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O VAZIO EXISTENCIAL E A BUSCA DO SENTIDO DA VIDA SOB O OLHAR DA LOGOTERAPIA E GESTALT TERAPIA

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O VAZIO EXISTENCIAL E A BUSCA DO SENTIDO DA VIDA SOB O OLHAR DA LOGOTERAPIA E GESTALT-TERAPIA[1: Trabalho interdisciplinar apresentado como pré-requisito para aprovação no quinto período do curso de Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA.]
	Alyssa Lorraine Pereira[2: Acadêmica do curso de graduação em Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA.]
Thays Marchiori Moraes²
Maria Helena Campos Freire[3: Psicóloga, Mestranda em Ciências Ambientais, Especialista em Gestalt-terapia, em Metodologia e Didática do Ensino Superior e Psicologia do Trânsito; Professora da Faculdade Panamericana de Ji-paraná - UNIJIPA; Orientadora do trabalho no Curso de Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA.]
Resumo: O presente estudo visa trazer conceitos a respeito do vazio existencial, da busca pelo sentido da vida e a relação que tais tem com o abuso de substancias, levando em consideração o olhar da Logoterapia e da Gestalt-terapia sobre estes processos. O principal objetivo se baseia em expor dados de pesquisas bibliográficas realizadas sobre o assunto que levantam argumentos sobre a sociedade contemporânea, sobre as mudanças de valores e tradições das últimas décadas e como esses processos tem afetado as pessoas, levando-as a dificuldade de se relacionar consigo e com o outro, tendo em vista que o indivíduo volta sua atenção e dedicação para o mundo exterior e como consequência o mundo interior se encontra um grande buraco. A Gestalt-terapia pontua que o ser não reconhece o mundo como ele é e então não vive sua subjetividade e como consequência, sente-se vazio de sentido.
Palavras – Chave: Vazio. Existência. Gestalt-terapia. Substâncias. Logoterapia.
INTRODUÇÃO 
	Anteriormente os homens se preocupavam apenas com a alimentação, abrigo e família. Em contraponto nos tempos atuais apesar de se ter uma condição de vida que atenda às necessidades básicas, as pessoas tem encontrado dificuldade em ser e estar no mundo. Isso se dá devido à exposição ao mundo moderno e as mudanças conceituais na sociedade, o homem tem tido como consequência, o vazio existencial, que está diretamente relacionado a problemas como a depressão e os vícios (FRANKL, 1985). 
O homem, em meio aos seus afazeres e relacionamentos, ao longo de sua existência sempre procurou entender o sentido de estar no mundo, a sua missão, um ideal que explique a sua existência. Carneiro e Abritta (2008) afirmam que “Desde a luta pela sobrevivência, a ocupação do território e a formação das sociedades primitivas, ele aos poucos foi tomando consciência de sua singularidade e condição diferenciada das outras espécies e, cada vez mais, desenvolvendo meios para afirmar sua presença no mundo e dar sentido a ela”. 
Com base nisto, o presente resumo tem por objetivo conceituar o vazio existencial e sua relação com o abuso de substâncias trazendo o olhar da Logoterapia e da Gestalt-terapia a respeito da busca pelo sentido da vida frente ao enfrentamento deste vazio e de como tais abordagens sugestionam a respeito do assunto.
METODOLOGIA
O presente resumo expandido utilizou-se de revisão de literatura, a fim de oferecer fundamentação teórica ao mesmo, tendo por base artigos científicos, dissertações, teses e resumos expandidos, visando ampliar o conhecimento e sintetizar os resultados de diversos estudos primários a respeito do vazio existencial e do abuso de substâncias, e uma perspectiva a respeito do tema sob o olhar da Gestalt-terapia.
O VAZIO EXISTENCIAL
No mundo atual com tanta acessibilidade, a sociedade tem se acostumado com um modo de viver que preza sempre o imediato. Como consequência da satisfação do prazer imediato, as pessoas vão se esvaziando e se privando de experimentar um contato com outras pessoas e com sua própria subjetividade. Com o foco sempre voltado para o imediatismo e o exterior, o mundo interno se torna em um grande buraco ou o que pode-se chamar de vazio existencial (CARNEIRO; ABRITTA, 2008)
Além do imediatismo, a sociedade do século XXI passa por uma crise de valores, onde tudo o que há décadas era tido como verdade tem sido questionado pelas pessoas, pela mídia e pelas universidades. Todos esses questionamentos e incertezas a respeito dos conceitos e ideais que regem a vida, tem trazido outra forte questão: qual o sentido da existência? Segundo Carneiro e Abritta (2008) “O homem contemporâneo vive sem raízes. O desmoronamento das tradições, observado, sobretudo, nas gerações mais jovens, é o fenômeno que pode [...] explicar o tão atual vazio existencial”.
O vazio pode ter um significado de expansão e transformação, porém o vazio atual tem o significado de morte das ideias, enfraquecimento das tradições, de modo que “as pessoas não sabem o que querem e o que devem fazer, o que leva o homem a querer o que os outros fazem ou a fazer o que os outros querem” (AQUINO et al, 2009). O ser humano tem tentado enganar esse vazio se utilizando da tecnologia, substâncias lícitas e ilícitas e outros meios de fuga, os quais conquistam o espaço das necessidades básicas de existência emocional, proporcionando alguns minutos de prazer ou anestesiamento. Segundo o autor Frankl (2003) é impossível entender assuntos como a depressão, agressão e vicio sem antes reconhecer que tais estão diretamente ligados ao vazio existencial.
O abuso de substâncias tende a ser uma fuga de si, do seu vazio interior quando frustradas na obtenção de sentido para a vida. As substancias lícitas e ilícitas proporcionam uma felicidade momentânea e imediata, levando a um afastamento temporário da realidade, e a um mascaramento do vazio. Sob este ponto de vista, Frankl (1985) pontua que o mascaramento “deveria cessar no momento em que nos deparamos com o que é autêntico e genuíno na pessoa, como por exemplo, o desejo do ser humano por uma vida tanto quanto possível dotada de sentido”. 
A BUSCA PELO SENTIDO DA VIDA: LOGOTERAPIA E GESTALT-TERAPIA
O homem sempre buscou encontrar um sentido para sua existência, ou seja, para como ele se comporta e é no mundo. Ao longo de sua trajetória de vida os indivíduos compreendem a diferença e a semelhança com o outro e como consequência deste processo, tenta se afirmar enquanto pessoa, e quanto ao sentido dessa existência (CARNEIRO E ABRITTA, 2008).
A inexistência de um sentido para a existência pode acarretar a perca de compreensão na vida, em si e no mundo, levando os indivíduos a renunciar, mesmo que inconscientemente, a sua subjetividade e autenticidade sendo guiado por comportamentos estereotipados de acordo com o que a maioria faz, ou com o que a mídia dita, encontrando-se em uma situação de marionetes das forças do meio, uma vez que o mundo interno é ignorado (AQUINO et al, 2010). 
Em relação a isto, é necessário que questões voltadas à consciência e à responsabilidade sejam repensadas a fim de serem parte desta construção de sentido para existência. A Logoterapia, criada por Victor Frankl coloca como objetivos deste modelo de psicoterapia de que os indivíduos ao serem tratados devem ter um reestabelecimento da capacidade de trabalhar, amar e conseguir suportar o sofrimento, afinal o modo como o ser humano pode encontrar significado para a sua existência se dá através do que ele vive, cria e como enfrenta o sofrimento (FRANKL, 1985; AQUINO et al, 2011)
A Gestalt-terapia traz o conceito que é pontuado por Yontef (1998) de que geralmente as pessoas evitam reconhecer o mundo como ele é, enganando a si mesmo e vivendo na inautenticidade e como consequência de não viver sua subjetividade, aparecem sentimentos como medo, culpa e ansiedade. A abordagem argumenta a respeito da possibilidade de ser autêntico e responsável por si, tomando consciência (awere), torna-se capaz de escolher /organizar a existência de maneira relevante. Segundo Yontef (1998) “A visão existencial afirma que as pessoas estão infinitamente refazendo-se ou descobrindo a si mesmas. [...] Sempre há novos horizontes, novos problemas e novas oportunidades”.
A awereness é o processode reconhecimento do poder de controle, escolha e ter responsabilidade por seus sentimentos e comportamentos. Para haver um contato efetivo com o mundo, a pessoa necessita se expandir e conhecer suas próprias fronteiras. Ter contato com novidades do ambiente, percebendo ser tóxicas ou não, faz parte da auto regulação eficaz.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em virtude dos aspectos apresentados, faz-se uma correlação direta entre a perca das raízes e o vazio existencial, sendo que o abuso de substâncias aparece para entorpecer a falta de sentido da vida e as frustrações do dia a dia. Com o boom da globalização, as tradições e rituais passaram a ser questionadas e não mais seguidas, as tradições e rituais eram uma forma de garantir certa contenção e garantir algum sentido, a identidade de certo povo.
O imediatismo torna as pessoas menos conscientes de si, fazendo-as se voltar mais para as demandas exteriores, se tornando vazias e perdendo o contato com o sentido de sua existência.
As abordagens escolhidas, mesmo sendo opostas sobre o significado do vazio, possuem visões parecidas no modo de trabalhar o ser para que se torne autoconsciente e a encontrar significado em sua existência.
A solução para esta problemática seria tornar-se consciente de si, ser autêntico, reconhecer o poder de escolha, controle e possuir a responsabilidade por atos e sentimentos. Para isso, deveriam se conscientizar da importância da psicoterapia neste processo de autoconhecimento.
REFERÊNCIAS
AQUINO, Thiago Antonio Avellar de et al. Avaliação de uma proposta de prevenção do vazio existencial com adolescentes. Psicol. cienc. prof., Brasília ,  v. 31, n. 1, p. 146-159, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932011000100013&lng=en&nrm=iso. Acesso em 29 de maio de 2017.  
AQUINO, Thiago Antônio Avellar de et al . Atitude religiosa e sentido da vida: um estudo correlacional. Psicol. cienc. prof.,Brasília , v. 29, n. 2, p. 228 243, jun. 2009. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000200003&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 16  maio  2017.
AQUINO, Thiago Antonio Avellar et al. Sentido da vida e conceito de morte em estudantes universitários: um estudo correlacional. Interação em Psicologia, Curitiba, v. 14, n. 2, dez. 2010. ISSN 1981-8076. Disponível em: http://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/16696/13924. Acesso em 22 maio 2017.
FRANKL, V. E. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. São Leopoldo: Sinodal,1985. Disponível em: http://mkmouse.com.br/livros/EmBuscaDeSentido-ViktorFrankl.pdf. Acesso em 22 de maio de 2017.

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