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Exame físico da urina Volume O volume urinário, em condições normais, depende principalmente da quantidade de resíduos que o rim necessita eliminar, existindo estreita relação entre a densidade e o volume da urina, que, em função da capacidade renal, precisará de maior ou menor quantidade de liquido para a excreção de matérias dissolvidas, responsáveis pela densidade. • Em geral, a quantidade de urina eliminada nas 24 horas equivale aproximadamente a 18,5ml por quilo de peso corporal, variando de 800 a 1500ml. Em crianças de idade entre 2 e 5 anos, a excreção em relação ao peso é cerca de 40ml. • Normalmente, 2/3 da urina são eliminados durante o dia e 1/3 durante a noite. Fala-se em nictúria, quando há inversão dessa proporcionalidade. • Quando o volume de urina emitido é inferior a 400ml por 1,73 m² de superfície corporal, nas 24 horas, temos a oligúria (Insuficiência renal). • Na vigência de uma anúria, o volume urinário não ultrapassa a 100ml, para o mesmo tempo e superfície corporal. Nós temos a poliúria quando a emissão ultrapassa os 2000ml para o mesmo tempo e superfície corporal. Pode ser fisiológica em decorrência de uma ingestão abundante de líquidos; iatrogênica, consequente ao uso de diuréticos; ou psicogênica, originada pela compulsão de beber líquido, preferentemente água (polidipsia). A medida do volume urinário apresenta interesse maior, somente quando tomada do volume total, emitido nas 24 horas, em função de dosagem, ou na verificação de nictúrias, poliúrias e oligúrias. Mede-se o volume urinário em cálices ou provetas graduadas. Coloração (Cor) • A coloração da urina varia, desde a quase ausência de cor até o negro. Essas variações podem ser devidas a funções metabólicas normais, atividade física, substâncias ingeridas ou doenças. • Coloração normal da urina. As descrições mais comuns são: amarelo claro, amarelo, amarelo citrino e âmbar. • Coloração anormal da urina. As colorações anormais são tão numerosas quanto suas causas. Todavia, certas cores são observadas com mais frequência e têm maior significado clínico que outras: vermelha (hemácias/hemoglobina), laranja (bilirrubina aumentada), verde (Pseudomonas ou medicamentosa). Numa tentativa de padronizar os resultados dos exames de urina quanto a cor, temos uma escala de cores como guia: AMARELO CITRINO • Amarelo pálido - Amarelo esverdeado • Amarelo claro - Amarelo Azulado • Amarelo âmbar - Vermelho amarelado • Amarelo ouro - Vermelho pardo • Amarelo avermelhado - Pardo avermelhado • Amarelo escuro - Preto pardo COR POSSÍVEIS CAUSAS Amarelo-claro a amarelo normal Incolor Muito diluída Amarelo escuro Muito concentrada, bilirrubinúria Vermelha a vermelho-amarronzada Hematúria, hemoglobinúria, mioglobinúria Marrom-avermelhada a marrom mioglobinúria, hemoglobinúria, meta- hemoglobina Esverdeada bilirrubinúria , medicamentosa... Cor e Causas Amostras de urina - diferentes colorações e aspectos Aspecto (Aparência) • É um termo geral que se refere à transparência da amostra de urina: transparente, opaca, semi-turva, turva, muito turva e leitosa. Normalmente se resume em límpida, semi-turva e turva. • O aspecto da urina normal e recentemente emitida é límpido. Decorridas algumas horas à emissão, a turvação da urina perde seu significado diagnóstico. Quando a urina é alcalina, em geral há precipitação dos fosfatos alcalino-terrosos normalmente excretados. As cistites, prostatites, pielonefrites e a retenção urinária podem ocasionar a turvação da urina na própria bexiga, pela presença de bactérias, sangue, pus ou sais minerais. Estados febris frequentemente condicionam o aparecimento de abundante sedimento róseo de uratos, precipitados rapidamente pelo resfriamento da urina após sua emissão. Matérias gordurosas, células de descamação, muco e hemácias constituem outros elementos que podem ser os causadores da turvação da urina, normalmente identificado na maioria dos casos pelo exame microscópico do sedimento. Depósito O depósito acha-se em estreita relação com o aspecto da urina, uma vez que o mesmo é formado por elementos dissolvidos ou em suspensão, os quais aparecem pela precipitação, ou são constituídos por elementos figurados, como células de descamação, piócitos, bactérias ou hemácias. Esses elementos depositando-se no fundo do recipiente que condiciona a urina, serão classificados, de acordo com a sua quantidade, em: ausente, escasso, moderado, abundante ou acentuado. Densidade A capacidade renal de reabsorver seletivamente substâncias químicas essenciais e água a partir do filtrado glomerular é uma das funções mais importantes do organismo. O complexo processo de reabsorção muitas vezes é a primeira função renal a se tornar deficiente; por isso, a avaliação da capacidade de reabsorção renal é um componente necessário do exame de urina tipo . Essa avaliação é feita medindo-se a densidade da amostra, o que também detectará uma possível desidratação ou anormalidade do hormônio antidiurético, podendo usar essa verificação para determinar se a concentração da amostra é suficiente para garantir a precisão das análises bioquímicas. A densidade urinaria é definida em comparação com a densidade de mesmo volume de água destilada e na mesma temperatura. Como a urina, na realidade, é água que contém substâncias químicas em dissolução, a densidade urinária é uma medida da densidade das substâncias químicas dissolvidas na amostra. Portanto, a densidade fornece informações preliminares importantes e pode ser facilmente determinada com o uso do urodensímetro, refratômetro ou tiras reativas. OBRIGADA
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