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Caderno Arte e Direito - Daniel Nicory 2017.2

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1 Fernanda Braga 
Arte e Direito 
Relações entre Direito e Arte 
1. Direito da Arte 
- Direitos Autorais 
- Responsabilidade Civil 
2. Direito na Arte 
- O Caso das Exploradores de Caverna 
- Expressões de arte que falam sobre o Direito 
3. Direito como Arte 
- Comunicação 
- Linguagem 
- Cultura 
- Interpretação (dependem dela para construção do sentido) 
- Retórica 
- Narrativa 
 
Poética Aristotélica 
O conceito de arte do tempo de Aristóteles era um pouco diferente do conceito atual. 
Para ele, a arte é a imitação da vida. Há uma forte presença da verossimilhança, ou seja, as coisas são feitas de 
maneira semelhante à realidade. De forma que não dependa só da nossa realidade, mas precisa estar conectada 
de algum jeito à realidade. 
1. Poesia X História 
A poesia se difere da história por uma simples característica. A história trata acerca do real, e a poesia, acerca 
do possível. 
Aristóteles, ao falar sobre arte, foca na dramaturgia, grande forma de arte de sua época. E, nesse contexto, 
divide a dramaturgia em duas categorias: a tragédia e a comédia. Na tragédia, os homens são imitados 
melhores do que eles são na realidade. Na comédia, os homens são imitados piores do que eles são na 
realidade. 
2. Conceitos Fundamentais da “Poética”: 
▪ Mythos: Significa uma história que explica um mistério. E, para Aristóteles, é a organização dos fatos em 
um enredo (início, meio e fim – porém não é necessário que seja nessa ordem). Ou seja, é a sucessão dos 
fatos segundo o necessário ou o provável em relação à realidade. Também é o que controla a duração 
razoável do enredo. Essa forma de organização é bem importante, tudo precisa ser bem explicado. 
 
2 Fernanda Braga 
 
▪ Mimesis: É a representação, imitação, “como se”. É quando o ator deixa de ser ele mesmo e passa a ser seu 
personagem. Mas, o que difere a ficção da mentira? A ficção lhe faz acreditar, ou seja, não é um mero 
engano, ela trata uma situação como se fosse outra para uma determinada finalidade. Enquanto a mentira 
não faz isso. E qual seria a função da arte? Qual a sua finalidade? Se falamos em século XX/XXI, com certeza 
a resposta é o entretenimento. Mas na época de Aristóteles, a arte tinha a finalidade de provocar a 
Katharsis no público. 
 
▪ Katharsis: É a purificação espiritual. Era a finalidade da arte no tempo aristotélico. Na tragédia, essa 
purificação acontecia pela compaixão e pelo temor. Na comédia, acontecia através da simpatia e do riso. 
Mas como causar isso no público, seja na tragédia ou na comédia? Causava-se isso no público através de 3 
maneiras: a peripécia, a descoberta e o patético. A peripécia é a reviravolta, a mudança da sorte da 
personagem. A descoberta é o reconhecimento, a revelação de um fato e/ou qualidade oculta da 
personagem (pode ser oculta tanto para a personagem quanto para o leitor, ou apenas para a personagem). 
E o patético é o sofrimento em si mesmo. Às vezes também pode acontecer a desmedida (hubris), que é a 
soberba, a arrogância. A desmedida é quando alguém crê que pode fazer algo que não pode, como desafiar 
os deuses, por exemplo. 
 
3. Modos da Imitação (Northop Frye): 
A tragédia e a comédia possuem relações diferentes quanto à sociedade. A tragédia trata do isolamento da 
sociedade, e a comédia, da inclusão da sociedade. 
Nos seguintes modos da imitação, segundo Northop Frye, nem todas as personagens precisam se encaixar 
no mesmo modo, apenas uma ou algumas, para que a obra seja encaixada em algum modo. 
a) Modo Mítico: As personagens têm poderes superiores em grau e em natureza aos homens e à natureza. 
Como, por exemplo, os deuses. 
b) Modo Maravilhoso: As personagens têm poderes superiores em grau e em natureza aos homens. Game 
of Thrones se encaixa nesse modo, e uma personagem que está no modo maravilhoso é Daenerys. 
c) Modo Mimético Alto: Também pode ser chamado de Modo Mimético Elevado. As personagens têm 
poderes superiores em grau aos homens comuns. O exemplo desse modo são os grandes líderes, como 
Cersei e Jon Snow. 
d) Modo Mimético Baixo: As personagens têm poderes comparáveis aos homens comuns. Sansa e Little 
Finger são exemplos desse modo. 
e) Modo Irônico: As personagens têm poderes inferiores aos homens comuns. No mundo de Game of 
Thrones, Hodor se encaixa nesse modo. 
No mundo do Direito, acontece a utilização do modo maravilhoso às vezes, como o exemplo do uso de cartas 
psicografadas em processos judiciais. 
E não se deve esquecer da diferença existente entre modo maravilhoso e modo fantástico. No modo 
maravilhoso, há a certeza sobre o sobrenatural. No modo fantástico, há a incerteza sobre o sobrenatural. 
 
 
 
3 Fernanda Braga 
O Direito na Arte 
1. Contar a Lei (François Ost): 
François Ost trabalhava com essa concepção literária da bíblia, tendo como referência o antigo 
testamento. 
Antígona  Direito Divino (imposto) X Direito 
Vê como obrigação o pregar a palavra de Deus. Leva como deveres os 10 mandamentos. Direitos: alcançar 
a terra prometida. Tudo isso, para Ost, é um pacto, um tipo de contrato. Dessa forma, identifica a origem 
do Direito. 
2. A Luta pelo Direito (Rudolph Von Ihering): 
▪ Direito Objetivo: Conjunto que estabelece direitos e obrigações entre as pessoas (ordenamento). 
▪ Direito Subjetivo: Conjunto que estabelece direitos entre as pessoas em face ao direito objetivo (direito 
em relação a alguém). 
“Direito pré-jurídico: liberdade”  Polêmico, mas faz sentido. 
No século XIX, acreditavam que, independentemente da eficácia, existiria o Direito. Segundo o autor, para 
manter a validade da norma, é necessário o mínimo de eficácia. 
3. Metáfora Bíblica: 
Ihering pede que imaginemos dois exércitos: Exército do Direito X Exército da Justiça. O exército da justiça 
luta pelo próprio direito, contribui para preservação de todo o Direito de toda a sociedade. 
4. Mercador de Veneza: 
Obra escrita por Shakespeare, que era inglês e dramaturgo. 
4º ato da peça: Jovem Bassanio, quer se casar com Portia. Tinha a obrigação de dote do jovem para a 
noiva, porém não tinha o dinheiro. Bassanio recorre ao amigo Antonio (Mercador de Veneza), mas suas 
mercadorias ainda não tinham chegado. Assim, recorreu a Shylock (agiota e possuía posição social 
ambígua por sua atividade, além de ser judeu, ou seja, era rico, mas não tinha prestígio). Shylock empresta 
o dinheiro para Antonio sem juros, porém, se não pagasse, exigiu 1 libra de carne do peito. Antonio não 
paga e Shylock recorre à justiça de Doge. Bassanio tenta pagar a dívida, mas Shylock não aceita. Doge, 
para resolver a situação, recorre aos jurisconsultos. Assim, chega à conclusão de que Shylock tem direito 
a uma libra de carne do peito de Antonio. Entretanto, deixa à margem de interpretação que não poderia 
derramar sangue, e, portanto, pede os 3 mil. A jovem jurista era Portia disfarçada. Shylock perdeu os bens 
e foi imposto a ele a religião católica. 
O Mercador de Veneza diz que entre direito e justiça, escolha a justiça. 
Ihering discute a coerência desse contrato. Aqui, frustrar o direito de um é precedente para frustrar o de 
outros. O problema é que é impossível o direito prever todas as situações. Ele também coloca que, na 
vida real, o direito de Shylock não poderia ter sido frustrado. Atualmente, o contrato seria ilícito. O erro 
no Mercador de Veneza é que o objeto era ilícito. 
 
 
4 Fernanda Braga 
Conceitos de Ação e Verdade 
1. Introdução: 
Verdade: o que é? Existem vários tipos de verdades. 
▪ Verdade Correspondência: É a verdade que corresponde aos fatos. A relação entre o que se fala dos fatos 
e os fatos em si. 
▪ Verdade Credibilidade: O ato de confiar acerca de algo, de uma verdade. Fé. A relação que temosde 
verdade com sinceridade. 
▪ Verdade Correção: São verdades que derivam do meio social. Compatibilidade com um sistema 
normativo. Relacionado ao reconhecimento. 
▪ Verdade Consenso: Aqui, as partes aceitam a verdade. É estar de acordo sobre determinada verdade. 
Ação: o que é? É o comportamento humano voluntário (destinado a uma finalidade), a conduta. 
A arte é a imitação da vida. Logo, é a representação das ações. 
2. Conceitos de Ação e Verdade (Habermas): 
Vontade  Definição da finalidade  Aplicação do conhecimento causal  Escolha dos meios (para 
alcançar a finalidade)  Definição do plano de ação  Execução do plano  Produção de efeitos  
Alcance (ou não) da finalidade 
A ação humana se dá em sociedade. Por isso, interfere e se relaciona com outras ações. Toda ação tem 
limites. Essa ação humana pode estar na sociedade de diversas formas: 
a. Ação Estratégica: É aquela por meio da qual o homem busca maximizar seus próprios interesses. O 
homem é visto como um “egoísta racional”. Possui o limite da eficiência: se vai funcionar ou não para 
alcançar sua finalidade. Weber a chama de Ação Instrumentalmente Orientada. 
Ação Estratégica – Mundo Objetivo – Verdade Correspondência 
b. Ação Normativa: É a ação orientada por normas. Está em conformidade com o papel social que cabe à 
pessoa. Exclui o meio que não está de acordo com seu papel, considerando todos os sistemas 
normativos em que ele está inserido. Após essa exclusão, ele pode ser estratégico para decidir o melhor 
meio possível para seu papel. Relacionada ao “fazer as coisas corretamente”. Weber a chama de Ação 
Axiologicamente Orientada. 
Ação Normativa – Mundo Intersubjetivo – Verdade Correção 
c. Ação Dramatúrgica: É a representação mais fiel de si mesmo no palco da vida. É o que faz as pessoas 
acreditarem em você. Essa crença depende se você transmite mais ou menos credibilidade. 
Ação Dramatúrgica – Mundo Subjetivo – Verdade Credibilidade 
d. Ação Comunicativa: Essa é a teoria que Habermas defende. Ação que coordena com o outro quanto 
ao curso comum da ação. Objetiva a melhor forma de alcançar a finalidade, chegando em 
consenso/acordo com o outro. 
Ação Comunicativa – Mundo da Vida – Verdade Consenso 
 
5 Fernanda Braga 
3. Tripla Mimesis (Ricouer): 
É o que está entre a vida imitada e a compreensão da imitação. 
a. Prefiguração: Ocorre no próprio campo da vida. Capacidade que a vida tem de repetir padrões e de ser 
compreendida por nós a partir desses padrões. Porque existem os padrões? Porque além de ter 
cultura/tradição, tem racionalidade. É possível prever as ações racionais e também as ações irracionais 
(é mais fácil ainda, inclusive). A própria vida, por mais que haja liberdade, nos dá a prefiguração através 
da tradição e da racionalidade, que garantem a verossimilhança e a coerência. A pessoa vai colher os 
padrões da prefiguração e partir para a configuração. 
b. Configuração: Ocorre no campo do autor. É a organização no texto, de forma coerente com o que ele 
quer alcançar, dos padrões colhidos na prefiguração. O autor organiza no texto alguns padrões que 
estão relacionados à sua finalidade. 
c. Refiguração: Ocorre no campo do leitor. É como o leitor atribui sentido ao texto, a contribuição do 
leitor para o sentido do texto. Você pode excluir várias interpretações incorretas, mesmo que não 
encontre a correta. O significado pode mudar por causa da mudança da realidade/cultura. Significado 
é um conceito mutável. Gadamer diz que não existe aplicação sem interpretação. 
 
A Narrativa e a Ficção Jurídica 
1. Estruturas Narrativas: 
A Teoria da Literatura tem várias escolas. A análise realizada aqui é feita através da Escola da Estruturação. 
Autores dessa escola: Propp, Genette, Bremond. 
a. Num universo ficcional: Universos criados que não precisam respeitar as leis da realidade. Trata-se de 
uma única obra ou de um conjunto de obras que gira em torno da mesma personagem. 
Em 007 há a demonstração de 3 tipos de relação, em que tudo acontece pela pátria: 
1- James Bond com o inimigo: Ameaça à pátria pelo estrangeiro etnicamente diferente (não anglo-
saxão). Padrões racistas. 
2- James Bond com o comando: MI6. Relação de fidelidade quase absoluta (quando não há fidelidade, 
é para proteger a pátria), por conta de seu nacionalismo. 
3- James Bond com o par romântico: Objetificação da mulher (Vesper é a exceção). 
b. Num gênero: Trata-se de um conjunto de obras que apresentam uma unidade temática (gênero). 
Falando sobre a narrativa policial (Todorov), sempre temos a História do Crime e a História da 
Investigação. Na narrativa policial temos como exemplos os casos de Sherlock Holmes e James Bond: 
1- Sherlock Holmes: Explicação lógica por trás do mistério, do sobrenatural. Investigação para descobrir 
como o crime ocorreu. 
2- James Bond: Investigação para evitar que o crime ocorra. 
O tipo de investigação das duas obras é diferente, porém a estrutura de história da investigação existe 
em ambos. 
 
6 Fernanda Braga 
c. Universais: Trata-se de algo universal, policial ou não. Reuter afirma que em todos os tipos de narrativa 
há 2 características: a oposição de forças e a jornada da personagem. 
Aqui, Todorov trata sobre a intriga mínima completa: 
Equilíbrio  É quebrado  Desequilíbrio  Degradação  Melhora  Novo Equilíbrio 
Reuter trata acerca do modelo quinário: 
Estado Inicial  Força Perturbadora  Dinâmica  Força Equilibradora  Estado Final 
Obs: A força equilibradora interrompe a dinâmica e cria um novo equilíbrio (estado final). 
A diferença entre esses dois modelos é que o modelo quinário possui uma ênfase na ideia de força, 
remete à ideia de causa. 
Obs: Nexo causal é a relação entre causa e efeito. 
2. A Narrativa Jurídica: 
Perspectiva de Karl Larenz, que fala sobre a conformação da situação de fato. 
Os fatos só são apreensíveis para o direito quando eles são relatados/narrados. Os fatos têm que ser 
enunciados para que o direito possa agir sobre eles. 
O processo de conformação jurídica acontece com a passagem do FATO BRUTO (a primeira forma que o 
fato apresenta quando chega ao conhecimento do jurista) para o FATO DEFINITIVO (o fato que o juiz 
afirma na sentença, ele é definitivo porque não pode mudar dentro do processo). 
Fato bruto  conformação jurídica  fato definitivo 
O juiz descarta os elementos desnecessários e busca os elementos necessários. Não só o corte de 
excessos, mas também a busca de novos elementos. 
Para definir o que é relevante para o direito, você tem que olhar para o próprio direito e para o que está 
pedindo a parte interessada. Como se fosse um movimento cíclico: temos que olhar para o direito para 
ver o que será relevante para ser utilizado no direito. 
O fato da vida nunca chega completamente ao processo. Nunca há uma representação perfeita do fato. 
Segundo Merceau Ponty, a informação do fato é limitada. O juiz não pode presenciar o fato, ele é um juiz 
de relatos, de narrativas alheias e vai escolher qual é a mais correta ou vai construir uma outra narrativa 
a partir das narrativas. 
Esquemas narrativos pré-existentes: ninguém dá, mas todos conhecem. A cultura/tradição nos apresenta 
esses esquemas. E quem dá esses esquemas à cultura de acordo com a voz de cada comunidade. Os 
esquemas estão relacionados a quem teve a voz na comunidade. 
3. A Ficção Jurídica: 
Porque o direito trata a ficção jurídica como se fosse real? 
A ficção serve enquanto ela é ficção. Quando ela perde esse sentido de ficção, começa a dar problemas. 
 
7 Fernanda Braga 
Qual a diferença entre ficção e presunção? Ficção: sabemos que aquilo não é real, mas tratamos como se 
fosse. Presunção: não sabemos se é real, mas tratamos como se fosse. 
Porque o legislativoou o judiciário recorrem a ficções? 
Judiciário: para preencher lacunas e porque a regulação direta da matéria passaria por muita resistência. 
Por isso recorrem às ficções. 
Por isso que alguns não gostam das ficções, por conta de utilizarem a ficção para realizarem mudanças 
sociais apenas por ser um caminho mais “fácil” ou menos resistente. 
a. Por criação legal: O direito cria essa ficção. 
Ex: Presunção de inocência. 
b. Por desenvolvimento jurisprudencial: A jurisprudência força uma ficção. 
Ex: União estável.

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