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REPLICAÇÃO VIRAL Viviane Morais Doutoranda em Medicina Tropical Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências da Saúde Disciplina de Virologia Estrutura dos vírus Ácido nucléico (DNA ou RNA) Capsídeo: capa proteica Envelope: membrana lipoprotéica Não possuem núcleo, citoplasma, mitocôndria ou ribossomos Parasitas intracelulares obrigatórios Conceitos Básicos Replicação Síntese de moléculas de ácido nucléico Processo de multiplicação dos vírus Tropismo Predileção do vírus para infectar alguns tecidos do hospedeiro e outros não (vírus neurotrópico) Pantrópicos Pode ser determinado: susceptibilidade e permissividade Susceptibilidade Presença natural de receptores na superfície celular que são reconhecidos pelas proteínas virais Permissividade Capacidade de uma célula replicar o genoma viral e montar partículas virais infecciosas Replicação Viral Adsorção/ligação/fixação Penetração Desnudamento/decapsidação Biossíntese de macromoléculas Transcrição, tradução e replicação do genoma Maturação/montagem e liberação das partículas virais REPLICAÇAO REPLICAÇÃO DOS COMPONENTES VIRAIS Síntese das proteínas Replicação do RNA viral Replicação do DNA viral adsorção maturação liberação Síntese das proteínas penetração desnudamento ADSORÇÃO Adsorção As proteínas na superfície do vírus ligam-se as proteínas receptoras especificas na superfície celular por ligações fracas não covalentes Proteínas celulares que são reconhecidas pelas espículas virais são denominadas receptores Não envelopados: proteínas do capsídeo Os receptores das células animais são proteínas ou glicoproteínas da membrana plasmática O aspecto mais importante dos receptores celulares para os vírus animais é o fato de que a infecção é determinada pela habilidade dos vírus se ligarem as determinados tipos de células, demonstrando a especificidade estrutural da adsorção dos vírus as células Adsorção Alguns vírus podem ter receptores em quase todos os tecidos Vírus do sarampo: pode infectar células epiteliais, do pulmão, etc Os outros vírus, como o HIV é mais restrito Infecta células contendo CD4, como os linfócitos e macrófagos Vírus influenza adsorvido à célula epitelial ciliar Vírus não envelopado Adsorção Vírus envelopado PENETRAÇÃO Penetração Transferência do genoma para dentro da célula Durante a adsorção, mudanças conformacionais nas proteínas virais e receptores celulares permitem a entrada do genoma viral ou nucleocapsídeo na célula Penetração Vírus não envelopado Translocação Endocitose Vírus envelopado Endocitose Fusão Desnudamento Separação do ácido nucléico de sua cobertura proteica (ou remoção do capsídeo viral) Baixo pH Ação de enzimas lisossomais que existem dentro do vacúolo fagocítico Vírus completam o desnudamento Enzimas codificadas pelo genoma viral sintetizada imediatamente após a infecção Poxvírus – varíola e varicela Vírus não envelopados Por translocação Por endocitose Vírus envelopados Penetração por fusão Penetração por endocitose Penetração e desnudamento de vírus não envelopado BIOSSÍNTESE DE MACROMOLÉCULAS Biossíntese de macromoléculas Primeiro passo na expressão gênica Síntese de mRNA Os ácidos nucleicos virais codificam para várias proteínas Sintetizadas em uma ordem temporal Proteínas iniciais Antes da replicação Não estruturais: enzimas que atuam na própria transcrição e replicação do ácido nucleico viral Proteínas tardias Depois da replicação Proteínas estruturais e do capsídeo Classificação de Baltimore Virologista americano David Baltimore Nobel de medicina em 1975: descoberta dos retrovírus (HIV, HTLV) e da transcriptase reversa Esquema de classificação que se baseia principalmente na relação entre o genoma viral e seu mRNA O sistema de Baltimore classifica os vírus em 7 classes de acordo com a descrição do genoma e sua estratégia de replicação Classe Característica Estratégia I DNA fita dupla Enzimas das células transcreve o DNA viral no núcleo em mRNA II DNA fita simples Antes do mRNA ser produzido é necessário que uma fita complementar de DNA seja sintetizada, uma vez que a DNA polimerase reconhece apenas moléculas de DNA de fita dupla III RNA de fita dupla Enzimas virais copiam a fita negativa de RNA viral para fazer o mRNA. A célula não possui enzimas capazes de transcrever o RNA em mRNA, portanto, o vírus possui sua própria polimerase IV RNA de fita simples e polaridade positiva O RNA viral atua diretamente como mRNA. O RNA genômico serve como mRNA, pois possuem a mesma sequência de bases V RNA fita simples com polaridade negativa A fita complementar do RNA genômico será utilizada como mRNA. O RNA genômico é complementar ao RNA que é traduzido, o mRNA deve ser transcrito usando a fita negativa como molde VI RNA de fita simples, transcriptase reversa É transcrito em DNA de fita dupla pela transcriptase reversa. Posteriormente o DNA é transcrito em mRNA viral VII DNA de fita dupla, transcriptase reversa A transcriptase reversa copia o mRNA para sintetizar o DNA viral Os genomas virais devem produzir mRNA que pode ser lido pelos ribossomos das células hospedeiras MATURAÇÃO E LIBERAÇÃO Maturação e Liberação O ácido nucléico e o capsídeo proteico devem ser unidos para formar a partícula viral Liberação de vírus não envelopados Por meio de rupturas na membrana celular, geralmente causando morte da célula hospedeira Liberação de vírus envelopados O capsídeo vai empurrando a membrana plasmática, dessa forma, uma parte da membrana torna-se o envelope do vírus Esse processo é chamado de brotamento e geralmente não causa morte celular Maturação intracelular e liberação dos vírus sem envelope Vírus já sai pronto do citoplasma (RNA) ou núcleo (DNA) sendo liberados quando ocorre a destruição das células infectadas Maturação intracitoplasmática de vírus envelopados por brotamento Membranas celulares (RER, Golgi e MP) contendo as glicoproteínas virais inseridas darão origem ao envelope Processo de aquisição do envelope: nucleocapsídeo brota para o interior das membranas celulares Liberação por exocitose (sem lise celular) Replicação leva a lise celular Brotamento de vírus envelopado REPLICAÇÃO DO HIV Replicação do HIV Desnudamento do HIV no citoplasma e integração no núcleo na forma de provírus Replicação do genoma viral Partícula do HIV PENETRAÇÃO DO HIV NO LINFÓCITO ( CD4 ) FUSÃO DO HIV DESNUDAMENTO DO HIV BROTAMENTO DO HIV BROTAMENTO DO HIV BROTAMENTO DO HIV LIBERAÇÃO DO HIV Linfócito infectado pelo HIV CICLO LÍTICO E LISOGÊNICO Ciclo lisogênico Alguns vírus podem usar uma rota alternativa O DNA viral integra-se ao cromossomo da célula hospedeira e não há produção de partículas virais Síntese de toxina bacterianas Toxinas da difteria, do cólera, do botulismo e a toxina eritrogênica Codificadas por um gene do bacteriófago integrado (profago) Infecção latente Vírus do herpes simples Tem DNA de fita dupla no qual facilita a integração do genoma viral no genoma celular Quando ativados por frio, febre, estresse ou imunossupressão eles apresentam um ciclo lítico Podem permanecer latentes no interior da célula do hospedeiro por toda a vida do indivíduo Quando um vírus infecta uma célula e não há produção de partículas virais infecciosas OBRIGADA!!!
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