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Plano de Aula: Crimes Ambientais. Lei n. 9605/1998 DIREITO PENAL IV - CCJ0034 Título Crimes Ambientais. Lei n. 9605/1998 Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 15 Tema Crimes Ambientais. Lei n. 9605/1998 Objetivos O aluno deverá ser capaz de: Conhecer o plano de aula. Reconhecer a titularidade coletiva do bem jurídico-penal “ meio ambiente ecologicamente equilibrado” e seus consectários. Identificar as principais características da Lei n.9605/98 Analisar as figuras típicas mais frequentes previstas na Lei n.9605/98. Estrutura do Conteúdo Antes da aula, não esqueça de ler: O artigo 225, da CRFB/1988. Os artigos. 2º a 4º,15, 21, 29 a 37; 38 a 53 e 54 a 61, todos da Lei n. 7492/1986 . Estrutura de conteúdo. Lei n.9605/1998. Criminalidade Ambiental. 1. As Origens históricas e princípios político-criminais norteadores. 2. Princípios da Prevenção e Precaução. 3. A relação entre Direito Administrativo Sancionador e Direito Penal de Intervenção Mínima. 4.O confronto entre a acessoriedade administrativa e o princípio da legalidade. 5. A responsabilidade penal da pessoa jurídica e sistema da dupla imputação. 6. Principais figuras típicas: (i) dos crimes contra a Fauna ; (ii) dos crimes contra a Flora; (iii) Da Polui ção e outros Crimes Ambientais; (iv) Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural e (v) Dos Crimes contra a Administração Ambiental. 7. Questões controvertidas: direito material e processual - entendimento dos Tribunais Superiores. UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS. Na presente aula, o estudo terá por objetivo a compreensão acerca dos fundamentos do Direito Penal Ambiental e uma das primeiras questões a ser questionada é a delimitação do bem jurídico penal meio - ambiente ecologicamente equilibrado de titularidade difusa ou coletiva, expressamente previsto no art.225, da CRFB/1988. Desta forma, serão estudadas as principais figuras típicas previstas na lei n.9605/1998 , dentre o rol de crimes: (i) contra a Fauna ; (ii) contra a Flora; (iii) Da Poluição e outros Crimes Ambientais; (iv) Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural e (v) Dos Crimes contra a Administração Ambiental. Aplicação Prática Teórica APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. Condenado por um dos maiores crimes ambientais no PA é preso em SP (disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1732645-condenado-por-um-dos-maiores- crimes-ambientais-no-pa-e-preso-em-sp.shtml; atualizado em 22/01/2016) O dono da empresa CBB (Companhia Brasileira de Bauxita), condenado por uma das maiores contaminações ambientais do Pará, foi preso em São Paulo na última quarta -feira (20), informou o Ministério Público do Estado. Pedro Antônio Pereira da Silva estava foragido desde novembro de 2014, quando foi decretada sua prisão preventiva. Responsável pela disposição inadequada de mais de 30 mil toneladas de resíduos tóxicos em Ulianópolis (a 390 km de Belém), Silva foi condenado a sete anos e quatro meses de prisão e multa por crime ambiental e estelionato. Ele foi localizado por uma equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo no último dia 16, em um condomínio em Vinhedo, no interior paulista, e preso pela Polícia Militar. A Uspam (Usina de Passivos Ambientais), divisão da CBB, recebeu os rejeitos industriais de várias multinacionais entre 1999 e 2002 –entre elas, Pepsi, Vale, Petrobras, Shell, Brastemp, Philips e Yamaha. A Uspam deve ria tratar e dar um destino final adequado aos resíduos tóxicos, que continham cloro, chumbo e pesticidas. Em dezembro, o MPE ajuizou denúncias contra 17 empresas que encaminharam seus rejeitos para a CBB, por entender que houve coautoria do crime ambienta l praticado por Pedro Silva. Em nota, o Ministério Público do Pará afirma que o crime ambiental foi "um dos mais danosos já praticados contra a natureza do Estado do Pará, com repercussões gravíssimas para a flora, a fauna, os recursos hídricos e a saúde da população do Município de Ulianópolis". O órgão acrescenta que as substâncias, "em sua maioria de alta periculosidade", apresentam "elevado risco à saúde e à vida" daqueles que as manusearem ou ingerirem. Em 2003, a Justiça do Pará encerrou as atividades da Uspam, após perícias do governo do Estado apontarem contaminação do solo, com riscos à saúde humana e ao ambiente. O vazamento das substâncias era provocado por tambores danificados e chegava a atingir um rio nas proximidades da região. "Na tramitação do processo criminal, ficaram evidenciados o desrespeito e o desinteresse de Pedro Antônio Pereira da Silva pela sociedade e pela justiça paraense, dentre outros fatos, pela sua inércia processual" e "pela utilização de várias artimanhas para atrasar a marcha do processo", ressaltaram os promotores de Justiça que atuaram no caso. Após a publicação da sentença, segundo a Promotoria, o réu "continuou se escondendo para evitar a aplicação da lei penal, utilizando diversos subterfúgios, como não declarar imposto de renda, o que ensejou a suspensão do seu CPF". Ante o exposto, com base nos estudos realizados, responda de forma objetiva e fundamentada: a) Qual a objetividade jurídica dos delitos ambientais? b) Qual a correta capitulação da conduta do dono da empresa CBB face aos ditames da Lei n.9065/1998? c) A empresa CBB poderá ser responsabilizada criminalmente pelo delito ambiental? QUESTÃO OBJETIVA Sobre o tema Criminalidade Ambiental, assinale a opção correta: a) As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas são: multa, restritivas de direitos, contudo não se aplica a pena de prestação de serviços à comunidade. b) No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. c) Nos crimes contra a flora não se admite a modalidade culposa. d) A conduta culposa de causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora não é considerada crime, mas apenas infração administrativa. e) Para os delitos ambientais não se admite a substituição de penas por penas restritivas de direitos.
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