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AlfaCon lei de introducao as normas do direito brasileiro parte ii

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Vigência, aplicação, interpretação e integração das leis .................................................................................2
Vigência ...............................................................................................................................................................................2
Aplicação e a Integração das Leis .....................................................................................................................................3
Conflitos das Leis no Tempo ............................................................................................................................................3
Eficácia Da Lei No Espaço ...............................................................................................................................................4
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Vigência, aplicação, interpretação e integração das leis
Vigência
Quando uma lei é publicada, ela passa a ter vigência, validade, sendo aplicada em um determina-
do território e, em regra, por tempo indeterminado.
Assim, uma lei federal tem aplicação no Brasil todo; já uma lei municipal se restringe ao territó-
rio daquele município (limite territorial). 
A lei, até ter sua vigência, passa por três fases:
 ˃ Elaboração
 ˃ Promulgação
 ˃ Publicação 
Assim, determina o artigo 1º do Decreto que:
 “salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada.”
Assim, a lei poderá determinar um prazo maior ou menor para o início da vigência. 
O artigo 8º da Lei Complementar 95/1998 determina que:
 “a vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para 
que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua publica-
ção” para as leis de pequena repercussão”. 
O período de intervalo entre a publicação da lei e sua entrada em vigor denomina-se vacatio 
legis.
Se no período de vacatio legis o texto da lei sofrer qualquer alteração e seja novamente publicado, 
inicia-se novamente o prazo a partir da nova publicação.
Antes da publicação da lei, poderão ser feitas retificações, ou seja, correções.
 E se ocorrer nova modificação na lei, após a sua entrada em vigor, considera-se lei nova. 
Assim, podemos estruturar: 
Se a lei brasileira for admitida no exterior, a sua obrigatoriedade se inicia após três meses, a contar 
da sua publicação. 
No início da vigência da lei, esta se torna obrigatória, e ninguém pode se escusar de cumpri-la, 
alegando que a desconhece, conforme dita o artigo 3º da LINDB. 
Atente para o que dita a LC 107/2001, que determina como é feita a contagem do prazo para 
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início da vigência da lei, em que se inclui a data da publicação e a data final do prazo na contagem da 
vacatio legis, entrando a lei em vigor no dia subsequente:
§ 1° A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância 
far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia 
subsequente à sua consumação integral.
E se o início da vigência cair em feriado, fim de semana? Não importa, a lei entra em vigor no dia 
subsequente ao fim do prazo. 
Após o processo legislativo, com a promulgação da lei e a publicação no Diário Oficial, a lei passa 
a vigorar, seguindo o prazo que já foi visto. 
No que trata a vigência da lei no espaço, em razão da soberania, a lei se aplica em determinado 
espaço delimitado pelas fronteiras. Porém, em certos casos, poderá ser aplicada lei estrangeira.
Ainda hoje é adotado o critério do prazo único, entrando em vigor a lei na mesma data em todo 
o País. 
Aplicação e a Integração das Leis
Quando o legislador “cria” uma nova lei, será genérica, impessoal e tem um comando abstrato, 
não se referindo a uma situação específica. 
Assim, quando existe uma lide, o Juiz aplica a lei no caso concreto, através de sentença, não 
podendo se abster de julgar. 
Quando o fato que está sendo julgado se enquadra no conceito da lei (fato típico), temos o 
fenômeno da Subsunção. Porém, existem situações que não se enquadram neste conceito abstrato da 
norma, devendo ser realizada a integração da lei. 
No que se refere à integração de leis, dispõe o artigo 4º da LINDB que, quando a lei for omissa, o 
Juiz decidirá o caso conforme a analogia, costumes e princípios.
Assim, podemos conceituar: 
 ˃ A analogia: aplicar no caso concreto não previsto em lei, norma já existente para outro caso 
distinto, mais semelhante.
 ˃ Os costumes: é a prática constante e geral de um ato com a convicção de sua necessidade jurídica, 
sem jamais ir contra a lei. Temos como exemplo o cheque pré-datado.
 ˃ Os princípios gerais de Direito: estão na norma de forma implícita, como, por exemplo: agir 
sempre com ética.
Conflitos das Leis no Tempo
A lei, como dito, vale por tempo indeterminado, salvo se estiver estipulada a vigência temporária. 
A vigência temporária da lei ocorre nos seguintes casos:
 ˃ Advento ou termo fixado para sua duração (na lei ,existe um prazo para terminar sua vigência). 
 ˃ Implemento de condição resolutiva (exemplo: uma lei criada para indenizar um determinado 
grupo de pessoas. Paga a indenização, cumpriu com sua finalidade); 
 ˃ Consecução de seus fins (quando a lei é criada para determinada finalidade e esta se cumpre, 
exemplo: uma lei que seja criada especificamente para a Copa do Mundo). 
A revogação de uma lei poderá ocorrer, também, com a publicação de nova lei, apresentando 
duas espécies: 
 ˃ Ab-rogação: revogação total de uma lei 
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 ˃ Derrogação: revogação parcial de uma lei 
A revogação poderá ser expressa, quando a nova lei declara em seu texto extinta a norma antiga 
em todos os seus dispositivos (ab-rogação) ou quais os dispositivos que deixarão de produzir efeitos 
(derrogação). Já a revogação tácita decorre com incompatibilidade dos dispositivos da lei nova com a 
lei antiga. 
Cuidado: uma lei nova que estabelece disposições gerais ou especiais a par das já existentes (que 
tratarem da mesma matéria, por exemplo, os contratos, que têm disposições no Código Civil e no 
Código de Defesa do Consumidor), não revoga a lei anterior (artigo 2º parágrafo segundo da LINDB). 
ATENÇÃO: o instituto da repristinação, que é dar nova vigência à lei que foi revogada é vedado 
pela Lei Brasileira, em regra, e seu conceito, disposto no parágrafo terceiro do artigo 2º da LINDB, é 
cobrado em provas:
“Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a 
vigência”
A irretroatividade é a regra, porém, não é absoluta, admitindo-se em casos específicos.
Nestaregra, devem-se preservar: 
 ˃ O ato jurídico perfeito é aquele consumado segundo a lei vigente ao tempo. Exemplo: o novo 
Código Civil de 2002 estabeleceu que o regime de comunhão de bens aplicado como regra entre 
os nubentes é o de comunhão parcial de bens, caso não optem por outro. Já no Código Civil de 
1916 o regime era o de Comunhão Universal. Portanto, os casamentos celebrados na vigência do 
Código anterior são perfeitamente válidos, são atos jurídicos perfeitos. 
 ˃ O direito adquirido é aquele que se incorpora definitivamente ao patrimônio, personalidade da 
pessoa, como o direito a aposentadoria.
 ˃ E a coisa julgada é a decisão judicial que já não cabe mais recursos.
Eficácia Da Lei No Espaço 
No que trata da vigência da lei no espaço, em razão da soberania, a lei se aplica em determinado 
espaço delimitado pelas fronteiras. Porém, em certos casos, poderá ser aplicada lei estrangeira. 
Temos, aqui, um importante princípio: o da Territorialidade Moderada ou Mitigada. 
Temos na LINDB diversas regras sobre Direito Internacional Privado, em que a norma sobre a lei 
no espaço será relevante. Vejamos os pontos importantes: 
Regras de Personalidade ou Estatuto Pessoal 
Atentem para o artigo 7º da LINDB:
Art. 7°  A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Art 7§ 1°  Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedi-
mentos dirimentes e às formalidades da celebração.
§ 2° O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consu-
lares do país de ambos os nubentes. 
§ 3°  Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do 
primeiro domicílio conjugal.
Pelas regras dispostas no artigo, um turista estrangeiro que venha a falecer no Brasil, tem seu do-
micílio em seu país de origem e, portanto, aplicam-se as regras de seu país com relação ao fim de sua 
personalidade, que advêm com a morte. 
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Com a morte, abre-se o direito à sucessão, isto é, alguém irá suceder o de cujus (falecido) na posse 
e propriedade dos seus bens. Nas situações envolvendo sucessão sobre bens do estrangeiro situado 
no Brasil, aplicar-se-á a lei brasileira em favor do cônjuge brasileiro e dos filhos do casal, desde que, 
não lhes for mais favorável a lei do domicílio do de cujus. 
Outra questão abordada pelo artigo e que aparece constantemente em concursos versa sobre o 
casamento. 
Assim, para melhor fixação, podemos esquematizar o artigo:
Bens móveis e imóveis de uma pessoa
Outra questão de territorialidade que aparece muito nos concursos relaciona-se aos bens móveis 
e imóveis de uma pessoa. 
A regra é: aplica-se a lei de onde os bens estão situados e não a do domicílio do proprietário! 
Vejamos o artigo 8º: 
Art. 8° Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país 
em que estiverem situados.
§ 1° Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que 
ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
§ 2° O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa 
apenhada.
EXERCÍCIO
01. No tocante à revogação da lei, considere: 
I. Ocorre a revogação tácita quando há a incompatibilidade das disposições normativas novas 
com as já existentes; na impossibilidade de coexistirem normas contraditórias, aplica-se o 
critério da prevalência da mais antiga. 
II. Se a lei nova estabelecer disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não haverá 
revogação nem modificação da lei anterior.
III. Quanto à extensão da revogação da lei, quando esta for total, ocorrerá a ab-rogação, que 
consiste na supressão integral da norma anterior, como, por exemplo, o Código Civil atual, 
que ab-rogou o anterior, de 1916. 
Está correto o que consta APENAS em:
a) I
b) II
c) I e II.
d) II e III.
e) I e III.
02. Sobre o efeito repristinatório, podemos afirmar que:
a) a regra geral do vacatio legis, com os critérios progressivo e único, decorre do efeito repris-
tinatório;
b) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, revogará a lei 
anterior quando regular inteiramente a matéria tratada na anterior;
c) o legislador, derrogando ou ab-rogando lei que revogou a anterior, restabelece a lei abolida 
anteriormente, independentemente de declaração expressa;
d) a vigência temporária da lei decorre do efeito repristinatório que fixa o tempo de sua duração.
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e) a lei revogadora de outra lei revogadora somente restabelece a velha lei, anteriormente 
abolida, quando expressamente declarado.
GABARITO
01 - D
02 - E

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