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Plano de Aula: Estatuto do Desarmamento. Lei n.10826/2003. DIREITO PENAL IV - CCJ0034 Título Estatuto do Desarmamento. Lei n.10826/2003. Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 9 Tema Estatuto do Desarmamento. Sistema Nacional de Armas. Crimes em espécie. Objetivos O aluno deverá ser capaz de: Conhecer o plano de aula Confrontar as condutas típicas previstas na lei n.10826/2003 com os princípios limitadores do poder punitivo estatal. Diferenciar armas de fogo de uso proibido, restrito, permitido, obsoleto ou de valor histórico, para fins de correta tipificação da conduta, ou ao contrário, considerá-la atípica. Identificar as condutas típicas previstas na lei n.10826/2003 e a incidência de concurso de crimes ou conflito aparente de normas com outras figuras típicas previstas no Código Penal e nas demais Legislações Especiais. Estrutura do Conteúdo Antes da aula, não esqueça de ler: Os artigos. 1º a 3º; 6º e 12 a 21, da Lei n.10826/2003. Verbete de Súmula n. 513, do Superior Tribunal de Justiça. Estrutura de Conteúdo Lei n.10826/2003 - Estatuto do Desarmamento. 1. Disposições Gerais. 1.1. Política Criminal e a criação do Sistema Nacional de Armas. 1.2. Objetividade jurídica: imediata e mediata. 1.3.A ADI n.3112/DF. Controle de constitucionalidade e alterações legislativas: A Lei n.11706/2008 - e o Direito Intertemporal. 1.4. Conceito de arma de fogo. - Distinção entre arma de fogo de uso proibido, restrito, permitido, obsoleto ou de valor histórico - Dec. n.5123/2004. 2. As figuras típicas. 2.1. Posse irregular de arma de fogo de uso permitido. 2.2. Omissão de cautela 2.3. Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido 2.4. Disparo de arma de fogo 2.5.Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito 2.6. Comércio ilegal de arma de fogo 2.7. Tráfico internacional de arma de fogo 3. Questões controvertidas 3.1. Arma de brinquedo ou simulacro. 3.2. Arma de fogo desmuniciada e adequação típica. 3.3. Abolitio criminis temporária; art. 30 a 32 Lei n.10826/2003 e o Verbete de Súmula n.513, do Superior Tribunal de Justiça. 3.4. Porte de Arma e perícia sobre a Potencialidade Lesiva; confronto entre as figuras típicas previstas na Lei n. 9437/1997. UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS. Para enriquecer seus conhecimentos, como leitura complementar indica-se a leitura dos seguintes livros didáticos constantes na Bibliografia Básica e Complementar da disciplina Direito Penal IV. O Estatuto do Desarmamento, da mesma forma que a revogada Lei n.9437/1997, tutela de forma imediata a incolumidade pública e que, portanto, expõem a perigo de lesão toda a coletividade – número indeterminado de pessoas. Desta forma, o referido estatuto vol ta-se à proteção não só de direitos individuais, mas, também da própria coletividade, ao tipificar condutas que exponham os bens jurídicos a perigo de lesão. Questão relevante a ser analisada versa sobre a caracterização das condutas como de perigo abstrato, bem como a tipificação de condutas que possuem como objeto material acessórios ou munições. Ainda, da mesma forma que a lei n. 9437/1997, Estatuto do Desarmamento diferenciou as condutas relacionadas às denominadas armas de fogo de uso permitido, restrito e proibido para fins de tipificação e cominação de sanções penais. Tal distinção também possui relevância quando da análise da ocorrência de conflito aparente de normas ou concurso de crimes em relação à outras figuras típicas previstas no Código Penal ou na Legislação Penal Especial. Cabe salientar que, em 02 de maio de 2007 foi declarada a inconstitucionalidade dos parágrafos únicos dos artigos 14 e 15 e do art. 21 da Lei 10.826/2003 através da ADIN n.3112 de modo a afastar a inafiançabilidade dos delitos de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de arma de fogo, vedação à concessão da liberdade provisória aos delitos de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, comércio ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de arma de fogo, previstos nos art.16, 17 e 18 da Lei n.10826/2003. Aplicação Prática Teórica APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO Mediante denúncia anônima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior de sua residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registros vencidos. Indagado por policiais, informou que tinha conhecimento das regras estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento, mas que não tinha a intenção de utilizá-las, mas, de tornar-se um colecionador de armas, pois acreditava ser esta conduta permitida por lei. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o Estatuto do Desarmamento, responda de forma objetiva e fundamentada às questões: a) Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO? b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas? QUESTÃO OBJETIVA. Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, assinale a resposta correta. a) O crime previsto no art. 14 do Estatuto (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido) versa sobre armas de fogo e munições, não contem plando os acessórios entre suas elementares. b) Entende-se como posse de arma de fogo a conduta de possuir ou manter arma em casa ou local de trabalho, qualquer que seja ele, em desacordo com determinação legal ou regulamentar. c) Comete o crime do art. 14 do Estatuto o praticante de tiro esportivo que transporta arma de fogo municiada, quando a guia de tráfego autoriza apenas o transporte de arma desmuniciada. d) Para a consumação da infração penal prevista no art. 13 do Estatuto, basta que o sujeito ativo omita as cautelas necessárias para impedir que pessoas menores de 18 anos ou portadores de deficiência mental se apoderem de munições. e) O porte de simulacro de arma de fogo de uso restrito caracteriza o crime previsto no art. 16 do Estatuto.
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