Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Theo Mota Departamento de Fisiologia e Biofísica Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal de Minas Gerais Organização Geral dos Sistemas Sensoriais O mundo real é diferente do mundo percebido ? �Sensação é a capacidade que os animais apresentam de codificar certos aspectos da energia física e química que os circunda, representando-os como impulsos nervosos capazes de serem “compreendidos” pelos neurônios. �A sensação permite a existência dos sentidos, ou seja, as diferentes modalidades sensoriais que advêm da tradução pelo sistema nervoso das diversas formas de energia existentes no ambiente. �A percepção é um tanto diferente. Trata-se da capacidade de vincular os sentidos a outros aspectos da existência como o comportamento, a memória ou o pensamento. Para que serve a informação sensorial? � Geralmente acreditamos que toda informação sensorial resulte em percepção, tornando-se consciente. �A percepção é apenas uma das consequências da sensação, e nem sempre está inteiramente disponível à nossa consciência, pois é filtrada pelos mecanismos de atenção, emoção, sono e outros. �Mas a informação sensorial tem outras utilidades, além da percepção: � Permite o controle da motricidade � Participa da regulação das funções orgânicas � Contribui para a manutenção da vigília Modalidades e Submodalidades Sensoriais �Somestesia �Visão �Audição �Gustação �Olfato tato, sensibilidade térmica, dor e propriocepção cores, formas, movimento, contraste, etc. tons, timbres, volume, localização espacial do som azedo, salgado, doce, amargo, umami não é possível definir-se submodalidades Onde, Quanto e Por Quanto Tempo Sentimos? �Localização Espacial �Determinação da Intensidade �Determinação da Duração A experiência sensorial, além de permitir identificar o tipo de estímulo que incide sobre nosso corpo, permite também, dentro de certos limites, saber de onde ele se origina, medir a quantidade de energia que ele encerra e por quanto tempo se mantém. Receptores Sensoriais Receptores Sensoriais Potencial Gerador: •Local e graduado •Restrito à célula receptora •Amplitude variável define a intensidade Estímulo mecânico Estímulo químico Estímulo eletromagnético Propriedades dos Receptores Sensoriais Adaptação Sensorial: A amplitude do potencial gerador declina com o tempo, mesmo na presença de um estímulo contínuo e de intensidade constante. Receptores tônicos: Possuem adaptação lenta. Sinalizam estímulos prolongados. Receptores fásicos: Possuem adaptação rápida. Sinalizam estímulos que variam rapidamente no tempo. Circuitos Sensoriais Unidade Sensorial: Fibra aferente + receptores por ela inervados. A estimulação de qualquer receptor ativará a mesma fibra. Campo Receptivo: O conjunto de receptores da mesma unidade define o campo receptivo daquela unidade. Detecção: depende do limiar absoluto (perceptivo) Mensuração: depende do limiar diferencial, que consiste na diferença mínima de intensidade para a diferenciação de dois estímulos Circuitos Sensoriais: Inibição Lateral Poder de Resolução Somestesia Somestesia •Corpúsculo de Merkel: percepção táctil superficial •Corpúsculo de Meissner: percepção táctil superficial •Corpúsculo de Golgi-Mazzoni: percepção táctil de pressões superficiais •Corpúsculo de Vater-Pacini: percepção táctil de pressões mais profundas •Corpúsculo de Krause: percepção térmica do frio •Corpúsculo de Ruffini: percepção térmica do calor •Terminações nervosas livres: percepção da dor Somestesia Tato e Propriocepção Sensibilidade dolorosa e térmica Somestesia adaptação rápida x adaptação lenta Somestesia: Córtex Somatosensorial Sensibilidade Térmica •Corpúsculo de Krause: percepção térmica do frio •Corpúsculo de Ruffini: percepção térmica do calor Resposta Paradoxal Proteínas TRP: Formam canais iônicos sensíveis ao calor Nocicepção Propriocepção Propriocepção Propriocepção Labirinto ósseo e canais semicirculares em um pombo Células Ciliadas Vestibulares Audição: Ondas Sonoras Audição: Ondas Sonoras Audição: Ondas Sonoras Audição: O Ouvido Humano Audição: O Ouvido Humano Audição: A Cóclea Audição: Célula Ciliar Audição: Membrana Basilar Audição: Codificação da Frequência Projeções Auditivas Gustação Gustação Gustação Gustação Olfato Olfato: Transdução Olfativa Olfato: Codificação Olfativa Olfato: Vias Olfativas O olho humano Função das estruturas do Globo Ocular: •Manter a forma e movimentar o globo; • Conduzir a luz até os fotossensores; • Focalizar a imagem sobre os fotorreceptores; • Nutrir, lubrificar e proteger; • Adaptar a diferentes condições de luminosidade; • Reduzir o ofuscamento ; • Processar informações visuais; • Conduzir as infornações para o sistema nervoso central; Visão Miose Pupilar Midríase Pupilar • Focalização de objeto muito próximo • Ambiente muito iluminado • Situações: sono, agonia, fadiga extrema • Focalização de objeto distante • Ambiente pouco iluminado • Situações: despertar, momento da morte, desmaios, fadiga ligeira, cólicas, dores, orgasmo, intoxicação Músculos da Íris Esfíncter Pupilar: fibras circulares parassimpático Músculo Dilatador: fibras radiais simpático Músculos responsáveis pela movimentação do globo ocular MIOPIA HIPERMENTROPIA ASTIGMATISMO Retina Cones x Bastonetes FOTOTRANSDUÇÃO Despolarização Hiperpolarização Espectro da Luz Visível S M LRod FOTORRECEPTORES Camarão Mantis Fotorreceptores na retina da abelha � A distribuição de diferentes tipos de omatídeo na retina é majoritariamente randômica � Omatídeo � Duas exceções são: a “dorsal rim area” (dra) e a “anterior ventral region” (av) Wakakuwa et al. 2005, Spaethe & Briscoe 2005 Fotorreceptores: Visão Tricromática Peitsch et al. 1992 � Assim como os humanos, abelhas possuem visão tricromática: fotorreceptores S,M e L Wavelength UV S Blue M Green L Olho Composto Mota et al. Journal of Neuroscience 2011 Trajetos visuais no cérebro humano Corpo geniculado lateral Radiação óptica Córtex Visual
Compartilhar