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O QUE É COERÊNCIA (1)

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O QUE É COERÊNCIA?
A coerência é a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o texto.
Princípio da Não Contradição: em um texto não pode haver situações ou ideias que se contradigam, ou seja, que quebrem a lógica. 
Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste na repetição de alguma ideia, utilizando palavras diferentes.
Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual.
CONTINUIDADE TEMÁTICA 
Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes do texto (quebrando também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar ao leitor.
PROGRESSÃO SEMÂNTICA 
A quebra da progressão semântica acontece quando não há a introdução de novas informações para dar sequência a um todo significativo. A sensação do leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega ao ponto que interessa, ao objetivo final da mensagem.
Coesão referencial. É quando uma palavra remete a outra para ser entendida. 
Ela pode ser: 
Anáfora: Ela acontece quando o referente precede o item coesivo. 
Antônio saiu. Ele volta logo. 
Catáfora: Ela acontece quando o referente vem após o item coesivo.
João trouxe vários objetos, a saber: lápis, borracha, caneta.
Coesão por substituição 
São empregadas palavras e expressões que retomam termos já enunciados por meio da anáfora. 
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer, eles serão suspensos. 
Coesão por elipse 
Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras, facilmente recuperada no texto, sem que isso comprometa a clareza de ideias da oração. 
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao telefone com a amiga. [Ela/Maria]
Coesão por conjunção 
Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto mediante o emprego adequado de conjunções: 
Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão. 
Coesão lexical 
Acontece por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos e hiperônimos.
hipônimo (vocábulo ou sintagma de sentido mais específico em relação ao de um outro)
hiperônimo (vocábulo de sentido mais genérico em relação a outro). 
Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Coesão e emprego dos pronomes demonstrativos: tempo, espaço e discurso
Uso em relação à pessoa do discurso (proximidade do “objeto” em questão) 
ESTE, ESTA, ISTO (e demais flexões) -> 1ª pessoa (quem fala)
ESSE, ESSA, ISSO (e demais flexões) -> 2ª pessoa (com quem se fala)
AQUELE, AQUELA, AQUILO (e demais flexões) -> 3ª pessoa (de quem se fala)
Uso em relação ao aspecto temporal: 
ESTE, ESTA, ISTO (e demais flexões) ->PRESENTE
ESTE ano, eu passo no vestibular! (“ESTE” – refere-se ao momento presente, ou seja, o ano atual)
ESSE, ESSA, ISSO (e demais flexões) -> PASSADO OU FUTURO PRÓXIMOS
ESSE dia será inesquecível. (“ESSE” – refere-se a um futuro próximo) 
ESSE dia foi inesquecível. (“ESSE” – refere-se a um passado próximo) 
AQUELA, AQUILO (e demais flexões) -> PASSADO DISTANTE 
Lembram-se DAQUELE dia e o quanto fora especial? (“DAQUELE” refere-se a um passado distante)
Uso em relação ao referente textual 
ISTO, ESTA, ESTE (e demais contrações) ->CATAFÓRICOS
No Brasil, o destaque é ESTE: uma onda de manifestações populares. (“este”-> função catafórica, 
ISSO, ESSA, ESSE (e demais contrações) -> ANAFÓRICOS, ou seja, refere-se a uma ideia mencionada posteriormente
As manifestações populares são legítimas e importantes para a democracia. ESSES fatos merecem destaque nos noticiários. (“Esses”-> função anafórica, ou seja, retoma algo mencionado anteriormente)
SE HOUVER MAIS DE UM REFERENTE:
No caso de três referentes: 
Professores, alunos e pais estavam na reunião. Estes se mantiveram atentos; esses, em silêncio, enquanto aqueles explicavam o projeto a ser desenvolvido na escola. (“Estes” = pais ; “esse” = alunos ; “aqueles” = professores) 
No caso de dois referentes: 
Professores e alunos precisavam entrar em um acordo. Estes queriam o adiamento das provas e aqueles permaneciam irredutíveis. (“Estes” = alunos ; “Aqueles” = professores)
TIPOS DE COESÃO
	I. COESÃO REFERENCIAL 
1. Substituição de um elemento por outro
1.1. Formas Pronominais
a) Pronomes pessoais de terceira pessoaO aluno saiu, mas ele e sua mãe voltaram logo.
b) Pronomes substantivos indefinidosJoão e Pedro estavam lá, mas nenhum falou nada.
c) Pronomes substantivos possessivosLuciana comprou uma saia, mas preferiu a minha.
d)Pronomes substantivos demonstrativosEle viu o tênis branco, mas comprou este.
e) Pronomes substantivos interrogativosMaria, Roberta e Fernanda falaram, mas qual disse a verdade?
f) Pronomes substantivos relativosO livro que trouxe é menos interessante.
g)Pronomes adverbiaisFoi à Europa e lá foi feliz.
	
1.2. Formas Verbais
Os verbos são empregados em referência a todo o predicado e não apenas ao verbo.
O cantor apresentou dois números e o mímico fez o mesmo.
1.3. Formas Adverbiais
Advérbios e locuções adverbiaisSaiu duas vezes e o outro, nunca.
1.4. Formas Numerais
Júlia é Rafael saíram, mas os dois se desentenderam.
Comprou vários presentes; o primeiro, uma bicicleta.
Fiz dez exercícios, mas meu professor pediu o dobro.
Havia dez maçãs e ele comeu um terço delas.
2. Reiteração de elementos do texto
2.1.Repetições do mesmo termo
a) De forma idêntica		Comprou a casa, mas viu que a casa não tinha porta.
b) Com novo determinante	Comprou a casa, mas essa casa lhe trouxe problemas.
c) De forma abreviada	Fernando Henrique Cardoso governou bem o país e por isso FHC é bem-visto no país.
d) De forma ampliada	Lula será novamente candidato, mas Luís Inácio Lula da Silvanão está entre os primeiros na pesquisa.
e) Por forma cognata		Trabalhar é bom e o trabalho enriquece.
2.2. Sinônimos e quase sinônimos
a) Hipônimos			Comprou flores e deu as rosas para a namorada.
b) Hiperônimos			Vinha um ônibus, mas o pedestre não viu o veículo.
c) nomes genéricos			Comprou cadernos, lápis e outras coisas.
d) Termos simbólicos	Tinha dúvidas sobre ir ou não à igreja, mas o apelo da cruz foi mais forte.
2.3. Expressões nominais definidas
Pelé foi a Paris, onde o maior jogador do século foi homenageado.
II. COESÃO RECORRENCIAL
A coesão recorrencial se dá quando,apesar de haver retomada deestruturas, itens ou sentenças, o
fluxo informacional caminha,progride; tem, então, por funçãolevar adiante o discurso. Constituium meio de articular a informaçãonova (aquela que o escritor/locutoracredita não ser conhecida) à velha(aquela que acredita conhecida ouporque está fisicamente no contextoou porque já foi mencionada nodiscurso) (Brown e Yule, 1983, p.154).
a) Recorrência de termos Suzana corria , corria, corria.
b) Ocorre paralelismo quando as estruturas são‘‘Irene preta/ Irene boa/ Irene sempre de
reutilizadas, mas com diferentes conteúdos.bom humor [.....]” Manuel Bandeira
c) Paráfrase - “todo e qualquer texto tem uma
multivocidade inerente (= muitas leituras); o
enunciador faz sempre uma interpretação doConstituem exemplos de paráfrases as
texto-fonte e, assim, não só o restaura defábulas de La Fontaine.
modo diferente, mas também faz uma
interpretação do texto derivado no
momento em que o produz como paráfrase”.
d) Recurso fonológicos: ritmo, entoação.		A bela bola do Raul. /Rosa amarela, a da
recursos sonoros (aliteração), (Literatura).		Arabela. /A do Raul, azul. Cecília Meireles
III. COESÃO SEQUENCIAL
A coesão sequencial se refere aodesenvolvimento textualpropriamente dito porprocedimentos de manutenção eprogressão temática. Na prática, éaquela que se estabelece por meiode conectivos, cuja função é,basicamente, ligar as frases eestabeleceruma relação de sentidoentre elas.
a) Condicionalidade 		Se chover, não haverá churrasco.
b) Causalidade			Todos foram de casaco porque estavafazendo frio.
c) Concessão	Não agende mais horário amanhã paraninguém mesmo que o paciente insista.
d)Explicação ou justificativa	Todos chegaram na hora marcada, pois otrânsito estava bom.
e) Adição				Cheguei na hora marcada e comigo vierammeus primos.
Operadores
que somam argumentos: 	e, também, ainda, não só… mas também, além de…, alémdisso…, aliás. “Além de ser muito inteligente, é ótimo professor.”
que indicam conclusão:	portanto, logo, por conseguinte, pois, consequentemente…
João tira notas baixas e trata mal os professores, portanto não é um bom aluno.
que indicam comparação 	menos…que,tão…como, tal qual, tanto...quanto.
entre elementos a fim de	Vamos colocar Luísa no lugar de Joana, uma é tão competente
uma conclusão: 	quanto à outra
que indicam causa/explicação: 	porque, que, já que, pois, por causa de…
Estou triste, pois não fui bem na prova.
que indicam oposição/ideias 	mas, porém, contudo, todavia, no entanto,embora, ainda que,
contrárias:	posto que, se bem que
	Gabriel fez um bom trabalho, mas nãofoi aprovado.

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