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Administração Pública
Prof. Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração Pública
Professor: Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br
SUMÁRIO
1.Conceito de Administração Pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7
2.Princípios da Administração Pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8
Questões sobre Princípios.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
3.Formação e Organização da Administração Pública Brasileira. Concentração. Desconcentração 
e Descentralização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
Organização Administrativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
Administração direta e indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
Agências reguladoras e executivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
Questões sobre Administração Direta e Indireta.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
4.Processo Administrativo em Âmbito Federal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
Questões sobre o Processo Administrativo Federal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
1. 
www.acasadoconcurseiro.com.br 7
Administração Pública
1. Conceito de Administração Pública.
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (…)”
A administração pública é conceituada com base em dois aspectos: objetivo (também chamado 
material ou funcional) e subjetivo (também chamado formal ou orgânico). Segundo ensina 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pública divide-se em dois sentidos: 
Objetivo (material/funcional): “Em sentido objetivo, material ou funcional, a administração 
pública pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob 
regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses coletivos”.
É a atividade administrativa executada pelo Estado, por seus órgãos e agente, com base em sua 
função administrativa. É a gestão dos interesses públicos, por meio de prestação de serviços 
públicos. É a administração da coisa pública (res publica).
Subjetivo (Formal/Orgânico): “Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir 
Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei 
atribui o exercício da função administrativa do Estado”.
É o conjunto de agentes, órgãos e entidades designados para executar atividades administrativas.
Assim, administração pública em: sentido material é administrar os interesses da coletividade 
e em sentido formal é o conjunto de entidades, órgãos e agentes que executam a função 
administrativa do Estado.
As atividades estritamente administrativas devem ser exercidas pelo próprio Estado ou por 
seus agentes.
 
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2. Princípios da Administração Pública.
Princípios Gerais Características
Legalidade
Na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido; na 
Administração Pública tudo o que não está permitido é proibido. O 
administrador está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada 
com a lei.
Impessoalidade
O administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não fazer distinções 
com base em critérios pessoais. Toda atividade da Adm. Pública deve ser 
praticada tendo em vista a finalidade pública.
Moralidade
O dever do administrador não é apenas cumprir a lei formalmente, mas 
cumprir substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a 
administração. 
Publicidade
Requisito da eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial dos 
atos da Administração Pública que ficam assegurados o seu cumprimento, 
observância e controle.
Eficiência
É a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, 
na Adm. Pública, a tendência é prevalência do controle de resultados sobre o 
controle de meios. 
Supremacia do 
Interesse Público
O interesse público tem SUPREMACIA sobre o interesse individual; Mas 
essa supremacia só é legítima na medida em que os interesses públicos são 
atendidos.
Presunção de 
Legitimidade
Os atos da Administração presumem-se legítimos, até prova em contrário 
(presunção relativa ou juris tantum – ou seja, pode ser destruída por prova 
contrária.) 
Finalidade
Toda atuação do administrador se destina a atender o interesse público e 
garantir a observância das finalidades institucionais por parte das entidades 
da Administração Indireta.
Auto Tutela A autotutela se justifica para garantir à Administração: a defesa da legalidade e eficiência dos seus atos; nada mais é que um autocontrole SOBRE SEUS ATOS. 
Continuidade do 
Serviço Público
O serviço público destina-se a atender necessidades sociais. É com fundamento 
nesse princípio que nos contratos administrativos não se permite que seja 
invocada, pelo particular, a exceção do contrato não cumprido. Os serviços 
não podem parar!
Razoabilidade Os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na medida necessária ao atendimento do interesse coletivo, SEM EXAGEROS.
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Questões
1. Em relação aos princípios constitucionais 
da administração pública, é correto afirmar 
que:
I – o princípio da publicidade visa a dar 
transparência aos atos da administração 
pública e contribuir para a concretização do 
princípio da moralidade administrativa; 
II – a exigência de concurso público para 
ingresso nos cargos públicos reflete uma 
aplicação constitucional do princípio da 
impessoalidade;
III – o princípio da impessoalidade é violado 
quando se utiliza na publicidade oficial 
de obras e de serviços públicos o nome 
ou a imagem do governante, de modo a 
caracterizar promoção pessoal do mesmo; 
IV – o princípio da moralidade 
administrativa não comporta juízos de valor 
elásticos, porque o conceito de “moral 
administrativa” está de? nido de forma 
rígida na Constituição Federal; 
V – o nepotismo é uma das formas de 
ofensa ao princípio da impessoalidade. 
Estão corretas:
a) apenas as afirmativas I, II, III e V. 
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V. 
c) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
d) apenas as afirmativas I, III e V. 
e) apenas as afirmativas I e III. 
2. O vício do desvio do poder ocorre quando 
há afronta direta ao seguinte princípio: 
a) supremacia do Interesse Público. 
b) legalidade. 
c) motivação. 
d) eficiência. 
e) autotutela. 
3. Os princípios constitucionais da legalidade e 
da moralidade vinculam-se, originalmente, 
à noção de administração 
a) patrimonialista. 
b) descentralizada. 
c) gerencial. 
d) centralizada. 
e) burocrática. 
4. A Constituição Federal, no seu art. 37, 
impõe à Administração Pública, direta e 
indireta, a obrigatoriedade de obediência a 
vários princípios básicos, mas entre os quais 
não se inclui a observância da 
a) eficiência. 
b) imprescritibilidade. 
c) impessoalidade. 
d) legalidade. 
e) moralidade. 
5. Entre os princípios básicos da Administração 
Pública, conquanto todos devam ser 
observados em conjunto, o que se aplica, 
particular e apropriadamente, à exigência 
de o administrador, ao realizar uma obra 
pública, autorizada por lei, mediante 
procedimento licitatório, na modalidade 
demenor preço global, no exercício do 
seu poder discricionário, ao escolher 
determinados fatores, dever orientar-se 
para o de melhor atendimento do interesse 
público, seria o da 
a) eficiência 
b) impessoalidade 
c) legalidade 
d) moralidade 
e) publicidade 
Gabarito: 1. A 2. A 3. E 4. B 5. B
 
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3. Formação e Organização da Administração Pública Brasileira. 
Concentração. Desconcentração e Descentralização.
Organização Administrativa
ÓRGÃOS – São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais 
através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. Importante 
não confundir alguns conceitos, senão vejamos:
Função É o encargo atribuído ao órgão. É a atividade exercida pelo órgão.
Agentes São as pessoas que exercem as funções, e os quais estão vinculados a um órgão;
Cargos São os lugares criados por lei. São reservados aos agentes.
Características dos Órgãos
1. não tem personalidade jurídica; 
2. expressa a vontade da entidade a que pertence (União, Estado, Município); 
3. é meio instrumento de ação destas pessoas jurídicas; 
4. é dotado de competência, que é distribuída por seus cargos; 
Classificação dos Órgãos: 
1. QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL 
Órgãos Independentes:
Se originam da previsão constitucional. São os representativos dos 
3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Não tem qualquer 
subordinação hierárquica; Suas funções são políticas, judiciais e 
legislativas; Seus agentes são denominados Agentes Políticos; Ex: 
Congresso Nacional, Câmara de Deputados, Senado.
Órgãos Autônomos:
São os localizados na cúpula da Administração, imediatamente abaixo 
dos órgãos independentes e diretamente subordinados a seus chefes; 
Tem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica; São órgãos 
diretivos, de planejamento, coordenação e controle; Seus agentes 
são denominados Agentes Políticos nomeados em comissão; Não são 
funcionários públicos; Ex: Ministérios, Secretaria de Planejamento, etc.
ATA – Administração Pública – Prof. Cristiano de Souza
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Órgãos Superiores:
São os que detêm poder de direção, controle, decisão e comando, 
subordinando-se a um órgão mais alto. Não gozam de autonomia 
administrativa nem financeira; Liberdade restringida ao planejamento e 
soluções técnicas, dentro de sua esfera de competência; Responsabilidade 
pela execução e não pela decisão política; Ex: Gabinetes, Coordenadorias, 
Secretarias Gerais, etc.
Órgãos Subalternos:
São os órgãos subordinados hierarquicamente a outro órgão superior; 
Realizam tarefas de rotina administrativa; Reduzido poder de decisão; 
É predominantemente órgão de execução; Ex: Repartições, Portarias, 
Seções de Expediente.
2. QUANTO À ESTRUTURA 
Órgãos Simples: UM SÓ centro de competência. Ex: Portaria, Posto Fiscal, Agência da SRF.
Órgãos Compostos:
VÁRIOS centros de competência (outros órgãos menores na estrutura). 
A atividade é desconcentrada, do órgão central para os demais órgãos 
subalternos. Ex: Delegacia da Receita Federal, Inspetoria Fiscal.
3. QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL
Singular: São os que decidem através de um único agente. Ex: os Ministérios, as Coordenadorias, as Seccionais.
Colegiado: Decidem por manifestação conjunta da maioria de seus membros. Ex: Tribunais, Legislativo, Conselho de Contribuintes.
Administração direta e indireta
Administração direta é aquela composta por órgãos públicos ligados diretamente ao poder 
central, federal, estadual ou municipal. São os próprios organismos dirigentes, seus ministérios, 
secretarias, além dos órgãos subordinados. Não possuem personalidade jurídica própria, 
patrimônio e autonomia administrativa e cujas despesas são realizadas diretamente através 
do orçamento da referida esfera. Caracterizam-se pela desconcentração administrativa, que é 
uma distribuição interna de competências, sem a delegação a uma pessoa jurídica diversa.
Administração indireta é aquela composta por entidades com personalidade jurídica própria, 
patrimônio e autonomia administrativa e cujas despesas são realizadas através de orçamento 
próprio. São exemplos as autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia 
mista. A administração indireta caracteriza-se pela descentralização administrativa, ou seja, a 
competência é distribuída de uma pessoa jurídica para outra. 
 
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São essas as características das entidades pertencentes à administração indireta:
Autarquias:
Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica de direito 
público, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da 
Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, 
gestão administrativa e financeira descentralizada;
Fundação 
pública:
a entidade dotada de personalidade jurídica de direito publico, sem 
fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o 
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou 
entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio 
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento 
custeado por recursos da União e de outras fontes;
Empresa 
pública:
A entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
patrimônio próprio e capital exclusivo da União, com criação autorizada por 
lei específica para a exploração de atividade econômica que o Governo seja 
levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa 
podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito;
Conforme dispõe o art. 5º do Decreto-Lei nº 900, de 1969: Desde que a maioria 
do capital votante permaneça de propriedade da União, será admitida, no 
capital da Empresa Pública, a participação de outras pessoas jurídicas de 
direito público interno, bem como de entidades da Administração Indireta 
da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Sociedades 
de economia 
mista:
A entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação 
autorizada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de 
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria 
à União ou a entidade da Administração Indireta. Empresas controladas pelo 
Poder Público podem ou não compor a Administração Indireta, dependendo 
de sua criação ter sido ou não autorizada por lei. Existem subsidiárias que 
são controladas pelo Estado, de forma indireta, e não são sociedades de 
economia mista, pois não decorreram de autorização legislativa. No caso 
das que não foram criadas após autorização legislativa, elas só se submetem 
às derrogações do direito privado quando seja expressamente previsto por 
lei ou pela Constituição Federal de 1988, como neste exemplo: “Art. 37. XII, 
CF – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, 
suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo 
poder público”.
ATA – Administração Pública – Prof. Cristiano de Souza
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Agências 
reguladoras e 
executivas
As agências executivas e reguladoras fazem parte da administração pública 
indireta, são pessoas jurídicas de direito público interno e consideradas como 
autarquias especiais. Sua principal função é o controle de pessoas privadas 
incumbidas da prestação de serviços públicos, sob o regime de concessão 
ou permissão.
Agências reguladoras: As agências reguladoras são autarquias de regime 
especial, que regulam as atividades econômicas desenvolvidas pelo setor 
privado. Tais agências têm poder de polícia, podendo aplicar sanções. 
Possuem certa independência em relação ao Poder Executivo, motivo 
pelo são chamadas de "autarquias de regimeespecial". Nota-se que a 
Constituição Federal faz referência a "órgão regulador", não utilizando o 
termo "agência reguladora". Sendo "autarquias de regime especial", tais 
agências detêm prerrogativas especiais relacionadas à ampliação de sua 
autonomia gerencial, administrativa e financeira. Embora tenham função 
normativa, não podem editar atos normativas primários (leis e similares), 
mas tão somente atos secundários (instruções normativas).
Sua função é regular a prestação de serviços públicos, organizar e fiscalizar 
esses serviços a serem prestados por concessionárias ou permissionárias, 
com o objetivo garantir o direito do usuário ao serviço público de qualidade. 
Não há muitas diferenças em relação à tradicional autarquia, a não ser uma 
maior autonomia financeira e administrativa, além de seus diretores serem 
eleitos para mandato por tempo determinado.
Essas entidades podem ter as seguintes finalidades básicas:
1. fiscalizar serviços públicos (ANEEL, ANTT, ANAC, ANTAQ);
2. fomentar e fiscalizar determinadas atividades privadas (ANCINE);
3. regulamentar, controlar e fiscalizar atividades econômicas (ANP);
4. exercer atividades típicas de estado (ANVS, ANVISA e ANS)
Agências executivas: São pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou 
até mesmo órgãos públicos, integrantes da Administração Pública Direta ou 
Indireta, que podem celebrar contrato de gestão com objetivo de reduzir 
custos, otimizar e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos.
O poder público poderá qualificar como agências executivas as autarquias e 
fundações públicas que com ele entabulem um contrato de gestão (CF, art. 
37, § 8º) e atendam a outros requisitos previstos na Lei 9.649/1998 (art. 51). 
O contrato de gestão celebrado com o Poder Público possibilita a ampliação 
da autonomia gerencial, orçamentária e financeira das entidades da 
Administração Indireta. Tem por objeto a fixação de metas de desempenho 
para a entidade administrativa, a qual se compromete a cumpri-las, nos prazos 
acordados. Celebrado o precitado contrato, o reconhecimento à respectiva 
autarquia ou fundação pública como agência executiva é concretizado por 
decreto. Se a entidade autárquica ou fundacional descumprir as exigências 
previstas na lei e no contrato de gestão, poderá ocorrer sua desqualificação, 
também por meio de decreto.
Seu objetivo principal é a execução de atividades administrativas. Nelas há 
uma autonomia financeira e administrativa ainda maior. São requisitos para 
transformar uma autarquia ou fundação em uma agência executiva:
1. tenham planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento 
institucional em andamento;
2. tenham celebrado contrato de gestão com o ministério supervisor.
Podemos citar como exemplos como agências executivas o INMETRO (uma 
autarquia) e a ABIN (apesar de ter o termo "agência" em seu nome, não é 
uma autarquia, mas um órgão público).
www.acasadoconcurseiro.com.br 15
Questões
1. A respeito das agências reguladoras e das 
agências executivas, analise as assertivas 
abaixo, classificando-as como Verdadeiras 
(V) ou Falsas (F).
Ao final, assinale a opção que contenha a 
sequência correta. 
( ) A agência executiva é uma nova espécie 
de entidade integrante da Administração 
Pública Indireta.
( ) O grau de autonomia da agência 
reguladora depende dos instrumentos 
específicos que a respectiva lei instituidora 
estabeleça. 
( ) Ao contrário das agências reguladoras, as 
agências executivas não têm área específica 
de atuação. 
( ) As agências executivas podem ser 
autarquias ou fundações públicas.
a) V, F, V, V 
b) F, V, V, V 
c) F, F, V, V 
d) V, V, V, F 
e) F, F, F, V 
2. Analise os casos concretos narrados a seguir 
e classifique- os como sendo resultado de 
um dos fenômenos listados de acordo com 
o seguinte código: 
C = centralização 
D = descentralização 
DCON = desconcentração. 
Após a análise, assinale a opção que 
contenha a sequência correta. 
1.1. Serviço de verificação da regularidade 
fiscal perante o fisco federal e fornecimento 
da respectiva certidão negativa de débitos, 
prestado pela Receita Federal do Brasil.( ) 
1.2. Extinção de unidades de atendimento 
descentralizadas de determinado órgão 
público federal para que o atendimento 
passe a ser feito exclusivamente na unidade 
central. ( ) 
1.3. Serviços oficiais de estatística, 
geografia, geologia e cartografia, prestados 
em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística – IBGE.( )
a) D / C / DCON 
b) C / DCON / D 
c) DCON / D / C 
d) D / DCON / C 
e) DCON / C / D 
3. Quanto às autarquias no modelo da 
organização administrativa brasileira, é 
incorreto afirmar que
a) possuem personalidade jurídica.
b) são subordinadas hierarquicamente ao 
seu órgão supervisor.
c) são criadas por lei.
d) compõem a administração pública 
indireta.
e) podem ser federais, estaduais, distritais 
e municipais.
4. Nos termos de nossa Constituição Federal e 
de acordo com a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal, depende de autorização 
em lei específica:
a) a instituição das empresas públicas, 
das sociedades de economia mista e de 
fundações, apenas.
b) a instituição das empresas públicas e 
das sociedades de economia mista, 
apenas.
c) a instituição das autarquias, das 
empresas públicas, das sociedades 
 
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de economia mista e de fundações, 
apenas.
d) a participação de entidades da 
Administração indireta em empresa 
privada, bem assim a instituição 
das autarquias, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, 
fundações e subsidiárias das estatais.
e) a participação de entidades da 
Administração indireta em empresa 
privada, bem assim a instituição 
das empresas públicas, sociedades 
de economia mista, fundações e 
subsidiárias das estatais.
5. Não é considerada entidade da 
Administração Pública Indireta:
a) a autarquia. 
b) a sociedade de economia mista. 
c) o órgão público. 
d) a fundação pública. 
e) a empresa pública. 
6. Tendo por base a organização 
administrativa brasileira, classifi que as 
descrições abaixo como sendo fenômenos: 
(1) de descentralização; ou (2) de 
desconcentração. Após, assinale a opção 
correta.
( ) Criação da Fundação Instituto 
Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), 
para prestar serviços ofi ciais de estatística, 
geologia e cartografi a de âmbito nacional; 
( ) Criação de delegacia regional do 
trabalho a ser instalada em municipalidade 
recém emancipada e em franco 
desenvolvimento industrial e no setor de 
serviços;
( ) Concessão de serviço público para a 
exploração do serviço de manutenção e 
conservação de estradas; 
( ) Criação de novo território federal. 
a) 2 / 1 / 2 / 1 
b) 1/ 2 / 2 / 1 
c) 2/ 2 / 1 / 1 
d) 1/ 2 / 1 / 1 
e) 1/ 2 / 1 / 2 
7. Pode-se considerar que o déficit de 
entidades de previdência complementar 
ligadas a sociedades de economia mista 
resulta de: 
a) aumento da idade média da população. 
b) não ajustamento das contribuições da 
pessoa jurídica. 
c) desbalanceamento entre contribuições 
e obrigações. 
d) aplicação de recursos em ativos que 
produziram menos renda do que o 
desejável. 
e) reservas técnicas insuficientes. 
8. Seguradoras são sociedades empresárias 
autorizadas a operar pela SUSEP com 
função socialmente relevante, razão pela 
qual no seu funcionamento ficam sujeitas a: 
a) normas de direito público. 
b) normas de direito privado, 
notadamente a Lei nº 6.404/1976 com 
as alterações posteriores. 
c) combinação de normas de direito 
público e privado. 
d) procedimentos cautelares 
determinados pelas autoridades 
competentes. 
e) legislação falencial. 
9. A competência do Conselho Nacional de 
Seguros Privados (CNSP) em confronto com 
a da Superintendência de Seguros Privados 
(SUSEP)evidencia: 
a) tratar-se de autarquias federal e 
estadual, respectivamente. 
b) operarem no mesmo plano hierárquico. 
c) caber ao CNSP estabelecer as diretrizes 
aplicáveis aos seguros privados sendo a 
SUSEP órgão executivo. 
d) pouca coordenação entre as duas 
entidades no delineamento da política 
de seguros privados. 
e) haver conflitos regulatórios dada a sofi 
sticação do sistema securitário. 
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ATA – Administração Pública – Prof. Cristiano de Souza
10. A SUSEP é uma autarquia, atua na regulação 
da atividade de seguros (entre outras), 
e está sob supervisão do Ministério da 
Fazenda. Logo, é incorreto dizer que ela: 
a) é integrante da chamada Administração 
Indireta. 
b) tem personalidade jurídica própria, de 
direito público. 
c) está hierarquicamente subordinada a 
tal Ministério. 
d) executa atividade típica da 
Administração Pública. 
e) tem patrimônio próprio. 
11. Para que uma autarquia tenha existência 
regular, há a necessidade de observância 
dos seguintes procedimentos: 
a) criação diretamente por lei, com 
inscrição de seu ato constitutivo na 
serventia registral pertinente. 
b) criação diretamente por lei, sem 
necessidade de qualquer inscrição em 
serventias registrais. 
c) criação autorizada em lei, com inscrição 
de seu ato constitutivo na serventia 
registral pertinente. 
d) criação autorizada em lei, sem 
necessidade de qualquer inscrição em 
serventias registrais. 
e) criação diretamente por lei, ou 
respectiva autorização legal para sua 
criação, sendo necessária a inscrição 
de seu ato constitutivo em serventias 
registrais, apenas nesta última hipótese. 
12. Quanto à organização administrativa 
brasileira, analise as assertivas abaixo e 
assinale a opção correta.
I – A administração pública federal brasileira 
indireta é composta por autarquias, 
fundações, sociedades de economia mista, 
empresas públicas e entidades paraestatais.
II – Diferentemente das pessoas jurídicas 
de direito privado, as entidades da 
administração pública indireta de 
personalidade jurídica de direito público 
são criadas por lei específica.
III – Em regra, a execução judicial contra o 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA 
enquanto autarquia federal está sujeita ao 
regime de precatórios previsto no art. 100 
da Constituição Federal, respeitadas as 
exceções.
IV – A Caixa Econômica Federal enquanto 
empresa pública é exemplo do que se 
passou a chamar, pela doutrina do direito 
administrativo, de desconcentração da 
atividade estatal.
V – O Instituto Nacional do Seguro Social 
– INSS enquanto autarquia vinculada 
ao Ministério da Previdência Social está 
subordinada à sua hierarquia e à sua 
supervisão. 
a) Apenas os itens I e II estão corretos. 
b) Apenas os itens II e III estão corretos. 
c) Apenas os itens III e IV estão corretos. 
d) Apenas os itens IV e V estão corretos. 
e) Apenas os itens II e V estão corretos. 
13. Marque a opção incorreta.
a) O contrato de gestão, quando celebrado 
com organizações sociais, restringe a 
sua autonomia. 
b) Quanto à estrutura das autarquias, estas 
podem ser fundacionais e corporativas. 
c) Os serviços sociais autônomos são 
entes paraestatais que não integram a 
Administração direta nem a indireta. 
d) Organização social é a qualificação 
jurídica dada a pessoa jurídica de direito 
privado ou público, sem fins lucrativos, 
e que recebe delegação do Poder 
Público, mediante contrato de gestão, 
para desempenhar serviço público de 
natureza social. 
e) A Administração Pública, ao criar 
fundação de direito privado, submete-a 
ao direito comum em tudo aquilo que 
não for expressamente derrogado por 
normas de direito público. 
 
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14. A entidade dotada de personalidade 
jurídica de direito privado, instituída 
mediante autorização por lei específica, 
com patrimônio próprio e capital exclusivo 
da União, para desempenhar atividades 
de natureza empresarial e que pode se 
revestir de qualquer das formas em direito 
admitidas, denomina-se: 
a) Consórcio Público. 
b) Empresa Pública. 
c) Fundação Privada. 
d) Fundação Pública. 
e) Sociedade de Economia Mista. 
15. Quanto às características da administração 
pública federal brasileira e sua forma de 
organização, analise os itens a seguir e 
marque com V se a assertiva for verdadeira 
e com F se for falsa. Ao final, assinale a 
opção correspondente. 
( ) Os órgãos são compartimentos 
internos da pessoa pública que compõem 
sua criação bem como sua extinção são 
disciplinas reservadas à lei. 
( ) A realização das atividades 
administrativas do Estado, de forma 
desconcentrada, caracteriza a criação de 
pessoas jurídicas distintas, componentes da 
administração pública indireta. 
( ) As entidades da administração pública 
indireta do Poder Executivo, apesar de não 
submetidas hierarquicamente ao Ministério 
a que se vinculam, sujeitam-se à sua 
supervisão ministerial.
( ) O Poder Judiciário e o Poder Legislativo 
constituem pessoas jurídicas distintas do 
Poder Executivo e, por isso, integram a 
administração pública indireta. 
a) V, F, F, V 
b) V, F, V, F 
c) F, V, V, F 
d) F, V, F, V 
e) V, V, F, V 
16. Acerca da organização administrativa do 
Estado de São Paulo, assinale a opção 
correta. 
a) A criação de uma empresa pública é 
feita diretamente por autorização do 
Secretário de Estado da respectiva 
pasta à qual está vinculada, seguida da 
aprovação, pelo Governador do Estado. 
b) As sociedades de economia mista, 
por se tratarem de pessoas jurídicas 
com personalidade jurídica de direito 
privado, quando publicarem programas, 
obras ou serviços de suas atividades, 
não estão vinculadas à vedação de não 
inserirem nomes, símbolos e imagens 
que caracterizem promoção pessoal de 
autoridades. 
c) As empresas públicas e sociedades 
de economia mista não estão 
vinculadas aos princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, 
publicidade, razoabilidade, fi nalidade, 
motivação, interesse público e efi 
ciência. 
d) A empresa pública pode criar 
subsidiária diretamente por ordem de 
seu Presidente, com a subsequente 
aquiescência do Governador do Estado. 
e) É obrigatória a eleição pelos servidores 
e empregados públicos de um Diretor-
Representante e de um Conselho de 
Representantes nas autarquias, assim 
como nas sociedades de economia 
mista e fundações instituídas ou 
mantidas pelo Poder Público. 
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17. A Agência executiva é a qualificação dada à 
autarquia ou fundação que celebre contrato 
de gestão com o órgão da Administração 
Direta a que se acha vinculada, introduzida 
no direito brasileiro em decorrência do 
movimento da globalização. Destarte, 
assinale qual princípio da administração 
pública, especificamente, que as autarquias 
ou fundações governamentais qualificadas 
como agências executivas visam observar 
nos termos do Decreto nº 2.487/1998: 
a) eficiência 
b) moralidade 
c) legalidade 
d) razoabilidade 
e) publicidade 
18. O Banco Central do Brasil é 
a) um órgão autônomo da Administração 
Direta Federal. 
b) um órgão do Ministério da Fazenda. 
c) um órgão subordinado à Presidência da 
República. 
d) uma entidade da Administração 
Indireta Federal. 
e) uma instituição financeira, sem 
personalidade jurídica própria, 
integrante do Conselho Monetário 
Nacional. 
19. O patrimônio personificado, destinado 
a um fim específico, que constitui uma 
entidade da Administração Pública, com 
personalidade jurídica de direito público, 
cuja criação depende de prévia autorização 
expressa por lei, se conceitua como sendo 
a) um órgão autônomo. 
b) um serviço socialautônomo. 
c) uma autarquia. 
d) uma empresa pública. 
e) uma fundação pública. 
20. O serviço público personificado, com 
personalidade jurídica de direito público, e 
capacidade exclusivamente administrativa, 
é conceituado como sendo um(a) 
a) empresa pública. 
b) órgão autônomo. 
c) entidade autárquica. 
d) fundação pública. 
e) sociedade de economia mista. 
21. Conceitualmente, o que assemelha 
autarquia de fundação pública é a 
circunstância jurídica de ambas 
a) serem órgãos da estrutura do Estado. 
b) serem um patrimônio personificado. 
c) serem um serviço público personificado. 
d) serem entidades da Administração 
Indireta. 
e) terem personalidade de direito privado. 
22. O que distingue entre si, no seu essencial, 
a autarquia da empresa pública, com 
conseqüências jurídicas relevantes, é a 
a) característica da sua participação na 
Administração Pública. 
b) exigência de licitação, para suas 
contratações. 
c) natureza da sua personalidade. 
d) forma de desconcentração na estrutura 
estatal. 
e) exigência de concurso público, para 
admissão de pessoal. 
23. No contexto da Administração Pública 
Federal, o que distingue e/ou assemelha os 
órgãos da Administração Direta em relação às 
entidades da Administração Indireta, é que
a) os primeiros integram a estrutura 
orgânica da União e as outras não. 
b) os primeiros são dotados de 
personalidade jurídica de direito 
público, as outras são de direito 
privado. 
c) são todos dotados de personalidade 
jurídica de direito público. 
d) são todos dotados de personalidade 
jurídica de direito privado. 
e) todos integram a estrutura orgânica da 
União. 
 
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24. Tratando-se de Administração Pública 
Descentralizada ou Indireta, assinale a 
afirmativa falsa.
a) A qualificação como agência executiva 
pode recair tanto sobre entidade 
autárquica quanto fundacional, 
integrante da Administração Pública.
b) Conforme a norma constitucional, 
a empresa pública exploradora 
de atividade econômica terá um 
tratamento diferenciado quanto às 
regras de licitação.
c) Admite-se, na esfera federal, uma 
empresa pública, sob a forma de 
sociedade anônima, com um único 
sócio.
d) Pode se instituir uma agência 
reguladora cujo objeto de fiscalização 
ou regulação não seja uma atividade 
considerada como de serviço público.
e) As entidades qualificadas como 
Organizações Sociais, pela União 
Federal, passam a integrar, para efeitos 
de supervisão, a Administração Pública 
Descentralizada. 
25. A pessoa jurídica de direito público, de 
capacidade exclusivamente administrativa, 
caracterizada como sendo um serviço 
público personalizado, é o que na 
organização administrativa brasileira 
chama-se de 
a) órgão autônomo. 
b) empresa pública. 
c) sociedade de economia mista. 
d) serviço social autônomo. 
e) autarquia. 
26. A empresa pública, como entidade da 
Administração Pública Federal Indireta, é 
uma entidade dotada de personalidade 
jurídica de direito privado, mas está sujeita 
ao controle jurisdicional perante a justiça 
federal. 
a) Correta a assertiva. 
b) Incorreta a assertiva, porque ela é de 
direito público. 
c) Incorreta a assertiva, porque ela está 
jurisdicionada à justiça comum. 
d) Incorreta a assertiva, porque ela não é 
da Administração Indireta. 
e) Incorreta a assertiva, porque ela é de 
direito público e jurisdicionada à justiça 
comum. 
Gabarito: 1. B 2. E 3. B 4. A 5. C 6. D 7. C 8. D 9. C 10. C 11. B 12. B 13. D 14. B 15. B 16. E 17. A 
18. D 19. E 20. C 21. D 22. C 23. A 24. E 25. E 26. A
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4. Processo Administrativo em Âmbito Federal.
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 
1999.
Regula o processo administrativo no âmbito 
da Administração Pública Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber 
que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas 
sobre o processo administrativo no âmbito 
da Administração Federal direta e indireta, 
visando, em especial, à proteção dos direitos 
dos administrados e ao melhor cumprimento 
dos fins da Administração.
§ 1º Os preceitos desta Lei também se 
aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo 
e Judiciário da União, quando no 
desempenho de função administrativa.
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:
I – órgão – a unidade de atuação integrante 
da estrutura da Administração direta e da 
estrutura da Administração indireta;
II – entidade – a unidade de atuação dotada 
de personalidade jurídica;
III – autoridade – o servidor ou agente 
público dotado de poder de decisão.
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, 
dentre outros, aos princípios da legalidade, 
finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, 
contraditório, segurança jurídica, interesse 
público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos 
administrativos serão observados, entre 
outros, os critérios de:
I – atuação conforme a lei e o Direito;
II – atendimento a fins de interesse geral, 
vedada a renúncia total ou parcial de 
poderes ou competências, salvo autorização 
em lei;
III – objetividade no atendimento do 
interesse público, vedada a promoção 
pessoal de agentes ou autoridades;
IV – atuação segundo padrões éticos de 
probidade, decoro e boa-fé;
V – divulgação oficial dos atos 
administrativos, ressalvadas as hipóteses de 
sigilo previstas na Constituição;
VI – adequação entre meios e fins, vedada 
a imposição de obrigações, restrições 
e sanções em medida superior àquelas 
estritamente necessárias ao atendimento 
do interesse público;
VII – indicação dos pressupostos de fato e 
de direito que determinarem a decisão;
VIII – observância das formalidades 
essenciais à garantia dos direitos dos 
administrados;
IX – adoção de formas simples, suficientes 
para propiciar adequado grau de certeza, 
segurança e respeito aos direitos dos 
administrados;
X – garantia dos direitos à comunicação, 
à apresentação de alegações finais, à 
produção de provas e à interposição de 
recursos, nos processos de que possam 
resultar sanções e nas situações de litígio;
XI – proibição de cobrança de despesas 
processuais, ressalvadas as previstas em lei;
 
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XII – impulsão, de ofício, do processo 
administrativo, sem prejuízo da atuação dos 
interessados;
XIII – interpretação da norma administrativa 
da forma que melhor garanta o atendimento 
do fim público a que se dirige, vedada 
aplicação retroativa de nova interpretação.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos 
perante a Administração, sem prejuízo de outros 
que lhe sejam assegurados:
I – ser tratado com respeito pelas 
autoridades e servidores, que deverão 
facilitar o exercício de seus direitos e o 
cumprimento de suas obrigações;
II – ter ciência da tramitação dos processos 
administrativos em que tenha a condição 
de interessado, ter vista dos autos, obter 
cópias de documentos neles contidos e 
conhecer as decisões proferidas;
III – formular alegações e apresentar 
documentos antes da decisão, os quais 
serão objeto de consideração pelo órgão 
competente;
IV – fazer-se assistir, facultativamente, 
por advogado, salvo quando obrigatória a 
representação, por força de lei.
CAPÍTULO III
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
Art. 4º São deveres do administrado perante a 
Administração, sem prejuízo de outros previstos 
em ato normativo:
I – expor os fatos conforme a verdade;
II – proceder com lealdade, urbanidade e 
boa-fé;
III – não agir de modo temerário;
IV – prestar as informações que lhe 
forem solicitadas e colaborarpara o 
esclarecimento dos fatos.
CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO PROCESSO
Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-
se de ofício ou a pedido de interessado.
Art. 6º O requerimento inicial do interessado, 
salvo casos em que for admitida solicitação 
oral, deve ser formulado por escrito e conter os 
seguintes dados:
I – órgão ou autoridade administrativa a 
que se dirige;
II – identificação do interessado ou de quem 
o represente;
III – domicílio do requerente ou local para 
recebimento de comunicações;
IV – formulação do pedido, com exposição 
dos fatos e de seus fundamentos;
V – data e assinatura do requerente ou de 
seu representante.
Parágrafo único. É vedada à Administração 
a recusa imotivada de recebimento de 
documentos, devendo o servidor orientar 
o interessado quanto ao suprimento de 
eventuais falhas.
Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas 
deverão elaborar modelos ou formulários 
padronizados para assuntos que importem 
pretensões equivalentes.
Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade 
de interessados tiverem conteúdo e 
fundamentos idênticos, poderão ser formulados 
em um único requerimento, salvo preceito legal 
em contrário.
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CAPÍTULO V
DOS INTERESSADOS
Art. 9º São legitimados como interessados no 
processo administrativo:
I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem 
como titulares de direitos ou interesses 
individuais ou no exercício do direito de 
representação;
II – aqueles que, sem terem iniciado o 
processo, têm direitos ou interesses que 
possam ser afetados pela decisão a ser 
adotada;
III – as organizações e associações 
representativas, no tocante a direitos e 
interesses coletivos;
IV – as pessoas ou as associações legalmente 
constituídas quanto a direitos ou interesses 
difusos.
Art. 10. São capazes, para fins de processo 
administrativo, os maiores de dezoito anos, 
ressalvada previsão especial em ato normativo 
próprio.
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
Art. 11. A competência é irrenunciável e se 
exerce pelos órgãos administrativos a que 
foi atribuída como própria, salvo os casos de 
delegação e avocação legalmente admitidos.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular 
poderão, se não houver impedimento legal, 
delegar parte da sua competência a outros 
órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe 
sejam hierarquicamente subordinados, quando 
for conveniente, em razão de circunstâncias de 
índole técnica, social, econômica, jurídica ou 
territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste 
artigo aplica-se à delegação de competência 
dos órgãos colegiados aos respectivos 
presidentes.
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I – a edição de atos de caráter normativo;
II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva 
do órgão ou autoridade.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação 
deverão ser publicados no meio oficial.
§ 1º O ato de delegação especificará as 
matérias e poderes transferidos, os limites 
da atuação do delegado, a duração e os 
objetivos da delegação e o recurso cabível, 
podendo conter ressalva de exercício da 
atribuição delegada.
§ 2º O ato de delegação é revogável a 
qualquer tempo pela autoridade delegante.
§ 3º As decisões adotadas por delegação 
devem mencionar explicitamente esta 
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo 
delegado.
Art. 15. Será permitida, em caráter 
excepcional e por motivos relevantes 
devidamente justificados, a avocação 
temporária de competência atribuída a órgão 
hierarquicamente inferior.
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas 
divulgarão publicamente os locais das 
respectivas sedes e, quando conveniente, a 
unidade fundacional competente em matéria 
de interesse especial.
Art. 17. Inexistindo competência legal 
específica, o processo administrativo deverá ser 
iniciado perante a autoridade de menor grau 
hierárquico para decidir.
 
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CAPÍTULO VII
DOS IMPEDIMENTOS E DA 
SUSPEIÇÃO
Art. 18. É impedido de atuar em processo 
administrativo o servidor ou autoridade que:
I – tenha interesse direto ou indireto na 
matéria;
II – tenha participado ou venha a participar 
como perito, testemunha ou representante, 
ou se tais situações ocorrem quanto ao 
cônjuge, companheiro ou parente e afins 
até o terceiro grau;
III – esteja litigando judicial ou 
administrativamente com o interessado ou 
respectivo cônjuge ou companheiro.
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer 
em impedimento deve comunicar o fato à 
autoridade competente, abstendo-se de atuar.
Parágrafo único. A omissão do dever de 
comunicar o impedimento constitui falta 
grave, para efeitos disciplinares.
Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de 
autoridade ou servidor que tenha amizade 
íntima ou inimizade notória com algum dos 
interessados ou com os respectivos cônjuges, 
companheiros, parentes e afins até o terceiro 
grau.
Art. 21. O indeferimento de alegação de 
suspeição poderá ser objeto de recurso, sem 
efeito suspensivo.
CAPÍTULO VIII
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS 
ATOS DO PROCESSO
Art. 22. Os atos do processo administrativo 
não dependem de forma determinada senão 
quando a lei expressamente a exigir.
§ 1º Os atos do processo devem ser 
produzidos por escrito, em vernáculo, 
com a data e o local de sua realização e a 
assinatura da autoridade responsável.
§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento 
de firma somente será exigido quando 
houver dúvida de autenticidade.
§ 3º A autenticação de documentos exigidos 
em cópia poderá ser feita pelo órgão 
administrativo.
§ 4º O processo deverá ter suas páginas 
numeradas seqüencialmente e rubricadas.
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-
se em dias úteis, no horário normal de 
funcionamento da repartição na qual tramitar o 
processo.
Parágrafo único. Serão concluídos depois 
do horário normal os atos já iniciados, cujo 
adiamento prejudique o curso regular do 
procedimento ou cause dano ao interessado 
ou à Administração.
Art. 24. Inexistindo disposição específica, 
os atos do órgão ou autoridade responsável 
pelo processo e dos administrados que dele 
participem devem ser praticados no prazo de 
cinco dias, salvo motivo de força maior.
Parágrafo único. O prazo previsto neste 
artigo pode ser dilatado até o dobro, 
mediante comprovada justificação.
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-
se preferencialmente na sede do órgão, 
cientificando-se o interessado se outro for o 
local de realização.
CAPÍTULO IX
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
Art. 26. O órgão competente perante o qual 
tramita o processo administrativo determinará 
a intimação do interessado para ciência de 
decisão ou a efetivação de diligências.
§ 1º A intimação deverá conter:
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I – identificação do intimado e nome do 
órgão ou entidade administrativa;
II – finalidade da intimação;
III – data, hora e local em que deve 
comparecer;
IV – se o intimado deve comparecer 
pessoalmente, ou fazer-se representar;
V – informação da continuidade do 
processo independentemente do seu 
comparecimento;
VI – indicação dos fatos e fundamentos 
legais pertinentes.
§ 2º A intimação observará a antecedência 
mínima de três dias úteis quanto à data de 
comparecimento.
§ 3º A intimação pode ser efetuada por 
ciência no processo, por via postal com 
aviso de recebimento, por telegrama ou 
outro meio que assegure a certeza da 
ciência do interessado.
§ 4º No caso de interessados 
indeterminados, desconhecidos ou com 
domicílio indefinido, a intimação deve ser 
efetuada por meio de publicação oficial.
§ 5º As intimações serão nulasquando feitas 
sem observância das prescrições legais, mas 
o comparecimento do administrado supre 
sua falta ou irregularidade.
Art. 27. O desatendimento da intimação não 
importa o reconhecimento da verdade dos fatos, 
nem a renúncia a direito pelo administrado.
Parágrafo único. No prosseguimento do 
processo, será garantido direito de ampla 
defesa ao interessado.
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos 
do processo que resultem para o interessado 
em imposição de deveres, ônus, sanções ou 
restrição ao exercício de direitos e atividades e 
os atos de outra natureza, de seu interesse.
CAPÍTULO X
DA INSTRUÇÃO
Art. 29. As atividades de instrução destinadas 
a averiguar e comprovar os dados necessários 
à tomada de decisão realizam-se de ofício 
ou mediante impulsão do órgão responsável 
pelo processo, sem prejuízo do direito dos 
interessados de propor atuações probatórias.
§ 1º O órgão competente para a instrução 
fará constar dos autos os dados necessários 
à decisão do processo.
§ 2º Os atos de instrução que exijam a 
atuação dos interessados devem realizar-se 
do modo menos oneroso para estes.
Art. 30. São inadmissíveis no processo 
administrativo as provas obtidas por meios 
ilícitos.
Art. 31. Quando a matéria do processo envolver 
assunto de interesse geral, o órgão competente 
poderá, mediante despacho motivado, abrir 
período de consulta pública para manifestação 
de terceiros, antes da decisão do pedido, se não 
houver prejuízo para a parte interessada.
§ 1o A abertura da consulta pública será 
objeto de divulgação pelos meios oficiais, 
a fim de que pessoas físicas ou jurídicas 
possam examinar os autos, fixando-se prazo 
para oferecimento de alegações escritas.
§ 2o O comparecimento à consulta 
pública não confere, por si, a condição de 
interessado do processo, mas confere o 
direito de obter da Administração resposta 
fundamentada, que poderá ser comum a 
todas as alegações substancialmente iguais.
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da 
autoridade, diante da relevância da questão, 
poderá ser realizada audiência pública para 
debates sobre a matéria do processo.
Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, 
em matéria relevante, poderão estabelecer 
outros meios de participação de administrados, 
 
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diretamente ou por meio de organizações e 
associações legalmente reconhecidas.
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência 
pública e de outros meios de participação de 
administrados deverão ser apresentados com a 
indicação do procedimento adotado.
Art. 35. Quando necessária à instrução do 
processo, a audiência de outros órgãos ou 
entidades administrativas poderá ser realizada 
em reunião conjunta, com a participação 
de titulares ou representantes dos órgãos 
competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser 
juntada aos autos.
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos 
que tenha alegado, sem prejuízo do dever 
atribuído ao órgão competente para a instrução 
e do disposto no art. 37 desta Lei.
Art. 37. Quando o interessado declarar que 
fatos e dados estão registrados em documentos 
existentes na própria Administração responsável 
pelo processo ou em outro órgão administrativo, 
o órgão competente para a instrução proverá, 
de ofício, à obtenção dos documentos ou das 
respectivas cópias.
Art. 38. O interessado poderá, na fase 
instrutória e antes da tomada da decisão, juntar 
documentos e pareceres, requerer diligências e 
perícias, bem como aduzir alegações referentes 
à matéria objeto do processo.
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser 
considerados na motivação do relatório e 
da decisão.
§ 2º Somente poderão ser recusadas, 
mediante decisão fundamentada, as provas 
propostas pelos interessados quando sejam 
ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou 
protelatórias.
Art. 39. Quando for necessária a prestação de 
informações ou a apresentação de provas pelos 
interessados ou terceiros, serão expedidas 
intimações para esse fim, mencionando-se data, 
prazo, forma e condições de atendimento.
Parágrafo único. Não sendo atendida a 
intimação, poderá o órgão competente, 
se entender relevante a matéria, suprir 
de ofício a omissão, não se eximindo de 
proferir a decisão.
Art. 40. Quando dados, atuações ou 
documentos solicitados ao interessado forem 
necessários à apreciação de pedido formulado, 
o não atendimento no prazo fixado pela 
Administração para a respectiva apresentação 
implicará arquivamento do processo.
Art. 41. Os interessados serão intimados de 
prova ou diligência ordenada, com antecedência 
mínima de três dias úteis, mencionando-se 
data, hora e local de realização.
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente 
ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá 
ser emitido no prazo máximo de quinze 
dias, salvo norma especial ou comprovada 
necessidade de maior prazo.
§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante 
deixar de ser emitido no prazo fixado, 
o processo não terá seguimento até a 
respectiva apresentação, responsabilizando-
se quem der causa ao atraso.
§ 2º Se um parecer obrigatório e não 
vinculante deixar de ser emitido no 
prazo fixado, o processo poderá ter 
prosseguimento e ser decidido com sua 
dispensa, sem prejuízo da responsabilidade 
de quem se omitiu no atendimento.
Art. 43. Quando por disposição de ato 
normativo devam ser previamente obtidos 
laudos técnicos de órgãos administrativos 
e estes não cumprirem o encargo no prazo 
assinalado, o órgão responsável pela instrução 
deverá solicitar laudo técnico de outro órgão 
dotado de qualificação e capacidade técnica 
equivalentes.
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado 
terá o direito de manifestar-se no prazo máximo 
de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente 
fixado.
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Art. 45. Em caso de risco iminente, a 
Administração Pública poderá motivadamente 
adotar providências acauteladoras sem a prévia 
manifestação do interessado.
Art. 46. Os interessados têm direito à vista 
do processo e a obter certidões ou cópias 
reprográficas dos dados e documentos que o 
integram, ressalvados os dados e documentos 
de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito 
à privacidade, à honra e à imagem.
Art. 47. O órgão de instrução que não for 
competente para emitir a decisão final elaborará 
relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo 
das fases do procedimento e formulará 
proposta de decisão, objetivamente justificada, 
encaminhando o processo à autoridade 
competente.
CAPÍTULO XI
DO DEVER DE DECIDIR
Art. 48. A Administração tem o dever de 
explicitamente emitir decisão nos processos 
administrativos e sobre solicitações ou 
reclamações, em matéria de sua competência.
Art. 49. Concluída a instrução de processo 
administrativo, a Administração tem o prazo de 
até trinta dias para decidir, salvo prorrogação 
por igual período expressamente motivada.
CAPÍTULO XII
DA MOTIVAÇÃO
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser 
motivados, com indicação dos fatos e dos 
fundamentos jurídicos, quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou 
interesses;
II – imponham ou agravem deveres, 
encargos ou sanções;
III – decidam processos administrativos de 
concurso ou seleção pública;
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade 
de processo licitatório;
V – decidam recursos administrativos;
VI – decorram de reexame de ofício;
VII – deixem de aplicar jurisprudência 
firmada sobre a questão ou discrepem de 
pareceres, laudos, propostas e relatórios 
oficiais;
VIII – importem anulação, revogação, 
suspensão ou convalidação de ato 
administrativo.
§ 1º A motivação deve ser explícita, 
clara e congruente, podendo consistir 
em declaração de concordância com 
fundamentos de anteriorespareceres, 
informações, decisões ou propostas, que, 
neste caso, serão parte integrante do ato.
§ 2º Na solução de vários assuntos da 
mesma natureza, pode ser utilizado meio 
mecânico que reproduza os fundamentos 
das decisões, desde que não prejudique 
direito ou garantia dos interessados.
§ 3º A motivação das decisões de órgãos 
colegiados e comissões ou de decisões orais 
constará da respectiva ata ou de termo 
escrito.
CAPÍTULO XIII
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS 
DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 51. O interessado poderá, mediante 
manifestação escrita, desistir total ou 
parcialmente do pedido formulado ou, ainda, 
renunciar a direitos disponíveis.
§ 1º Havendo vários interessados, a 
desistência ou renúncia atinge somente 
quem a tenha formulado.
 
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§ 2º A desistência ou renúncia do 
interessado, conforme o caso, não prejudica 
o prosseguimento do processo, se a 
Administração considerar que o interesse 
público assim o exige.
Art. 52. O órgão competente poderá declarar 
extinto o processo quando exaurida sua 
finalidade ou o objeto da decisão se tornar 
impossível, inútil ou prejudicado por fato 
superveniente.
CAPÍTULO XIV
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E 
CONVALIDAÇÃO
Art. 53. A Administração deve anular seus 
próprios atos, quando eivados de vício de 
legalidade, e pode revogá-los por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular 
os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os destinatários decai 
em cinco anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais 
contínuos, o prazo de decadência contar-
se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de 
anular qualquer medida de autoridade 
administrativa que importe impugnação à 
validade do ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não 
acarretarem lesão ao interesse público nem 
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem 
defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela 
própria Administração.
CAPÍTULO XV
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA 
REVISÃO
Art. 56. Das decisões administrativas cabe 
recurso, em face de razões de legalidade e de 
mérito.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade 
que proferiu a decisão, a qual, se não a 
reconsiderar no prazo de cinco dias, o 
encaminhará à autoridade superior.
§ 2º Salvo exigência legal, a interposição 
de recurso administrativo independe de 
caução.
§ 3º Se o recorrente alegar que a decisão 
administrativa contraria enunciado da 
súmula vinculante, caberá à autoridade 
prolatora da decisão impugnada, se não a 
reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar 
o recurso à autoridade superior, as razões 
da aplicabilidade ou inaplicabilidade da 
súmula, conforme o caso. 
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no 
máximo por três instâncias administrativas, 
salvo disposição legal diversa.
Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso 
administrativo:
I – os titulares de direitos e interesses que 
forem parte no processo;
II – aqueles cujos direitos ou interesses 
forem indiretamente afetados pela decisão 
recorrida;
III – as organizações e associações 
representativas, no tocante a direitos e 
interesses coletivos;
IV – os cidadãos ou associações, quanto a 
direitos ou interesses difusos.
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de 
dez dias o prazo para interposição de recurso 
administrativo, contado a partir da ciência ou 
divulgação oficial da decisão recorrida.
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§ 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, 
o recurso administrativo deverá ser 
decidido no prazo máximo de trinta dias, a 
partir do recebimento dos autos pelo órgão 
competente.
§ 2º O prazo mencionado no parágrafo 
anterior poderá ser prorrogado por igual 
período, ante justificativa explícita.
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de 
requerimento no qual o recorrente deverá 
expor os fundamentos do pedido de reexame, 
podendo juntar os documentos que julgar 
convenientes.
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o 
recurso não tem efeito suspensivo.
Parágrafo único. Havendo justo receio 
de prejuízo de difícil ou incerta reparação 
decorrente da execução, a autoridade 
recorrida ou a imediatamente superior 
poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito 
suspensivo ao recurso.
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão 
competente para dele conhecer deverá intimar 
os demais interessados para que, no prazo de 
cinco dias úteis, apresentem alegações.
Art. 63. O recurso não será conhecido quando 
interposto:
I – fora do prazo;
II – perante órgão incompetente;
III – por quem não seja legitimado;
IV – após exaurida a esfera administrativa.
§ 1º Na hipótese do inciso II, será indicada 
ao recorrente a autoridade competente, 
sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.
§ 2º O não conhecimento do recurso não 
impede a Administração de rever de ofício o 
ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão 
administrativa.
Art. 64. O órgão competente para decidir o 
recurso poderá confirmar, modificar, anular 
ou revogar, total ou parcialmente, a decisão 
recorrida, se a matéria for de sua competência.
Parágrafo único. Se da aplicação do 
disposto neste artigo puder decorrer 
gravame à situação do recorrente, este 
deverá ser cientificado para que formule 
suas alegações antes da decisão.
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação 
de enunciado da súmula vinculante, o órgão 
competente para decidir o recurso explicitará as 
razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da 
súmula, conforme o caso. 
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal 
Federal a reclamação fundada em violação 
de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á 
ciência à autoridade prolatora e ao órgão 
competente para o julgamento do recurso, 
que deverão adequar as futuras decisões 
administrativas em casos semelhantes, sob 
pena de responsabilização pessoal nas esferas 
cível, administrativa e penal. 
Art. 65. Os processos administrativos de 
que resultem sanções poderão ser revistos, 
a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, 
quando surgirem fatos novos ou circunstâncias 
relevantes suscetíveis de justificar a 
inadequação da sanção aplicada.
Parágrafo único. Da revisão do processo não 
poderá resultar agravamento da sanção.
CAPÍTULO XVI
DOS PRAZOS
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir 
da data da cientificação oficial, excluindo-se da 
contagem o dia do começo e incluindo-se o do 
vencimento.
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o 
primeiro dia útil seguinte se o vencimento 
cair em dia em que não houver expediente 
ou este for encerrado antes da hora normal.
 
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§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se 
de modo contínuo.
§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos 
contam-se de data a data. Se no mês do 
vencimento não houver o dia equivalente 
àquele do início do prazo, tem-se como 
termo o último dia do mês.
Art. 67. Salvo motivo de força maior 
devidamente comprovado, os prazos 
processuais não se suspendem.
CAPÍTULO XVII
DAS SANÇÕES
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por 
autoridade competente, terão natureza 
pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer 
ou de não fazer, assegurado sempre o direito de 
defesa.
CAPÍTULO XVIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 69. Os processos administrativos específicos 
continuarão a reger-se por lei própria, 
aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os 
preceitos desta Lei.
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em 
qualquer órgão ou instância, os procedimentos 
administrativos em que figure como parte ou 
interessado:
I – pessoa com idade igualou superior a 60 
(sessenta) anos; 
II – pessoa portadora de deficiência, física 
ou mental; 
III – (VETADO) 
IV – pessoa portadora de tuberculose 
ativa, esclerose múltipla, neoplasia 
maligna, hanseníase, paralisia irreversível e 
incapacitante, cardiopatia grave, doença de 
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, 
nefropatia grave, hepatopatia grave, 
estados avançados da doença de Paget 
(osteíte deformante), contaminação por 
radiação, síndrome de imunodeficiência 
adquirida, ou outra doença grave, com base 
em conclusão da medicina especializada, 
mesmo que a doença tenha sido contraída 
após o início do processo. 
§ 1º A pessoa interessada na obtenção 
do benefício, juntando prova de sua 
condição, deverá requerê-lo à autoridade 
administrativa competente, que 
determinará as providências a serem 
cumpridas. 
§ 2º Deferida a prioridade, os autos 
receberão identificação própria que 
evidencie o regime de tramitação prioritária. 
Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua 
publicação.
Brasília 29 de janeiro de 1999; 178o da 
Independência e 111º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Renan Calheiros 
Paulo Paiva 
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Questões
1. Determinado servidor do Ministério da 
Fazenda recorre da decisão do Chefe da 
Divisão de Recursos Humanos – DRH do 
órgão em que está lotado, que lhe negou o 
pedido de gozo de sua licença capacitação.
O único fundamento utilizado pelo 
recorrente centrou- se na ausência de 
competência do chefe da DRH para decidir 
a respeito de seu pleito.
O recorrente sustenta que, ante a ausência 
de previsão específica da competência 
decisória no regimento interno do órgão 
para a referida DRH, somente o dirigente 
máximo poderia decidir o pleito.
Tendo em mente o caso concreto acima 
narrado e os termos da Lei nº 9.784/99, que 
regula o processo administrativo em âmbito 
federal, assinale a opção que contenha a 
resposta correta.
a) Assiste razão ao recorrente. A ausência 
de previsão legal específica desloca 
a competência decisória para a 
autoridade de maior grau. 
b) A autoridade competente para julgar o 
recurso do servidor poderá delegar esta 
competência desde que para agente 
de grau hierárquico superior ao da 
primeira instância decisória. 
c) A delegação da competência para 
julgamento do recurso deve ter sido 
prévia a sua interposição e divulgada na 
internet do órgão. 
d) A competência para decidir acerca 
da licença capacitação era da DRH, 
unidade organizacional de menor nível 
na hierarquia, não sendo admissível em 
nenhuma hipótese, a avocatória. 
e) Inexistindo competência legal 
específica, o processo administrativo 
deverá ser iniciado perante a autoridade 
de menor grau hierárquico para decidir. 
2. Quanto ao recurso administrativo previsto 
na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, 
que regula o processo administrativo no 
âmbito da Administração Pública Federal, é 
incorreto afirmar que:
a) salvo disposição legal em contrário, o 
recurso não tem efeito suspensivo.
b) em regra, a interposição de recurso 
administrativo depende de caução 
prestada pelo requerente.
c) o recurso administrativo tramitará, 
no máximo, por três instâncias 
administrativas, salvo disposição legal 
diversa.
d) entre outros, têm legitimidade para 
interpor recurso administrativo 
as organizações e associações 
representativas, no tocante a direitos e 
interesses coletivos.
e) quando interposto fora do prazo, o 
recurso não será conhecido.
3. O desatendimento, pelo particular, de 
intimação realizada pela Administração 
Pública Federal em processo administrativo
a) não importa o reconhecimento da 
verdade dos fatos, nem a renúncia a 
direito pelo administrado.
b) não importa o reconhecimento da 
verdade dos fatos, mas constitui 
renúncia a direito pelo administrado, se 
se tratar de direito disponível.
c) importa o reconhecimento da verdade 
dos fatos, mas não constitui renúncia 
automática a direito pelo administrado, 
tratando-se de direito indisponível.
d) importa o reconhecimento da verdade 
dos fatos, e a renúncia a direito pelo 
administrado.
e) opera extinção do direito de defesa, por 
opção do próprio particular.
 
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4. Acerca do processo administrativo, no 
âmbito da administração pública federal, é 
correto afirmar que: 
a) são inadmissíveis as provas obtidas por 
meios ilícitos, exceto quando houver 
autorização judicial. 
b) da revisão de processo administrativo, 
não pode resultar agravamento da 
sanção. 
c) a desistência ou renúncia do único 
interessado implica no arquivamento 
do processo. 
d) salvo exigência legal, a interposição 
de recurso administrativo depende de 
caução. 
e) o recurso deve ser dirigido à autoridade 
superior daquela que tenha proferido a 
decisão. 
5. A esposa de um servidor público é 
advogada e fez a defesa administrativa de 
uma empresa autuada pela fiscalização 
do Ministério do Trabalho e Emprego. 
Os honorários que ela pactuou com essa 
empresa, para a realização da defesa, foi 
com base no resultado (contrato de êxito). 
Esse servidor é a autoridade competente 
para apreciar a defesa e julgar a autuação. 
Neste caso esse servidor: 
a) pode dar-se por suspeito se alguém 
arguir sua suspeição. 
b) não está impedido, mas pode dar-se 
por suspeito, por razões de foro íntimo. 
c) deve, necessariamente, dar-se por 
suspeito. 
d) está impedido de atuar no feito. 
e) não está impedido de atuar no feito nem 
obrigado a dar-se por suspeito, ainda 
que alguém argua a sua suspeição. 
6. João pretende fazer um requerimento, de 
seu interesse, junto à unidade da Secretaria 
da Receita Federal do Brasil em sua cidade. 
Conforme o que determina a Lei n. 9.784, 
de 29 de janeiro de 1999, assinale a opção 
que relata a correta conduta. 
a) Tratando-se de uma situação urgente, 
João protocolou seu requerimento 
num domingo, pela manhã, junto ao 
segurança do prédio em que funciona 
a Receita Federal do Brasil em sua 
cidade, conforme a exceção legal para 
as hipóteses de emergência. 
b) O servidor da Receita Federal do Brasil 
negou-se a receber o requerimento 
de João alegando a ausência de 
reconhecimento de sua firma pelo 
cartório competente. 
c) Tendo em mãos os documentos 
originais, João solicitou ao servidor 
da Receita Federal do Brasil que 
autenticasse as cópias que apresentava, 
tendo sido seu pedido deferido. 
d) Após o transcurso de 15 (quinze) dias 
do protocolo de seu pedido, João 
recebeu a intimação para o seu próprio 
comparecimento à sede do órgão 
naquele mesmo dia, com um prazo de 3 
(três) horas para a apresentação. 
e) Tendo comparecido na data, hora e 
local marcados, João alegou a nulidade 
absoluta da intimação. A autoridade 
competente, assim, declarou nulo o 
ato e determinou que a intimação fosse 
realizada novamente. 
7. Considerando o disposto na Lei nº 
9.784/1999, a qual regula o processo 
administrativo, no âmbito da Administração 
Pública Federal, marque a opção incorreta. 
a) as decisões administrativas cabe 
recurso, em face de razões de 
legalidade, legitimidade, mérito e 
discricionariedade. 
b) permitida a avocação temporária 
de competência atribuída a órgão 
hierarquicamente inferior. 
c) Em hipótese alguma os prazos 
processuais serão suspensos, salvo, 
unicamente, motivo de força maior. 
d) Não pode ser objeto de delegação a 
decisão de recursos administrativos. 
e) O recurso administrativo tramitará 
no máximo por três instâncias 
administrativas, nos termos da lei. 
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ATA – Administração Pública – Prof. Cristiano de Souza
8. De acordo com o disposto na Lei nº 
9.784/1999, que regula o processo 
administrativo, no âmbito da Admistração 
Pública Federal, a Administraçãodeve 
anular seus próprios atos e pode revogá-los, 
sendo que 
a) a revogação, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, deve 
respeitar os direitos adquiridos. 
b) a revogação prescinde de motivação. 
c) anulação, quando o ato estiver eivado 
de vício de legalidade, pode ocorrer a 
qualquer tempo. 
d) a anulação prescinde de motivação. 
e) tanto a anulação como a revogação 
estão sujeitas à prescrição decenal, não 
havendo o que cogitar, de eventuais 
direitos adquiridos. 
9. Quanto ao Processo Administrativo, nos 
termos da Lei nº 9.784/1999, marque a 
opção incorreta. 
a) A Administração Pública obedecerá ao 
princípio da segurança jurídica. 
b) É vedada à Administração a recusa 
imotivada de recebimento de 
documento. 
c) O administrado tem direito perante 
a Administração de fazer-se assistir, 
obrigatoriamente, por advogado.
d) O interessado poderá desistir 
totalmente do pedido formulado. 
e) O órgão competente para decidir o 
recurso poderá modificar a decisão 
recorrida. 
10. Quanto aos critérios a serem observados 
no trâmite do processo administrativo da 
administração pública federal, conforme 
disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 
1999, pode-se afirmar corretamente: 
a) em regra, cabe aos administrados o 
pagamento das despesas processuais, 
independente de previsão expressa na 
lei. 
b) os atos praticados no processo 
administrativo são, em regra, sigilosos, 
ressalvadas as hipóteses de divulgação 
oficial previstas na Constituição. 
c) a impulsão do processo administrativo 
compete, primeiramente, aos 
interessados. 
d) nova interpretação dada à norma 
administrativa deve ser aplicada 
a todos os casos sujeitos àquela 
regulamentação, inclusive 
retroativamente. 
e) garantem-se aos administrados, nos 
processos de que possam resultar 
sanções e nas situações de litígio, os 
direitos à comunicação, à apresentação 
de alegações finais, à produção de 
provas e à interposição de recursos. 
11. Em relação aos atos praticados no âmbito 
dos procedi- mentos administrativos que 
se sujeitam à Lei n. 9.784, de 29 de janeiro 
de 1999, analise os itens a seguir e marque 
com V se a assertiva for verdadeira e com 
F se for falsa. Ao final, assinale a opção 
correspondente. 
( ) Os atos do processo administrativo não 
dependem de forma determinada senão 
quando a lei expressamente a exigir. 
( ) A autenticação de documentos exigidos 
em cópia poderá ser feita pelo órgão 
administrativo. 
( ) Os atos do processo podem realizar-
se em quaisquer dias da semana, sem 
restrições de horário. 
( ) A intimação para ciência de 
decisão ou a efetivação de diligências 
quanto a interessados indeterminados, 
desconhecidos ou com domicílio indefinido, 
deve ser efetuada por meio de publicação 
oficial. 
a) V, V, V, V 
b) F, V, F, V 
c) F, F, V, F 
d) V, V, F, V 
e) F, F, F, F 
 
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12. Quanto aos critérios a serem observados 
no trâmite do processo administrativo da 
administração pública federal, conforme 
disposto na Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 
1999, pode-se afirmar corretamente: 
a) em regra, cabe aos administrados o 
pagamento das despesas processuais, 
independente de previsão expressa na 
lei. 
b) os atos praticados no processo 
administrativo são, em regra, sigilosos, 
ressalvadas as hipóteses de divulgação 
oficial previstas na Constituição. 
c) a impulsão do processo administrativo 
compete, primeiramente, aos 
interessados. 
d) nova interpretação dada à norma 
administrativa deve ser aplicada 
a todos os casos sujeitos àquela 
regulamentação, inclusive 
retroativamente. 
e) garantem-se aos administrados, nos 
processos de que possam resultar 
sanções e nas situações de litígio, os 
direitos à comunicação, à apresentação 
de alegações finais, à produção de 
provas e à interposição de recursos. 
13. Em relação aos atos praticados no âmbito 
dos procedimentos administrativos que se 
sujeitam à Lei nº 9.784, de 29 de janeiro 
de 1999, analise os itens a seguir e marque 
com V se a assertiva for verdadeira e com 
F se for falsa. Ao final, assinale a opção 
correspondente.
( ) Os atos do processo administrativo não 
dependem de forma determinada senão 
quando a lei expressamente a exigir. 
( ) A autenticação de documentos exigidos 
em cópia poderá ser feita pelo órgão 
administrativo. 
( ) Os atos do processo podem realizar-
se em quaisquer dias da semana, sem 
restrições de horário. 
( ) A intimação para ciência de 
decisão ou a efetivação de diligências 
quanto a interessados indeterminados, 
desconhecidos ou com domicílio indefinido, 
deve ser efetuada por meio de publicação 
oficial. 
a) V, V, V, V 
b) F, V, F, V 
c) F, F, V, F 
d) V, V, F, V 
e) F, F, F, F 
14. Segundo a Lei nº 9.784/1999, o 
administrado tem os seguintes direitos 
perante a Administração, sem prejuízo de 
outros que lhe sejam assegurados, exceto: 
a) fazer-se assistir, facultativamente, por 
advogado, salvo quando obrigatória a 
representação, por força de lei. 
b) formular alegações e apresentar 
documentos antes da decisão, os quais 
serão objeto de consideração pelo 
órgão competente. 
c) ser tratado com respeito pelas 
autoridades e servidores, que deverão 
facilitar o exercício de seus direitos e o 
cumprimento de suas obrigações. 
d) ter ciência da tramitação dos processos 
administrativos em que tenha a 
condição de interessado, ter vista dos 
autos, obter cópias de documentos 
neles contidos e conhecer as decisões 
proferidas. 
e) ver proferida a decisão em processo 
administrativo de seu interesse em um 
prazo improrrogável de trinta dias. 
15. Sobre a competência, no âmbito do 
processo administrativo na Administração 
Pública Federal, é correto afirmar: 
a) a edição de atos de caráter normativo 
pode ser objeto de delegação. 
b) o ato de delegação é irrevogável. 
c) em qualquer caso, a avocação é 
proibida. 
d) a decisão de recursos administrativos 
não pode ser objeto de delegação. 
e) com a delegação, renuncia-se à 
competência. 
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ATA – Administração Pública – Prof. Cristiano de Souza
16. Sobre o processo administrativo regulado 
pela Lei n. 9.784, de 29.1.1999, é correto 
afirmar que: 
I – a Administração não pode recusar o 
recebimento de documento apresentado 
pelo interessado, salvo se motivar a recusa. 
II – a Administração deve dar regular 
andamento ao processo, sem prejuízo da 
atuação do interessado. 
III – o prazo para que a Administração profira 
a decisão é de trinta dias, prorrogável, 
motivadamente, por igual período, 
contados da data do ingresso do pedido, na 
repartição competente. 
IV – o fato de a autoridade ter interesse 
direto ou indireto na matéria a torna 
suspeita, mas não impedida, para atuar no 
processo respectivo. 
V – é vedada a imposição de obrigações 
ou restrições em medida superior 
ao estritamente necessário para 
atendimento do interesse público. 
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V. 
c) apenas as afirmativas III, IV e V. 
d) apenas as afirmativas I, II e V. 
e) apenas as afirmativas II, III e IV. 
17. Conforme a legislação federal sobre o 
processo administrativo (Lei n.º 9.784/99), 
as sanções a serem aplicadas pela 
autoridade competente: 
a) terão sempre natureza pecuniária. 
b) podem consistir em obrigação de fazer 
ou de não fazer. 
c) serão precedidas, se for o caso, pelo 
direito de defesa. 
d) serão, sempre, obrigações de fazer. 
e) podem ter, excepcionalmente, natureza 
de privação de liberdade. 
18. Com relação ao processo administrativo 
disciplinar, pode-se afirmar que
I. ao servidor indiciado em sindicância deve 
ser assegurado o direito de oferecer defesa 
escrita; 
II. não

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