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28/08/2017 1 INTRODUÇÃO •A forma pela qual a pessoa processa informações sobre os outros tem um profundo impacto sobre sua vida social; • Como as pessoas processam informações sobre si mesmas e sobre os outros? 28/08/2017 2 INTRODUÇÃO • Psicologia social: como os outros influenciam nossa maneira de pensar, sentir e agir? • Cognição social: processos mentais pelos quais compreendemos a nós mesmos, os outros e a situação social; • Para a cognição social grande parte da atividade mental ocorre automaticamente e sem intenção ou percepção consciente economia cognitiva • Em uma fração de segundos, nós automaticamente avaliamos pessoas e objetos que encontramos. 28/08/2017 3 •Self: representação mental da experiência pessoal e inclui processos de pensamento, um corpo físico e uma experiência consciente de que somos separados e únicos em relação aos outros. Memórias do passado Crenças sobre o futuro Identidade Self simbólico SELF •Autoconsciência: pensar sobre o seu self (o que pensa sobre o mim); •A autoconsciência guia o comportamento! •Teoria da autodiscrepância (Tory Higgins): • Eu real x Eu ideal desapontamento e frustração 28/08/2017 4 QUEM É VOCÊ? AUTOCONCEITO • Autoconceito: é tudo o que você sabe sobre si mesmo(a); • Autoconceito funcional: uma parte da vasta quantidade de autoconhecimento sobre experiência. • O senso de self varia de situação para situação! • Diferentes aspectos do self são ativados em diferentes contextos sociais. • Para cada contexto ativamos um aspecto diferente do self pois tendemos a agir diferente dependendo de quem está por perto. 28/08/2017 5 INFLUÊNCIAS CULTURAIS SOBRE O SELF INDIVIDUALISMO – Self individual COLETIVISMO – Self coletivo O mundo é composto por indivíduos independentes O mundo é composto por grupos Realizações e responsabilidades são individuais Ênfase está na identidade coletiva Visa a independência Visa a interdependência ATITUDES • Atitude: a avaliação de um objeto ou ideia; • Componentes: • Afeto (o que sinto a respeito da ideia), • Cognição (o que penso a respeito da ideia) • Comportamento (como me comporto em relação a ideia); Qual sua atitude frente ao cigarro? O que você sente em relação a ele? O que você pensa em relação a ele? O que você faz em relação a ele? 28/08/2017 6 COMO FORMAMOS ATITUDES? • Experiência direta ou exposição repetida a itens; • Condicionamento clássico: um estímulo anteriormente neutro leva à mesma resposta de atitude que o objeto emparelhado; • Exemplo:Propaganda de cerveja + festas + pessoas bonitas = isso deve ser bom! • Condicionamento operante: quando somos recompensados ou punidos, tendemos a selecionar as atitudes a serem repetidas ou não; • Exemplo:notas boas + elogio = devo repetir esse comportamento! ATITUDES COMPORTAMENTOS • Quanto mais forte e relevante for a atitude, é mais provável que ela prediga o comportamento, seja consistente no decorrer do tempo e seja resistente a mudança; • Atitudes formadas com base na experiência direta predizem melhor o comportamento. • Atitudes implícitas: são acessadas na memória rapidamente, com pouco esforço ou controle consciente. Exemplo: tempo de reação. 28/08/2017 7 ATITUDES X COMPORTAMENTOS •Nem sempre a atitude prevê o comportamento; •Atitudes privadamente mantidas podem não predizer o comportamento quando contradizem valores sociais normativos ou quando sua expressão levaria a encontros interpessoais embaraçosos. COMO FORMAMOS ATITUDES SOBRE OS OUTROS? • Precisamos viver em grupos para sobreviver, pois os mesmos proporcionam seguranças, mas também ameaças. Desenvolvemos mecanismos para distinguir entre os membros ameaçadores ou não • A importância das primeiras impressões efeito da primazia 28/08/2017 8 COMO FORMAMOS ATITUDES SOBRE OS OUTROS? • Atribuições: explicações causais de por que determinados eventos ou ações acontecem. Sempre acreditamos que as coisas acontecem por uma razão. ? SOMOS TENDENCIOSOS AO PROCESSAR INFORMAÇÕES? • Viés de correspondência: esperamos que o comportamento das pessoas corresponda às suas crenças e personalidade. • Tendemos a supor que os outros são como se comportam. • Auto discrepância do observador: atribuímos nossas falhas a fatores situacionais (trânsito, chuva) e as falhas dos outros a fatores disposicionais (preguiça, falta de inteligência). 28/08/2017 9 PRECONCEITO, ESTEREÓTIPO E DISCRIMINAÇÃO 28/08/2017 10 • Temos a tendência de classificar e agrupar informações em categorias. • Ao invés de considerar cada pessoa como única e imprevisível, nós categorizamos as pessoas como pertencendo a um grupo, sobre o qual nós acumulamos conhecimento. Isso afeta nossa maneira de ver e tratar os outros. ESTEREÓTIPO • Esquemas cognitivos que organizam as informações sobre as pessoas com base em sua qualidade de membro de certos grupos; • São atalhos mentais que tornam o processamento mais rápido e fácil; • Exemplo: Mulheres são mais sensíveis e homens mais violentos. 28/08/2017 11 PRECONCEITO X DISCRIMINAÇÃO • Preconceito: Respostas afetivas ou atitudes associadas a estereótipos que geralmente envolvem julgamentos negativos sobre pessoas baseadas em sua qualidade de membro de um grupo. • Discriminação: tratamento injustificado e inadequado das pessoas com base unicamente em sua qualidade de membro de um determinado grupo. O DESAFIO DE JULGAR 28/08/2017 12 O DESAFIO DE JULGAR •Julga-se por meio da comparação com referenciais inscritos no social e modulados pelos fenómenos mentais que dominam cada indivíduo. •O sujeito e o social estruturam a mente, e a mente estrutura o sujeito. MANTENDO ESTEREÓTIPOS • Os estereótipos orientam a atenção para as informações que os confirmam e afastam as evidências que os refutam. • Quando as pessoas encontram alguém que não se ajusta ao estereótipo, em vez de alterar o estereótipo elas colocam a pessoa em uma categoria especial (exceção a regra). 28/08/2017 13 FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR OS JULGAMENTOS • Mecanismos psicológicos de defesa: muitos temas e situações ocasionam sofrimento psíquico, quando o julgador vê confrontados ou agredidos seus valores pessoais, seja pela natureza dos assuntos tratados, seja para poder lidar com preconceitos desencadeados por pessoas ou ideias; • Pode gerar: • Discriminação de determinados detalhes • Esquecimento ou desconsideração de informações FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR OS JULGAMENTOS • Crenças arraigadas: não permitem concentrar-se nos argumentos e ideias que, porventura, as contrariam ou possam colocá-las em dúvida, essa questão acentua-se quando a pessoa (juiz, advogado, promotor, jurado) apresenta fanatismo em relação a determinado conceito ou ideia (política, religiosa, sexual etc.); • Exemplo: estereótipo de “marginal” 28/08/2017 14 FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR OS JULGAMENTOS • Emoções: • Não tem qualquer fundamento a hipótese de que o bom profissional deva (e consiga) atuar sem se deixar emocionar. O desafio é emocionar-se sem se contaminar pelas emoções próprias e dos participantes. • Exemplo: sentir a presença da raiva é indispensável para compreender o que ela ocasiona entre os litigantes; • Deixar-se dominar pela emoção significa comprometer percepção, atenção, pensamento e memória e abrir espaço para: • Enganos de raciocínio (falsas inferências, conclusões inadequadas), • Falhas de percepção (f ixação em figura inadequada, eliminação de detalhes) FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR OS JULGAMENTOS • Social • Os valores sociais exercem inegável e poderosa influência sobre as pessoas, levando- as, muitas vezes, a assumirposturas que não condizem como melhor para elas mesmas e para a própria sociedade; • O exemplo: • Atribuição da tendência a criminalidade: "as classes sociais mais oprimidas atraem as taxas mais altas de criminalidade [ ... ] porque o controle social se orienta prioritariamente para elas, contra elas" (GOMES; MOLINA, 1997, p. 101). 28/08/2017 15 “O MITO DO ´JULGAMENTO ABSOLUTO´ NÃO TEM FUNDAMENTO. TODO JULGAR É RELATIVO E REALIZA-SE DENTRO DE UM CONTEXTO, PARA O QUAL CONTRIBUEM NÃO APENAS OS ELEMENTOS DE ORIGEM SOCIAL, MAS TAMBÉM OS CONTEÚDOS INTRAPSÍQUICOS DE CADA PARTICIPANTE.” FIORELLI E MANGINI (2015) “NÃO VEMOS AS COISAS COMO SÃO. VEMOS AS COISAS COMO SOMOS”
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