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A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
MACHADO, Gabrielli da Cruz
1182082
RESUMO
A Educação Infantil é uma das etapas que assume a maior responsabilidade no desenvolvimento da criança. E nesta etapa da vida escolar que são formados os valores da criança, com este fato o educador deve desenvolver atividades pedagógicas que trabalhem o desenvolvimento integral da criança, sendo ele motor, intelectual, cognitivo ou espirituais. A prática da leitura desde cedo é capaz de promover uma familiarização precoce com o mundo das letras ajudando para a futura alfabetização. O professor da atualidade precisa encarar hoje diversos desafios na hora de ensinar, um dos principais é a falta do gosto pela leitura muitas vezes este fato ocorre quando não há estimulo por parte dos pais. Diversos estudos foram realizados e comprovaram que os pais acabam sempre deixando todas as responsabilidades para o professor o que acaba sempre dificultando o seu trabalho, pois pais e professores devem sempre trabalhar juntos para o melhor desenvolvimento da criança. Contudo esse presente artigo tem o intuito de falar sobre a importância da leitura e do convívio com livros na Educação Infantil para o melhor desenvolvimento e aprendizagem de uma criança. A convivência deles com livros podem mudar a sua forma de agir, pensar e escrever.
Palavra-chave: Educação Infantil. Literatura Infantil. Desenvolvimento Integral. 
INTRODUÇÃO
Escutar histórias é sempre um momento muito prazeroso, quem nunca ficou vidrado em algum fato contado por alguma pessoa mais velha? Quem nunca imaginou um fim para uma história e aconteceu completamente ao contrário? Se as histórias muitas vezes prendem os adultos, imaginem então o impacto que elas têm na vida de uma criança.
As histórias fazem parte da nossa vida desde pequenos, através de narrativas feitas pelos familiares, dos agrados e das canções para dormir, que futuramente serão trocadas pelas cantigas de rodas. A partir disso as crianças começam a demonstrar interesse pelas histórias, interagindo e participando com sorrisos, batendo palmas, demonstrando algum receio ou até mesmo imitando algum personagem do conto.
A prática da leitura em sala de aula tem por objetivo desenvolver todos os pontos principais de uma criança. A escola tem a função de contribuir para a formação de um cidadão crítico, responsável e presente na sociedade, sendo ela através da leitura, da escrita, linguagem visual ou oral. Hoje a dimensão da leitura infantil é muito ampla, ela apresenta a criança um mundo novo, cheio de encantos, magia e que faz com que a criança consiga viajar para outro mundo através do seu imaginário. Quando ela folheia as páginas de um livro ou revista passa a fazer a associam das imagens que encontra, como por exemplo, quando encontra um cachorro, gato, menino, menina, comida ou alguma outra imagem que seja do seu convívio ela a reconhecerá e falará o que aquele desenho significa. Diversos estudos já comprovaram a importância da prática da leitura ser inserida na Educação Infantil, com isso o docente precisa ser preparado e incluir o trabalho com livros diversos respeitando a faixa etária de cada turma.
Através da leitura que a criança desperta uma nova relação com diferentes sentimentos e visões do mundo, adequando assim, condições para o desenvolvimento intelectual e a formação de princípios individuais para medir e codificar seus próprios sentimentos e ações. 
A LEITURA COMO UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA
O valor e a importância que se dá à leitura começam em casa, muito antes das “letras” e da escola. Contar histórias é oficio antigo da humanidade, encontrado em todas as partes do mundo. O homem usa a palavra como instrumento mágico que produz bem-estar, prazer, satisfação, conhecimento. Os primeiros narradores de histórias oralmente transmitidas são os antepassados de todos os escritores. Fixar essas experiências através da escrita garante que os ensinamentos perdurem e que as raízes de cada um possam ser respeitadas e assimiladas. 
A leitura de adultos significativos para as crianças é uma atividade prazerosa, uma forma de brincar com as palavras, de proporcionar uma rica fonte para a imaginação, que transporta a criança para mundos diferentes. Pais e professores da Educação Infantil e das séries iniciais são os responsáveis por criar os laços das crianças com a leitura. A infância é o tempo de maior disponibilidade as influências. As crianças gostam de “imitar” atos de leitura, e a família e os professores são ótimos modelos de leitores competentes. As crianças, no dia-a-dia, entram em contato com as mais trágicas histórias, nos jornais, revistas, TV, cinema, computador. Todos são “eventos de letramento”, mas que histórias, que leitura, em contrapartida, pode oferecer às crianças deste século? As crianças têm, na infância, o melhor tempo disponível para ouvir ou fazer uma leitura descompromissada, movidas apenas pela curiosidade, pelo prazer, pelo descobrimento. 
Nosso papel é o de oferecer, desde cedo, o contato com obras-primas, com leitura ou “contação” de historia de qualidade. Com isso é possível que a criança tenha uma formação e um desenvolvimento mais completo, mais interessante. Já disseram mais de um educador, que a criança que cresce ouvindo histórias cresce mais feliz. A leitura é expressão estética da vida através da palavra escrita e contribui significativamente para a formação da pessoa, influindo nas formas de se encarar a vida. A criança é imaginativa, exercita a realidade através da fantasia, mas precisam de materiais exteriores todas as formas de escrita contos, histórias, fábulas, poemas, cantigas, para se constituir como pessoa. Gostam de leituras que lhes deem utilidade e prazer. “Cobrar” leitura de uma criança é um erro bem fácil de cometer. A criança vai crescendo e temos a tendência de deixá-la sozinha com sua “tarefa” de ler.
Observando a fala de Abramocich (1997):
Quando as crianças escutam histórias, passam a ver o mundo de uma forma mais clara e os sentimentos que tem relação ao mundo. As histórias infantis por muitas vezes tem o objetivo de trabalharem os problemas existenciais típicos de uma criança, como por exemplo, o medo, sentimentos de inveja por algum amigo ter o que ela queria ter, a falta de carinho, curiosidade, perda, dor, além de ensinarem diferentes assuntos. 
 Não devemos deixar de mostrar nossa paixão e envolvimento pelo que fazem pelo que descobrem, mesmo que não seja o que sonhamos ou imaginamos para elas. Acabamos valorizando os livros de aprender a ler, os livros das diferentes disciplinas escolares que ensinam os conhecimentos culturais, mas nem tanto, os livros não utilizados na aprendizagem formal, os que normalmente são caracterizados como recreação. 
Cecília Meirelles já dizia:
“Ah! Tu, livro despretensioso, que, 
na sombra de uma prateleira, uma criança livremente descobriu pelo qual se encantou, e, sem figuras, sem extravagâncias, esqueceu as horas, os companheiros, a merenda... tu, sim, és um livro infantil, e o teu prestígio será na verdade, imortal.’’ 
O primeiro contato que uma criança tem com o mundo das histórias é através de seus pais. Na infância uma das histórias preferidas dos pequenos é o dia do seu nascimento, escolha do nome, primeira palavra, quando começou a caminhar, ou seja, são histórias que possibilitam que eles conheçam a sua verdadeira essência. A partir do momento que vão crescendo as histórias precisam ser mais detalhadas e extensas para que continuem assim chamando a sua atenção.
A leitura deve ser uma atividade realizada no cotidiano do aluno. Mas nunca é demais lembrar que a criança na educação infantil ainda não possui muita concentração e não ficarão ‘‘presas’’ no mundo dos livros por mais de 15 minutos. Toda vez que for realizada alguma atividade com livros e importante a preocupação com o tempo, pois eles estão sempre muito agitados se dispersando com muita facilidade. Nas Escolas de Educação Infantil são desenvolvidas nas salas de aulas rodinhas de leitura,aonde o professor forma uma pequena roda com seus alunos e lê alguma história para toda a turma. Esse momento é sempre muito esperado pelos alunos é considerada uma atividade tradicional durante a semana, as crianças escutam as histórias com bastante entusiasmo e empolgação, pois assim elas descobrem o enorme prazer de poderem aprender para contar para outra pessoa.
Bamberger (2002, p.24) explica que “[...] Na idade pré-escolar e nos primeiros anos de escola, contar e ler história em voz alta e falar sobre livros de gravuras é importantíssimo para o desenvolvimento do vocabulário, e mais importante ainda para a motivação da leitura”. O processo do ensino da leitura, por meio da formalidade escolar contribui com o conhecer, ajuda a formar indivíduos aptos a enfrentar a vida social. 
Ao contar a história, as crianças sempre ficam empolgadas e tentam fazer a imitação em seguida, à medida que o professor vai contando elas mesmo determinam a distribuição dos personagens entre elas. 
Para contar uma história é preciso sempre conhecer e saber como fazer a dramatização correta, pois através da literatura a criança descobre palavras novas, capta o ritmo, a sonoridade das frases, dos nomes, as rimas, entre outras coisas. 
A Literatura Infantil é a atividade que chama mais atenção das crianças, sendo ela trabalhada através dos livros de sensações, fantoches, livros de histórias ou fábulas. O professor precisa sempre estar atento qual é o tipo adequado de leitura para sua turma, pois é através da escolha certa que será possível haver uma construção de conhecimento. A leitura prazerosa é a que estimule a imaginação, criando uma aventura conveniente para cada criança prendendo a criança na história e que ela consiga fazer comparações com o mundo real. 
Saber escutar é uma das principais características de grande importância no desenvolvimento da aprendizagem da criança. A leitura infantil, contos, fábulas, é uma atividade que é capaz de desenvolver na criança essa habilidade. Pois quando ela começa a escutar a história ela se prende no decorrer da narrativa e quer saber qual será o final feliz daquela vez. Essa atividade traz alegria, atrai e atende também á necessidade infantil de criar fantasias. Para formamos cidadãos críticos e reflexivos devemos proporcionar nas salas de aulas a cultura viva da literatura através da realização de leitura de histórias. 
O professor ao trabalhar com a leitura produz na criança além da criação de informações, instrução, uma melhor comunicação, expressão e auxiliando futuramente a alfabetização. 
Ao utilizar a leitura como forma de aprendizagem o professor deve sempre estar preparado, pois o aluno ficará atento a qualquer movimento que o professor faça ou qualquer palavra desconhecida dita, para assim posteriormente tentar imitar. Lembrando também que a contação das histórias não deve ser somente praticada pelo professor e sim algumas vezes solicitar a ajuda dos seus alunos respeitando a faixa etária e suas limitações. 
Além de ter uma grande influência no desenvolvimento da fala a partir da leitura é possível preparar a criança para a assimilação de regras, valores e símbolos da sociedade adulta, pois durante a sua infância não só é possível de perceber os conflitos sociais, como proteger eles coma fantasia do mundo irreal, em que todos os seus desejos podem ser magicamente realizados. Por isso, quanto mais proporcionarmos esses momentos na Educação Infantil estramos contribuindo para formar crianças que quando crescerem gosto pela leitura será indestrutível. 
Os Contos de Fadas são os responsáveis por uma história que deixem as crianças encantadas, devidos os seus finais felizes. O prazer de contar uma história, ou melhor, de saber como encantar uma criança para que assim haja o gosto pelos livros é sempre realizar essa atividade de uma forma engraçada e fazendo uma brincadeira com o enredo, buscando assim a relação do mundo real com o imaginário, fazendo com que a criança traga historias do seu cotidiano para aquele momento de leitura, muitas vezes proporcionando a criança um momento de reflexão e ajuda para algum problema que vem enfrentando. Também nos mostra o quanto é importante trazer a literatura para um contexto social, utilizando de recursos verbais e visuais, contidos no plano de expressão, tendo como proposito de fazer crescer, tendo também a consciência do que ler e de como ler nas diferentes faixas etárias da Educação Infantil, ficando sempre atento as peculiaridades históricas, mas sem tirar o brilho e encanto da mesma.
2.1) A LEITURA NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
 
As diferentes formas de linguagem (verbal, corporal, plástica e musical) e todas as formas de comunicação e expressão são básicas para que a criança compreenda, compartilhe e se integre na sociedade. 
O processo no qual compõe a construção da linguagem é extenso, vai do nascimento até a vida adulta e com isso um bom começo é essencial para o melhor desenvolvimento. 
Quando o bebê nasce ele é dotado por reflexos como visão, audição, tato, sucção, entre outros. Sua primeira forma de se comunicar é através choro, que se manifesta como uma forma de reclamar de algo. 
É importante quando o bebê está nesta fase o adulto o incentive as vocalizações e sílabas próprias (mámá – dádá), mostrando também livros e revistas repetindo sempre o nome das figuras que existem nos livros. O processo de aprendizagem da fala é demorado e complicado, cada criança tem seu tempo e precisa de estímulos diferentes. 
Dialogando sobre esse assunto Bettelheim (1980) diz: 
Que a criança desenvolve por meio da leitura o seu lado crítico e reflexivo. Afirma que a partir do conto com um texto literário de qualidade, a criança é capaz de refletir, indagar, questionar, escutar outras opiniões, articular e sempre reformular seu pensamento. (Bettelheim 1980).
Analisando que muitos alunos modificam o longo dos anos o seu jeito de agir de pensar ao ter o contato com a literatura criando mais confiança á medida que se sentem capazes de criar e dominar suas emoções e imaginação. Para uma criança, a literatura é a base em sua vida e da aprendizagem, pois através dela que demonstra a sua realidade em forma de fantasia, através dos desenhos, das brincadeiras, das histórias e das músicas. Com isso é fundamental que o professor introduza em sua prática pedagógica a literatura infantil em que a mesma de informações e que venha a trazer benefícios para o desenvolvimento da criança, estimulando o aluno a buscar diferentes caminhos para resolver os seus problemas. Lembrando que o professor deve introduzir a prática pedagógica respeitando a idade e as limitações de cada aluno.
Destacamos o pensamento de Solé (1998, p.91):
A situação de leitura mais motivadora também são as mais reais: isto é, aquelas em que a criança lê para se libertar, para sentir o prazer de ler quando se aproxima do cantinho de biblioteca ou recorre a ela. Ou aquelas em que, com um objeto claro – resolve uma dúvida, um problema ou adquirir a informação necessária para determinado projeto – aborda um texto e pode manejá-lo à vontade, sem a pressão de uma audiência.
A necessidade de uma criança ter o hábito de leitura está claramente ligada ao desenvolvimento da fala, ela consegue ampliar o seu vocabulário e assim se tornando um ser inteligente e critico.
Ao longo da vida a comunicação das crianças vai se modificando. Quando são bebê já existe a comunicação através do choro ou de balbucios que podem demonstrar prazer ou algum tipo de desconforto. Ao nascer o bebê ainda não consegue entender o que é dito, somente após um tempo ela passa a associar o que os adultos dizem para ela com isso o entendimento evolui e a partir disso a fala consequentemente acompanha essa evolução.
Existem alguns tipos de linguagem que podem ser citados como:
Linguagem Corporal que é expressa através de movimentos com o corpo (danças, mimicas, gestos e exercícios);
Linguagem Escrita que podem ser expressa através da produção de texto ou leituras de livros;O desenvolvimento da linguagem se divide em dois estádios: Pré – linguístico, quando o bebê usa de modo comunicativo os sons, sem palavras ou gramática; e o Linguístico, quando usa palavras.
Pré-linguistico: A criança, de princípio, usa o choro para se comunicar, podendo ser rica em expressão emocional. Logo ao nascer este choro ainda é indiferenciado, porque nem a mãe sabe o que ele significa, mas aos poucos começa a ficar cheio de significados e é possível, pelo menos para a mãe, saber se o bebê está chorando de fome, de cólica, por estar se sentindo desconfortável, por querer colo etc. è importante ressaltar que é a relação do bebê com sua mãe, ou com a pessoa que cuida dele, que lhe dá elementos para compreender seu choro, e também começa a fazer os primeiro balbucios (‘’mama’’, ‘’papa’’). Por volta dos 10 meses, os bebês imitam deliberadamente os sons que ouvem, deixando clara a importância da estimulação externa para o desenvolvimento da linguagem. Ao final do primeiro ano, o bebê já tem certa noção de comunicação, uma ideia de referência e um conjunto de sinais que possibilite a comunicação com aqueles que cuidam dele.
Linguístico: Geralmente inicia no final do segundo ano, quando a criança pronuncia a mesma combinação de sons para se referir a uma pessoa, um objeto, um animal ou um acontecimento. Por exemplo, se a criança disser que viu a água na mamadeira, no copo, na torneira, no banheiro etc., podemos afirmar que ela já esta falando por meio de palavras. Acredita-se que 18 meses a criança já tenha um vocabulário de aproximadamente 50 palavras, no entanto ainda apresenta características da fala pré – linguística porque algumas vezes não pode se compreender o que fala.
Na fase inicial da fala linguística a criança costuma dizer uma única palavra, atribuindo a ela no valor de frase. Por exemplo, diz apontando para porta de casa, expressando um pensamento completo; ‘’ eu quero ir pra rua. ’’ Essas palavras com valor de frases são chamadas holófrases.
A partir daqui acontece uma “explosão de nomes”, e o vocabulário cresce muito. Com dois anos completos as crianças são capazes de utilizar um vocabulário de mais de cem palavras. Nessa fase a prática da leitura é fundamental, pois é aqui que a criança começa a desenvolver o seu vocabulário e seu raciocínio logico, sendo o livro infantil uma grande ferramenta de auxilio no desenvolvimento desses objetivos. 
A partir dos 02 e 03 anos as crianças começam a adquirir os primeiros fundamentos de sintaxe, começando assim a se preocupar com as regras gramaticais. Usam, para tanto, o que chamamos de super – regularização, que é uma aplicação das regras gramaticais a todos os casos, sem considerar as exceções. Com 06 anos a criança fala utilizando frases longas, tentando utilizar corretamente as normas gramaticais, possuindo um vasto vocabulário e uma linguagem clara e compreensiva.
A criança possui certa dificuldade para separar o papel da pessoa que esteja interagindo com ela, como por exemplo: quando ela põe o dedo na tomada e o adulto a repreende em um tom agressivo balançando a cabeça fazendo sinal de não. Devido a essa reação do adulto a criança começa a compreender o que é certo ou errado associando ao sinal que o adulto fez.
Observando a integração da criança na Educação Infantil com o adulto podemos analisar que ela já apresenta um comportamento diferente. Ela deixa de pensar só em si e começa a pensar nos colegas, muitas vezes se colocando no lugar do outro. É correto afirmar que o seu pensamento torna mais complexo com a interação com outros meios, aprimorando a sua linguagem e a coordenação de suas ações com os seus parceiros. Com isso a criança via associando significados atribuídos a certa situação como, por exemplo, quando ela já reconhece o cheiro de sua comida preferida ou quando a mãe/cuidadora/professora se aproxima com a mamadeira perto do berço e ela já sabe que é hora de mamar.
Segundo o RCNEI:
 ‘’ Uma das tarefas da educação infantil é ampliar, integrar e ser continente da fala das crianças em contextos comunicativos para que ela se torne competente como falante. Isso significa que o professor deve ampliar as condições da criança de manter-se no próprio texto falado. Para tanto, deve escutar a fala da criança, deixando-se envolver por ela, significando-a e resgatando-a sempre que necessário. ‘’ (BRASIL, 1998, p. 135). 
Esta ampliação do repertório linguístico da criança poderá acontecer de situações como dar recados, pedir informações, buscar algum material o professor oportuniza ao aluno fazer o uso contextualizado da linguagem, com significado e de formas comuns iniciando as conversações. O professor deve possibilitar a todos os alunos a participação em momentos de fala incentivando-os a falar. A participação das crianças nestas atividades envolvendo a oralidade possibilitará o desenvolvimento de competências como, ler e escrever. A escola deve expor os alunos a uma diversidade de usos da fala, estimulando-os a falar, pois é através do exercício da fala que eles irão aperfeiçoando-se e descobrindo a função social que ela possui. Por falta de técnicas e objetivos o trabalho com a oralidade torna-se rotineiro na sala. Sendo assim apresentada a importância do uso da literatura infantil como instrumento para o desenvolvimento da linguagem.
2.2) LITERATURA INFANTIL: ASPECTOS HISTÓRICOS: 
A palavra literatura tem como significado ‘’a arte de escrever’’ e sua origem vem do latim, já a palavra literatura infantil surgiu devido a um acontecimento Europeu por volta do século XVIII, com Charles Perrault.
As primeiras obras publicadas para as crianças começaram a ser publicadas no século XVIII, antes disto apenas durante o classicismo francês, no século XVII foram escritas algumas histórias que poderiam ser lidas para as crianças.
Charles Perrault, não foi apenas o escritor das primeiras histórias infantis como também foi o responsável pelos primeiros contos infantis que encantam as crianças até hoje. Os seus livros eram os que sofriam menos crítica e um dos mais preferidos pelos franceses na época. O seu primeiro livro publicado aos 77 anos ficou conhecido como ‘’O conto da Mamãe Gansa’’ tendo 03 histórias narrativas, sendo elas: O Pequeno Polegar, e o Mestre Gato mais conhecido como o Gato de Botas. Seus livros na época romperam os limites literários da época e alcançaram o publico de todas as idades e lugares, surgindo assim o novo gênero da literatura, a LITERATURA INFANTIL. 
Esse escritor relatou a cultura do seu povo através dos contos de fadas, e ao mesmo tempo, proporcionou reflexão popular naquela época em que as crianças eram vistas como um pseudo-adulto em potencial, apresentando então ao povo um novo olhar. A partir desse ponto, a criança começou a ser mais valorizada e protegida pela sociedade. E nesse contexto que surge a escola para preservar e fazer a medicação entre a criança e o mundo. 
Pode-se concluir que Perrault foi o primeiro compilador de Contos de Fadas maravilhosos, apesar de não ter experiência em viver com os problemas de seu povo, apresentou uma nova literatura voltada para o imaginário infantil, através da qual ofereceram ao mundo, elementos populares que proporcionam um enriquecimento cultural das tradições, gerando então uma ambientação propicia para a ligação do mundo infantil ao seu imaginário.
No século XIX surgem na Europa, Luis Jacob e Guilherme Carlos Grimm, mais conhecido como os Irmãos Grimm. Influenciados pelo romantismo, suas obras tiveram como base as histórias populares folclóricas, cientificas e camponesas. Através da conversação e convivência com pessoas simples e humildes buscavam descrever a realidade histórica germânica, aprenderam seus costumes e suas linguagens, e procuraram transmitir de forma singela e fiel toda a sua tradição popular, sem modificar, aperfeiçoar ou deturpar lhe a simplicidade.
Através dos materiais colhidos pelos Irmãos Grimm, escreviam seus contos de fadas, que os tornaram conhecidos pelo mundo todo. Foi a partir desses contos que se demarcouo verdadeiro estudo do Folclore na Europa. 
Já a influência de Hans Christian Andersen foi que ele escreveu diversos tipos de literatura, dedicando-se a obras literárias voltadas para crianças e jovens adolescentes. Os seus contos encantavam a todos e percorreu todo o mundo, desde o século XIX até os tempos atuais. 
Sua primeira obra foi ‘’Histórias Maravilhosas’’, e a primeira composição poética foi ‘’ O Menino Moribundo’’. Esse conto abriu as portas da imaginação e criatividade para todas as crianças. Muitas de suas histórias expõem a sua própria infância retratando as alegrias e tristezas de sua vida de menino até adulto. 
Mais uma vez podemos ver que Andersen, relata em seus contos literários sua vida e a vida de outras pessoas que eram de seu convívio. Sua literatura foi adotada como realismo, pois ele mostra perfeitamente os obstáculos que a vida os impôs.
Quanto mais antiga a literatura, mais próxima da criança está através de sua fantasia e de seu imaginário, é neste momento que a criança confunde a fantasia com a realidade. A literatura clássica oferece um campo maravilhoso para adaptações e simplicidade na vida da criança, por esse motivo a criança se encanta com os contos clássicos. 
O professor tem com isso o dever de saber trabalhar, com os contos tradicionais e também com os atuais, pois, desta forma, a imaginação, que é uma característica essencial no desenvolvimento cognitivo da sua formação humana, será bem mais desenvolvida, proporcionando uma capacidade intelectual para resolver melhor os seus problemas. 
 MONTEIRO LOBATO
A literatura infantil chegou ao Brasil nos fins do século passado quando a preocupação educacional se tornou realidade. A escola passou a exercer um papel de extrema importância na transformação da sociedade rural e urbana. É nesse contexto que os livros infantis e escolares se entrelaçaram no viés educacional. De acordo com Vera Aguiar:
A grande virada ocorreu com a publicação, em 1921, ‘’A Menina do Narizinho Arrebitado’’, escrita por Monteiro Lobato, o qual revela a preocupação em escrever histórias para a criança numa linguagem compreensível e atraente para ela, objetivo plenamente alcançado pelo escritor, cuja obra é um dos pontos mais altos da literatura infantil brasileira. Usando uma linguagem criativa, Monteiro Lobato rompeu a dependência com o padrão culto: introduziu a oralidade tanto na fala das personagens como nos discurso do narrador. 
Monteiro Lobato trouxe com seus personagens uma nova visão para a história literária, ainda existente. Houve nele uma preocupação direcionada realmente a aprendizagem assumem um rumo mais prático, com nomes de grandes reformadores importantes na pedagogia moderna no Brasil para a Educação Infantil como: Rui Barbosa, Guilhermina Loureira, Teodoro Morais, Anísio Teixeira e Lourenço Filho. Esses e outros escritores foram pessoas que contribuíram para a expansão da Literatura Infantil no Brasil.
O escritor estimula o leitor a ver a realidade através de conceitos próprios apresenta uma interpretação da realidade nacional nos seus aspectos sociais, políticos, econômicos, cultural mais deixa, sempre, espaço para a interlocução com o destinatário a discordância é prevista. Ele foi um verdadeiro locutor intuitivo, fazendo com que as pessoas entendessem as coisas através do riso. Nos seus livros, trás as questões morais, pois a literatura desperta os bons sentimentos e logo e aperfeiçoada com o tempo, conduzindo a criança a fazer boas ações, despertando o amor e a justiça, estimulando o valor da verdade. É considerado o primeiro escritor brasileiro a se preocupar com a literatura infantil, dando um valor real as crianças. 
Escrever para crianças é tornar-se uma criança e conhecer seus reais problemas infantis, pois elas sempre esperam que os livros infantis tenham um inicio, meio e fim que mexa com a sua imaginação, e resolva seus problemas e, sobretudo tenham uma dramatização do bem com o mal e que o bem sempre vença no final.
A arte de escrever livros literários é uma tarefa delicada e quando é destinada para crianças se torna mais complexa, pois a criança é exigente e seletiva, assim tem que se criar toda uma esfera para proporcionar a criança um atrativo á leitura.
O PAPEL DO EDUCADOR NO ENSINO A LEITURA
Muitos educadores ainda não descobriram o quanto as histórias podem ajuda-los; muitos ainda continuam utilizando as histórias, apenas para ‘’acalmar’’ a turma e não veem as várias formas de se trabalhar com a leitura na sala de aula. O principal objetivo em contar uma história é divertir, e juntos trabalhar a fala, a imaginação e alguns outros sentidos que são possíveis ser aprimorados com a prática da leitura. 
Se observarmos o que Paulo Freire (1982) diz sobre leitura, podemos afirmar que é a partir da leitura que o ser humano aprende a ler e escrever os demais textos. Levando em consideração a tal reflexão, a literatura oral, por expandir a leitura do mundo, é eficaz ferramenta para aguçar a curiosidade por outras artes e exercitar a imaginação. Por isso, as salas de aulas, devem ser lugares onde existam livros com suas histórias presas em si, devem ser lugares onde as vozes corram vivas e entram em cabecinhas ávidas para imaginar.
De acordo Silva (2003, p.109), mais especificamente, para que ocorra um bom aprendizado da leitura é necessário que o professor seja ele mesmo, um bom leitor. No âmbito das escolas, de nada vale o velho ditado “faça como eu digo (ou ordeno!), não faça como eu faço (porque eu mesmo não sei fazer)” isto porque os nossos alunos necessitam do testemunho vivo dos professores no que tange á valorização e encaminhamento de suas praticas de leitura. (SILVA, 2003, p. 109).
Começar a ler deve ser uma iniciativa de cada um, o professor tem a função de orientar o aluno a praticar a leitura, porém é direito de cada um decidir se pegará gosto ou não. Um dos principais objetivos da escola é fazer com que o aluno se interesse pela leitura.
 Segundo Cecília Meirelles (1979, p.12):
‘’ Entre as aquisições da infância, a riqueza das tradições, recebidas por via oral. Elas procedem dos livros, e muitas vezes os substituíram. Em certos casos, elas mesmas foram os conteúdos dos livros.
Começar a ler deve ser uma iniciativa de cada um, o professor tem a função de orientar o aluno a praticar a leitura, porém é direito de cada um decidir se pegará gosto ou não. Um dos principais objetivos da escola é fazer com que o aluno se interesse pela leitura mostrando o hábito de uma forma lúdica fazendo assim com que o aluno pegue gosto pela leitura tornando a prática mais prazerosa.
Destacamos o pensamento de Machado (2002,p.15) 
‘’Ninguém tem que ser obrigado a ler nada. Ler é um direito de cada cidadão, não um dever. É um alimento de espírito. Igualzinho à comida. Todo mundo precisa deve ter a sua disposição – de boa qualidade, variada, em quantidades que saciem a fome. Mas é um absurdo impregnar um prato cheio pela goela abaixo de qualquer pessoa. Mesmo que se ache que o que enche o prato é a iguaria mais deliciosa do mundo. ’’
METODOLOGIA 
Este presente artigo teve por propósito analisar e debater os pensamentos de muitos educadores especialistas no assunto, tendo como referências pesquisas bibliográficas aonde comprova a eficácia e importância de inserir a pratica da leitura na Educação Infantil.
A pesquisa bibliografia tem por finalidade reunir diversas informações sobre um determinado assunto.
REFERÊNCIAS 
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. Ed 02. São Paulo/ 1991.
AGUIAR, Vera Teixeira de. Era Uma Vez... Na Escola: Formando educadores para formar leitores. Belo Horizonte: Formato, 2001.
BARROS, Aidil de Jesus Paes de. Projeto de Pesquisa: Proposto Metodológico. Rio de Janeiro, 1990.
BAMBERGER, Richard. Como Incentivar o hábito a leitura. São Paulo, 2006.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo, 1982.
Meireles, Cecília. Problemas da Literatura Infantil. São Paulo, 1979.
SAMPAIO, Fátima Silva. Linguagem na Educação Infantil. Fortaleza,SEDUC, 2003.
Solé, Isabel. Estratégias de leitura. 6.ed.Trad. César Coll. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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