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RESUMO DIREITO PENAL III – AV1 CRIMES CONTRA A PESSOA Homicídio: Eliminação de uma vida de uma pessoa praticada por outra. Simples: Art. 121 § 6º = Matar alguém (pena 6 a 20 anos) Qualificado: Mediante paga promessa, recompensa ou motivo torpe ou fútil Qualificadora objetiva: Sempre que gerar um sofrimento para a vítima ( meio para o crime) – ex: caso Suzana Ritchoffen, preconceito, raça, religião, homofobia, almeja o cargo, ficar com a herança. Qualificadora subjetiva: fútil, diminuto, (sempre que a justiça não conseguir identificar também se enquadra em motivo fútil) ex: matar o namorado(a) por término de relacionamento. * Qualificado de 12 a 30 anos a pena de reclusão. Qualificadoras privilegiadoras: Se não entra em futilidade ou torpeza cabe a privilegiadora. Art. 121. Art. 122 – Induzimento, Instigação ou auxílio ao suicídio Pena: 2 a 6 no crime consumado e de 1 a 3 na tentativa. Aumento de pena: Capacidade de resistência diminuída, motivo egoístico, e menor de caso responde por homicídio. Infanticídio: Espécie de homicídio doloso privilegiado – Crime biprópio, mãe em estado puerperal em filho nascente ou nascido. Aborto : Art. 124 – bem jurídico – vida intrauterina – dentro da barriga da mãe. Sujeito ativo: gestante → crime de mão própria não admite coautoria, apenas participação. A gestante responde pelo 124 e o partícipe pelo Art. 125 e 126. Aborto profilático ou terapêutico = aborto necessário – Art 128 Aborto humanitário – no caso da pessoa estuprada Aborto de gêmeos se enquadra em crime continuado. LESÃO CORPORAL Art: 129 – ofensa a integridade corporal ou saúde, como todo e qualquer dano ocasionado a normalidade funcional do corpo humano. Sujeito ativo – qualquer pessoa exceto o próprio ofendido. Sujeito passivo: qualquer pessoa exceto nas hipóteses do §1 – IV e do § 2º – V (aborto). Que deve ser mulher grávida. Menor de 14 anos e maior de 60 anos incide em aumento de pena.- Crime leve - Crime instantâneo – pouco importa para sua consumação o tempo de duração da lesão Crime Preterdoloso – a intenção é de lesionar, mas matou (resultado morte culpa). Crime com relevante valor social ou moral(semelhança com o crime privilegiado) Crime lesão culposa – pena 2 meses a 1 ano Crime lesão violência doméstica – não é só contra mulher, mas quando a vítima for mulher aplica se a lei Maria da Penha. (ação pública incondicionada). CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO FURTO Art. 155 – Crime comum, material, doloso, dano, forma livre, comissivo em regra, instantâneo ou permanente, Sujeito ativo: Qualquer pessoa Sujeito passivo: qualquer pessoa que tiver a propriedade , a posse, ou a detenção do bem móvel. Se o sujeito colocou a mão na coisa já é culpado, ainda que temporária. Ablatio: inversão da posse de forma mansa e pacífica Ilatio: coisa levada ao local pretendido, mantida a salvo Elemento subjetivo: dolo (tem que ter essa intenção ou esse dolo), não teve furto se não teve dolo. Obs 2: furto de energia – Art. 155 § 3º – não tem o serviço, não é cadastrado na light. Estelionato – Art. 171 – se o sujeito já tem o serviço e adultera e adultera o medidor para vir mais barato. Sinal de TV a cabo: Não se equipara a energia elétrica. - só irá responder como crime na esfera cível. Furto qualificado: (pena de 2 a 8 anos) violência é empregada com abuso de confiança ou mediante fraude escalada ou destreza. Ex: emprego de chave falsa Fraude: subtrair os bens da vítima iludindo- a momentaneamente, o delito é cometido sempre com a vigilância da vítima. (qualificadora se aplica quando a vítima não tem capacidade intelectual) Estelionato: no estelionato a vitima é enganada e seu consentimento é viciado pelo erro, a própria vítima faz a entrega da vantagem ilícita ao agente. Furto famélico: fome/ estado de necessidade, excludente da ilicitude. Súmula 511 STJ: “É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva”. ROUBO Art 157: Crime comum, material, instantâneo, de forma livre, de dano, unisubjetivo, comissivo, ou omissivo impróprio. Sujeito ativo: qualquer pessoa Sujeito passivo: qualquer pessoa, mas sendo crime que tenha tutelado vários objetos jurídicos, porém nada impede dois ou mais ofendidos. Ex: A sofre violência e B tem o bem subtraído durante a ação criminosa. Consumação: quando o agente tem a posse tranquila da coisa, ou quando a coisa é subtraída sai da esfera de proteção da vítima. Roubo impróprio: violência ou grave ameaça é realizada depois de subtraída a coisa. Roubo próprio; a violência ou grave ameaça é praticada ante sou durante a subtração da coisa. Latrocínio Qualificadora: lesão corporal grave, pena de 7 a 15 anos, além de multa, se resulta morte a reclusão é de 20 a 30 anos sem prejuízo de multa Latrocínio: Roubo seguido de morte. Latrocínio: Ocorre latrocínio quando ocorre a morte da vítima EXTORSÃO Art 158 – Constranger alguém mediante violência ou grave ameaça a deixar de fazer, ou fazer determinada coisa. Roubo → Vantagem econômica imediata – crime material Extorsão → Vantagem econômica futura → (chantagem, ameaça, o sujeito terá o bem futuramente) Art. 159 – Extorsão mediante sequestro Consumação: o crime consuma independente da obtenção da vantagem indevida.(crime formal) Crime permanente: se renova todos os dias (sequestro contínuo) Art. 160 – Extorsão indireta - “exigir” → crime formal, exibir , receber documento que pode dar causa ao procedimento criminal contra a vítima ou terceiro. Crime material: ocorre no momento da assinatura. Art. 163 – Dano: destituir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia (pena de 1 a 6 meses ou multa) qualificadoras: cometido com violência à pessoa ou grave ameaça, com emprego de substância inflamável ou explosiva se o fato não constitui crime mais grave. Receptação: Qualificada: Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. § 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. Culposa: § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) § 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro. Ação penal pública incondicionada. A Receptação é um crime parasitária ou acessório. CRIMES HEDIONDOS: toda acuidade, definir como hediondos, os crimes cometidos com crueldade, com sadismo, mostrando-se repugnantes aos olhos humanos. Taxativamente o artigo 1º da Lei 8.072/90 com redação determinada pela Lei 8.930/94 considerou como hediondos os seguintes tipos penais, tanto nas formas consumadas, quanto tentadas:[1] I. Homicídio (Art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometidopor um só agente, e homicídio qualificado (Art. 121 § 2º. I, II, III, IV e V); II. Latrocínio (Art. 157 §3º); III. Extorsão qualificada pela morte (Art. 158 §2º); IV. Extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (Art. 159, caput e §§ 1º, 2º e 3º); V. Estupro (Art. 213 e sua combinação com o artigo 233, caput e parágrafo único); VI. Atentado violento ao pudor (Art. 214 e sua combinação com o Art. 233, caput e parágrafo único); VII. Epidemia com resultado de morte (Art. 267, §1º), bem como falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (Art. 273, caput, e §1º, §1ºA e §1ºB). O parágrafo único da Lei 8.072/90 considera também hediondo o crime de genocídio previsto nos artigos 1º, 2º e 3º da Lei 2.889/56. Ressalte-se que a prática de tortura, o tráfico de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo não são considerados crimes hediondos, mas assemelhados, com as mesmas conseqüências penais e processuais penais. Obs: a pena prevista, para os crimes hediondos e assemelhados seja cumprida integralmente em regime fechado
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