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CONTESTAÇÃO 9

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRBALHO UF.
Processo nº: XXXX
BANCO CONFIANÇA, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, representada neste ato por seu sócio proprietário, vem, por seus procuradores in fine firmados, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência apresentar sua CONTESTAÇÃO A presente AÇÃO TRABALHISTA, intentada por PAULO, também qualificado, pelos motivos de fato e de direito abaixo aduzidos que passa a expor.
SÍNTESE DOS FATOS EXORDIAL Conforme narrado na inicial foi o reclamante admitindo para trabalhar na empresa, com o cargo de gerente-geral, desde 2010, sendo promovido pela parte reclamada e passou a receber o dobro de seu salário anterior. O reclamado realizou o seu MBA em finanças, investindo na capacitação do reclamante em um total de R$ 30.000,00 (trinta mil) reais, estipulando apenas um contrato com clausula de permanência por 2 (dois) anos após o termino do curso, sob pena de ressarcimento integral caso o reclamante viesse a pedir sua demissão. O reclamante pediu seu desligamento da empresa 6 (seis) meses antes do período da sua especialização profissional. A reclamada lhe pagou tudo corretamente, as parcelas decorrentes da extinção do contrato de trabalho, no entanto, foram questionadas quanto ao pagamento de inúmeras horas extras prestadas desde 2010 até o fim do lapso contratual.
PRELIMINAR
2.1 DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO O reclamante ajuizou a ação no dia 25/01/2017, por meio de seu advogado, conforme consta na inicial. No entanto, não juntou aos autos a procuração do patrono. Já que o reclamante optou por ser representado na reclamação trabalhista, deve-se ressaltar a obrigação de juntar o instrumento de mandato nos autos, em observância ao que dispõe o art. 104 do Novo Código de Processo Civil.
Art. 104º – O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. No caso em tela, pode-se suscitar a prescrição parcial. Mas, mesmo assim, a procuração deve ser exibida no prazo de 15 (quinze) dias prorrogável por igual período, como aduz o art. 104, § 1º do Novo Código Processo Civil.
Art. 104º - O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. § 1º - Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual ou período por despacho do juiz.
Não sendo cumpridas estas determinações, é cabível a extinção do feito sem resolução de mérito, por defeito de representação e, portanto, ausência de pressupostos de constituição válida e regular do processo, nos termos do art. 76 º, §1 º, I, combinado com os arts 337 º, IX, e 485 º, IV do Novo Código de Processo Civil. Sendo assim, requer o reclamado a extinção do processo sem resolução de mérito.
DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL Caso não seja deferida a extinção do processo sem resolução de mérito, tendo em vista que a presente reclamatória foi ajuizada em 25.01.2017, cabe arguir a prescrição quinquenal parcial da pretensão do reclamante, observando a extinção do contrato de trabalho, com base no art. 7 º, XXIX da CF/88 e art. 11 º, I da CLT.
ART 11º - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve:
I – Em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após extinção do contrato. 
Sendo aclarados pela Súmula 308, I do Superior Tribunal do Trabalho, onde respeitado o biênio subsequente a cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. Portando, devem ser consideradas prescritas as parcelas relativas ao período laborado anterior a 25.01.2012.
MÉRITO
3.1 DO CONTRATO DE TRABALHO Paulo ocupou o cargo de gerente-geral do Banco Confiança desde 2010, passando a receber o dobro do seu salário anterior. Pediu demissão seis meses após o termino de sua especialização profissional, pagando corretamente as parcelas decorrentes da extinção do contrato. DAS HORAS EXTRAS O reclamante exercia o cargo de gerente-geral do Banco Confiança. Postula, na inicial, o pagamento de horas extras prestadas desde o ano de 2010.Ocorre que são indevidas as horas extras quando o empregador exerce cargo de gestão e recebe o dobro, conforme art. 62, II da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, ao interpretar que ao gerente-geral de agencia bancaria presume-se o exercício de cargo de gestão, aplicando-se lhe o que prescreve o art. 62 da CLT, não cabendo, assim, o pagamento de horas extraordinárias. Portanto, ao reclamante não é devido o pagamento de horas extras, por exercer um cargo de gestão na qualidade de gerente-geral, tampouco são devidos os reflexos de tais horas extras. REQUERIMENTOS FINAIS
Diante do acima exposto, requer:
Seja julgada improcedência a presente ação
O acolhimento da preliminar do defeito de representação, para extinguir o feito sem resolução de mérito.
Caso assim não entenda, requer que seja colhido o pedido da prejudicial de prescrição quinquenal
Que o reclamado seja condenado ao pagamento das custas processuais demais cominações legais conferidas à presente causa. Protestar-se provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitido, especialmente pelo depoimento pessoal do reclamado, nos termos da súmula 74 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, bem como oitiva de testemunhas, perícias e o que mais se fizer necessário ao justo deslinde do feito.
 Pede deferimento LOCAL/data ADVOGADO
 OAB/SC N.___

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