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CET247 – Usinagem Prof. Adelson Ribeiro de Almeida Jr. CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Bacharelado de Ciências Exatas e Tecnológicas Engenharia Mecânica Formação do Cavaco 1 - Penetração da cunha no material – deformação elástica e plástica. 2 - Escoamento após ultrapassar a tensão de cisalhamento máxima do material. 3 - Cavaco plenamente desenvolvido. Fonte: Prof. Rodrigo Lima Stoeterau Link Denominações para Formação do Cavaco Ângulo de incidência ou folga Ângulo de cunha Ângulo de saída Espessura de usinagem(antes retirada cavaco) Espessura de corte (após retirada cavaco) Fonte: Prof. Rodrigo Lima Stoeterau Link Fatores que Influenciam na Formação do Cavaco FORMA DE CAVACO Denominações Para Formação do Cavaco Fonte: Prof. Rodrigo Lima Stoeterau Zona de cisalhamento Região de separação do material para materiais frágeis. Superfície do cavaco – deformações devido a esforços Superfície de corte – deformações devido a esforços. Região de separação para materiais dúcteis. Plano de cisalhamento. Link Formação do Cavaco Formação do Cavaco Simplificações dos modelos: Corte é ortogonal; A ferramenta é perfeitamente afiada; O cavaco produzido é continuo; A zona primária é plana com tensões uniformes. Corte Ortogonal Formação do Cavaco O processo de corte Formação do Cavaco Formação do Cavaco FR = Força resultante entre cavaco e ferramenta; FV = Força principal de corte; FT = Força para manter a ferramenta dentro do corte; FS = Força de cisalhamento no plano primário; FSN = Força normal ao plano de cisalhamento primário; FF = Força de atrito na face da ferramenta; FN = Força normal a face da ferramenta . Formação do Cavaco – Modelo de Ernst e Merchant (1941) Outros teóricos de formação do Cavaco Lee e Shaffer (1951); Oxley; Kobayashi e Thomsen (1962); Rowe e Spick (1967); Dautzenberg (1981); Wright (1982); Viktor Astakhov. Plano de Cisalhamento O plano ao longo do qual acontece o cisalhamento do material é denominado plano de cisalhamento. O ângulo formado entre o plano de cisalhamento e a direção do corte é chamado de ângulo de cisalhamento. Quanto maior a deformação do cavaco sendo formado, menor o ângulo, de cisalhamento e maiores os esforços de corte. Plano de Cisalhamento Plano de Cisalhamento link Etapas da Formação do Cavaco Recalque do material da peça contra a face da ferramenta. Material recalcado sofre deformação plástica que aumenta progressivamente até atingir a tensão de cisalhamento necessária ao deslizamento. Inicia-se o deslizamento do material recalcado segundo os planos de cisalhamento. Os planos instantâneas definem uma região entre a peça e o cavaco denominado região de cisalhamento. Etapas da Formação do Cavaco c) Com a continuidade da penetração da ferramenta (movimento relativo) ocorre ruptura parcial ou completa na região de cisalhamento, dependendo das condições de usinagem e ductilidade do material. d) Com a continuidade do movimento relativo (peça/ferramenta) ocorre o escorregamento da porção de material deformado e cisalhado (cavaco) sobre a face da ferramenta. O processo se repete, sucessivamente, com o material adjacente (continuação) O Processo de Formação do Cavaco é Periódico Usinagem de metais dúcteis Grande zona plástica; Grande deformação antes da ruptura (fases a e b longas); As 4 fases são bens pronunciadas. Usinagem de metais frágeis Pequena zona plástica; Pequena deformação antes da ruptura (fases a e b curtas); A ruptura do cavaco é total (não somente da peça, mais também das porções anteriores e posteriores de cavaco); Fase d (escorregamento) é praticamente inexistente, já que o pequeno cavaco pula fora da região de escorregamento. Formação do Cavaco em Diferentes Tipos de Metais A Interface Cavaco Ferramenta Possibilidade de três condições distintas: Aderência Escorregamento Aresta postiça Trent e Wright A Interface Cavaco Ferramenta Áreas de aderência e escorregamento na interface cavaco-ferramenta (continuação) link Zona de Aderência Ocorre devido as altas tensões de compressão, altas taxas de deformação e a pureza do material da peça em contato com a ferramenta. Zona de Escorregamento Observada na periferia da área de contato entre cavaco e a ferramenta. Aresta Postiça Primeira camada do material da peça que se une a ferramenta por meio de ligações atômicas. Usinagem a baixas velocidades de corte. Material é cisalhado e arrastado. A Interface Cavaco Ferramenta (continuação) Gume Postiço Adesão de material sobre a face da ferramenta. Material da peça altamente encruado que caldeia na face da ferramenta e assume a função de corte.: Gume Postiço A Interface Cavaco Ferramenta (continuação) link Ensaio de Quick Stop Dispositivo para verificar a formação do cavaco A ferramenta de corte é retraída com velocidade superior a velocidade de corte (de duas a três vezes maior), deixando a raiz do cavaco em condições de análise detalhada por meio de microscópios. Esse dispositivo tem a função de estabelecer a operação de corte com suporte da ferramenta apoiado em um pino de aço endurecido. Quando a formação do cavaco está acontecendo, o pino se rompe e a ferramenta é afastada da peça em alta velocidade. O afastamento pode ser por meio de uma martelada, ou explosão, ou usando mola. As condições de escorregamento ou aderência dependem: Par ferramenta / peça Tempo de usinagem Velocida de corte Ângulo de saída A Interface Cavaco Ferramenta (continuação) Controle da forma do cavaco: 1) Segurança do operador Um cavaco longo, em forma de fita, pode atingir o operador e machucá-lo seriamente; 2) Dano à ferramenta e a peça Um cavaco longo, pode enrolar-se a peça e agredir a superfície usinada (principalmente em torneamento interno); O cavaco longo pode enrolar-se sobre a peça e tentar entrar na interface peça-ferramenta e causar a quebra da ferramenta; A quebra pode também ocorrer em operações de furação. O cavaco longo acomoda-se dentro do furo entupindo o canal helicoidal da broca, causando a quebra da ferramenta. Controle do Cavaco Controle da forma do cavaco: 3) Manuseio e armazenamento Um cavaco longo exige muito mais espaço para o armazenamento. Um cavaco curto facilita a remoção, exige menos espaço. 4) Forças de corte, temperatura e vida da ferramenta A deformação do cavaco, visando aumentar sua capacidade de quebra, pode exigir maiores esforços de corte, com conseqüente aumento de temperatura e diminuição da vida útil. Controle do Cavaco (continuação) Classificação dos cavacos quanto ao tipo: a) Cavaco contínuo: constituído de lamelas justapostas numa distribuição contínua; a distinção das lamelas não é nítida; formado na usinagem de materiais dúcteis. b) Cavaco de cisalhamento constam de segmentos de cavacos, que são seccionados na região de cisalhamento e em parte justapostos. c) Cavaco de ruptura apresenta-se como fragmentos da peça, arrancados com o movimento relativo entre ferramenta e peça; Controle do Cavaco (continuação) Cavaco Contínuo Formado continuamente. Força de corte varia muito pouco, a qualidade superficial é boa. Controle do Cavaco (continuação) Cavaco Cisalhado Ruptura parcial ou total do cavaco. Soldagem devida à alta pressão e temperatura. Serilhado nas bordas. Variação da força de corte, superfície com ondulosidade. Controle do Cavaco (continuação) Classificação dos Cavacos Quanto ao Tipo Processo continuo, em que se forma um cavaco ininterrupto Foma-se em: Materiais dúcteis, com estrutura molecular homogênea, uniforme e de grão fino. Velocidades de corte: altas Ângulo de saída: positivo Espessura de cavaco: pequena Exemplos de materiais Aços Ligas de Aluminio não temperáveis (baixa liga) Não são de forma continua., periodicamente passam pela zona de cizalhamento. material Forma-se em: Materiais pouco deformáveis e não homogeneo Velocidade de corte: baixas Ângulo de saída: negativo Espessura de cavaco: grande Exemplos de materiais: Fundição de ferro nodular Classificação dos Cavacos Quanto ao Tipo (continuação) Forma-se em: Materais pouco deformáveis e não homogêneos Velocidade de corte: baixas Ângulo de saída: negativo Espessura de cavaco: grande Exemplos de materiais Fundição com grafita lamelar (FoFo) Bronze e aluminio ligado com silicio > 7% Processo não continuo. O material é rasgado Classificação dos Cavacos Quanto ao Tipo (continuação) Cavaco em fita Cavaco helicoidal; Cavaco espiral; Cavaco em lascas ou pedaços. Classificação dos Cavacos Quanto ao Tipo (continuação) link Praticamente toda a energia associada à formação do cavaco se transforma em calor (energia térmica); Fontes geradoras deste calor: Deformação e cisalhamento do cavaco; Atrito cavaco com ferramenta; Atrito ferramenta com a peça. A maior parte do calor gerado no atrito cavaco-ferramenta ocorre no cisalhamento do cavaco na zona de fluxo; O percentual relativo a cada fonte geradora de cavaco varia em função do tipo de usinagem, materiais da peça e ferramenta, e das condições de usinagem. Temperatura de Corte Danos gerados pelo calor No cavaco Nenhum Na peça Dilatação térmica e dano metalúrgico superficial Ferramenta Maior facilidade de desgaste Temperatura de Corte (continuação) link O calor dissipado na ferramenta é pequeno, porém, como essa região é pequena e não muda, o calor sobre a ferramenta é muito grande; O calor que vai para a peça pode resultar em sua dilatação térmica, e dificultar obtenções de tolerâncias apertadas; O calor dissipado para o cavaco aumenta em função do aumento da Vc. Temperatura de Corte (continuação) Desenvolvimento de materiais de usinabilidade melhorada que possuem menor coeficiente de atrito, menor tensão de cisalhamento. Ex: aços com elementos de liga como chumbo ou fósforo; Desenvolvimento de materiais para ferramentas com maior resistência ao calor (maior dureza a quente). Ex: material cerâmico e diamante; Utilização de fluídos de corte que além de refrigerar, possuem também o efeito lubrificante. Meios para Tentar Reduzir a Temperatura de Corte Em baixas velocidades de corte, os cavacos tendem a apresentar boa curvatura natural, e portanto, não costumam apresentam problemas com relação à quebra; Já em altas velocidades, o problema de quebra de cavaco ocorre; O aumento da profundidade de corte (ap) aumenta a tendência à quebra do cavaco; OBS: deve-se evitar alterações dos dados de corte a fim de obter cavacos curtos, visto que a seleção destes parâmetros estão sob influência de vários requisitos técnicos e econômicos O método mais adequado para obter a quebra do cavaco é a utilização de elementos chamados quebra-cavacos. Alteração da Forma do Cavaco Quebra de Cavacos A curvatura do cavaco pode ser controlada para forçar a sua quebra evitando a formação de cavacos longos em forma de fita . Algumas formas de quebra do cavaco: O cavaco pode se dobrar verticalmente quebrando-se ao atingir a peça. Pode enrolar-se sobre si mesmo ao tocar a peça. Pode dobrar-se verticalmente e lateralmente, quebrando-se ao atingir a superfície de folga da ferramenta. Pode dobrar-se lateralmente, quebrando-se ao atingir a superfície da peça que ainda não foi usinada. link Influencia dos Parâmetros de Usinagem É possível obter uma estimativa do tipo de cavaco formado em função de relação entre os parâmetros de avanço (f) e profundidade de corte (ap). O avanço é o parâmetro mais influente, seguido da profundidade de corte a afetar a forma do cavaco. link Tipos de Quebra Cavaco Os quebra-cavacos podem ser postiços ou moldados diretamente na superfície de saída da ferramenta, tipo este que tem sido cada vez mais utilizado. Para cada faixa de condições de usinagem (principalmente avanço e profundidade de usinagem) existe uma geometria ótima de quebra-cavacos, por esta razão uma ferramenta projetada para uma operação de desbaste médio, não quebrará o cavaco em uma situação de acabamento ou de desbaste pesado. link Para avanços e profundidades de usinagem pequenos (acabamento) os quebra-cavacos são mais estreitos mais próximos da aresta de corte. A medida que avanço e profundidade de usinagem aumentam (desbaste), os quebra-cavacos ficam mais largos e distantes da aresta de corte. Tipos de Quebra Cavaco (continuação) link Tipos de Quebra Cavaco (continuação) link Seleção de Quebra Cavaco link Distribuição do Calor na Ferramenta A quantidade de calor dissipada por cada um dos elementos varia com os parâmetros de usinagem. Porém como a região da ferramenta que recebe este calor é reduzida e não muda durante o processo, como acontece com a peça, desenvolvem-se nesta região altas temperaturas, que contribuem para o desgaste da ferramenta. link link * * * * * * * * * * * * * *
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