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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Gestão da Cadeia de Suprimentos Prof. Nelson Tadeu Galvão Aula 1 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 CONVERSA INICIAL Caros alunos, sejam bem-vindos à nossa primeira aula de Gestão da Cadeia de Suprimentos! Nesta disciplina vamos aprender, inicialmente, os conceitos básicos necessários para que possamos compreender o funcionamento de uma Cadeia de Suprimentos. Vamos, também, aprender como são estruturadas organizacionalmente as empresas e depois trataremos dos fornecedores, das cadeias produtivas, dos canais de distribuição e, finalmente, das cadeias de suprimentos. Todos temas de grande importância para nossa disciplina. É importante que você tente compreender bem esses conceitos iniciais para compreender melhor os assuntos que vêm depois, pois buscamos fazer com que a compreensão da disciplina se dê pelo entendimento de todos os temas que serão estudados. Iniciemos nossos estudos conhecendo o professor Nelson Tadeu Galvão e a proposta que ele trouxe para esta disciplina! Acesse a videoaula disponível no material on-line! CONTEXTUALIZANDO Em tempos remotos, a logística era ineficiente e muitas pessoas eram obrigadas a morar em locais próximos às fontes de alimentos. Mas com o passar dos anos, as técnicas de produção e o processo de entrega dos produtos aos consumidores foram se aperfeiçoando, possibilitando às pessoas que vivem em locais distantes da fonte das mercadorias um consumo de itens em maiores quantidades e com um abastecimento constante ao longo do tempo. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 A Cadeia de Suprimentos vem de encontro à necessidade das empresas e clientes, pois o cliente é a principal razão de existir da empresa. O gerenciamento de toda a cadeia – desde os fornecedores, passando pela produção, chegando à expedição – prevendo e organizando a logística reversa faz todo o sentido para organizar suas atividades com foco voltado para o cliente. A competição no mercado global tende a não ocorrer mais entre empresas, mas, sim, entre cadeias de suprimento. Numa era de concorrências entre redes, apenas as organizações que melhor se estruturarem, coordenarem e gerirem os relacionamentos com os parceiros de rede receberão as devidas recompensas. Na medida em que aumenta a concorrência, as empresas precisam reforçar seus referenciais mercadológicos envolvendo a Cadeia de Suprimentos, tornando-a flexível diante do mercado. Assim, a gestão da Cadeia de Suprimentos consiste numa série de aproximações utilizadas para integrar eficazmente fornecedores, fabricantes e lojas, para que a mercadoria seja produzida e distribuída nas quantidades ideais, na localização certa e no tempo correto, com o objetivo de satisfazer o nível de serviço e diminuir os custos ao longo do sistema (SIMCHI-LEVI; SIMCHI-LEVI; KAMINSKY, 2003, p. 1). Serão esses os assuntos que estaremos estudando nessa disciplina, a começar pelos conceitos básicos que lhe permitirão compreender toda essa integração da Cadeia de Suprimentos para torná-la mais competitiva num mercado global. Acesse a videoaula disponível no material on-line! CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 PESQUISE Estrutura Organizacional O que é uma estrutura organizacional? Vamos, então, conhecer esse assunto: É a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando a alcançar os objetivos e resultados estabelecidos. É a forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. Benefícios de uma estrutura organizacional adequada: Identificação das tarefas necessárias; Organização das funções e responsabilidades; Informações, recursos e feedbacks aos empregados; Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos; Condições motivadoras. Toda empresa possui dois tipos básicos e fundamentais de estrutura: a formal e a informal. Conheça melhor cada uma delas: Estrutura formal é aquela deliberadamente planejada e formalmente representada, em alguns de seus aspectos, pelo organograma. Ênfase a posições em termos de autoridades e responsabilidades É estável Está sujeita a controle Está na estrutura Líder formal CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 É representada pelo organograma da empresa e seus aspectos básicos Reconhecida juridicamente de fato e de direito É estruturada e organizada Estrutura informal é a rede de relações sociais e pessoais que não é estabelecida ou requerida pela estrutura formal. São relacionamentos não- documentados e não-reconhecidos oficialmente entre os membros de uma organização, que surgem inevitavelmente em decorrência das necessidades pessoais e grupais dos empregados. A estrutura organizacional tem algumas características, vamos a elas: Não é estática; É representada graficamente pelo organograma; É dinâmica; Deve ser delineada de forma a alcançar os objetivos institucionais; Deve ser planejada. E essas são as departamentalizações da Estrutura Organizacional: Linear (com ou sem staff) Funcional Clientes Produtos Territorial Por projetos Matricial CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 Componentes da estrutura organizacional A estrutura organizacional tem sempre três componentes: Sistema de responsabilidade: Responsabilidade é a obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa por outrem. Quando um subordinado assume determinada obrigação, deve prestar contas à pessoa que lhe atribuiu a responsabilidade. A responsabilidade não se delega. Sistema de autoridade: Departamentalização; Linha e assessoria; Atribuições das unidades organizacionais. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 Sistema de Comunicações O sistema de comunicação é a rede por meio da qual fluem as informações que permitem o funcionamento da estrutura de forma integrada e eficaz, na qual deve ser considerado: O que deve ser comunicado? Como deve ser comunicado? Quando deve ser comunicado? De quem deve vir a informação? Para quem deve ir a informação? Por que deve ser comunicado? Quanto deve ser comunicado? Façamos a leitura do texto a seguir para conhecer os diversos tipos de estrutura organizacional: http://www.adminconcursos.com.br/2014/07/estruturas-organizacionais.html CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 Organograma Organograma é a representação gráfica e abreviada da estrutura organizacional. Ele tem como finalidade representar: Os órgãos componentes da empresa; Tanto quanto possível, de forma geométrica, as funções desenvolvidas pelo órgão; As vinculações e/ou relações de interdependência entre os órgãos; Os níveis administrativos que compõem a organização; A via hierárquica. Conhecer como está estruturada uma empresa organizacionalmente é possível através da leitura do seu organograma, pois ele é a ferramenta que representa o mapa da organização. Para conhecer os modelos de estrutura organizacional com suas vantagens e desvantagens assista ao vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=bml0YAKBPK8 E, claro, não deixe de assistir à videoaula correspondente a este tema que está disponível no materialon-line! Fornecedores Você já deve ter ouvido por diversas vezes falar de fornecedor, mas o que é, afinal, um fornecedor? O fornecedor é a pessoa ou a empresa que abastece outra empresa ou comunidade. O termo deriva do verbo fornecer, que faz CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 referência a prover ou providenciar o necessário para um determinado fim. Por exemplo: “Estamos sem papel: por favor, chame o fornecedor para trazer várias resmas”, “O João está à procura de um novo fornecedor de matérias primas, pois o seu atual não está em conformidade”. Os fornecedores devem respeitar os prazos e as condições de entrega dos seus produtos ou serviços para evitar conflitos com a empresa que abastecem. Na maior parte dos casos, estas empresas têm de ter um departamento de suporte ou de atenção técnica, já que as interrupções do serviço causam grandes problemas ao cliente. Fornecedor não é apenas quem produz ou fabrica, industrial ou artesanalmente, em estabelecimentos industriais centralizados ou não; também é fornecedor quem vende. Não é fácil a escolha de um fornecedor, pois sua escolha pode depender de diversos aspectos individuais, tais como: Pontualidade nas entregas Qualidade do produto Preços competitivos Antecedentes estáveis Bons serviços prestados Cumprimento de promessas e prazos Apoio técnico Informação no acompanhamento dos produtos CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 O que você busca quando assume o papel de comprador? Em suas compras as empresas têm os mesmos objetivos, que, basicamente, se resumem em conseguir tudo ao mesmo tempo: qualidade, quantidade, prazo de entrega e preço. Uma vez tomada a decisão sobre o que comprar, a segunda decisão mais importante refere-se ao fornecedor certo. Um bom fornecedor é aquele que tem a tecnologia para fabricar o produto na qualidade exigida, tem a capacidade de produzir as quantidades necessárias e ainda pode administrar seu negócio com eficiência suficiente para ter lucros e, ainda assim, vender um produto a preços competitivos. Segundo BERTAGLIA (2006) o processo de seleção de fornecedor não é simples. Para a seleção de fornecedores existem critérios que têm deixado de ser somente aqueles básicos. Entenda melhor os fatores que influenciam na seleção de um fornecedor: Habilidade técnica O fornecedor possui habilidade técnica para produzir ou fornecer o produto desejado? Capacidade produtiva A produção deve ser capaz de satisfazer às especificações do produto de forma consciente, produzindo, ao mesmo tempo, o menor número possível de defeitos. Confiabilidade Ao selecionar um fornecedor, é desejável que ele seja um fornecedor confiável, reputado e financeiramente sólido. Pós-venda CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 Se o produto tem natureza técnica ou provavelmente necessitará de peças de reposição ou apoio técnico, o fornecedor deve ter um bom serviço de atendimento pós-venda. Localização do fornecedor Algumas vezes é necessário/recomendável que o fornecedor esteja próximo do comprador, ou pelo menos mantenha um estoque local. Preço O fornecedor deve ser capaz de oferecer preços competitivos, não significando, necessariamente, que seja o menor preço. Na avaliação de fornecedores potenciais, alguns fatores são quantitativos, e é possível atribuir um valor monetário a eles. Outros fatores são qualitativos e sua determinação exige ponderação. Geralmente, são determinados de forma descritiva. A seguir vamos ver os métodos de classificação, que podemos utilizar para combinar esses dois fatores principais (quantitativos e qualitativos), auxiliando o comprador a selecionar o melhor fornecedor: Não se esqueça de continuar a leitura do livro de apoio desta disciplina, o “Supply Chain – Uma visão gerencial”, de Luiz Fernando Rodrigues Campos. http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/524.php CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 12 O vídeo a seguir ajudará a esclarecer melhor alguns pontos sobre esse assunto, então, não deixe de assistir! https://www.youtube.com/watch?v=3zwLm-yOhVo Agora, preste atenção nas considerações que serão feitas pelo professor Nelson sobre o assunto deste tema! Assista à videoaula disponível no material on-line. Processos Produtivos Vamos saber agora o que é um processo produtivo: Segundo HARRINGTON (1993, p. 10): “Processo é qualquer atividade que recebe uma entrada (input), agrega-lhe valor e gera uma saída (output) para um cliente interno ou externo, fazendo uso dos recursos da organização para gerar resultados concretos”. Por sua vez, HAMMER e CHAMPY (1994 apud GONÇALVES, 2000, p. 2), afirmam que: “um processo é um grupo de atividades realizadas numa sequência lógica com o objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor para um grupo específico de clientes”. Da mesma forma CHARLENE e MURRAY (1994) partem da premissa de que todo processo é uma série de etapas que transformam o resultado ou o produto à medida que este percorre a sequência de tarefas ou funções. Desse modo, depreende-se que não há como desenvolver um produto ou serviço sem que os mesmos passem por algum tipo de processo em sua fabricação. Isto está de acordo com GRAHAM e LEBARON (1994 apud GONÇALVES, 2000), quando afirmam que todo trabalho importante realizado em quaisquer empresas fazem parte de algum processo. A seguir, vamos descrever os tipos de processos, pois são determinantes para a proposta de estudo realizada. Vamos lá? CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 13 Tipos de processos em manufatura Cada tipo de processo em manufatura faz com que a empresa siga uma linha de ação diferente para organizar as atividades das operações. Como já mencionamos, existem cinco tipos de processos de manufatura, descritos e explicados a seguir: Processos de projeto É característico dos processos de projetos o baixo volume e um grau elevado de customização. Para RITZMAN e KRAJEWSKI (2007) o processo de projeto é uma sequência de operações e o processo envolvido em cada uma delas é únicos, feitos especificamente para atender aos pedidos dos clientes, tornando cada projeto único (embora alguns possam parecer similares). Processos de jobbing Da mesma forma dos processos de projeto, apresentam variedade alta e volume baixo. Porém, no primeiro os recursos transformadores são dedicados exclusivamente para um determinado produto, enquanto que no processo de jobbing os recursos são compartilhados entre todas as unidades. “Os processos de jobbing produzem mais itens e, usualmente, menores do que os processos de projeto, o grau de repetição é baixo” (SLACK e STUART, 2007, p. 130). Processos em lotes ou bateladas Esse processo é frequentemente confundido com jobbing, porém, os processos em lote não têm o mesmo grau de variedade. “A diferença fundamental é que os volumes são maiores porque produtos ou serviços iguais ou similares são fornecidos repetidamente” (RITZMAN e KRAJEWSKI, 2007, p. 33). De acordo com MOREIRA (2000), na produção em lotes, é necessário o uso de equipamentos diferenciados e a sua própria adaptabilidade exige uma mão de obra especializada, devido às constantes mudanças de calibragens, ferramentas e acessórios. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 Processos de produção em massa Sãoaqueles que fabricam um alto volume de produtos, porém com pequena variedade. “Esses processos tendem a ser altamente automatizados e a produzir produtos com elevado grau de padronização, sendo qualquer diferenciação pouco ou nada permitida” (MOREIRA, 2000, P. 11). Processos contínuos São, muitas vezes, associados a tecnologias relativamente inflexíveis, de capital intensivo e com fluxo altamente previsível. Conforme RITZMAN e KRAJEWSKI (2007, p. 33) “são o extremo da produção em grande volume e padronizada com fluxos de produção em massa, sendo que a operação ocorre vinte e quatro horas por dia, para maximizar a utilização e evitar interrupções onerosas”. Tipos de processos em serviços Há três tipos de processos de serviços: Serviços profissionais Serviços como estes proporcionam altos níveis de customização e o processo todo é em virtude de atender e satisfazer as necessidades individuais dos consumidores. Tal relação com o cliente indica, porém, um alto tempo de pessoal desperdiçado no escritório e da linha de frente no atendimento aos clientes. Serviços profissionais são baseados em pessoas, as quais buscam melhorar a prestação de serviço e, não, o que é fornecido. “Esses esquemas oferecem serviços especializados e um elevado grau de contato com o cliente” (GAITHER e FRAZIER, 2002, p.117). Serviços em massa CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 15 Ao contrário dos serviços profissionais, são baseados em equipamentos e não em pessoas, sendo que provavelmente tenha uma divisão do trabalho precisamente definida e normalmente com suas tarefas preestabelecidas. SILVESTRO (1999, apud SAKURADA; MIYAKE, 2009) relata que a formatação deste tipo de serviço se apoia num elevado grau de padronização e rotinização, baseado em pesquisas sobre expectativas dos clientes. Lojas de serviços O serviço é prestado por meio de combinações de atividades do pessoal do escritório e da linha de frente, e a ênfase passa a ser no produto e no processo de produção. Conforme CORRÊA e CAON (2002, apud SAKURADA; MIYAKE, 2009) são definidas como intermediário entre Serviços Profissionais e Serviços de Massa. Para SLACK e STUART (2007, p. 132) “são caracterizadas por níveis de contato com o cliente, customização, volume de clientes e liberdade de decisão do pessoal”. Por conta dessa variedade de tipos de processo, tanto na manufatura como nos serviços, é necessária atenção no momento de escolher o mercado de atuação, pois, primeiramente, é necessário compreender certas especificidades, como afirma HARRINGTON (1993, p. 135), “precisamos compreender claramente várias características de processo, [...] como fluxo, eficácia, eficiência, tempo de ciclo e custo”. Quanto maior a capacidade dos gestores de entenderem os processos empresariais, maior a chance de aperfeiçoá-los. Qualquer processo pode ser modificando a fim de aumentar a eficácia da organização, buscando ampliar o número de clientes satisfeitos e impulsionar as vendas. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 16 Vamos assistir ao vídeo a seguir, que fala sobre os conceitos de processos produtivos: https://www.youtube.com/watch?v=DVwnEkCaois Agora, confira a videoaula do Prof. Nelson sobre processos produtivos para complementar seu estudo! Acesse o material on-line. Canais de Distribuição Um canal de distribuição corresponde a uma ou mais empresas ou indivíduos que participem do fluxo de produtos e serviços, desde o produtor até o cliente ou usuário final. Consiste, portanto, no caminho percorrido pela mercadoria, desde o produtor até os importadores e usuários finais. A escolha do canal de distribuição adequado é essencial para o êxito na atividade exportadora. Qualquer que seja o tipo de distribuição escolhido, é fundamental que o seu trabalho seja organizado conforme: O volume de vendas a realizar de acordo com o potencial de mercado dos segmentos atendidos; A adequação dos níveis de estoque dos distribuidores para a tender à demanda de seus mercados; A qualidade e frequência da assistência aos seus clientes; O número ideal de distribuidores para cada área de mercado. Decisões sobre os Canais de Distribuição Distribuidor é um termo genérico que inclui todos os tipos de intermediários que compram e vendem por sua conta e risco, em oposição ao CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 17 agente comissionado, que como o próprio nome indica, só trabalha mediante comissionamento nos negócios. Dessa maneira, incluem-se na denominação genérica de distribuidor os atacadistas, os varejistas, revendedores, importadores e distribuidores que estocam produtos do fabricante e prestam assistência técnica ao comprador. A franquia é uma forma de comércio sob licença em que o franqueado trabalha com a marca, as mercadorias e até o design de lojas fornecidos pelo licenciador. Utilizando intermediários para distribuir os produtos, empresários conseguem atingir os clientes de maneira mais precisa e lucrativa. Principais intermediários Conheça alguns exemplos dos principais intermediários atuantes em um canal de distribuição: Varejista Realiza a venda de bens e/ou serviços diretamente ao cliente final. Ex.: supermercado, papelaria, farmácia, bazar, loja de calçados etc. Atacadista Compra e revende mercadorias para varejistas, outros comerciantes, estabelecimentos industriais, institucionais e comerciais. Não vende em pequenas quantidades para clientes finais. Ex.: atacadista farmacêutico que vende apenas para farmácias. Distribuidor Vende, armazena e dá assistência técnica em uma área geográfica delimitada de atuação e, na maioria das vezes, busca atender demandas mais regionalizadas. Ex.: distribuidora de vinhos. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 18 Agentes e Corretores Agentes (relações de longo prazo) e Corretores (relações de curto prazo) são pessoas jurídicas comissionadas contratadas para vender produtos de uma empresa. Ex.: representantes de venda, corretores imobiliários, corretores de seguros etc. Sistema de Administração de Varejo O varejo é uma atividade que envolve a venda de mercadorias ou serviços diretamente ao consumidor final. Os estabelecimentos varejistas podem ser classificados entre: Varejo de autosserviço Muito utilizado para os bens de conveniência, o sistema foi introduzido pelos supermercados, progredindo para drogarias, vendas automáticas através de máquinas, etc. Varejo de autosseleção O cliente completa a sua transação através do balconista e se dirige ao caixa para efetuar o pagamento. Varejo de serviço completo O cliente recebe toda a série de informações acerca do produto. Há grande variedade de serviços e a força de merchandising é grande. Ex.: lojas de departamentos e de especialidades. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 19 Você conhece a classificação das lojas por tipo de produto? Vamos conhecer: Supermercado Caracteriza-se por vendas em larga escala, custo baixo, baixa margem, alto volume de vendas, autosserviço. Lojas de conveniência Comercializa alimentos, refrigerantes, pilhas, cigarros etc. Combinação de loja Superloja e hipermercado: maior que um supermercado convencional. Ex: Makro. Canais de distribuição Os canais de distribuição têm como objetivo principal garantir adisponibilidade do produto para os clientes. Existem três formas básicas de distribuição: Sistema de distribuição exclusiva: o próprio fabricante escolhe seus revendedores, autorizando-os a distribuir de forma exclusiva os produtos e controlando grande parte das atividades desses revendedores. Neste caso, o fabricante deve vender por meio de um ou de alguns intermediários. Normalmente, é o sistema utilizado quando a natureza do negócio precisa da lealdade do distribuidor. Um bom exemplo são as concessionárias de veículos autorizadas. Os intermediários podem ser representantes comerciais, que levam o produto aos pontos de venda ou às redes de lojas que tenham a exclusividade na distribuição do produto. Sistema de distribuição seletiva: ocorre quando o fabricante vende por meio de um grupo selecionado de intermediários. É utilizado quando a natureza do negócio precisa de valorização. Entende-se que os intermediários escolhidos são considerados os melhores para vender os produtos, com base em sua localização, reputação, carteira de clientes e outros pontos fortes. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 20 Sistema de distribuição intensiva: aplica a lógica de “quanto mais, melhor”. O fabricante vende por meio de tantos intermediários quantos forem possíveis. É utilizado quando tem que haver grande disponibilidade do produto em um grande número de pontos de venda. Essa popularização é saudável para produtos de alto consumo e pouco valor agregado. Um ótimo exemplo são os produtos de higiene e os alimentícios. Agora, em vez de fazer a leitura do livro de apoio desta disciplina, você deverá fazer uma leitura do capítulo “Projetando redes de distribuição e aplicações de e-business” do livro Gestão da Cadeia de Suprimentos – Estratégia, Planejamento e Operações, de autoria de Semil Chopra e Peter Meindl, disponível no portal ÚNICO! http://unico.facinter.br/ Vamos conhecer a logística de distribuição de uma grande empresa de cosméticos do Brasil? Assista ao filme e observe quantas coisas devem ser planejadas na distribuição de um produto ao mercado! https://www.youtube.com/watch?v=IN8V65El2XA Agora, assista à videoaula deste tema, disponível no material on-line! Conceito de Cadeias de Suprimentos Neste tema você conhecerá alguns conceitos relacionados a cadeias de suprimentos (Supply Chain) dados por diversos autores, vamos a eles: “É o processo da movimentação de bens e informação desde o pedido do cliente através dos estágios de aquisição de matéria prima, produção até a distribuição dos bens para os clientes” (Rockford Consulting Group, 2001). “Uma rede de organizações conectadas e interdependentes, trabalhando conjuntamente, em regime de cooperação mútua, para controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias-primas e informações dos fornecedores para os clientes finais”. (CHRISTOPHER, 2009) CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 21 “Uma metodologia criada para alinhar todas as atividades de produção, armazenamento e transporte de forma sincronizada visando a obtenção na redução de custos, minimizar ciclos e maximizar o valor percebido pelo usuário final em busca de resultados superiores” (BOND, 2002) “Filosofia integradora para administrar o fluxo total de um canal de distribuição do fornecedor até o usuário final” (COOPER e M. ELLRAM, 1993) “Um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de estoque etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor” (BALLOU, 2006) Assim, podemos perceber que independentemente da variedade (e até da disparidade nas definições), a Cadeia de Suprimentos representa um conjunto de atividades que envolvem compra, armazenamento, transformação, embalagem, transporte, movimentação interna, distribuição e todo o suporte necessário para que tudo possa acontecer. Nesse sentido, há várias vertentes que vêm trazer definições acerca do tema. Em algumas teorias, a cadeia é definida como a união da logística com o Marketing e operações de compra, enquanto em outras é explicada como sendo o processo de movimentação de bens e do pedido do cliente, passando pela aquisição de matéria-prima, pela produção até a sua distribuição. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 22 Observe Cadeia de Suprimentos do Walmart® na distribuição de fraldas descartáveis: Complemente seus estudos assistindo ao vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=_mPCdicQpwU Para finalizar este tema, observe na videoaula disponível no material on-line as explicações do professor Nelson sobre os conceitos empregados nos processos dentro da Cadeia de Suprimentos. TROCANDO IDEIAS Busque conhecer o funcionamento da estrutura da Cadeia de Suprimentos da empresa que você trabalha, já trabalhou ou mesmo de uma empresa na sua cidade ou região e faça um relato das informações que você levantou, relatando-as no fórum da disciplina, disponível no AVA. Aproveite para conferir as contribuições de seu professor e de seus colegas de turma! CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 23 NA PRÁTICA Case: Coca Cola Façamos a leitura do case da Coca-Cola®: http://www.coladaweb.com/administracao/canais-de-distribuicao Agora, analise o case a partir dos fatores importantes no sistema distributivo: O número, o tamanho e a localização das unidades fabris e se estas atendem às necessidades de mercado; A localização geográfica dos mercados e se os respectivos custos de abastecimento são compatíveis; A frequência de compras dos clientes, o número e o tamanho dos pedidos; O custo do pedido e o custo de distribuição se estes são compatíveis com o mercado; Os métodos de armazenagem e seus custos; Os transportes adotados se são adequados. SÍNTESE Nossa primeira aula está chegando ao fim. Nesta aula vocês puderam conhecer os conceitos e informações básicas sobre cadeias de suprimentos. Começamos por discutir a estrutura organizacional das empresas. Depois, falamos sobre os fornecedores e os distribuidores. Tratamos, também, dos principais processos produtivos e concluímos apresentando o CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 24 tema “Cadeia de Suprimentos”, para que pudéssemos entender o conceito e a integração dos componentes de uma cadeia. Vamos fechar nossa primeira aula com chave de ouro, recapitulando os conteúdos que estudamos até agora. Até a próxima aula! Referências ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais: uma introdução. Trad. Celso Rimoli, Lenita R. Esteves. São Paulo: Atlas, 1999. BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2006. DIAS, M. COSTA, R. F. Manual do Comprador: conceitos, técnicas e práticas indispensáveis em um departamento de compras. Mario Dias, Roberto Figueiredo Costa. 2. Ed. – São Paulo: Edicta, 2003. LANGENDYK, A. Estratégias de logística em uma empresa do setor automobilístico: o caso da Volkswagen-Audi no período 1996-2001. Florianópolis, 2002. 192 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Departamento de Qualidade e Produtividade, UFSC. MARTINS, R. Estratégia de compras na indústria brasileira de higiene pessoal e cosméticos: um estudo de casos. Dissertação (Mestrado) – Instituto Coppead, UFRJ, Rio de Janeiro, 2005. POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais, umaabordagem logística: São Paulo: Atlas, 2000. 195 p. SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas 1999. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 25 Outras fontes de pesquisa: Cadeia de Suprimentos. Disponível em: https://endeavor.org.br/cadeia-de- suprimentos/. Acesso em: 07/04/2016. Canais de Distribuição. Disponível em: http://www.coladaweb.com/administracao/canais-de-distribuicao. Acesso em: 07/04/2016. Canais de Distribuição: conceito. Disponível em: http://www.academia.edu/4554702/Canais_de_Distribui%C3%A7%C3%A3o _Conceito. Acesso em: 07/04/2016. Os processos produtivos e as suas principais características. Disponível em: https://www.portal-gestao.com/item/6268-os-processos-produtivos-e-as- suas-principais-caracter%C3%ADsticas.html. Acesso em: 07/04/2016.
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