para ser elegível vereador é 
18 anos, assim como para deputado federal ou estadual se 
aprovada (já o foi em parte) a reforma política em andamento. 
Vale lembrar que a Constituição Federal exige vida pregressa 
do candidato compatível com a moralidade para poder ser ele-
gível e o ECA veda que os atos infracionais sejam computados, 
sob qualquer aspecto, em desfavor do outrora adolescente, 
agora maior de idade.
Então me parece que uma adolescente de 14 anos pode 
livremente optar por gerar vários filhos desassistidos, mas, 
é inimputável criminalmente até que complete 18 anos; um 
adolescente poderá cometer atos infracionais equivalentes a 
crimes hediondos e ser candidato a vereador e quiçá deputado 
estadual ou federal, sendo eleito e diplomado. É patente a 
ausência de razoabilidade! [grifo nosso]
[...]
MARTINS JÚNIOR, Lázaro Alves. Maioridade penal – incongruências do Legislativo. 
Jornal Diário do Norte, 26 jul. 2015. Disponível em: <www.jornaldiariodonorte.com.br/
detalhes-artigos.php?cod=1676>. Acesso em: 30 nov. 2015. 
O texto lido é predominantemente opinativo. Quanto à opinião 
do autor, a expressão em destaque 
A identifi ca sua inconformidade quanto às legislações atuais 
concernentes ao tratamento dispensado a adolescentes no 
Brasil, carregada de juízo de valor. 
B indica a legislação brasileira como plausível, de atos módicos 
e justifi cáveis diante da sociedade, que padece de orientação 
aos menores. 
C demonstra comedimento quanto às circunstâncias legisla-
tivas da Constituição brasileira no tratamento dispensado 
a adolescentes. 
D denota rispidez, sendo despojada de argumentos justifi -
cáveis, imprimindo uma situação fi ccional, em que a razão 
está patente.
E indica o alvo do desconcerto do autor e evidencia sua posi-
ção quanto à legislação brasileira sobre adolescentes, com 
evidente razoabilidade. 
QUESTÃO 119
O TODO PODEROSO CAFÉ
[...]
Gás extra
A cafeína ajuda a melhorar o desempenho em esportes de 
longa duração, como corrida, ciclismo e triatlo. “A substância 
mobiliza uma quantidade maior de gordura no organismo, que 
servirá de substrato energético para a atividade física”, explica 
Luiz Carlos Carnevali Júnior, mestre em biologia celular e mole-
cular e coordenador do curso de pós-graduação em educação 
física da Universidade Gama Filho, em São Paulo. Assim, seu 
organismo consegue economizar glicogênio muscular. “A baixa 
no estoque de glicogênio é um dos fatores que influencia a 
queda de rendimento em atividades de longa duração.” Além 
disso, [...] o café também ajuda a despistar a fadiga e aumenta 
o vigor. Isso turbina a performance em qualquer tipo de treino.
Shape enxuto
Café é ótimo aliado para acabar com a pança. [...] a cafeína 
acelera o metabolismo. Ou seja, seu corpo passa a gastar mais 
calorias em repouso quando você ingere a substância. Além 
disso, ela ajuda na mobilização de gordura. Aqui, é importante 
frisar que a cafeína não detona a banha, apenas a deixa dispo-
nível na corrente sanguínea para ser usada como combustível. 
“O processo de redução do percentual de gordura corporal en-
volve duas etapas: após a mobilização da gordura, é necessário 
oxidá-la [queimá-la], com a prática de atividade física. Caso 
contrário, ela retorna ao tecido adiposo, onde permanecerá 
estocada até que ocorra um novo estímulo para mobilização”, 
explica Carnevali Júnior.
Disponível em: <http://vip.abril.com.br/o-todo-poderoso-cafe/>. Acesso em: 7 nov. 2015.
A reportagem traz informações importantes sobre o consumo 
de café e, para se aproximar de seu público leitor, mescla ao 
vocabulário formal um vocabulário mais informal. 
Para que o trecho informal torne-se formal, sem mudança de 
sentido, deve-se substituir

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