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DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Em 1940 o bem jurídico protegido pela dignidade sexual era a virgindade da mulher. O estupro só se caracterizava se a mulher fosse virgem. Atualmente, o bem protegido é liberdade sexual da vítima, homem ou mulher, visto que cada pessoa tem o direito de dispor do próprio corpo como também a plena liberdade de escolha do seu parceiro sexual, para que com ele, de forma consensual, praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso.
ESTUPRO
SUJEITO ATIVO
Qualquer pessoa- crime comum
SUJEITO PASSIVO
Qualquer pessoa- crime comum
OBJETO/BEM JURÍDICO PROTEGIDO
Liberdade sexual da pessoa humana
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. 
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 
§ 2º Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
“constranger alguém” = impossibilitar a liberdade, forçar, coagir.
“mediante violência ou grave ameaça” = violência vis corporalis= física
“conjunção carnal” = introdução do pênis na cavidade vaginal.
“praticar” = a vítima é o sujeito ativo da conjunção.
“permitir que com ele se pratique” = a vítima é o sujeito passivo da conjunção.
“outro ato libidinoso” = são atos diferentes da conjunção carnal, que satisfazem a lascívia. Ex. sexo oral, sexo anal, masturbação, ejaculação, etc.
BEIJO LASCIVO é estupro? 
Se houver violência ou grave ameaça, para a lei, se aproxima do estupro por causa da presença dos elementos necessários para o crime. Mas, para a doutrina majoritária o beijo lascivo não é considerado como tal, sob a perspectiva constitucional da proporcionalidade.
CONTATO FÍSICO
Não se exige o contato físico, basta que haja o constrangimento, englobado da violência ou grave ameaça.
CONSUMAÇÃO 
Modalidade conjunção carnal= se consuma com a introdução do pênis, ainda que incompleta na vagina.
Modalidade ato libidinoso= se consuma com a prática, independente de ejaculação ou satisfação da lascívia.
 MODALIDADE COMISSIVA E OMISSIVA
Comissiva- pratica o crime agindo de alguma forma.
Omissiva imprópria ou comissiva por omissão- quando o sujeito tem o dever legal de agir (garante) e não atuam, respondem pelo mesmo tipo penal.
TENTATIVA
É possível, desde que consiga se fracionar no iter criminis:
Dolo de consumação + início da execução + não consumação por circunstâncias alheias à sua vontade.
ELEMENTO SUBJETIVO
Apenas na modalidade DOLOSA (consciência + vontade).
LESÃO LEVE + ESTUPRO
O crime de lesão é absorvido (princípio da consunção) pelo crime de estupro, quando o dolo é exatamente estuprar.
CONJUNÇÃO CARNAL + ATO LIBIDINOSO
Se cometidos no mesmo contexto com a mesma vítima, configuram crime único, pois houve só um bem jurídico lesado, e um só constrangimento e dolo.
	REVISÃO
Princípio da Especialidade= a norma especial prevalece a geral. Ex. matar alguém= homicídio; mãe mata filho no puerperal= infanticídio.
Princípio da Subsidiariedade= só se configura na possibilidade de o crime não constituir um crime mais grave.
Princípio da Alternatividade= prática de vários crimes que se concentra em uma pena exasperada.
Princípio da Consunção= o crime meio é absorvido pelo crime fim:
-crime progressivo: para chegar à finalidade, é necessário praticar outros crimes menos gravosos obrigatórios.
-progressão criminosa: o dolo é alterado no momento da conduta para um mais gravoso.
Ante fato impunível= os atos praticados antes da execução (iter criminis) são impuníveis, salvo se na preparação o sujeito possa ser responsabilizado penalmente por um crime autônomo (ex. compra de uma arma de fogo para cometer o homicídio planejado).
Pós fato impunível= os fatos que ocorrem após o delito são impuníveis pelo exaurimento.
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR- ART. 214 (REVOGADO)
Houve abolitio criminis do atentado violento ao pudor?
Não. O que houve foi a chamada continuação típico-normativa do art. 214, o qual foi formalmente revogado e sua matéria passou a compor o art. 213.
VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 
Exemplos de violação mediante fraude:
- namorada que confunde o irmão gêmeo e ele consente no ato sexual mesmo sabendo que ela se encontra enganada.
- contrata serviços de prostituta e não paga o serviço.
- Nunes no avião praticando ato libidinoso na passageira ( dificultou sua livre manifestação de vontade).
ELEMENTOS OBJETIVOS:
“ter”- obter ou conseguir conjunção carnal
“praticar” executar outro ato libidinoso
“mediante fraude”- manobra, engano.
“outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade”
Vítima que percebe o erro durante a prática do ato sexual:
- O consentimento exclui a ilicitude (consentimento do ofendido) do crime, deixando assim de existir.
- Caso não concorde com o ato e o sujeito se valha de violência ou grave ameaça, caberá o crime de estupro, na modalidade progressão criminosa. Crime único, princípio da consunção.
ART. 216-A – ASSÉDIO SEXUAL
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
§ 2º A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.
“constranger alguém” – o crime se consuma pelo simples constrangimento. É sempre vinculado ao exercício da função desempenhada.
 SUPERIROR HIERÁRQUICO X ASCENDÊNCIA
 Nas relações de D. Público Nas relações de D. Privado
 Ex. Reitor com professor Ex. coordenador FASA com 
 Prefeito com secretária	 professor.
 É um crime formal, de consumação antecipada.
 É admissível TENTATIVA, desde que possa se fracionar no iter criminis.
RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO
P/ doutrina não há assédio, pois n existe ascendência/hierarquia entre ambos.
RELAÇÃO ENTRE EMPREGADOR X EMPREGADA DOMÉSTICA
Para o STJ é possível o assédio, pois existe hierarquia/ascendência.
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL
ART. 217-A ESTUPRO DE VULNERÁVEL
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 
§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 
É CRIME HEDIONDO, ATÉ MESMO NA MODALIDADE SIMPLES.
SUJEITO ATIVO
Crime comum- qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO
Crime próprio- menor de 14 anos; enfermos; doente mental; quem não possa oferecer resistência (pessoa embriagada).
CONSENTIMENTO DA VÍTIMA
O consentimento NÃO EXCLUI a ilicitude, pois, apesar da liberdade sexual ser um bem disponível, a vítima não possui discernimento mental para a prática do ato sexual.
Para exclusão da ilicitude, o bem jurídico deve ser disponível,ter consentimento prévio e inequívoco da vítima e a mesma ter discernimento mental.
EXCEÇÃO “ROMEU E JULIETA” (TJGO e TJSP)
É cabível a exclusão de ilicitude, quando a diferença de idade entre as pessoas não forem muito distante. É uma situação de poder se relativizar a vulnerabilidade absoluta no caso concreto.
ELEMENTO SUBJETIVO
É extremamente doloso. Não é cabível modalidade culposa.
Ex. Tadeu conhece uma moça na casa noturna e com ela sai para manter relações sexuais no motel. No dia seguinte, descobre a moça tinha 12 anos. Não há modalidade culposa nesse tipo penal. João será responsabilizado? 
Resposta: Não, pois houve erro de tipo.
PEDOFILIA
É um transtorno psicológico que faz com que a pessoa sinta desejos por pessoas novas, crianças.
O pedófilo não poderá ser preso, devendo ser levado para tratamento em hospital de custódia. Sua responsabilidade recai sobre medida de segurança.
PRESCRIÇÃO
Em regra, a prescrição começa a correr da data da consumação. Porém, na corrupção de menores, o prazo prescricional começa a ser contado do dia em que a vítima completar 18 anos de idade, salvo se a esse tempo já tiver sido proposta ação penal.
Obs. São reduzidos de metade os prazos de prescrição se o criminoso era, no tempo do crime menor de 21 anos, ou na data da sentença maior de 70 anos.
ART. 218 – CORRUPÇÃO DE MENORES
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena: reclusão- 2 a 5 anos.
	MENOR 14
	
 PROXENETA	VOYER
Sempre haverá uma RELAÇÃO TRIANGULAR entre o menor, proxeneta e o voyer.
Proxeneta ou Lenão = quem induz o menor a satisfazer 3º.
Voyer = beneficiário – só observa, não pratica nenhum ato sexual.
não há nenhuma prática de relação sexual. São atividades luxuriosas, sensuais ou eróticas. Ex. ensaio nu, stripper.
CONSUMAÇÃO
É crime material. O crime só se consuma quando o menor aquiesce e vai até o local onde será praticado o ato. Portanto, quando o menor não aceita, caberá a TENTATIVA. 
SUJEITO ATIVO 
Crime comum, praticado pelo Proxeneta ou Lenão.
SUJEITO PASSIVO
Menor de 14 anos. 
Por não ter previsão típico-normativa, o voyer não tem responsabilidade penal no crime de corrupção de menores.
VÍTIMA QUE RECEBE CONTRAPRESTAÇÃO
Quando a vítima que recebe contraprestação (financeira ou não), o tipo penal passa a ser Favorecimento à Prostituição. 
SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE – art. 218-A
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:
Pena: reclusão, de 2 a 4 anos.
SUJEITO ATIVO
Qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO
Menor de 14 anos. A criança possui comportamento passivo. Apenas observa.
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU DE VULNERÁVEL- art. 218-B
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. 
§ 1º Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 
§ 2º Incorre nas mesmas penas: 
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; 
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. 
§ 3º Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação à cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. 
 PROSTITUIÇÃO ≠ OUTRAS FORMAS DE EXPLORAÇÃO
Manter relações sexuais Manter relações sem valor pecuniário
Sempre esperando uma 	 sempre em troca de comida, favores, etc.
Contraprestação.
SUJEITO ATIVO
Qualquer pessoa. Figura do proxeneta.
SUJEITO PASSIVO
Menor de 18 e maior de 14, enfermo ou deficiente mental.
OBJETO MATERIAL
Pessoa menor de 18 e maior de 14, enferma ou deficiente mental inserida em qualquer forma de exploração sexual.
OBSERVAÇÃO
A contratação dos serviços sexuais, direto com a prostituta maior de 14 anos não é crime.
Quem contrata a prostituta, sabendo que será explorada sexualmente (pelo cafetão/proxeneta): Se for maior de 14 e menor de 18, quem responde é somente o proxeneta. Se for menor de 14 anos, respondem por estupro de vulnerável.
AÇÃO PENAL
Aos Crimes contra a Dignidade Sexual (Estupro, Violação sexual mediante fraude e Assédio sexual) e aos Crimes contra Vulnerável (Estupro de vulnerável, Corrupção de menores, Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente e Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável) aplica-se AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO. Entretanto, se se tratando de menores de 18 anos ou vulneráveis (menor de 14 anos, deficiente mental e incapaz de oferecer resistência), a ação é PÚBLICA INCONDICIONADA. 
Obs. O INFO 553 STJ diz que, para a ação penal contra os vulneráveis ser incondicionada, a vulnerabilidade deve ser permanente, como os deficientes mentais e os menores de 14 anos. Se for uma vulnerabilidade temporária como exemplo a embriaguez ou que cessa no dia seguinte, a AÇÃO é PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO.
AUMENTO DE PENA – 226 
A pena é aumentada: 
I – de quarta parte, se o crime é cometido em concurso de 2 ou mais pessoas;
II – de metade, se cometido por ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela.
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL
MEDIAÇÃO PARA SERVIR A LASCÍVIA DE OUTREM
Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem. Tem a figura do proxeneta, da vítima e do beneficiário, que não precisa ser o voyer.
Pena. 1 a 3 anos.
SUJEITO ATIVO
Proxeneta ou Lenão.
SUJEITO PASSIVO
Vítima deve ser necessariamente maior de 14 anos, pois caso a vítima fosse menor de 14 anos, seria Corrupção de menores.
Se a vítima é maior de 14 e menor de 18 OU o agente for seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda, a pena é de reclusão – 2 a 5 anos.
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL
Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém abandone:
Pena. Reclusão – 2 a 5 anos.
SUJEITO PASSIVO
Maiores de 18 anos.
CASA DE PROSTITUIÇÃO
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
SUJEITO ATIVO
Crime comum, qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO
Vítima e/ou crime vago. Crime formal, o sujeito é o Estado, a coletividade.
CONSUMAÇÃO
Trata-se de crime habitual, que se consuma com a prática reiterada do ato, portanto, apenas uma inauguração gera consumação.
TENTATIVA – crime habitual é insuscetível de tentativa.
RUFIANISMO ART. 230
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptorou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 2º Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.
RUFIÃO é aquela pessoa sustentada pela prostituição alheia, que participa diretamente dos seus lucros.
Diferença entre o proxeneta e o rufião:
Proxeneta: nem sempre tem lucros, e quando tem é esporádico.
Rufião: o seu lucro é habitual, sempre terá.
ART. 231 E 231-A TRÁFICO DE PESSOAS PARA O FIM DE EXPLORAÇÃO SEXUAL (REVOGADO)
Abolitio criminis ou Continuidade típico-normativa?
Os artigos sofreram uma continuidade típico- normativa, passando a integral o art. 149-A do CP, porém o tráfico de pessoas passou a ser gênero e a exploração sexual uma espécie.
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR
ATO OBSCENO – ART. 233
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
SUJEITO ATIVO
Crime comum, qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO
Quem se ofendeu + a sociedade.
TIPOS DE LOCAL
-Público= é acessível incondicionalmente a qualquer pessoa.
-Aberto ao público= é acessível à todos, mas com restrições, como pecúnia ou por meio de horário.
-Exposto ao público= é um local privado, mas que dependendo da localização fica visível ao público.
CONSUMAÇÃO
O crime irá se consumar com a simples prática do ato, ainda que ninguém tenha visto ou os observadores não se sintam ofendidos.
ESCRITO OU OBJETO OBSCENO – ART. 234
Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:
I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo;
II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter;
III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.
É uma manifestação penal simbólica. Princípio da secularização.
Não há adequação social ao fato.
DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
CRIMES CONTRA O CASAMENTO
ART. 235 – BIGAMIA
É quando alguém, sendo casado, contrai novo casamento.
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos.
§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.
Inclui união estável?
Não, devido o princípio da estrita legalidade.
SUJEITO ATIVO
Há quem diga que é comum e quem diga que é próprio.
SUJEITO PASSIVO
Primário- sociedade + contraente enganado.
Secundário- esposa enganada.
Se a contraente sabia do 1º casamento, ela concorre conjuntamente para o crime de Bigamia.
CONSUMAÇÃO
Após a manifestação de vontade, quando há uma declaração formal do juiz de paz.
FALSIDADE IDEOLÓGICA + BIGAMIA
A falsidade é absorvida pelo crime de bigamia, devido o princípio da consunção.
PRESCRIÇÃO
O prazo prescricional começa a correr a partir do conhecimento do juiz, delgado, MP.

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