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Megatendências: Processo de Individuação Humana

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MEGATENDÊNCIAS
Extraído do artigo publicado por:
LIDERA – Programa de Lideranças empresariais para o desenvolvimento do Nordeste.
Nos últimos tempos, notamos que há algo de novo no ar, algo que permanece no horizonte e que funciona como uma megatendência que irá influenciar todas as demais megatendências, dando mais sentido e mais direção para as rápidas mudanças deste novo século. Essa megatendência nos puxa para o futuro e será o sinalizador para nos orientar dentro de um mundo que insiste em se mostrar permanentemente mutante. Esse fenômeno é o que chamamos de “processo de individuação do ser humano”, que é um fenômeno está ocorrendo em todos os quadrantes do planeta. Dos grandes movimentos de massa — que, não por acaso, coincidiram com o grande consumo de massa. Os movimentos estão se deslocando mais para o indivíduo, esse ser único e inimitável, multifacetado e tantas vezes surpreendente, que afinal é quem dirige, é a razão e é quem dá sentido às empresas, às máquinas e a todos os grupos sociais nos quais nos inserimos, ou seja, ao próprio processo civilizatório. O fenômeno pode ser percebido dentro das nossas próprias casas. Para quem tem filhos pequenos, basta lembrar como era a nossa relação com nossos pais e refletir sobre a natureza da relação deles conosco e com os demais adultos. Se você não tiver filhos pequenos, pense nos filhos dos amigos, nos irmãos menores ou nos sobrinhos, e reflita sobre o que há de novo com essas crianças que serão adultos neste século. O novo é que eles não aceitam mais ordens. Eles querem — e exigem — saber o porquê de tudo antes de se disporem a uma ação. Contam, também, com informações suficientes para tomar decisões inimagináveis para a nossa geração. Têm opiniões sobre praticamente todos os assuntos e julgam os adultos com base nas suas posições e na sua natural ingenuidade e imaturidade emocional. Esse não é um fenômeno que acontece apenas nas classes mais esclarecidas ou privilegiadas das grandes cidades brasileiras. É universal. Se você duvida, visite creches e converse com as crianças nas ruas, no Brasil e em outros países, e ficará bem claro sobre o que estamos falando.
Outros fenômenos apontam na mesma direção. Um deles é o do crescente papel da mulher na sociedade. Não se trata apenas dos postos que ocupam no mercado de trabalho, embora isto seja de fundamental importância para uma nova leitura das organizações, pois estas ganham um caráter diferente ao incorporar a figura feminina e os valores femininos à sua estrutura. Mas é também o papel representado pela dona de casa que não se contenta mais com a velha história de ser “uma grande mulher atrás de um grande homem”. Hoje se sabe que a mulher — trabalhe ou não fora de casa — tem o papel mais importante na decisão de compras, nas opções sobre o trabalho do homem, sobre a moradia da família e sobre tantas outras coisas mais. Isso sem falar nos milhões delas que chefiam o próprio grupo familiar, um fenômeno novo, muito forte no Brasil e vem se acentuando gradativamente desde o pós-guerra. 
Quanto às minorias, é possível afirmar que se há alguma coisa que posa definir melhor a década passada, isso há de ser a luta das minorias. Velhos, deficientes, homossexuais, portadores de várias doenças, membros de raças ou de castas minoritárias — todos eles deram as caras e tentaram impor seus direitos (em parte com sucesso) nos anos 1990. Ou seja, essa história de que a maioria decide, ou de que a maioria sempre tem razão (uma característica das sociedades de massa), caiu por terra definitivamente. De tal forma que as organizações minoritárias continuam a existir e a se multiplicar pelo globo. O fenômeno das ONGs é outro exemplo de consciência das minorias que não se conformam com métodos tidos como ultrapassados para encaminhar os problemas ecológicos e sociais em escala local ou planetária. Empresários e executivos também se mostram sensíveis à sua própria individuação. Temos nos deparado, cada vez mais, com pessoas — nos mais diferentes níveis, dentro das empresas — que trocam, de bom grado, altos salários e benefícios por satisfação pessoal. A onda da terceirização e a tecnologia têm ajudado os mais radicais desses indivíduos a concretizarem seus sonhos de se tornarem independentes das organizações e de tomarem seu destino nas próprias mãos. A cidadania tornou-se um valor do qual ninguém mais abre mão. Em muitos países do mundo, empresas privadas ou públicas que desrespeitam este direito básico —poluindo o meio ambiente, tendo uma política de Recursos Humanos ultrapassada ou infringindo as normas de “bem conviver” (por exemplo, utilizando recursos antiéticos nas suas relações com o mercado ou com o governo) — são simplesmente levadas à falência pelo consumidor, que se nega a adquirir seus produtos e serviços. Muitos consumidores de todo o planeta demonstram seu processo de individuação também outras formas: são capazes de abandonar um produto ou serviço de preço menor por outro que tenha agregado um atendimento melhor, ou deixar na prateleira um produto aparentemente mais “eficiente” e levar outro que tenha características que causem maior satisfação (como design mais moderno, marca mais “confiável”, sabor mais agradável, facilidade de operação, serviço de pós-venda, assistência técnica garantida e outras vantagens). Outro aspecto da questão pode ser evidenciado pelos seguintes fatos: O consumidor japonês, ao entrar em uma loja de bicicletas, pode pedir a sua de acordo com o seu peso, a sua altura, o tamanho dos seus glúteos, dos seus braços, das suas pernas, com o detalhe que quiser. Ao fazer o pedido, um dia depois ele recebe, em sua casa, a bicicleta atende a sua individualidade. Outro exemplo: Centenas de jovens talentos abandonam empregos, que seriam o sonho das gerações anteriores, para abrirem empresas virtuais no fundo de suas casas. A revolução da individuação está aí para quem quiser ver. 
A diferença entre a atual situação e as que nos afligiram nas décadas passadas é que, agora, temos também a necessidade de o país se inserir na economia mundial marcada pelo excesso de competitividade, pelas rápidas mudanças e pelo respeito à individuação. Isso exige ações empresariais criativas ousadas que estejam sintonizadas com os novos tempos. As sombras do futuro já se fazem presentes, para muitos que conseguem antevê-las. Os novos tempos chegarão muito antes do que se pensa e os paradigmas que devem vigorar nestas primeiras décadas novo milênio serão inspirados pela megatendência da individuação. 
Já está aceito pela comunidade internacional que o conhecimento é a megatendência de maior força. Uma decorrência é o interesse pela educação em todos os níveis. Quem não estiver preparado para estudar continuamente estará fora das possibilidades de influenciar e transformar a sociedade.
Mesmo sendo considerado bom o mercado do livro no Brasil, o país só reúne 1240 livrarias o que representa uma livraria para cada 137.000 habitantes. Na Alemanha existem umas 6.200 livrarias para uma população pouco superior a oitenta milhões de habitantes.
A segunda megatendência que consideramos é a informação. Em todos os setores da vida quem não tiver informações não saberá estabelecer estratégias corretas. Além disso, sabemos que uma estratégia errada e implementada provoca rapidamente a falência de qualquer empresa. O ideal seria estabelecer as estratégias corretamente e implementá-las bem. Assim as empresas terão condições de melhorar com maior rapidez.
 
É também inegável que a busca pelo TER é outra megatendência que, ao mesmo tempo, estressa as pessoas que buscam desenfreadamente o consumo e, ao mesmo tempo, conforme a quantidade da população consumidora podemos ter um esgotamento dos recursos naturais. Bastaria imaginar uma China com a mesma quantidade proporcional de veículos automotores que a Europa. Se dependesse de combustível derivado do petróleo teríamos um rápido esgotamento das reservas mundiais. A sabedoria pode estar na simplicidade, porém, a vida não é simples neste século do conhecimento.Uma quarta megatendência mundial, apesar da fome e das guerras, das epidemias e regiões sem saneamento, é a longevidade. A humanidade está vivendo mais. Portanto o cuidado com a própria saúde, a preparação para manter-se criativo e produtivo ao longo dos anos a mais de que disporemos é condição para se viver plenamente, caso contrário morreremos lentamente ao longo dos anos de aposentadoria.
 
Mesmo que pareça um absurdo, a tendência é de trabalharmos efetivamente menos. Notamos que no mundo industrializado até os sindicatos estão defendendo a diminuição das horas de trabalho para manter os empregados ocupados e os sindicatos recebendo as contribuições. Interessante é verificar que os postos de trabalho não retornam. Surgem outros, em outras funções e que exigem outros saberes.
 
A sobrevivência, então, estará nos setores terciário e quaternário da economia. Para esses setores, no entanto, requer-se mais educação, mais conhecimento e mais informação. Fechamos assim esta primeira abordagem exatamente onde começamos: a megatendência do conhecimento. Tal abordagem serve para que organizemos nossas estratégias em função da vida futura, daquilo que está por vir e chegará com bastante rapidez.
MEGATENDÊNCIAS youtube
Pelo especialista em megatendências econômicas PAUL ZANE PILZER
Vídeo no www.youtube.com Mega Tendências
Disse o especialista que houve megatendências evidenciadas em décadas, onde o consumo se concretizou em grande vulto, como indicado abaixo:
Nos anos 50 ( Produtos para crianças recém nascidas: alimentos infantis e fraldas descartáveis.
Nos anos 60 ( Fast food e indústria de brinquedos.
Nos anos 70 ( Indústria automobilística (carro próprio)
Nos anos 80 ( Mercado imobiliário, febre dos eletrodomésticos, TV e vídeo cassete.
Nos anos 90 ( Computadores e internet movimentaram um trilhão de dólares.
A partir de 2000 ( Bem estar – qualidade de alimentação, cuidado com o corpo e prevenção de doenças

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