Buscar

gestao de cadeia 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
1 
 
 
 
 
Gestão da Cadeia de 
Suprimentos 
 
 
 
Prof. Nelson Tadeu Galvão 
Aula 1 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Caros alunos, sejam bem-vindos à nossa primeira aula de Gestão da 
Cadeia de Suprimentos! 
Nesta disciplina vamos aprender, inicialmente, os conceitos básicos 
necessários para que possamos compreender o funcionamento de uma 
Cadeia de Suprimentos. Vamos, também, aprender como são estruturadas 
organizacionalmente as empresas e depois trataremos dos fornecedores, das 
cadeias produtivas, dos canais de distribuição e, finalmente, das cadeias de 
suprimentos. 
Todos temas de grande importância para nossa disciplina. É importante 
que você tente compreender bem esses conceitos iniciais para compreender 
melhor os assuntos que vêm depois, pois buscamos fazer com que a 
compreensão da disciplina se dê pelo entendimento de todos os temas que 
serão estudados. 
Iniciemos nossos estudos conhecendo o professor Nelson Tadeu 
Galvão e a proposta que ele trouxe para esta disciplina! Acesse a videoaula 
disponível no material on-line! 
 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Em tempos remotos, a logística era ineficiente e muitas pessoas eram 
obrigadas a morar em locais próximos às fontes de alimentos. Mas com o 
passar dos anos, as técnicas de produção e o processo de entrega dos 
produtos aos consumidores foram se aperfeiçoando, possibilitando às 
pessoas que vivem em locais distantes da fonte das mercadorias um consumo 
de itens em maiores quantidades e com um abastecimento constante ao longo 
do tempo. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
3 
A Cadeia de Suprimentos vem de encontro à necessidade das 
empresas e clientes, pois o cliente é a principal razão de existir da 
empresa. O gerenciamento de toda a cadeia – desde os fornecedores, 
passando pela produção, chegando à expedição – prevendo e 
organizando a logística reversa faz todo o sentido para organizar suas 
atividades com foco voltado para o cliente. 
 
A competição no mercado global tende a não ocorrer mais entre 
empresas, mas, sim, entre cadeias de suprimento. Numa era de 
concorrências entre redes, apenas as organizações que melhor se 
estruturarem, coordenarem e gerirem os relacionamentos com os parceiros 
de rede receberão as devidas recompensas. Na medida em que aumenta a 
concorrência, as empresas precisam reforçar seus referenciais 
mercadológicos envolvendo a Cadeia de Suprimentos, tornando-a flexível 
diante do mercado. 
Assim, a gestão da Cadeia de Suprimentos consiste numa série de 
aproximações utilizadas para integrar eficazmente fornecedores, 
fabricantes e lojas, para que a mercadoria seja produzida e distribuída 
nas quantidades ideais, na localização certa e no tempo correto, com 
o objetivo de satisfazer o nível de serviço e diminuir os custos ao longo 
do sistema (SIMCHI-LEVI; SIMCHI-LEVI; KAMINSKY, 2003, p. 1). 
Serão esses os assuntos que estaremos estudando nessa disciplina, a 
começar pelos conceitos básicos que lhe permitirão compreender toda essa 
integração da Cadeia de Suprimentos para torná-la mais competitiva num 
mercado global. 
Acesse a videoaula disponível no material on-line! 
 
 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
4 
PESQUISE 
 
Estrutura Organizacional 
O que é uma estrutura organizacional? 
Vamos, então, conhecer esse assunto: 
É a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando 
a alcançar os objetivos e resultados estabelecidos. É a forma pela qual 
as atividades de uma organização são divididas, organizadas e 
coordenadas. 
Benefícios de uma estrutura organizacional adequada: 
 Identificação das tarefas necessárias; 
 Organização das funções e responsabilidades; 
 Informações, recursos e feedbacks aos empregados; 
 Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos; 
 Condições motivadoras. 
Toda empresa possui dois tipos básicos e fundamentais de estrutura: 
a formal e a informal. Conheça melhor cada uma delas: 
Estrutura formal é aquela deliberadamente planejada e formalmente 
representada, em alguns de seus aspectos, pelo organograma. 
 Ênfase a posições em termos de autoridades e responsabilidades 
 É estável 
 Está sujeita a controle 
 Está na estrutura 
 Líder formal 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
5 
 É representada pelo organograma da empresa e seus aspectos básicos 
 Reconhecida juridicamente de fato e de direito 
 É estruturada e organizada 
Estrutura informal é a rede de relações sociais e pessoais que não é 
estabelecida ou requerida pela estrutura formal. São relacionamentos não-
documentados e não-reconhecidos oficialmente entre os membros de uma 
organização, que surgem inevitavelmente em decorrência das necessidades 
pessoais e grupais dos empregados. 
A estrutura organizacional tem algumas características, vamos a elas: 
 Não é estática; 
 É representada graficamente pelo organograma; 
 É dinâmica; 
 Deve ser delineada de forma a alcançar os objetivos institucionais; 
 Deve ser planejada. 
E essas são as departamentalizações da Estrutura Organizacional: 
 Linear (com ou sem staff) 
 Funcional 
 Clientes 
 Produtos 
 Territorial 
 Por projetos 
 Matricial 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
6 
Componentes da estrutura organizacional 
A estrutura organizacional tem sempre três componentes: 
Sistema de responsabilidade: 
 Responsabilidade é a obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma 
coisa por outrem. 
 Quando um subordinado assume determinada obrigação, deve prestar 
contas à pessoa que lhe atribuiu a responsabilidade. 
 A responsabilidade não se delega. 
Sistema de autoridade: 
 Departamentalização; 
 Linha e assessoria; 
 Atribuições das unidades organizacionais. 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
7 
 
Sistema de Comunicações 
O sistema de comunicação é a rede por meio da qual fluem as 
informações que permitem o funcionamento da estrutura de forma integrada 
e eficaz, na qual deve ser considerado: 
 O que deve ser comunicado? 
 Como deve ser comunicado? 
 Quando deve ser comunicado? 
 De quem deve vir a informação? 
 Para quem deve ir a informação? 
 Por que deve ser comunicado? 
 Quanto deve ser comunicado? 
Façamos a leitura do texto a seguir para conhecer os diversos tipos de 
estrutura organizacional: 
http://www.adminconcursos.com.br/2014/07/estruturas-organizacionais.html 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
8 
Organograma 
Organograma é a representação gráfica e abreviada da estrutura 
organizacional. Ele tem como finalidade representar: 
 Os órgãos componentes da empresa; 
 Tanto quanto possível, de forma geométrica, as funções desenvolvidas 
pelo órgão; 
 As vinculações e/ou relações de interdependência entre os órgãos; 
 Os níveis administrativos que compõem a organização; 
 A via hierárquica. 
Conhecer como está estruturada uma empresa organizacionalmente é 
possível através da leitura do seu organograma, pois ele é a ferramenta que 
representa o mapa da organização. 
Para conhecer os modelos de estrutura organizacional com suas 
vantagens e desvantagens assista ao vídeo a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=bml0YAKBPK8 
E, claro, não deixe de assistir à videoaula correspondente a este tema 
que está disponível no materialon-line! 
 
 
Fornecedores 
Você já deve ter ouvido por diversas vezes falar de fornecedor, mas o 
que é, afinal, um fornecedor? 
O fornecedor é a pessoa ou a empresa que abastece outra 
empresa ou comunidade. O termo deriva do verbo fornecer, que faz 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
9 
referência a prover ou providenciar o necessário para um determinado 
fim. 
 
Por exemplo: “Estamos sem papel: por favor, chame o fornecedor para 
trazer várias resmas”, “O João está à procura de um novo fornecedor de 
matérias primas, pois o seu atual não está em conformidade”. 
Os fornecedores devem respeitar os prazos e as condições de entrega 
dos seus produtos ou serviços para evitar conflitos com a empresa que 
abastecem. Na maior parte dos casos, estas empresas têm de ter um 
departamento de suporte ou de atenção técnica, já que as interrupções do 
serviço causam grandes problemas ao cliente. 
Fornecedor não é apenas quem produz ou fabrica, industrial ou 
artesanalmente, em estabelecimentos industriais centralizados ou não; 
também é fornecedor quem vende. 
 
Não é fácil a escolha de um fornecedor, pois sua escolha pode 
depender de diversos aspectos individuais, tais como: 
 Pontualidade nas entregas 
 Qualidade do produto 
 Preços competitivos 
 Antecedentes estáveis 
 Bons serviços prestados 
 Cumprimento de promessas e prazos 
 Apoio técnico 
 Informação no acompanhamento dos produtos 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
10 
O que você busca quando assume o papel de comprador? Em suas 
compras as empresas têm os mesmos objetivos, que, basicamente, se 
resumem em conseguir tudo ao mesmo tempo: qualidade, quantidade, 
prazo de entrega e preço. 
Uma vez tomada a decisão sobre o que comprar, a segunda decisão 
mais importante refere-se ao fornecedor certo. Um bom fornecedor é aquele 
que tem a tecnologia para fabricar o produto na qualidade exigida, tem a 
capacidade de produzir as quantidades necessárias e ainda pode administrar 
seu negócio com eficiência suficiente para ter lucros e, ainda assim, vender 
um produto a preços competitivos. 
Segundo BERTAGLIA (2006) o processo de seleção de fornecedor não 
é simples. Para a seleção de fornecedores existem critérios que têm deixado 
de ser somente aqueles básicos. 
Entenda melhor os fatores que influenciam na seleção de um 
fornecedor: 
 Habilidade técnica 
O fornecedor possui habilidade técnica para produzir ou fornecer o produto 
desejado? 
 Capacidade produtiva 
A produção deve ser capaz de satisfazer às especificações do produto de 
forma consciente, produzindo, ao mesmo tempo, o menor número possível 
de defeitos. 
 Confiabilidade 
Ao selecionar um fornecedor, é desejável que ele seja um fornecedor 
confiável, reputado e financeiramente sólido. 
 Pós-venda 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
11 
Se o produto tem natureza técnica ou provavelmente necessitará de peças 
de reposição ou apoio técnico, o fornecedor deve ter um bom serviço de 
atendimento pós-venda. 
 Localização do fornecedor 
Algumas vezes é necessário/recomendável que o fornecedor esteja 
próximo do comprador, ou pelo menos mantenha um estoque local. 
 Preço 
O fornecedor deve ser capaz de oferecer preços competitivos, não 
significando, necessariamente, que seja o menor preço. 
Na avaliação de fornecedores potenciais, alguns fatores são 
quantitativos, e é possível atribuir um valor monetário a eles. Outros fatores 
são qualitativos e sua determinação exige ponderação. Geralmente, são 
determinados de forma descritiva. 
A seguir vamos ver os métodos de classificação, que podemos utilizar 
para combinar esses dois fatores principais (quantitativos e qualitativos), 
auxiliando o comprador a selecionar o melhor fornecedor: 
 
Não se esqueça de continuar a leitura do livro de apoio desta disciplina, 
o “Supply Chain – Uma visão gerencial”, de Luiz Fernando Rodrigues 
Campos. 
http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/524.php 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
12 
O vídeo a seguir ajudará a esclarecer melhor alguns pontos sobre esse 
assunto, então, não deixe de assistir! 
https://www.youtube.com/watch?v=3zwLm-yOhVo 
Agora, preste atenção nas considerações que serão feitas pelo 
professor Nelson sobre o assunto deste tema! Assista à videoaula disponível 
no material on-line. 
 
 
Processos Produtivos 
Vamos saber agora o que é um processo produtivo: 
Segundo HARRINGTON (1993, p. 10): 
“Processo é qualquer atividade que recebe uma entrada (input), 
agrega-lhe valor e gera uma saída (output) para um cliente interno ou 
externo, fazendo uso dos recursos da organização para gerar 
resultados concretos”. 
Por sua vez, HAMMER e CHAMPY (1994 apud GONÇALVES, 2000, p. 
2), afirmam que: 
 “um processo é um grupo de atividades realizadas numa sequência 
lógica com o objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor 
para um grupo específico de clientes”. 
Da mesma forma CHARLENE e MURRAY (1994) partem da premissa 
de que todo processo é uma série de etapas que transformam o resultado ou 
o produto à medida que este percorre a sequência de tarefas ou funções. 
Desse modo, depreende-se que não há como desenvolver um produto 
ou serviço sem que os mesmos passem por algum tipo de processo em sua 
fabricação. Isto está de acordo com GRAHAM e LEBARON (1994 apud 
GONÇALVES, 2000), quando afirmam que todo trabalho importante realizado 
em quaisquer empresas fazem parte de algum processo. 
A seguir, vamos descrever os tipos de processos, pois são 
determinantes para a proposta de estudo realizada. Vamos lá? 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
13 
Tipos de processos em manufatura 
Cada tipo de processo em manufatura faz com que a empresa siga uma 
linha de ação diferente para organizar as atividades das operações. Como já 
mencionamos, existem cinco tipos de processos de manufatura, descritos e 
explicados a seguir: 
 Processos de projeto 
É característico dos processos de projetos o baixo volume e um grau 
elevado de customização. Para RITZMAN e KRAJEWSKI (2007) o 
processo de projeto é uma sequência de operações e o processo envolvido 
em cada uma delas é únicos, feitos especificamente para atender aos 
pedidos dos clientes, tornando cada projeto único (embora alguns possam 
parecer similares). 
 Processos de jobbing 
Da mesma forma dos processos de projeto, apresentam variedade alta e 
volume baixo. Porém, no primeiro os recursos transformadores são 
dedicados exclusivamente para um determinado produto, enquanto que no 
processo de jobbing os recursos são compartilhados entre todas as 
unidades. “Os processos de jobbing produzem mais itens e, usualmente, 
menores do que os processos de projeto, o grau de repetição é baixo” 
(SLACK e STUART, 2007, p. 130). 
 Processos em lotes ou bateladas 
Esse processo é frequentemente confundido com jobbing, porém, os 
processos em lote não têm o mesmo grau de variedade. “A diferença 
fundamental é que os volumes são maiores porque produtos ou serviços 
iguais ou similares são fornecidos repetidamente” (RITZMAN e 
KRAJEWSKI, 2007, p. 33). De acordo com MOREIRA (2000), na produção 
em lotes, é necessário o uso de equipamentos diferenciados e a sua própria 
adaptabilidade exige uma mão de obra especializada, devido às constantes 
mudanças de calibragens, ferramentas e acessórios. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
14 
 Processos de produção em massa 
Sãoaqueles que fabricam um alto volume de produtos, porém com 
pequena variedade. “Esses processos tendem a ser altamente 
automatizados e a produzir produtos com elevado grau de padronização, 
sendo qualquer diferenciação pouco ou nada permitida” (MOREIRA, 2000, 
P. 11). 
 Processos contínuos 
São, muitas vezes, associados a tecnologias relativamente inflexíveis, de 
capital intensivo e com fluxo altamente previsível. Conforme RITZMAN e 
KRAJEWSKI (2007, p. 33) “são o extremo da produção em grande volume 
e padronizada com fluxos de produção em massa, sendo que a operação 
ocorre vinte e quatro horas por dia, para maximizar a utilização e evitar 
interrupções onerosas”. 
 
Tipos de processos em serviços 
Há três tipos de processos de serviços: 
 Serviços profissionais 
Serviços como estes proporcionam altos níveis de customização e o 
processo todo é em virtude de atender e satisfazer as necessidades 
individuais dos consumidores. Tal relação com o cliente indica, porém, um 
alto tempo de pessoal desperdiçado no escritório e da linha de frente no 
atendimento aos clientes. Serviços profissionais são baseados em 
pessoas, as quais buscam melhorar a prestação de serviço e, não, o que é 
fornecido. “Esses esquemas oferecem serviços especializados e um 
elevado grau de contato com o cliente” (GAITHER e FRAZIER, 2002, 
p.117). 
 Serviços em massa 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
15 
Ao contrário dos serviços profissionais, são baseados em equipamentos e 
não em pessoas, sendo que provavelmente tenha uma divisão do trabalho 
precisamente definida e normalmente com suas tarefas preestabelecidas. 
SILVESTRO (1999, apud SAKURADA; MIYAKE, 2009) relata que a 
formatação deste tipo de serviço se apoia num elevado grau de 
padronização e rotinização, baseado em pesquisas sobre expectativas dos 
clientes. 
 Lojas de serviços 
O serviço é prestado por meio de combinações de atividades do pessoal 
do escritório e da linha de frente, e a ênfase passa a ser no produto e no 
processo de produção. Conforme CORRÊA e CAON (2002, apud 
SAKURADA; MIYAKE, 2009) são definidas como intermediário entre 
Serviços Profissionais e Serviços de Massa. Para SLACK e STUART 
(2007, p. 132) “são caracterizadas por níveis de contato com o cliente, 
customização, volume de clientes e liberdade de decisão do pessoal”. 
Por conta dessa variedade de tipos de processo, tanto na manufatura 
como nos serviços, é necessária atenção no momento de escolher o mercado 
de atuação, pois, primeiramente, é necessário compreender certas 
especificidades, como afirma HARRINGTON (1993, p. 135), “precisamos 
compreender claramente várias características de processo, [...] como fluxo, 
eficácia, eficiência, tempo de ciclo e custo”. 
Quanto maior a capacidade dos gestores de entenderem os 
processos empresariais, maior a chance de aperfeiçoá-los. Qualquer 
processo pode ser modificando a fim de aumentar a eficácia da 
organização, buscando ampliar o número de clientes satisfeitos e 
impulsionar as vendas. 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
16 
Vamos assistir ao vídeo a seguir, que fala sobre os conceitos de 
processos produtivos: 
https://www.youtube.com/watch?v=DVwnEkCaois 
Agora, confira a videoaula do Prof. Nelson sobre processos produtivos 
para complementar seu estudo! Acesse o material on-line. 
 
 
Canais de Distribuição 
Um canal de distribuição corresponde a uma ou mais empresas ou 
indivíduos que participem do fluxo de produtos e serviços, desde o produtor 
até o cliente ou usuário final. Consiste, portanto, no caminho percorrido pela 
mercadoria, desde o produtor até os importadores e usuários finais. A escolha 
do canal de distribuição adequado é essencial para o êxito na atividade 
exportadora. 
Qualquer que seja o tipo de distribuição escolhido, é fundamental que 
o seu trabalho seja organizado conforme: 
 O volume de vendas a realizar de acordo com o potencial de mercado dos 
segmentos atendidos; 
 A adequação dos níveis de estoque dos distribuidores para a tender à 
demanda de seus mercados; 
 A qualidade e frequência da assistência aos seus clientes; 
 O número ideal de distribuidores para cada área de mercado. 
 
Decisões sobre os Canais de Distribuição 
Distribuidor é um termo genérico que inclui todos os tipos de 
intermediários que compram e vendem por sua conta e risco, em oposição ao 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
17 
agente comissionado, que como o próprio nome indica, só trabalha mediante 
comissionamento nos negócios. 
Dessa maneira, incluem-se na denominação genérica de 
distribuidor os atacadistas, os varejistas, revendedores, importadores e 
distribuidores que estocam produtos do fabricante e prestam assistência 
técnica ao comprador. 
 
A franquia é uma forma de comércio sob licença em que o franqueado 
trabalha com a marca, as mercadorias e até o design de lojas fornecidos pelo 
licenciador. Utilizando intermediários para distribuir os produtos, empresários 
conseguem atingir os clientes de maneira mais precisa e lucrativa. 
 
Principais intermediários 
Conheça alguns exemplos dos principais intermediários atuantes em 
um canal de distribuição: 
 Varejista 
Realiza a venda de bens e/ou serviços diretamente ao cliente final. Ex.: 
supermercado, papelaria, farmácia, bazar, loja de calçados etc. 
 Atacadista 
Compra e revende mercadorias para varejistas, outros comerciantes, 
estabelecimentos industriais, institucionais e comerciais. Não vende em 
pequenas quantidades para clientes finais. Ex.: atacadista farmacêutico 
que vende apenas para farmácias. 
 Distribuidor 
Vende, armazena e dá assistência técnica em uma área geográfica 
delimitada de atuação e, na maioria das vezes, busca atender demandas 
mais regionalizadas. Ex.: distribuidora de vinhos. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
18 
 Agentes e Corretores 
Agentes (relações de longo prazo) e Corretores (relações de curto prazo) 
são pessoas jurídicas comissionadas contratadas para vender produtos de 
uma empresa. Ex.: representantes de venda, corretores imobiliários, 
corretores de seguros etc. 
 
Sistema de Administração de Varejo 
O varejo é uma atividade que envolve a venda de mercadorias ou 
serviços diretamente ao consumidor final. Os estabelecimentos varejistas 
podem ser classificados entre: 
 Varejo de autosserviço 
Muito utilizado para os bens de conveniência, o sistema foi introduzido 
pelos supermercados, progredindo para drogarias, vendas automáticas 
através de máquinas, etc. 
 Varejo de autosseleção 
O cliente completa a sua transação através do balconista e se dirige ao 
caixa para efetuar o pagamento. 
 Varejo de serviço completo 
O cliente recebe toda a série de informações acerca do produto. Há grande 
variedade de serviços e a força de merchandising é grande. Ex.: lojas de 
departamentos e de especialidades. 
 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
19 
Você conhece a classificação das lojas por tipo de produto? Vamos 
conhecer: 
Supermercado 
Caracteriza-se por 
vendas em larga escala, 
custo baixo, baixa 
margem, alto volume de 
vendas, autosserviço. 
Lojas de 
conveniência 
Comercializa 
alimentos, 
refrigerantes, pilhas, 
cigarros etc. 
Combinação de loja 
Superloja e 
hipermercado: maior 
que um supermercado 
convencional. Ex: 
Makro. 
 
Canais de distribuição 
Os canais de distribuição têm como objetivo principal garantir adisponibilidade do produto para os clientes. 
Existem três formas básicas de distribuição: 
Sistema de distribuição exclusiva: o próprio fabricante escolhe seus 
revendedores, autorizando-os a distribuir de forma exclusiva os produtos e 
controlando grande parte das atividades desses revendedores. Neste caso, o 
fabricante deve vender por meio de um ou de alguns intermediários. 
Normalmente, é o sistema utilizado quando a natureza do negócio 
precisa da lealdade do distribuidor. Um bom exemplo são as concessionárias 
de veículos autorizadas. Os intermediários podem ser representantes 
comerciais, que levam o produto aos pontos de venda ou às redes de lojas 
que tenham a exclusividade na distribuição do produto. 
Sistema de distribuição seletiva: ocorre quando o fabricante vende 
por meio de um grupo selecionado de intermediários. É utilizado quando a 
natureza do negócio precisa de valorização. Entende-se que os intermediários 
escolhidos são considerados os melhores para vender os produtos, com base 
em sua localização, reputação, carteira de clientes e outros pontos fortes. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
20 
Sistema de distribuição intensiva: aplica a lógica de “quanto mais, 
melhor”. O fabricante vende por meio de tantos intermediários quantos forem 
possíveis. É utilizado quando tem que haver grande disponibilidade do 
produto em um grande número de pontos de venda. Essa popularização é 
saudável para produtos de alto consumo e pouco valor agregado. Um ótimo 
exemplo são os produtos de higiene e os alimentícios. 
Agora, em vez de fazer a leitura do livro de apoio desta disciplina, você 
deverá fazer uma leitura do capítulo “Projetando redes de distribuição e 
aplicações de e-business” do livro Gestão da Cadeia de Suprimentos – 
Estratégia, Planejamento e Operações, de autoria de Semil Chopra e Peter 
Meindl, disponível no portal ÚNICO! 
http://unico.facinter.br/ 
Vamos conhecer a logística de distribuição de uma grande empresa de 
cosméticos do Brasil? Assista ao filme e observe quantas coisas devem ser 
planejadas na distribuição de um produto ao mercado! 
https://www.youtube.com/watch?v=IN8V65El2XA 
Agora, assista à videoaula deste tema, disponível no material on-line! 
 
 
Conceito de Cadeias de Suprimentos 
Neste tema você conhecerá alguns conceitos relacionados a cadeias 
de suprimentos (Supply Chain) dados por diversos autores, vamos a eles: 
“É o processo da movimentação de bens e informação desde o pedido 
do cliente através dos estágios de aquisição de matéria prima, 
produção até a distribuição dos bens para os clientes” (Rockford 
Consulting Group, 2001). 
“Uma rede de organizações conectadas e interdependentes, 
trabalhando conjuntamente, em regime de cooperação mútua, para 
controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias-primas e 
informações dos fornecedores para os clientes finais”. 
(CHRISTOPHER, 2009) 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
21 
“Uma metodologia criada para alinhar todas as atividades de produção, 
armazenamento e transporte de forma sincronizada visando a 
obtenção na redução de custos, minimizar ciclos e maximizar o valor 
percebido pelo usuário final em busca de resultados superiores” 
(BOND, 2002) 
“Filosofia integradora para administrar o fluxo total de um canal de 
distribuição do fornecedor até o usuário final” (COOPER e M. ELLRAM, 
1993) 
“Um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de 
estoque etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo 
qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, 
aos quais se agrega valor ao consumidor” (BALLOU, 2006) 
 
Assim, podemos perceber que independentemente da variedade (e até 
da disparidade nas definições), a Cadeia de Suprimentos representa um 
conjunto de atividades que envolvem compra, armazenamento, 
transformação, embalagem, transporte, movimentação interna, distribuição e 
todo o suporte necessário para que tudo possa acontecer. 
 
Nesse sentido, há várias vertentes que vêm trazer definições acerca do 
tema. Em algumas teorias, a cadeia é definida como a união da logística com 
o Marketing e operações de compra, enquanto em outras é explicada como 
sendo o processo de movimentação de bens e do pedido do cliente, passando 
pela aquisição de matéria-prima, pela produção até a sua distribuição. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
22 
Observe Cadeia de Suprimentos do Walmart® na distribuição de fraldas 
descartáveis:
 
Complemente seus estudos assistindo ao vídeo a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=_mPCdicQpwU 
Para finalizar este tema, observe na videoaula disponível no material 
on-line as explicações do professor Nelson sobre os conceitos empregados 
nos processos dentro da Cadeia de Suprimentos. 
 
TROCANDO IDEIAS 
Busque conhecer o funcionamento da estrutura da Cadeia de 
Suprimentos da empresa que você trabalha, já trabalhou ou mesmo de uma 
empresa na sua cidade ou região e faça um relato das informações que você 
levantou, relatando-as no fórum da disciplina, disponível no AVA. 
Aproveite para conferir as contribuições de seu professor e de seus 
colegas de turma! 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
23 
NA PRÁTICA 
Case: Coca Cola 
Façamos a leitura do case da Coca-Cola®: 
http://www.coladaweb.com/administracao/canais-de-distribuicao 
 
Agora, analise o case a partir dos fatores importantes no sistema 
distributivo: 
 O número, o tamanho e a localização das unidades fabris e se estas 
atendem às necessidades de mercado; 
 A localização geográfica dos mercados e se os respectivos custos de 
abastecimento são compatíveis; 
 A frequência de compras dos clientes, o número e o tamanho dos pedidos; 
 O custo do pedido e o custo de distribuição se estes são compatíveis com 
o mercado; 
 Os métodos de armazenagem e seus custos; 
 Os transportes adotados se são adequados. 
 
 
SÍNTESE 
Nossa primeira aula está chegando ao fim. 
Nesta aula vocês puderam conhecer os conceitos e informações 
básicas sobre cadeias de suprimentos. 
Começamos por discutir a estrutura organizacional das empresas. 
Depois, falamos sobre os fornecedores e os distribuidores. Tratamos, 
também, dos principais processos produtivos e concluímos apresentando o 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
24 
tema “Cadeia de Suprimentos”, para que pudéssemos entender o conceito e 
a integração dos componentes de uma cadeia. 
Vamos fechar nossa primeira aula com chave de ouro, recapitulando 
os conteúdos que estudamos até agora. 
Até a próxima aula! 
 
 
Referências 
ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais: uma introdução. Trad. Celso 
Rimoli, Lenita R. Esteves. São Paulo: Atlas, 1999. 
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de 
abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2006. 
DIAS, M. COSTA, R. F. Manual do Comprador: conceitos, técnicas e práticas 
indispensáveis em um departamento de compras. Mario Dias, Roberto 
Figueiredo Costa. 2. Ed. – São Paulo: Edicta, 2003. 
LANGENDYK, A. Estratégias de logística em uma empresa do setor 
automobilístico: o caso da Volkswagen-Audi no período 1996-2001. 
Florianópolis, 2002. 192 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de 
Produção). Departamento de Qualidade e Produtividade, UFSC. 
MARTINS, R. Estratégia de compras na indústria brasileira de higiene 
pessoal e cosméticos: um estudo de casos. Dissertação (Mestrado) – 
Instituto Coppead, UFRJ, Rio de Janeiro, 2005. 
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais, umaabordagem logística: São Paulo: Atlas, 2000. 195 p. 
SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas 1999. 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
25 
Outras fontes de pesquisa: 
Cadeia de Suprimentos. Disponível em: https://endeavor.org.br/cadeia-de-
suprimentos/. Acesso em: 07/04/2016. 
Canais de Distribuição. Disponível em: 
http://www.coladaweb.com/administracao/canais-de-distribuicao. Acesso em: 
07/04/2016. 
Canais de Distribuição: conceito. Disponível em: 
http://www.academia.edu/4554702/Canais_de_Distribui%C3%A7%C3%A3o
_Conceito. Acesso em: 07/04/2016. 
Os processos produtivos e as suas principais características. Disponível 
em: https://www.portal-gestao.com/item/6268-os-processos-produtivos-e-as-
suas-principais-caracter%C3%ADsticas.html. Acesso em: 07/04/2016.

Outros materiais

Outros materiais